Capítulo 2
Autora: Elphie Cohen.
Beta Reader: Ana Cunha e Thity Deluc
Classificação: Livre
Gênero: Romance
Esta fic faz parte do AO (Amigo Oculto) do Dia dos Professores das Snapetes. A presenteada foi a Marie Pevensie, que fez o seguinte pedido: “Snape sobrevive no final do sétimo livro, é absolvido e volta a dar aulas em Hogwarts. Hermione também professora, agora. Os dois se encontram... e então, o que acontece???”
Agradecimentos: Aninha, pela força e pela super betagem. Tefinha, minha irmã linda que me ajudou em algumas cenas importantes. Thity(zinha?), pela paciência comigo nos momentos finais do meu desespero. Valeu!
Antes das aulas começarem, Severus teve que voltar algumas vezes à Hogwarts, pois queria deixar preparado todo o material que ia usar durante o ano e, durante essas idas ao castelo, quase sempre encontrava algum colega, mas só reencontrou Hermione no dia que todos os alunos chegaram.
- Boa noite, professor Snape. Ou seria Severus, agora que somos colegas? – ela sorriu meigamente, deixando Snape levemente incomodado: ele é quem tinha que deixá-la embaraçada, não o contrário.
Snape recuperou sua dignidade e respondeu, como considerou, à altura.
- Professor está ótimo para mim, obrigado – disse com ar de superioridade. – A senhorita veio no Expresso Hogwarts? – falou antes que Hermione protestasse.
- Sim. Eu deveria vir antes, mas Rony aprontou... – e, abruptamente, parou de falar.
- Continue – insistiu, pensando que poderia gostar de saber que Weasley continuava o mesmo tapado de sempre.
- Ele me pediu em casamento ontem, e fez Molly preparar um jantar de noivado para toda a família, por isso não deu para eu vir ontem.
Snape, então, visualizou a Toca cheia de gente de cabelos cor de fogo olhando para Hermione Granger e Rony Weasley enquanto o pedido era feito. Imediatamente, sentiu-se enojado.
- Entendo, realmente precisaria muito tempo para cumprimentar toda a família Weasley. – resmungou – Não é à toa que você está radiante!
- Obrigada – Hermione sorriu abertamente.
- Isso foi uma ironia, Granger. – Disse antes de se dirigir ao seu lugar à mesa dos professores no Salão Principal. Agora era ele quem sorria abertamente.
Hermione permaneceu estática: sabia que não deveria esperar muita cordialidade dele, mesmo após todos os atos dele durante a guerra ser revelados, mas aquele elogio fora bom, fizera bem ao seu ego. Pena não ter sido verdadeiro.
Durante o jantar, Hermione não parou de olhar para Snape, esquecendo, inclusive, de disfarçar os vários olhares. Não entendia o motivo, mas o falso elogio a deixara extasiada e permitiu-se até imaginar aquilo sendo verdade, esquecendo de todo o desprezo declarado que ele sentia por ela e por seus amigos. Não é porque ele era um homem de bem, que ele passaria a ser o homem mais amável do mundo, concluiu ao afastar todos os pensamentos a respeito do ex-professor.
Os olhares seguidos de Hermione satisfizeram Snape, pois era a prova de que ele havia conseguido reverter a situação inicial daquela noite, quando o modo sorridente e inocente dela ao cumprimentá-lo o deixara desconfortável, mas agora estava claro que ele havia conseguido fazer o mesmo com ela, só que numa intensidade superior.
Ao terminarem o banquete, todos os alunos se dirigiram para seus respectivos quartos, enquanto seus professores se dirigiram à inspeção dos corredores.
Com a intenção de matar as saudades da escola, Hermione aproveitou o final de sua patrulha para passear pelo castelo e acabou se perdendo. Enquanto tentava descobrir em que parte do castelo que estava, ela avistou Snape em um corredor. Tentou ignorá-lo, pois ele era a última pessoa que ela gostaria de encontrar naquele momento, mas Snape não ia deixar isso acontecer, não ia perder a oportunidade de se divertir com a nova colega.
- É impressão minha, ou você está perdida, Granger? – Hermione não respondeu, apenas o olhava, com firmeza, nos olhos, desafiando-o – Pelo que eu me lembre, McGonagall mandou cada diretor patrulhar aos arredores de suas respectivas casas. – Snape a olhou demonstrando decepção total – Mas é uma lástima, apenas quatro anos longe da escola e já não sabe onde fica a torre da Grifinória? – completou em meio sorriso.
De repente, Hermione voltou a sentir-se confortável na presença de Snape e resolveu entrar no joguinho dele.
- Não. – disse depois de respirar fundo – Na verdade, estou tentando relembrar o tempo que eu treinava para ser heroína e rondava por todos os lados do castelo arranjando situações de perigo.
- Então vou deixá-la com suas lembranças. Só não demore muito, você tem que estar descansada para amanhã, já que você vai estrear seu dia como professora de transfiguração. Ou você quer desapontar a Minerva, como as últimas professoras fizeram? – completou, tentando aterrorizá-la um pouco.
- Você realmente está preocupado comigo, ou não quis perder a chance de caçoar de mim, novamente?
A ousadia de Hermione mexeu com Snape. Normalmente, quem respondia às provocações dele eram pessoas que tinham a intenção de ofendê-lo, mas era visível que não era o que Hermione pretendia. Snape quis responder que não era o tipo de pessoa que perderia tempo se preocupando com alguém, mas sentiu-se impossibilitado de responder qualquer coisa.
- Está em dúvida ou, agora, realmente está evitando dar uma resposta rude para me caçoar?
- Só estou testando o nível de bravura da minha nova colega grifinória. – disse mostrando um sorriso discreto.
Os dois se olharam profundamente.
- O senhor poderia explorar mais esse seu sorriso.
- Que sorriso? – disse ficando sério novamente.
Hermione riu.
- Acho que foi uma ilusão de ótica. – disse, também ficando séria repentinamente.
- Melhor pararmos de conversa fiada, já está muito tarde. Boa Noite, senhorita Granger.
- Boa noite, professor. – Hermione ficou observando Snape ir embora, quando se lembrou que estava perdida. – Professor! – chamou.
- Sim? – disse depois de voltar para onde Hermione estava.
- Por onde devo ir para eu voltar aos meus aposentos?
Snape olhou-a, segurando o riso.
- Não faço a menor idéia, Granger. Não me informaram onde é o seu quarto. Mas você está no terceiro andar. Seguindo à direita, naquele caminho que eu estava seguindo, você pode ver o corredor da sala dos troféus.
- Sério? Pensei que eu estivesse em outro lugar.
- Que decepção, Granger – disse num tom quase deprimido – e eu imaginava que era você quem salvava Potter das burradas dele. Agora vejo que me enganei.
Hermione gostou do tom mais leve de Snape.
- Na verdade era assim que começavam as aventuras do Harry.
- Interessante... – disse Snape indo embora.
- Obrigada! – gritou Hermione antes de ir para o seu quarto.
Snape apenas acenou a mão, para sinalizar que tinha ouvido o agradecimento, enquanto seguia para seu quarto.
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