Aliados




            Varinhas em punho. Corações no mesmo ritmo acelerado. A respiração trancada, sendo impedida de executar sua função vital. A tensão era visível naquele momento. Mas, apesar de intenso, duraram apenas alguns minutos. Bastou que pudessem reconhecer um dos integrantes do grupo invasor, para abaixarem as varinhas.
            Severo Snape pulou de sua vassoura e caminhou até o grupo, seu olhar fixo em Elisabeth.
- “O mundo vem fazendo grandes avanços. Ultimamente na ciência, quase podemos ter esperança, antes de morrermos na decadência, aprender algo sobre a nossa infância; quando vivíamos essa grande, original, sábia, submersa raça, cujo conhecimento, é como as rochas que sustentam o mar, acaso, formaram a base desse mundo erudito.” Ignatius Donnelly – ele pára em frente de Elisabeth – Que raios você estava pensando? Você é estúpida o bastante para achar que o Lorde vai acreditar nessa historinha ridícula que tu inventou?
- Não é você quem disse que devemos jogar com as cartas que temos em mãos, Snape?
- Você não pode jogar com a vida das pessoas.
- Porque não?! ‘Vocês’ fazem isso o tempo todo. – ele agarra o pescoço da mulher como fizera outrora. No mesmo instante, Rony empunha a varinha contra o professor. Minimus, que estava parada ao lado de Snape, faz o mesmo, apontando na direção dos garotos, em segundos todos estavam com suas varinhas em riste para os rostos conhecidos.
- Não me provoque, Elisabeth. Lupin não está aqui pra defendê-la.
- Eu não preciso que ninguém me defenda, e você sabe muito bem disso. – ele ri ao ouvir o comentário.
- Sei?! - Snape aproximou-se de Elisabeth e com um sorriso cínico sussurra em seu ouvido. - Cuidado Elisabeth. Você está brincando com fogo. – ele a solta – Abaixe essa varinha Weasley! – ordenou – Não vamos querer que mais alguém saia ferida dessa brincadeira. Agora... estamos aqui para levá-los até um lugar seguro. Londres ainda não foi invadida e não demorará até que isso ocorra, portanto seremos rápido em nossa passagem pelas terras britânicas. Quanto mais estivermos longe, mais difícil será para os Comensais nos encontrarem.
- E quanto à Hermione... e o professor Lupin? – perguntou Gina, a voz vacilante demonstrando todo seu nervosismo. Harry segurou forte sua mão na tentativa de acalmá-la.
- Minha cara, será muita sorte se ainda estiverem vivos. Mas pode ficar tranqüila que os resgataremos... nem que sejam os corpos.
Elisabeth virou-se furiosa e caminhou até a saída do banco com passos decididos.
- Onde está indo?
- Resgatar os corpos! – zombou ela.
- Mon Dieu! Non sejas idiot. Sabes muito bem que o prrofessorr Snape está blefando. Aquel-qui-non-deve-serr-nomeado vai querrerr se aprroveitarr de teu corraçon parra usarr-os como isca. Non escute o que este velho rrabujento tem a dizerr. – Professora Minimus falava alto para que a mulher a ouvisse – Acorrede petit diamant. – Elisabeth parou de supetão e virou-se para encarar a professora.
- Como você sabe meu nome?
- Pardon?
- Você me chamou de ‘pequeno diamante’. Como sabia que meu pai me chamava assim?
- Non sabia...
- Você é um deles...
- Mon Dieu! Clarro que non.  Apenas devo terr ouvido em algum lugarr, alguém te-la chamado com este nome em Hogwarrts e...
- Elisabeth, está tudo bem. Estamos do seu lado. – Fletcher deu um passo à frente.
- Nós podemos te ajudar, vamos dar um jeito nisso tudo. Deixe-nos salvá-la! – Hestia Jones parou ao lado de Fletcher. – Estamos nisso juntos.
- Não!
- Elisabeth... – Snape deu um passo pra frente. Elisabeth empurrou Rony ao chão num movimento rápido e agarrando sua varinha apontou contra o peito do professor, os olhos vidrados.
- Não. Estão mentindo. Não estão ao nosso lado.
- Se non estamos ao seu lado, o que estamos fazendo aqui? – Minimus se postou ao lado do professor. – Pense senhorrita Prrym. Porrque irriamos nos arriscarr tanto vindo atrrás de vocês? Porrque não o matamos ainda?
- PORQUE ELE PRECISA QUE ESTEJAMOS VIVOS PRA RETORNAR!
- CE N’EST PAS VRAI! – elas se encaram por um segundo. A ponta da varinha voltada agora pro seu peito. – Bien, se querres acrreditarr nessa historria que estas inventando, aller de l’avant.
- Como?
- Non me imporrta a sua decision. Faça o que quiserres, mas non coloque estes meninos na sua insanidad. Estas deixando que Ele contrrole sua mente, suas ações, sua decisões...
- CALA A BOCA!
- Estas enlouquecendo, senhorrita Prrym. Estas deixando que Ele a contrrole.
- Isso é uma mentira. Vocês sabiam o tempo todo onde estávamos. Vocês deixaram que eles levassem Hermione e Remo. Vocês estavam por trás de tudo, desde o início. MENTIROSOS!
- Você sabe muito bien que está errada. Querr me matarr? Enton me mate! Só non leve estas crrianças pó inferrno que estas afundando.
- Porque estão fazendo isso? – ela coloca a mão sobre a cabeça. Está ardendo em febre. Vozes soam ao longe. – O QUE VOCÊS QUEREM DE MIM?
- Elisabeth. Acalme-se! – Snape falou num tom calmo. Harry olhava aquela mulher sem entender, enquanto Gina agarrava-se em seu braço desesperada. – Viemos até aqui pra protegê-los.
- Chega.
- Levá-los a um lugar seguro. Ajudá-los.
- Chega.
- Minimus está certa. Você está deixando-o controlar sua mente. Lute contra isso, Elisabeth. Você sabe que estamos do seu lado. Desde o começo. Você sabe disso.
- Não, não estão.
- Elisabeth... por favor...
- Não estão.
- Liberte-se Dele.
- CALA A BOCA! – ela abaixa a varinha caindo de joelhos com as mãos sobre a cabeça.
- Está tudo bem. Tome o controle. Não o deixe comandá-la.
- AHHHHHHHHHHHHHH! – o grito ecoou nos quatro cantos do hall. E perdendo completamente os sentidos, Elisabeth fechou os olhos e amoleceu o corpo. Snape aproximou-se da mulher e pegou nos braços, erguendo-a.
- Ela... ela vai ficar bem? – perguntou Dino. Sua voz sumindo.
- Temos que ir. – finalizou Snape. Com ajuda de Fletcher, ele subiu na vassoura e levou Elisabeth nos braços.
Gina foi junto de Minimus, Arabela Figg, que assistia a cena quieta, levou Fred. Jorge subiu na vassoura de Fletcher. Dino aceitou a ajuda de Shacklebolt e Rony saiu voando com Tonks.
O grupo disparou pelo céu, cortando as nuvens pesadas que cobriam o horizonte anunciando uma nova tempestade, deixando Hogsmead pra trás. Snape olhava preocupado para Elisabeth desacordada em seus braços, mas sabia que isso poderia acontecer. Dumbledore havia alertado ele antes de saírem ao encontro dos garotos.

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N/A: Bem, aqui está mais um capítulo. mais uma vez peço desculpas pela demora e espero que gostem. logo estarei colocando a continuação da história. Bjus

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