Ressaca.



Gina despertou com a brilhante luz do sol. Piscou repetidamente para tratar de focar os objetos familiares que via seu redor. Então, incorporou-se na cama e lançou um grunhido. A cabeça doía e parecia que tinha a boca cheia de areia. Colocou os pés sobre o chão e tratou de ficar de pé, mas só conseguiu voltar a cair sobre a cama com um gemido. O dormitório parecia dar voltas a seu redor como se fosse um carrossel. Agarrou a cabeça com as mãos com a esperança de detê-lo. « O que bebi ontem à noite?», perguntou-se. Com muita dificuldade, conseguiu levantar-se e ir a seu armário para procurar um robe. Viu que seu vestido estava atirado aos pés da cama e o observou cheia de confusão. Não recordava de tê-lo tirado. Atônita, sacudiu a cabeça e pressionou uma mão contra a têmpora. Decidiu que o que precisava era de uma aspirina, um suco e uma ducha fria. Ao ver que sapatos e uma jaqueta de homem estavam na sala, deteve-se em seco e se apoiou contra a parede. —Deus santo —sussurrou. Pouco a pouco, foi recuperando as lembranças. Harry a tinha trazido até em casa e ela... Ao recordar a conduta que mostrou no elevador pôs-se a tremer. O que teria ocorrido depois? Só podia recordar retalhos, pequenas peças como as de um quebra-cabeça destroçado contra o chão... Pensar que cedo ou tarde teria que voltar e reconstruí-lo desgostava-a profundamente. —Bom dia, querida. Gina se deu a volta lentamente. Quando viu que Harry estava sorrindo empalideceu um pouco mais. Vestia apenas calças e levava uma camisa em cima do ombro. A umidade de seu cabelo revelava o fato de que acabava de sair da ducha. «De minha ducha», pensou ela enquanto o olhava fixamente. —Um pouco de café faria muito bem a você —comentou ele. Então, beijou-a levemente na face, de um modo tão íntimo que Gina sentiu um nó no estômago. A grandes passos se dirigiu à cozinha e ela o seguiu, aterrorizada. Depois de conectar o aquecedor de água, Harry se voltou e lhe agarrou a cintura com os braços. —Esteve magnífica —sussurrou enquanto lhe acariciava brandamente a fronte com os lábios. Gina acreditou que estava a ponto de desmaiar—. Divertiu-se tanto como eu? —Bom, suponho... Não... Não me lembro de nada exatamente. — Não se lembra? —perguntou ele, incrédulo—. Como pode esquecer? Foi maravilhoso. —Eu estava... OH... —murmurou. Então, cobriu-se o rosto com as mãos—. Minha cabeça... — Está com ressaca? —perguntou ele muito preocupado—. Eu a ajudarei... Harry saiu de seu lado e começou a procurar na geladeira. — Como posso ter ressaca? Só tomei um pouco de ponche. —E três tipos de rum. — Rum? —repetiu ela. Então, franziu o cenho e tentou se lembrar—. Eu não tomei nada mais que... —Esse ponche de frutas —respondeu ele enquanto tentava encontrar seu remédio—. O preparam, principalmente, com três tipos de rum, branco, madurado e antigo. —Não sabia... Nesse caso bebi muito. Não estou acostumada. Você... você se aproveitou que eu... — Eu? —perguntou ele com um copo na mão enquanto a olhava completamente atônito—. Céu, eu não poderia nem sequer dominá-la... É uma verdadeira tigresa quando quer —acrescentou, com um sorriso. —Acaba de dizer algo horrível —explorou ela. Então, gemeu quando a cabeça começou a zumbir implacavelmente. —Toma, bebe —disse Harry lhe oferecendo um copo. Gina o olhou sem saber o que fazer. — O que tem? —Não pergunte —lhe aconselhou—. Só beba isso.. Gina tomou a bebida de um só golpe e logo pôs-se a tremer quando sentiu como descia o líquido pela garganta. -Urgh. —É o preço que se tem que pagar por embebedar-se, meu amor. —Eu não me embebedei exatamente —protestou ela—. Só estava algo... aturdida. E você... —espetou-lhe olhando-o com desprezo—.., você se aproveitou de mim. —Eu diria que foi ao contrario. —Não sabia o que estava fazendo. —Pois me pareceu que sim sabia... e muito bem —afirmou ele, com um sorriso nos lábios que destroçou Gina. —Não lembro... Não me lembro de nada... -Fique calma, Gina... -disse ele ao ver que ela começava a soluçar—. Não há nada que recordar. — O que quer dizer? —perguntou Gina enquanto secava os olhos com o dorso da mão. —Quero dizer que não a toquei. Deixei-a pura e imaculada sobre seu virginal leito e dormi em seu sofá, que, por certo, é muito incômodo... —Você não... Nós não... —Não —assegurou ele enquanto vertia um pouco de água quente em uma xícara. A primeira sensação que Gina sentiu foi de alívio, embora se transformasse rapidamente em irritação. — Por que não? Qual foi o problema? Harry se voltou para olhá-la. Estava completamente atônito. Então, lançou uma sonora gargalhada. —OH Gina... É a contradição personificada! Há um minuto estava desesperada porque acreditava que eu tinha roubado sua honra e agora se sente insultada porque não o fiz. —Não acho nenhuma graça —replicou ela—. Fez-me acreditar deliberadamente que... —Que nos deitamos juntos —a interrompeu Harry—. E você merecia isso. Deixou-me louco do elevador até o dormitório —acrescentou. Ao ver que ela se ruborizava, sorriu—. Vejo que disso você se lembra. Pois se lembre também disto. A maioria dos homens não deixariam uma mulher como você para ir dormir no sofá, assim tome cuidado com o ponche de frutas que tomará por diante. —Não vou voltar a beber enquanto viver —jurou Gina—. Nem sequer vou voltar a olhar uma fruta. - Preciso de um chá ou um pouco desse horrível café... Algo —acrescentou enquanto se esfregava os olhos. O timbre da porta ecoou no interior de sua cabeça. Gina fez um gesto de dor e amaldiçoou de um jeito que não era de costume. —Prepararei um chá —sugeriu Harry, sorrindo ao ver o modo que ela procurava obscenidades para poder dizer—. Vá abrir a porta. Quando Gina abriu, encontrou-se com a figura de Cho em pé na soleira. Ela a olhou de cima abaixo, com um olhar de desprezo ao ver sua esfarrapada aparência. —Entra —lhe disse Gina. Então, fechou a porta com força, o que só acrescentou mais angustia à dor de cabeça que sentia. —Disseram-me que ontem à noite fez um papel ridículo. —Vejo que as boas notícias viajam muito rápidas... Alegra-me ver que está tão preocupada comigo. —Você não me preocupa—disse ela—. Harry, entretanto, sim. Parece ter por costume se jogar para ele e eu não tenho intenção de deixar que essa atitude continue. Gina decidiu que aquilo era muito para alguém em seu estado. Apesar de sua irritação fingiu um bocejo e assumiu uma expressão aborrecida. — Isso é tudo? —Se acredita que vou permitir que alguém tão insignificante quanto você arruíne a reputação do homem com o qual vou me casar, está muito equivocada. Durante um instante, a ira ficou em segundo plano pela dor que lhe provocaram aquelas palavras. O esforço que lhe custou manter o rosto impassível fez que a cabeça latejasse com maior intensidade. —Dou-lhe os parabéns, embora a Harry, darei o pêsames. —Acabarei com sua vida -jurou Cho-. Encarregarei-me de que ninguém volte a fotografar seu rosto. —Olá Cho —disse Harry em tom casual enquanto se aproximava da porta. Ao menos já tinha vestido a camisa. A ruiva girou e olhou a ele primeiro, logo se fixou em, sua carteira , que estava sobre o respaldo do sofá. — O que... o que está fazendo aqui? —Eu diria que seja bastante evidente —respondeu ele, depois de sentar-se no sofá e começar a por os sapatos—. Se não queria sabê-lo, não deveria ter estado me vigiando. «Está me usando. Está me utilizando outra vez para fazer que ela fique com ciúmes», pensou Gina. Naquele momento, Cho se voltou de novo para ela, com a respiração muito agitada. —Não conseguirá prende-lo! -espetou-lhe-. Cansará de você em menos de uma semana! Retornará muito em breve para mim! —Genial —replicou Gina—. Por mim pode ficar com ele. Eu já tive bastante dos dois Por que não saem agora? Em seguida! —exclamou, fazendo exagerados gestos para a porta—. Fora, fora, fora! —Um momento —lhe disse Harry. Estava fechando o último botão da camisa. —Você se mantenha fora disto -replicou Gina—. Estou farta de você, Cho, mas não tenho vontade de brigar com você neste momento. Se quer retornar mais tarde, pode fazê-lo. —Não vejo razão alguma para voltar a falar com você —anunciou Cho—.Você não é nenhum problema para mim. Depois de tudo, o que poderia ver Harry em uma prostituta como você? —Prostituta —repetiu Gina, com uma voz que não soava nada bem—. Prostituta você disse? —reiterou avançando contra Cho. —Espera, Gina —lhe advertiu Harry agarrando-a pela cintura—. Se acalme. —É uma pequena selvagem, não é verdade? -prosseguiu Cho. — Selvagem? Agora mesmo vou ensiná-la o significado da palavra selvagem —replicou Gina enquanto tentava se soltar de Harry. —Cale-se, Cho —lhe ordenou Harry. Apesar de suas ameaças, manteve Gina pressa até que ela se tranqüilizou um pouco. —Solte-me. Não vou tocá-la —prometeu por fim—. Só tira ela de minha casa. E você vai embora também! —gritou para Harry—. Já tive mais que suficiente dos dois. Não penso em deixar que me utilizem deste modo. Se quiser fazer ciúmes nela, busque outra pessoa que o ajude nisso. Quero-o fora... fora de minha vida, fora de meus pensamentos. Não quero voltar a ver nenhum dos dois —concluiu, com as faces cheias de lágrimas. —Você tem que me escutar —disse Harry. Então, agarrou-a pelos ombros com firmeza e a sacudiu com força. —Não —replicou ela. Então, separou-se dele—. Estou farta de escutar. Farta. Terminou... Compreende? Fora daqui e leve a sua amiga com você. Deixem-me em paz. Harry recolheu sua carteira. Então, observou durante um momento a face vermelha e os olhos cheios de lágrimas do Gina. —Muito bem —disse ele—. Vou dar um tempo para você se acalmar e depois volto. Ainda não terminamos o nosso assunto. Através de muitas lágrimas, Gina ficou contemplando a porta depois de que Harry a tinha fechado a suas costas. Decidiu que ele poderia retornar se quisesse, mas que ela não estaria esperando-o. Dirigiu-se correndo a seu dormitório, tirou as malas e começou a colocar a roupa sem cuidado algum. « Já tive o bastante!», pensou. « Estou farta de Nova Iorque, de Cho Chang e especialmente do Harry Potter! «Vou pra casa». Muito pouco tempo depois, batia na porta da casa de Mione. O sorriso de sua amiga se gelou no rosto quando viu o estado no que se encontrava Gina. — Que diabos...? —começou a dizer, mas Gina lhe impediu que seguisse falando. —Não tenho tempo de lhe explicar isso mas estou indo embora de Nova Iorque. Aqui tem minha chave —disse, dando-lhe a Mione—. Há comida na geladeira e nos armários. Fique com tudo o que você goste. Não vou voltar... —Mas Gina... - Me encarregarei de tudo mais tarde com os móveis e o contrato de aluguel. Vou escrever e lhe explicarei isso tudo logo que possa. —Mas Gina, aonde vai? —perguntou Hermione quando Gina já se deu a volta para partir. —Para minha casa —respondeu ela sem olhar atrás— À casa da qual nunca devia ter saído. Nota da autora: Meninassssssssss! passei no Detran! Uhulll!!! Agora preparem os postes que lá vou eu!!! huahuahua Atualizando novamente pra compensar minha ausência e pra deixar vocês mais calminhas, porque agora só sexta, combinado?? A fic tá chegando ao fim.. pelas minhas contas só mais 3 capítulos! Sniff, snif.. Sentirei saudades!! Mas to planejando outra, relaxem! rs. Deprê pós-fic à parte.. Meninassssssss... Como assim?? O Harry é tão mal assim?? Que naaaada! Ele é LERDO isso sim! E TAPADO! Como a maioria dos homens... Eles se deixam manipular mole, mole.. mas ó!! Isso é segredinho nosso hein!! Eles não sabem disso! HUahuahua A Culpada de tudo é a vacadela (vaca+cadela) da Cho!!! Ela terá o fim que merece, PRO-ME-TO! rsrs. Bjo, bjim, bjão a todaaaaas!! Amodoro vcs!!! *__Lya

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