Essa foi por pouco!



Algumas noites depois, Gina tomou um táxi com pouco entusiasmo. Tinha permitido que Neville e Luna a persuadissem para que assistisse a uma festa ao outro lado da cidade, no apartamento de cobertura de Bud Lewis. Sabia que não devia afundar nem isolar-se de seus amigos. Enquanto se enrolava em seu xale para tentar se proteger da fresca brisa de abril, disse-se que já era hora de pensar no futuro. Passar o dia sentada em casa não lhe ia servir de nada.
Como resultado de tanta reflexão, chegou à festa com ânimo de divertir-se. Bud a acompanhou até o bar e lhe perguntou o que gostava de tomar. Gina estava a ponto de pedir sua habitual bebida sem álcool quando um balde cheio de um ponche de cor rosada lhe chamou a atenção.
—Oh, isso tem bom aspecto. O que é?
—Ponche de frutas —lhe informou enquanto lhe enchia um copo sem esperar sua resposta.
Gina decidiu que seria uma bebida bastante inofensiva. Deu um gole e lhe pareceu deliciosa. Então, começou a misturar-se com os convidados.
Saudou pessoas já conhecidas e os rostos novos, detendo-se de vez em quando para rir ou conversar. Ia de grupo em grupo, surpreendida pela alegria que sentia. A depressão e a infelicidade pareciam haver-se dissolvido como a bruma do verão. Aquilo era o que tinha necessitado desde o começo. Gente, música e uma nova atitude ante a vida.
Já havia tomado três copos de ponche e estava passando bem. Estava flertando com um homem alto e moreno, que tinha apresentado como Paul, quando uma voz conhecida falou a suas costas.
—Olá, Gina. Que casualidade encontrá-la aqui.
Gina deu a volta e se surpreendeu ao ver Harry. Só tinha aceitado ir à festa porque Luna lhe tinha assegurado que Harry tinha outros planos. Dedicou-lhe um vago sorriso e, durante um instante, perguntou-se por que sua imagem estava algo imprecisa.
—Olá Harry. Decidiu se misturar com seus súditos esta noite?
Olhou as ruborizadas bochechas e o ausente sorriso antes de observá-la de cima abaixo. Quando voltou a olhar seu rosto, tinha uma sobrancelha franzida.
—Faço-o de vez em quando... É bom para minha imagem.
—Hmm —replicou ela antes de tomar o resto de ponche que estava no copo—. Temos mesmo que cuidar de nossas imagens, não? —acrescentou. Então, voltou-se para o homem que estava de pé a seu lado com um brilhante sorriso
— Paul, seja bonzinho e traga outro deste para mim. É o ponche ...esse que está sobre a mesa.
— Quantos já tomou, Gina? —perguntou Harry enquanto Paul ia cumprir o encargo— Pensei que duas taças eram seu limite.
—Esta noite não há limite —replicou ela com um violento movimento de cabeça— Estou celebrando meu renascimento. Além disso, só é ponche de frutas.
—Pelo aspecto que tem, eu diria que é feito com frutas muito alcoólicas. Depois de tudo, talvez devesse considerar os benefícios do café.
—Não seja chato —ela disse, enquanto tocava com um dedo os botões da camisa que ele usava— Seda... Sempre senti uma grande atração pela seda. Neville está aqui, sabe? Sem a sua câmera. Quase não o reconheci sem ela.
—Acredito que não passará muito tempo antes que tenha dificuldade até para reconhecer sua própria mãe.
—Não, minha mãe só faz fotos com uma Polaroid, de vez em quando —lhe informou enquanto Paul retornava com sua bebida. Depois de dar um longo gole, agarrou Paul pelo braço— Dança comigo. Eu adoro dançar. Toma —disse, entregando o copo para Harry segurar.
Sentia-se leve e livre enquanto dançava ao ritmo da música. A sala parecia dar voltas ao ritmo da música e a enchia com uma desconhecida sensação de euforia. Paul lhe disse algo ao ouvido que ela não pôde compreender, por isso se limitou a suspirar como resposta.
Quando a música se deteve, uma mão lhe tocou no braço. Girou e encontrou com o Harry ao lado dela.
— Acaso quer você dançar comigo? —perguntou ela enquanto tirava o cabelo do rosto.
—Acho melhor irmos embora —disse ele. Então, começou a lhe puxar pelo braço.
—Saiba que EU não desejo partir —disse ela— É muito cedo e estou me divertindo.
—Isso já percebi —replicou ele, sem deixar de segurar ela—, mas vamos embora.
—Não tem que me levar para casa. Posso tomar um táxi sozinha. Ou talvez Paul possa me levar.
—Ele é um idiota —rugiu ele enquanto a arrastava entre a multidão.
—Quero dançar um pouco mais —repôs Gina. Então, deu-se uma rápida volta e se chocou com o torso de Harry —Quer dançar comigo?
—Esta noite não, Gina —suspirou. Então, olhou atentamente para ela—Suponho que terei que fazer isto do modo mais difícil.
Com um rápido movimento, a pegou no colo e começou a abrir-se passo entre os convidados da festa, que os observavam completamente atônitos. Em vez de encher-se de indignação. Gina começou a rir.
— Que legal! Meu pai estava acostumado a me levar assim.
—Genial.
—Por aqui, chefe.
Luna estava ao lado da porta com a bolsa e o xale de Gina nas mãos.
— Tem já tudo sob controle?
—Terei. —respondeu ele enquanto saía.
Tirou Gina do edifício e a deixou sem cerimônia alguma em seu carro.
—Pronto —lhe disse—. Agora, ponha isto.
—Não estou com frio —replicou ela. Então, lançou o xale contra o assento traseiro— Sinto-me maravilhosa.
—Estou seguro disso —comentou Harry. Entrou no carro e lhe lançou um olhar antes de ligar o motor— Tem suficiente álcool no sangue para esquentar um edifício de dois andares.
—Só é ponche de frutas —insistiu Gina—. Oh, olhe a lua! —acrescentou. equilibrou-se rapidamente sobre o banco e contemplou absorta o disco de prata que brilhava no céu— Eu adoro a lua cheia. Vamos dar um passeio.
—Não.
—Não tem idéia de como foi tão desmancha-prazeres.
Continuando, Gina voltou a recostar-se contra o assento e começou a cantarolar enquanto Harry conduzia. Por fim, deteve o carro no estacionamento do edifício de Gina e se voltou pra olhá-la.
—Está bem, Gina? Pode andar ou a levo?
—Claro que posso andar. Estou há anos e anos andando —replicou ela. Então, abriu a porta do carro e saiu para demonstrar-lhe —Vê? Tenho um equilíbrio perfeito —acrescentou em voz alta apesar de cambalear perigosamente.
—Claro, Gina. Poderia ser equilibrista —comentou ele. Então, agarrou-a pelo braço para evitar que terminasse no chão. Continuando, tomou entre seus braços e a segurou contra seu peito. Ela o permitiu e inclusive lhe rodeou o pescoço com os braços.
—Eu gosto mais assim —disse Gina enquanto subiam no elevador—Sabe o que sempre desejei fazer?
— O que? —perguntou Harry, sem incomodar-se em girar a cabeça. Naquele momento, ela começou a lhe mordiscar a orelha brandamente— Gina... —sussurrou, mas ela lhe interrompeu.
—Tem uma boca fascinante — murmurou enquanto o acariciava com a ponta do dedo.
—Gina, detenha...
—E também um rosto muito agradável. Além disso, esses olhos me cativaram —murmurou. Começou a lhe percorrer o pescoço com a boca e Harry deu um suspiro de alívio quando as portas do elevador por fim se abriram — Que cheiro bom você tem!
Harry tratou de encontrar as chaves de Gina apesar de levá-la nos braços e de não deixar de sentir sua boca contra a orelha.
—Gina, basta —lhe ordenou— Vai fazer com que me esqueça que este jogo tem regras.
Quando por fim conseguiu completar o delicado processo de abrir a porta, apoiou-se contra a madeira durante um instante e respirou profundamente.
—Eu acreditava que os homens gostassem de ser seduzidos —sussurrou ela sem deixar de esfregar sua face contra a dele.
—Escuta, Gina...
Quando girou a cabeça, notou que lhe capturava a boca.
—Eu adoro beijá-lo —disse ela. Então, bocejou e encostou a cabeça contra o pescoço de Harry.
—Gina... Pelo amor de Deus!
Com muita dificuldade conseguiu chegar ao dormitório enquanto ela seguia murmurando palavras incoerentes. Tratou de deixá-la sobre a colcha, mas Gina não lhe soltou do pescoço, o que fez que Harry perdesse o equilíbrio e caísse em cima dela. A jovem apertou o corpo contra o dele. Desesperadamente, Harry tentou soltar-se.
—Não sabe o que está fazendo —afirmou Harry. Com um sonolento gemido, ela fechou os olhos—Tem algo debaixo desse vestido? —quis saber enquanto lhe tirava os sapatos.
—Humm... um ligeiro movimento.
— O que está dizendo?
Dedicou-lhe um sorriso e murmurou algo. Harry respirou profundamente, deu a volta e começou a descer o vestido, afastou o tecido dos ombros e seguiu o deslizou ao longo de todo o corpo.
—Vai pagar por isso —lhe advertiu.
As maldições de Harry foram mais eloqüentes quando se viu obrigado a não prestar atenção alguma a suave pele de Gina sob um minúsculo pedaço de lingerie. Afastou os lençóis e a meteu na cama. Gina suspirou e se deitou contra o travesseiro.
Por sua parte, Harry se dirigiu para a porta e se apoiou contra a soleira. Permitiu-se contemplar Gina enquanto ela se inundava em um plácido sonho.
—Não posso acreditar nisso. Devo estar louco —sussurrou—Vou me odiar pela manhã... — Deu um longo suspiro e foi em busca da garrafa de uísque que Gina guardava na cozinha. — Essa mulher ainda me enlouquece.

Nota da Autora:

Toooo enrolada mas to postandoooooooo!!!
Primeiramente: FELIZ DIA DAS MULHERES PRA NÓS!!! uHULL!
Parabéns a nós mulheres, doces, meigas, delicadas, selvagens, loucas, inteligentes, divertidas, guerreiras, MULHERES!!!
Me orgulho muito de ser o sexo FORTE!
=)

Beijocas a todos e novamente desculpa não poder responder cada comentzinho que eu tanto prezo!! Adoroooooooooo a participação de vocês mas to realmente muito enrolada!! Só postando pra não deixar vocês na mão, afinal, também sou leitora (nas horas vagas!) e moooooooooorro de ansiedade!!!

Amanhã tenho prova na auto-escola!! Me desejem sucesso!
=D

Thamis, Hannah, Martha, Gina!! Que bom que vcs tão sempre aqui pra mim!!! Brigadãozão!

Prika, Fl4vinh4, Lua e Dani: To sentindo falta dos coments de vcs!!!


Bjo, bjinho, bjão bem grabdão pra todas!!

*__Lya

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