O pequeno Rony




Dumbledore empurrou a porta da enfermaria com força e rapidamente colocou o corpo de Elisabeth sobre a primeira cama que viu. O seu corpo tremendo intensamente numa forte convulsão.
- Chame o professor Snape, agora! – ordenou ele a Hermione que havia entrado na ala junto de Harry e Rony. McGonagall entrara logo em seguida guiando Draco para outra cama mais afastada possível da mulher. Hermione correu, Rony ao seu encalço.
Madame Pomfrey se aproximou de Elisabeth e rasgou a blusa da mulher, a mancha negra já havia tomado todo seu ventre e subia rapidamente para seu colo. Imediatamente ela apontou a varinha para a mesinha ao lado da cama e conjurou uma bacia com água e pano.
- O senhor precisa pressionar o local pra mim – ela molhou o pano na bacia, torceu e colocou sobre o ferimento aberto causado pelo espinho. Dumbledore segurou o pano pressionando com força. – Vou buscar a poção de cicatrização. – e falando isso ela retirou-se para sua sala.
- O que aconteceu com ela? – perguntou Harry.
- Agora não, Harry. – respondeu o diretor molhando o pano e colocando novamente sobre a mulher.
- Professor...
- AGORA NÃO, POTTER! – seu grito saiu involuntário, mas foi o bastante para chamar a atenção de todos na sala. McGonagall foi até Harry e segurando seu braço guiou-o até a porta.
- Vá, Potter. Está tudo sobre controle.
- Não, não está. – ele olhou para Elisabeth cujos espasmos haviam ficado mais fortes, em seu rosto pálido podia-se ver o suor escorrer.
Madame Pomfrey retornou em seguida com a poção de cor púrpura colocando-a sobre o ferimento, imediatamente ele começou a fechar , porém o estado da mulher parecia piorar a cada instante.
Neste momento a porta da enfermaria abriu-se e Snape entrou com ar rígido e visivelmente irritado trazendo um pote transparente nas mãos.
- Quando o senhor irá me ouvir e mandar expulsar os Sereianos de uma vez? Ou está esperando que algum aluno morra pra tomar essa decisão?
- Severo, por favor... – ralhou Dumbledore.
Sem responder, Snape deu a volta na cama segurando a cabeça de Elisabeth e sem a maior delicadeza, jogou o líquido dentro de sua boca fazendo com que metade caísse pra fora.
Aos poucos os espasmos foram cessando. Snape largou sua cabeça de forma mais delicada e a observou enquanto seu rosto tomava um tom mais rosado e a mancha retrocedia.
- Obrigado! – agradeceu o diretor. Snape acenou levemente com a cabeça. Ele virou-se para Madame Pomfrey.
- Dê a ela um pouco do antídoto por três noites. Ela deverá estar totalmente recuperada na quarta lua. Agora se me dão licença, eu tenho mais o que fazer. – e sem se importar com o olhar reprovador de Dumbledore, Snape encaminhou-se pra saída do local.
- Ela vai ficar bem? – perguntou Harry, McGonagall ainda segurava seu braço e percebendo soltou-o.
- Você ouviu o professor Snape, Potter... – ela falou firme mas carinhosamente - ... agora, vocês três, voltem pra suas aulas. Se não me engano, vocês tem aula com a professora Minimus, e ela não admite atrasos.
- Mais uma... – sussurrou Rony para Hermione que deu uma cotovelada atingindo em cheio suas costelas. – Ai!
- Você está bem, senhor Weasley?
- Sim, professora!


Sem muita vontade. Harry, Rony e Hermione chegaram até a sala de aula. Ao entrarem deram de cara com a réplica perfeita do Beco Diagonal. Os alunos da Lufa-Lufa, com quem teriam essas aulas este ano, já se encontravam dispostos em fila no fundo do lugar! O teto havia sido encantado para parecer noite, e a iluminação da sala estava completamente na penumbra. Sons indistintos e piar de corujas também poderiam ser ouvidos. Harry entrou meio ressabiado e se dirigiu pro fundo juntando-se aos colegas da Grifnória que agora entravam na sala.
A professora Margherita Minimus entrou deslizando sobre o chão. Sua estatura era mediante, não passava de 1 metro e 40 centímetros. Mas o seu porte fazia-a aparentar mais altura, assim como seu salto agulha combinando com suas vestes onde podiam-se ver folhagens pretas pintadas num fundo branco. Sua cara parecia moldada de modo precário, e lembrava a Harry um duende que havia visto num livro de figuras quando pequeno.
Apesar de não possuir beleza, possuía pose. Seus cabelos castanhos e lisos estavam escovados e presos num rabo de cavalo, e seu rosto revelava uma maquiagem carregada em tons de marrom.
- Bonjour. Je suis lê professeur Margherita Minimus. À vous tous, je suis miss Minimus. Je suis ici pour enseigner “La Défense Contre L’obscurité Arts” à la demande du professeur Dumbledore. Tout d’abord, je remercie tous ceux d’entre vous qui sont ici aujourd’hui.
- Ninguém falou pra ela que nós não falamos francês? – perguntou Rony num sussurro para Harry. Hermione que estava ao seu lado ao ouvir disse num tom impaciente.
- Ela está se apresentando e disse que irá nos ensinar a pedido de Dumbledore e está agradecendo que estamos aqui em sua aula.
- Desde quando tu sabe francês? – interrogou Rony surpreso. Hermione apenas balançou a cabeça e voltou sua atenção à professora que caminhava de um lado a outro olhando intensamente cada aluno, e parecendo perceber que todos, exceto Hermione, não a compreendiam, soltou um ruidoso suspiro e continuou num forte sotaque.
- En minha aula ensinareei vocês a non terrem rreceio de matarr. Eu ensinarrei vocês a terrem corrage, dátermination... Quando las coisa aperrtar vocês estarron porr si só, ninguém ao lado de vocês, ninguém parra segurrar sua mãozinha, ninguém parra secar teu chorro, apenas vocês e seu inimigo. Eu irrei demonstrar como deverron atuar nas mais possíbles situações que poderron vir a acontecer. E se alguém aqui, non se considerra apto a seguir minha discipline, queirra se retirrar. Eu non estou aqui parra ouvir lamentacions de frrouxos. Entenderram?
- Sim, senhora! – responderam todos presentes na sala.
- Bien. Parra nossa pimeirra demonstraçion precisarrei de trrês voluntárries. – a professora fez um gesto gracioso com a varinha e um rolo de pergaminho flutuou de sua mesa, a única existente na sala, e abrindo-o passou a ponta da varinha enquanto lia os nomes nela inscritos - Senhor Longbottom, Senhorrita Abbott e Senhor McMillan. – a cada nome dito eles davam um passo a frente.
- Me desculpe professora, mas achei ter ouvido a senhora falar que precisava de três ‘voluntários’. – interrompeu Hermione.
- E você é...
- Hermione Granger, senhora.
- Oh... Senhorrita Grranger. Eu ouvi falar de você. A metida a sabichon de Hogwarts que está semprre se metendo em encrrencas e fala quando non é dado perrmission. Um exemplo típique de como um aluno non deve se porrtar perrante um superrior. – Hermione tremia levemente, ela olhou de relance pra Harry que correspondeu seu olhar. - Me deixe te falar uma coisa. A teorria non derrota o inimigue, senhorrita Grranger. Agorra, queirra nos dar a honrra de vê-la juntando-se a seus colegas. – Hermione desviou os olhos para o chão e caminhou ficando ao lado de Ana. – Agorra, essa é la situacion. Vocês eston sozinhos, no Beco Diagonal, a meia noite. Um Comensal aparrece e te encarra. Ele está sedente porr vingança, farrejando teu medo, conhece tuas frranquezas e está louco parra derramar sangue de trraidorres. O que vocês farron?
- Chamar alguém. – arriscou Neville.
- Non! A non ser que la idéia seja fazerr mais Comensais se juntarrem ao seu amiguinho. – ela caminha olhando sorrateira cada um dos voluntários. - Ele se aprroxima. La varrinha apontada parra suas carras. Qualquerr movimente de vocês e ele disparra sem piedade e la ultima coisa que vocês pensarron serrá: - ela pára de frente para Hermione - Je suis mort! – Neville gemeu baixinho e ao virar para olhá-lo, Minimus abriu um pequeno sorriso desdenhoso e parou em sua frente. - Mas non se desesperrem. Mantenham os olhos fixos no oponente. Prreparre-se parra disparrarr no menorr vacilo del. Agorra... – ela se afastou e colocando-se de frente pra turma fixou posição de ataque - Sou o Comensal, me digue o que farriam parra me desarrmarr?!.
- Isso vai ser fácil.
- Bien, enton me digue Senhorrita Grranger. O que a senhorrita farria?
- Bem, ao menor sinal de descuido dele, eu lançaria uma maldição imperdoável.
- Se você querr serr presa pelo Ministérrio, é uma boa opcion. Non esqueçam que son menorres de idade, ainda non podem usarr feitiçes, isso pode acarretarr expulsion de Hogwarts e até mesmo prrison em Azkaban. Senhorrita Abbott?
- Eu te jogaria longe com o Everte Statum?!
- Isso é uma perrgunta, senhorrita Abbott?
- Não senhora.
- Enton... O que está esperrande? Tente! Me ataque!
- Everte Statum!
- Protego! – e feitiço de Ana ricocheteou atingindo-a no peito e fazendo-a voar de encontro a parede – Pardón querrida. Nunque lance um feitiçe qualquerr em alguém que está arrmado. Agorra é sua vez Senhor McMillan... – disse a professora dando um giro no corpo para encara-lo de frente, e sendo pega de surpresa pelo garoto.
- Expelliarmus! - sua varinha voou de suas mãos parando aos pés de Harry - Me desculpe, mas a senhora disse pra atacar quando o oponente se distraísse e...
- Non se desculpe. Estou feliz que alguém neste sala tenha alcançado o que eu trransmiti durrante la aule. Só non se espante se eu tiverr uma carrta na manga e... – a professora desapareceu e reapareceu atrás do garoto pegando outra varinha do seu casaco - Reninfans. – Hermione jogou-se sobre o colega impedindo-o de ser atingido pelo feitço, ambos estavam deitados no chão quando a professora virou as costas e caminhou até sua mesa como se nada tivesse acontecido – Estejam semprre prreparrados parra algum golpe de mestrre. Nunque subestime la inteligênce de um Comensal. – o sinal tocou. Hermione olhava com raiva pra professora com cara de duende - Vejo vocês na prróxima aule. E lembreem-se... Vocês devem saberr o que eles pensam parra saber como eles agem. Au revoir!
- É muito feio zoga fetiço nos otos. Sua buxa má! – e um Rony de quatro anos apareceu entre os alunos indo até a professora e chutando sua canela.
- Oh Meu Deus! – Hermione e Harry falaram em uníssono.
- Ai! Votre petit diable!
- Eu vo conta tudo pa minha mãe! – e ele correu pra porta da sala de aula. A sala aos poucos se dissipando e ganhando novamente o aspecto antigo com suas carteiras e bancos.
- Rony, espera! Não se atreva a sair por essa porta! – disse Hermione levantando-se.
- Você não manda em mim! Sua bobona, feiosa e sata! – e mostrando a língua pra Hermione saiu correndo pelo corredor. Hermione abriu a boca num espanto, todos olhavam pro lugar onde o pequeno Rony desaparecera.
- Aquele peste mal educado. Quando eu pegar ele...
- Vem Mione. Nós temos que alcança-lo antes que aconteça alguma coisa. – e puxando-a pela mão harry saiu da sala atrás do amigo.
- Trraga ele aqui quando o pegarrem, oui?! – gritou a professora, os alunos parados sem saber se poderiam sair da sala. – O que eston esperrando? Non aconteceu nada que non estivesse prreviste. Saiam! – e imediatamente eles começaram a desocupar o local.

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