A prova de Hagrid
Eu estou morrendo de sono, pingando pra falar a verdade. Minha mão está doendo e enfaixada, tudo por causa da prova do Hagrid, aquele gigante adorável, mas INSANO!!
Como teve a idéia de fazer aquela prova maluca, de onde ele tirou aquilo Merlin?
E seja quem for que o ajudou, não era muito bom com feitiços ou eu que não tive sorte mesmo. Se for questão de sorte, o carma ruim o meu em. Olha que ponto eu cheguei, falando mal dos professores, o dia ruim o meu.
Depois que terminei o banho fui pro salão principal almoçar, todos da minha série estavam agitados tanto por causa da prova de Hagrid que estava por vir quanto por causa da prova de Herbologia, a maioria comentava a dificuldade de retirar as gomas das roupas.
NOTA: Pedi dicas para o Nevil para poder tirar a gosma que secou das minhas vestes.
Peguei um prato e comecei a me servir, enchi meu prato com creme de milho com queijo, haaa como isso é bom. Não me encho nunca.
Passamos o almoço todo conversando e especulando como seria a próxima prova, era cada idéia que surgia, que causava risos em todos que escutavam.
E o almoço passou voando e com ele meu creme de milho, descemos para a cabana de Hagrid faltando apenas cinco minutos para começar a prova e dessa vez Nevil parecia estar nervoso. Harry pelo contrário estava tranqüilo e sossegado, nem parecia que ia fazer prova, e ainda mais uma do Hagrid.
Quando chegamos só faltávamos nós, Eu, Ron, Harry, Simas, Dino e Nevil. Hagrid nos levou a beira da floresta proibida onde havia uma fileira de gaiolas encobertas, uma para cada aluno ali presente.
— Bom, agora quero que fiquem cada um na frente de uma gaiola – Ele sorria abertamente e fazia sinal pra gente se aproximar das gaiolas, eu temia o que poderia ter dentro delas por debaixo do pano – A prova é bem simples, se resume a sobrevivência e conseguir encontrar rastros na floresta. Nas gaiolas a sua frente encontraram um gnomo, com a ajuda dos professores Flitwick e McGonagall, os gnomos foram enfeitiçados, ou seja eles não irão se aprofundar muito na floresta.
“ A prova é o seguinte: Cada gnomo possui um tesouro e se você conseguir encontrar o gnomo, o tesouro será seu. Vocês soltaram os gnomos e durante um minuto deixaram eles se esconderem ou correrem, e passado o minuto poderão ir atrás de seu gnomo. Mas como saber se é o seu gnomo que você está seguindo o rastro e não o do amigo, e como diferenciar os gnomos, isso cabe a vocês. E mais uma coisa, caso se percam na floresta, lancem faíscas vermelhas que eu irei buscá-lo e não se preocupem com o tempo, vocês tem até o sol se por para terminar.
Uma caça ao tesouro, ou melhor, ao gnomo. Isso era bem a cara do Hagrid, nos enfiar na floresta. Eu não sei por que essa floresta recebe o nome de proibida, já que o Hagrid vive nos levando para lá, os alunos sofrem detenção lá, fora aqueles que vão passear lá... Então por que será que tem nome de proibida?
Vai ver o nome atrai turistas, por que como dizem : O que é proibido é mais gostoso.
Mas voltando a prova, a primeira questão era: Como fazer para eu não confundir o meu gnomo com os outros?
Tirei o pano de cima da gaiola e vi o gnomo, parecia os que tinha na casa de Ron, ele estava sentado com as perninhas cruzadas e de costas para mim. Usava um conjunto cinza e um gorro pontudo vermelho, olhei para os lados e pude ver que todos os gnomos estavam vestidos da mesma maneira.
Tava na hora de começar então, como diferenciar?
Roupa, mudei a cor da roupa dele, agora estava em um verde neon, pensei em uma cor que desse para ver em locais mais escuros, o gnomo percebeu o que eu havia feito e se levantou para observar melhor a roupa, girava de uma lado para outro olhando para o próprio corpo e logo depois levantou a cabecinha e me dirigiu um olhar muito indignado.
— Desculpe – falei para ele, mas ele continuou me olhando com raiva – Mas assim eu poderei completar a prova e com essa cor ...
— Qualquer um poderá me achar a milhas e milhas de distância – ele me cortara – Como poderei olhar para meus semelhantes vestido desta maneira? Em?- Ele me encarava e apontava para os outros engaiolados – Veja, nenhum deles está parecendo uma aberração verde igual a mim...
Ele havia ficado muito indignado com a cor da roupa, mas que pequenino orgulhoso eu fui arrumar, enquanto ele se queixava eu troquei a cor das roupas dele, coloquei branco, neutro. Pelo menos assim poderia enxergá-lo no meio de cores escuras.
— Está melhor assim?- Perguntei para ver se ele notava a mudança, pois estava tão ocupado em reclamar que nem havia percebido o que eu fiz.
— Bem melhor – Ele parecia menos zangado.
— E agora, como não perde o rastro? – Perguntei para mim mesma, estava apenas pensando alto.
— Nada do que fizer ajudará, nós gnomos somos muito bons em nos esconder e fugir.
Olhei para aquela figurinha pequena dentro da gaiola e disse no meu melhor tom de raiva:
—Ajudou bastante o baixinho.
Ele apenas sorriu em triunfo. Você acredita, ele estava confiante que eu não conseguiria. Olhei para o lado e vi Ron observando seu gnomo entrar na floresta e sumir de vista, e até mesmo Nevil já tinha deixado o gnomo partir. Harry teve uma idéia muito boa, seu gnomo entrava na floresta soltando faíscas amarelas da cabeça, seria muito fácil encontrá-lo daquele jeito. Voltei a olhar o meu gnomo que sorria alegremente, achando que já tinha ganhado a batalha.
Fiquei ali olhando para ele e nada me vinha na cabeça, o que estava acontecendo comigo?
— Então Hermione, tendo problemas? – Era Hagrid que estava do meu lado.
— Estou sem idéia – Confessei.
— Não tenha pressa – Ele fez sinal para qualquer lugar e assim pude perceber que todos já haviam saído e só restava a mim ali – Não se preocupe, pense direito sim. O seu gnomo e o de Nevil são os melhores para se esconder, espero que tenha uma boa idéia para não perder a trilha dele.
Eu senti um dos meu gnomos desmaiar e cair pesadamente no meu estomago. A informação de Hagrid não ajudou em nada, mas justificava o orgulhoso engaiolado.
Fiquei ali pensando mais um tempo, até que um vento vindo da floresta trouxe um aroma delicioso e que me deu uma idéia do que fazer.
Sorri alegremente e o gnomo percebeu minha euforia.
— O que vai fazer? – Perguntou ele curiosamente – Não importa, não adiantará, nunca encontrará Torãn, e nunca encontrão.
— Você verá – Apontei a varinha para o castelo e disse ansiosamente - Accio Perfume .
E logo cinco vidros de tamanhos diferentes saíram voando pelas janelas mais próximas e vieram até mim. Experimentei cada um e escolhi o mais forte. Aquele gnomo não fugiria de mim assim tão facilmente.
Apontei o perfume pra ele e comecei o ataque de borrifadas, ele se espremia contra as barras de ferro tentando fugir e xingava muito, quando parei a sua roupa estava meio esverdeada, acho que por causa do perfume.
—Uma ótima idéia senhorita Granger – Deu um pulo com o susto que levei com a McGonagall ao meu lado – Agora é preparar bem o nariz.
—Foi a única idéia que me ocorreu – Ela sorri enquanto observava o gnomo – Ron nos contou do ataque professora, como está a bruxa?
— Ela se chama Elena – Ela não escondeu a tristeza que continha em seus olhos – Eu me sinto horrível por não ter conseguido ajudá-la, ela continua muito mal, e pelo que indica é por causa que ela continua com a consciência de um animal.
— Vejo que você achou o ponto fraco dos gnomos em Mione – Olhei para Hagrid, ele estava olhando para mim como se sentisse orgulho, eu apenas olhei para ele com a pergunta muda : como? – Os gnomos, eles tem alergia a certos aromas, principalmente os fortes, veja, ele está soltando poléem.
Olhei o gnomo na gaiola e se ele não estivesse cheio de um pozinho laranja meio brilhante em volta dele e no fundo da gaiola, parecia normal. Ele estava vermelho de raiva e sua mãozinhas estava com os punhos fechadas com tanta força que chegavam a ficar brancas.
— O que ele tem Hagrid? – McGonagall se inclinava sobre a gaiola para ver o gnomo melhor.
— Ham... ele está soltando poléem – Hagrid parecia constrangido em explicar o que veria a ser isso a McGonagall – É uma reação de defesa do corpo dos pequeninos, é como se ele se limpassem do forte odor soltando esse pozinho. Cada gnomo é uma cor, quando são da mesma cor, dizem que cria uma rivalidade ou uma amizade muito grande entra eles.
Ela parecia interessada no pequeno gnomo, e eu fiquei orgulhosa do meu querido gigante. Mostrando como é inteligente quando se trata de animais, todo mundo tem uma área que se dá melhor dos que os outros, é sempre assim.
É isso!
— E se chamassem um veterinário – eu quase gritei no ouvido da professora – Ele saberia cuidar dela melhor do que os curandeiros, afinal ele cuida de bixos.
—Como? – Ela tinha virado sua atenção para mim, e me olhava profundamente – O que disse Senhorita?
— Chamem um Veterinário – Ela me olhava como se perguntasse: e pra que? – O veterinário professora poderá cuidar melhor de Elena, a senhora não falou que ela está com a consciência de um animal, então, ele saberá cuidar dela melhor do que os curandeiros que estão treinados para cuidar de gente e não de bichos, e se o curandeiro trabalhar junto poderá ser melhor ainda, pois como cada um tem sua área e sua especialidade, o veterinário cuidará do animal e o curan..
— ... curandeiro da parte humana – Ela havia se animado e eu estava sem ar por ter falado tudo de uma vez só – Mas é uma idéia brilhante Hermione e ser der certo você estará salvando uma vida, sim sim, dará certo e 15 pontos para Grifinória pela brilhante ajuda.
Ela segurou o pesado vestido que ela usa e o suspendeu alguns centímetros do chão e começou a subir para o castelo, só faltava ela sair correndo de tão depressa que estava, quando estava já há uma boa distancia se virou e gritou:
— Avise ao senhor Potter para vir a minha sala as seis horas, preciso lhe comunicar algo importante, por favor.
E voltou a andar apressadamente para o castelo.
Eu fiquei feliz comigo mesma aquela hora, eu havia conseguido ajudar no caso da bruxa Elena,um simples palpite que poderá lhe salvar a vida. Então voltei a me concentrar na minha prova, feliz da vida. Mas na hora que pus os olhos na gaiola meu balão da felicidade furou.
MEU GNOMO TINHA SUMIDO.....
— Eu o soltei enquanto você conversava com a Minerva – Ele consultou o relógio – E espere mais um pouco... e pronto, pode ir. Deu um minuto que ele se foi.
Eu não podia reclamar nem nada parecido, infelizmente aquela era a idéia central da prova.
Então comecei a prova seguindo meu nariz, o cheiro do perfume estava forte ainda, provavelmente o gnomo não tinha conseguido se livrar dele ainda.
Nem olhava para onde ia, apenas seguia o cheiro e isso resultou em dois tropeções e alguns rasgões na veste. Estava com as mãos um pouco raladas já e sujas de terras, minha veste tinha uma linha meio laranja nela, na hora nem percebi do que se tratava e continuei a seguir o cheiro que começava a ficar fraco, os aromas da floresta encobria o perfume.
Até que não consegui senti mais nada, olhei pela primeira vez a minha volta e o nervosismo começou a me invadir, eu não vi nada mais do que árvores e mais árvores, muitos arbusto e plantas que nunca tinha visto na vida.
Pra onde aquele baixinho tinha ido? Que lado?
— O Merlin – Eu deu mais uns cinco passos e parei e olhei para cima- PRA QUE LADO AQUELE BAIXINHO FOI?- gritei a plenos pulmões, como se alguém fosse me responder.
Continuei a andar em linha reta e acabei tropeçando novamente, só que dessa vez eu apenas fique com a cabeça escorada no braço olhando a terra que continha um traço laranja muito fraco indo pra direita, eu fiquei olhando, por quanto tempo eu não sei, até que finalmente me dei conta do que era aquele negocio laranja. E dei um pulo de felicidade.
— Pelé.. aii – Eu havia trombado em alguma coisa e cai sentada de novo.
— Que cabeça dura você tem. – Meus olhos ficaram marejados de lagrimas, minha cabeça estava doendo muito, mal conseguia ver quem estava na minha frente – Venha eu te ajudo a levantar.
Segurei a mão que estava na minha frente e me levantei, ainda massageava a cabeça.
— Se sente bem humana? – Era uma voz feminina agora, levantei a cabeça e puder ver que estava na minha frente dois centauros, provavelmente adolescentes, pois não eram muito grandes – Não se assuste, não iremos lhe fazer mal algum.
—Não podemos ficar muito aqui – O outro olhava em todas a direções, procurava algo – Não podem nos ver com humanos, nosso bando não aceita, Lira viu você no chão e ficou preocupada e como não se levantava resolvemos ver se estava bem.
Olhei para ele, tinha uma belo rosto com olhos muito escuros, os cabelos eram cacheados e as orelhas meio pontudas e o resto do corpo um belo cavalo marrom. A outra com certeza era irmão dele, eram idênticos, a única diferença era que ela tinha os cabelos compridos e seu pelo era mais claro que o dele.
—Eu sou Lira – Ela se apresentou e apontou para o irmão- E esse mal educado é meu irmão Senari.
Ele apenas sorriu perante o insulto da irmã.
— Eu sou Hermione, Hermione Granger.
— O que faz tão fundo na floresta Hermione? - Virou e apontou para algum ponto a frente – Mais um pouco você entra em nossos domínios.
—Me desculpe, não era intenção – Me virei para o chão e apontei o rastro laranja – Estou fazendo uma prova e tenho que pegar o gnomo, e só agora consegui achar o rastro dele.
Eles olharam para o chão e seguiram o rastro com os olhos, o que aconteceu foi incrível. Os olhos de Senari se abriram muito e sua Iris aumentou ainda mais, eu quase não conseguia mais ver a cor de seus olhos, estava ficando preto por causa do tamanho da Iris.
— Ele não está muito longe – Ele se virou para mim sorrindo e seus olhos estavam normais – E diga a Hagrid para tomar mais cuidado com essas provas.
— Como você faz isso? – Ele olhou pra mim confuso – Os olhos?
Foi Lira que respondeu.
—É de nossa raça, conseguimos enxergar longe e até mesmo no escuro – Ela sorria abertamente, como ela era bonita – Isso é de nossa natureza, pois com essa visão podemos ler melhor as estrelas.
— Incrível – Foi a única coisa que conseguiu falar naquele momento.
— É melhor ir, já ficou muito tempo por aqui – Ela me guiava até a trilha laranja a direita enquanto falava – E ficaremos de olho caso algum outro humano apareça, para não entrarem em nossos domínios.
—Não encontrariam outros centauros como nós lá – Ele deu uma piscada.
Eu entendia do que ele estava falando, os centauros haviam ficado hostis depois que a Umbridge fizera todo aquele alvoroço no ministério por causa deles, o que ela chamava de místicos.
— Hum... entendo – Me virei para eles, que haviam parado – Até um dia então e darei seu recado a Hagrid, foi um prazer conhecê-los.
Acenei mais uma vez e me virei pra seguir a trilha e novamente não vi mais nada, apenas o risco laranja no chão e dessa vez eu não cai nenhuma vez.
Segui até que o risco acabou, levantei a cabeça e havia ali um enorme arbusto, dei a volta e por nenhum lado havia o pó laranja, sinal que o gnomo estava ali.
— Eu achei o grande Torãn, vejam só – E o arbusto deu uma leve mexida, pelo visto eu tinha assustado o gnomo – Sai daí, eu já te achei.
— Torãn não vai sair, ninguém tira Torãn daqui.
Isso é o que você pensa seu baixinho, você não conhece Hermione Jane Granger. Peguei a varinha e iluminei bem o arbusto e coma mão esquerda tateei o arbusto por dentro, ele tinha a folhagem muito fechado, não se via nada no meio dele.
Mas não precisei ver o meio do arbusto, o gnomo tentado sair de fininho por um dos lados.
— Petrificus Totalu.. - Apontei a varinha e o acertei em cheio, mas não fez muito efeito o feitiço, ele não estava totalmente imovel, a cabeça mechia perfeitamente e a perna esquerda também, tanto é que ele sai u pulando.
Eu não consegui dizer o feitiço inteiro, minha mão doia letalmente, eu sentia meus dedos sendo esmagados, o que havia naquele arbusto?
As lagrimas vinha aos olhos novamente, eu puxava o braço e não conseguia tirá-lo do arbusto, e a dor estava cada vez mais forte, o meu pulso começa a latejar. Minha mão estava sendo devorada pelo arbusto. Eu entrei em panico, a pressão aumentava cada vez mais e por mais que eu puxase o braço eu não conseguia me desprender.
O quer que fosse não relaxava se quer um segundo a pressão. Uma luz no meio do desespero:
— RELAXO- Eu gritei apontando para o arbusto, que na hora soltou minha mão.
Eu cai sentada, tamanha era a força que estava fazendo para soltar meu braço, fiquei com tanta raivo do arbusto que taquei fogo nele, e adivinha?
NADA aconteceu, sua folhagem continou a mesma, como se nada tivesse acontecido. Eu fiquei ali, olhando que nem boba para o arbusto, como se esperasse ele falar. Só que a dor na minha mão falou mais alto e então eu olhei pra ela e perdi o folegoz.
Eu não tinha unha em dedo algum e meu pulso parecia que havia sido esticado, meu dedinho, dedo do meio e indicar estavam quebrados, a palma da minha mão continha uma feia queimadura e algo verde em cima da quemadura.
A dor estava demais, ainda mais agora que eu via a situação da minha mão e tudo por causa daquele gnomo filho de uma gnomaa... aii que raivaa..
Me levantei e procurei não mehcer a mão esquerda, cheguei perto do gnomo e ele continuava a chingar. Ele só sabia fazer isso? Xingar.
— Se você não calar a boca eu te faço sair daqui voando – Eu o ameaçei.
E quem disse que ele me escutou, o que foi que ele fez? Xingou mais alto, a minha raiva chegou no pico, peguei a varinha e abusei da criatividade.
— Eai vai calar a boca ou não vai?
Ele apenas me mirou um olhar magoado, provavelmente eu o acertara em cheio com o que fiz e não estava nem ligando, minha mão estava despedaçada e tudo por culpa dele, um pouco de orgulho ferido não iria matá-lo.
Conjurei um pano para enrolar a mão e começei a andar, pra onde eu estva indo, eu não sabia, estava seguindo o vento, onde ele estivesse mais forte porvalmente era local aberto. E foi assim que eu consgui sair da floresta, as árvores também ajudaram, por que quanto mais eu saia da floresta mais longe uma da outra elas ficavam, eu sai do outro lado, tive que dar um volta enorme pra encontrar a casa do Hagrid e pelo sol, deveria ser umas três horas por ai.
Quando cheguei lá, Harry e Ron estavam conversando com Hagrid, uma conversa tão animada que nem perceberam que eu havia chegado.
— Tai ai a porcaria do seu gnomo – Eu taquei com tudo o gnomo no Hagrid – E nunca mais mande agente atráz desses diabinhos ou eu juro que coloco fogo nessa floresta. Escutou bem Hagrid.
Ele me olhava assustado com o pequeno gnomo na mão, que havia começado a xingar novamente. Harry me olhava de cima abaixo, eu nem quero imaginar o estado que eu me encontrava. Ron tentava esconder o riso, mas não aguentou e caiu na gargalhada.
— Eu não vejo graça alguma Ronald- Ele parou de rir quando ouviu seu nome – Por pouco eu não entrei no dominio do centouros e você sabe o que poderia ter acontecido Hagrid, e esse gnomo, por que ele entrou tão fundo na floresta Hagrid? Você falou que eles não iam longe!
—Eu não sei porque o seu foi tão longe Hermione, talvez o feitiço tenha perdido o efeito quando ele começou a soltar o poléem – Ele parecia nervoso, eu cheguei a ficar com pena de Hagrid.
Roni e Harry chegaram ainda mais perto da mão do gigante para ver o gnomo, Harry pareci espantado e a ponto de rir e Ron, bom Ron já estava rolando de rir ao do deles.
— Issu é um Tutu? – Harry olhava pra mim e de volta pro gnomo enquanto tentava não rir – E assas de borboleta e a capuz dele ta Pink florescente, é isso mesmo?
— Como pode manchar desta forma a honra de Torãn? – Eu via não apenas raiva no baixinho, mas também tinha amargura em seu olhar – Como poderei voltar para meu povo desta forma? Sua bruxa @#$%#%¨$@#...
E bom.. ele começou o seu velho vocabulário de sempre. Tão pequeno e tão boca suja, como pode?
– Mas diga, o que foi que ele te deu? – Eu via ansiedade agora na expressão do Hagrid, que tentava não rir para não ferir ainda mais a vaidade de seu pequeno amigo – O seu tesouro e o de Nevil devem ser os melhores, pois são os melhores gnomos na arte da fuga.
Eu dei um sorriso muito falso a ele e levantei a mão toda estourada. Ele arregalou os olhos, o queixo de Ron caiu e Harry ficou sem reação alguma, parecia colado no chão.
— Foi isso que ele me deu.
— Ela nem me deixou falar ou entregar o tesouro – O gnomo na mão de Hagrid havia parado de xingar e me atacava agora – Ela é louca.
— Não fale isso de Hermione – Era Harry que me defendia – Se ela lhe fez isso, foi por que você mereceu.
— Torãn não merecia coisa nenhuma, essa garota ata do nada. – Ele virava a cabeça para baixo mas não fazia muita diferença – Olha como deixou Torãn, quase uma NINFA!!
— É mentira, eu havia encontrado você e você ia fugir enquanto o arbusto devorava minha mão. – Apontei a varinha pra ele, ele se encolheu na mão de Hagrid – Ele armou uma armadinha pra mim.
Hagrid fechou a mão quando viu que eu me aproximava com a varinha apontada para o pequeno demônio que havia ali e depois abria novamente, pois sabia que o que a pestezinha fez foi errado, mas tornava a fechar com medo do que eu poderia fazer com seu precioso pequenino. Que raiva eu estava daqueles dois naquele momento: Hagrid por ser um louco e o gnomo por ter preparado aquela armadilha.
— Pede desculpa pra Hermione! – Ron apontava o dedo pro gnomo e tentava fazer um cara de bravo. Mas dava pra ver que tentava segurar o riso, pelo visto o susto pelo estado da minha mão já havia passado.
— Torãn não pede nada a ninguém – Acredita que ele falava isso de nariz em pé? – Nunca pediu e nem vai pedir agora a esta, esta...
Não terminou de falar apenas me mirou com olhar zangado.
Percebi que ali não daria em nada, Harry e Roni descutindo com o “grande Torãn” e Hagrid se assegurando que eles não o machucariam.
Oh Merlin!
Subi de volta para o castelo, ainda estávamos no meio da tarde e gostaria de aproveitar o resto dia com a “nova” biblioteca. Estava ansiosa por isso, mas antes: Ala Hospitalar.
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