Um grito desesperado...

(postado em 06.01.09)


02. Um grito desesperado...

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- Q-Quer saber, Potter? Já cansei dessa brincadeira. – visivelmente irritado com as provocações do garoto, Voldemort decidiu usar o que estudara nos últimos meses enquanto se preparava para o duelo final. Como última cartada, surpreendendo o garoto e todos ao redor, ele bradou: - PORTUS INFERNUM !!! – um raio de cor azul-escuro atingiu o peito de Harry e no segundo seguinte não existia mais nada ali, nem Harry, nem Voldemort, nem raio...


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- HARRYYYYYYYYYYYYYY!!!!!!!!!!!! – um grito desesperado saiu a plenos pulmões da ruiva que estava próxima, lutando com garra contra um comensal. Desferiu nele um forte golpe no rosto deixando-o temporariamente inconsciente e correu para onde Harry estivera segundos atrás. Mas não havia nem sinal dele. Mas a garota continuava a gritar: – HARRY!!! Cadê você ? O-ond... Harry?

- GINA, cuidado! – a ruiva ouviu Hermione gritar seu nome e virou-se ao aviso da amiga, deparando-se com outro comensal que avançava sobre ela. Tomada de ódio, apenas moveu a varinha em diagonal, de baixo para cima, sem palavras, fazendo o comensal voar no ar e parar ao bater de frente na parede três metros atrás dele. Virou-se para Hermione e correu para ajudar a amiga que lutava contra dois homens vestidos de negro. Ainda gritava o nome de Harry, querendo saber para onde ele fora, porém sem obter nenhuma resposta.

- Mione... Você viu o Harry?

- Eu não s-sei! Onde está o Rony?

Livrando-se de mais dois comensais olharam ao redor para ver quem encontravam, avistando Fleur e Luna imobilizando e amarrando os comensais que haviam sido derrotados. Olharam mais um pouco e viram que todos os comensais já haviam sido dominados e os membros da Ordem da Fênix ocupavam-se em mantê-los presos.

Gina e Hermione saíram correndo do salão na esperança de encontrar Harry do lado de fora do castelo, partindo cada uma para um lado.

- HARRYYYYYYYY!!!!!!! Onde você está? Harryyyyy?!?! – a voz da ruiva saiu fraca e triste. Ela corria sem olhar para trás, desesperada, corria em direção à Floresta Proibida, mas foi impedida a tempo por Luna que alcançou-a antes de entrar na escuridão da mata. Luna abraçou Gina na tentativa de acalmá-la, mas a ruiva tremia e chorava compulsivamente. – Onde ele está Luna? Pra onde aquele monstro o levou? Onde, Lu? Onde está o Harry?

Luna abraçava Gina com força e ficaram ali até que a ruiva parasse de soluçar e conseguisse caminhar. A impaciência e o medo não permitiram nem dois minutos de descanso. Luna falou:

- Vamos entrar Gina, lá dentro pensaremos melhor no que podemos fazer...


Já no salão, Hermione correu para abraçar Gina. Ela estava tão transtornada como a amiga, mas precisava parecer forte para apoiar a ruiva.

- Gina...

- Mione? O que vamos faz... Por que está chorando? – sua voz saiu firme e segura, densa pelo peso da raiva e da dor que sentia - EU NÃO VOU FICAR PARADA CHORANDO ENQUANTO O HARRY ESTÁ EM PERIGO... precisamos encontrá-lo. EU... preciso... encontrá-lo!

- Nós iremos, Gi... – não dava para esconder as lágrimas que corriam livremente no seu rosto nem a voz embargada pelo choro.

- Então vamos agora! – rosnou a garota, indo em direção à porta, mas virou-se para completar a fala. – Onde está o Rony, ele vai querer ir também...

- Gi... você...

- O que houve Hermione? Luna? – vendo que a castanha não se moveu, virou-se para a loira na expectativa que a outra dissesse alguma coisa, mas foi Hermione quem falou.

- Gina, você precisa ser forte!

- Eu sou forte, Hermione! Eu vou ao inferno para encontrá-lo, mas eu quero ir AGORA. Só não posso ficar parada enquanto MEU Harry corre perigo. Eu sou f...

- Não é do Harry que estou falando...

- Como? – olhou para a amiga entre choque e dúvida. – O que houve? RONY! Onde está meu irmão?

- O Ron está bem. – ela falou aliviada e triste. – Está ali. – Hermione apontou para o grupo que rodeava uma mesa, onde ela avistou Rony abraçado ao seu irmão Gui.

- O que...? – correu até eles sem terminar a frase. Chegando lá, viu o corpo de Fred sob a mesa e seus pais abraçados chorando copiosamente. “F-Fred?” – ouviu seu coração lamentar. Ela não conseguiu dizer nenhuma palavra. Nenhum som saiu de sua boca. Nenhum movimento de seus braços. Apenas lágrimas, mãos trêmulas segurando a varinha com muita força e uma vontade incontrolável de exterminar quem fez aquilo com seu irmão. Em meio à dor, nem viu que havia outro corpo próximo de seu irmão. Ficou ali mais alguns segundos, recuperou o fôlego e tocou no ombro de Rony, falando baixinho:

- Precisamos ir, Rony. Essa batalha ainda não terminou.

Rony estava com o rosto vermelho de raiva, molhado de lágrimas e transtornado de fúria. Não falou nada, apenas pegou na mão de Gina, deu uma última olhada para Fred e saiu dali para pensar no que fazer. Avistou Hermione e Luna logo adiante que corriam até eles.

- O que faremos? – perguntou Hermione, um pouco insegura, mas decidiu seguir sua intuição. - Podemos ir agora mesmo... Só depende de vocês...

- Precisamos de algumas informações. – Gina respondeu fria sem olhar para a amiga, pois encarava os membros da família Malfoy que estavam presos por algemas inibidoras de magia e eram mantidos sob os olhares atentos de quatro aurores do Ministério. Seguiu determinada até eles, a passos largos e rápidos, acompanhada por Rony e seus amigos. Sem pestanejar e não dando a mínima para os aurores presentes, apontou sua varinha para o peito de Lucius Malfoy, transbordando ódio e com a voz tremendo de raiva, disse sem rodeios:

- Onde Voldemort levou o Harry? Ahhh, poupe-me, seu fraco! Vou acreditar que você tremeu por medo de mim e não pela menção do nome do idiota que você serve! – ela não parecia nem de longe a menina frágil que anos atrás abaixava a cabeça ao ver o imponente sr. Malfoy chegando na livraria, ou então a doce garota que suspirava pelos corredores ao ver seu amor se aproximando. - VAMOS, ME DIGA, PARA ONDE ELES FORAM?

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