Eu sou Harry Potter
Capitulo 13 – Eu sou Harry Potter.
- O que vocês querem saber? – perguntou Tiago se preparando para as revelações.
- Quem realmente é você? – perguntou Arthur aquilo que parecia ser o mais certo para se começar essa conversa.
Tiago suspirou e respondeu sem rodeios.
- Eu sou Harry Potter.
Tanto Arthur como Molly ficaram estarrecidos com a resposta e se recusaram a acreditar e então o ex-ruivo continuou.
- Eu sou a pessoa que ele se tornaria caso os fatos acontecessem de uma determinada maneira. Se eu não me intrometesse.
- Como assim? – perguntou Molly.
- Prove. – disse Arthur ao mesmo tempo, ele temia pela segurança de sua família;
- Assim. – ele retorna a forma original, permitindo que a sua cicatriz ficasse visível.
- OH! – exclamou Molly.
-Como podemos saber se você é você mesmo, se você é um metamorfomago? – perguntou mais uma vez Arthur.
- Você possui como maior ambição saber como funciona um avião, tem um Ford Anglia modificado e chama a Molly na intimidade de...
- Pode parar, eu acredito, só não entendi como você sabe disso tudo. – respondeu o ruivo ficando vermelho.
- Eu era amigo do Rony, e passei a maior parte das minhas férias aqui na Toca.
- Você ainda não respondeu a minha pergunta. – disse Molly. – Como você se tornaria uma pessoa diferente pelo que aconteceu a você?
- Eu fui criado pelos meus tios. Como todos acreditam que aconteceu com o Harry. Eles não são e nunca serão as pessoas amorosas que pensam. Eles odeiam magia e logo a mim. Eu era quase um escravo naquela casa. Nunca soube o que era amor, amizade e felicidade. Até que conheci você, Molly, na estação indo para Hogwarts. Tinha sido abandonado lá pelos meus tios, pois acreditavam que não conseguiria ir para a escola. Foi você quem me ajudou a passar pela barreira mágica. E acabei ficando na mesma cabine que o Rony. Assim como ocorreu com os dois agora. - disse Tiago.
- Ele agora foi criado por pessoas que o amam, mesmo uma destas pessoas sendo ele mesmo. – disse Lilian tirando com a cara do marido. – Ele conta com a amizade de vocês há anos. Em outras palavras foi criado como um menino bruxo normal. Isso já é o suficiente para mudar uma vida.
- Mas o que você faz aqui? O que ocorreu para que você decidisse voltar no tempo e alterá-lo? Não é perigoso alterar o tempo? – perguntou Molly preocupada, ela sempre gostou do amigo, como se fosse um irmão.
- Eu vim corrigir os erros que foram cometidos na minha vida, não posso deixar a vida do Harry perfeita como eu penso que ela poderia ser, pois isso é uma utopia. O que me fez voltar foi algo grave, que me fez perceber que seria a minha única alternativa. Não quero falar sobre isso, já que isso não ocorrerá mais. – ao dizer isso uma sombra passa pelos olhos dele e da Lilian. – Quanto ser perigoso mudar o tempo, digo que é. Mas viver é perigoso. Eu já alterei inúmeras vidas, mas não posso alterar o destino. Algumas coisas eu nunca poderei mudar.
- Dê um exemplo. – pediu Molly por curiosidade, já que ela tinha aceitado o menino independente de quem ele fosse. Tiago ou Harry. A partir de agora ele era o seu irmão menor, ele mesmo tinha criado o relacionamento de tio com os filhos, nada melhor que ‘oficializar’ a decisão.
- Arthur deve saber que os aurores Frank e Alice Longbottom foram atacados depois da queda D’ele. – disse Tiago sabendo que falar o nome de Voldemort seria muito traumático para os dois. – No meu passado eles foram torturados até a loucura, agora criam o seu filho. E quanto ao destino. Eu nunca poderia armar a amizade dos nossos filhos, nem sua inimizade com o pequeno Malfoy.
- Então eles são inimigos. Ainda bem. – disse Arthur.
-Arthur! – repreendeu Molly.
- Não se preocupe, Molly. Isso é uma coisa boa para os dois. Malfoy não é flor que se cheire, eu garanto. Mesmo não revelando o que aconteceu comigo, pelo menos não com antecedência, foi uma das mais sabias decisões que tomei, duas vezes.
- Você não pode nos contar nada do futuro? Nem o que foi ruim, para que possamos evitar. – perguntou Molly.
- Infelizmente não. Além de às vezes a tentativa de concertar as coisas pode ser pior, evitando um fato criamos outros que podem fazer querer que o fato evitado tivesse ocorrido. Prefiro deixar isso como histórias para fazer a Lele dormir. Ela adora aventura. – disse Tiago. – Eu contarei para Harry minhas aventuras no final de cada ano, depois conto para vocês. Combinado?
- Sim. Mas Lilian você não se importa com isso tudo? Criar o seu marido? Em duas versões? – perguntou Molly.
A Ruiva olhou para o marido para receber apoio, era mais difícil aquela revelação do que a dele.
- Não. Pois eu também sou do futuro. – ela soltou um suspiro.
- Antes de qualquer coisa deixem-me explicar alguns fatos. O feitiço que realizei é extremamente poderoso e que possui inúmeras conseqüências. Uma delas é o fato de que tudo o que fosse necessário para essa minha jornada seria transportado comigo independente de onde estivesse, ao meu lado ou do outro lado do mundo. Uma destas coisas foi a minha varinha que havia sido partida em um duelo, consertada. Porem um homem não é nada sem o amor. Então para que a pessoa tivesse sucesso na sua empreitada, a pessoa que ele mais ama, amor verdadeiro seria enviada daquele tempo até um ano antes da data de chegada do feiticeiro, este não reconheceria de imediato, ficando para seu coração confiar integralmente nela. Isso aconteceu com Lilian, porem as circunstâncias em que ela foi apanhada pelo feitiço ela acabou perdendo a memória, assim os dois se ajudaram e o coração foi o que mandou.
Depois deste monólogo. Lilian beijou o marido, a explicação tinha facilitado a vida dela, mas ainda não tirara a responsabilidade. Molly estava às lágrimas, por ser uma romântica por natureza. Arthur queria a resposta, que ele já tentava prever e o deixava feliz.
- Qual o seu verdadeiro nome? O que você usava no seu passado?
Um aperto de mão foi o que deu coragem para a revelação.
- Ginevra Molly Weasley.
A suspeita de Arthur estava confirmada. Ela era sua filha. Todos reparavam na semelhança entre as duas, mas nunca passou pela cabeça deles isso.
- Minha filha. – disse Molly abraçando a mulher. Desta vez os dois acreditavam em tudo. – imagine a cara dos seus irmãos quando eu contar.
- Não podemos contar nada ainda. – disse Tiago. – os dois estão destinados a serem namorados, mas não queremos antecipar nada. Harry sabe quem sou, desde os sete anos. Letícia não sabe. E agora tirando vocês, temos Dumbledore, Remo, Sirius e alguns professores de Hogwarts e Amélia Bones a chefe da Lilian.
- Somente vocês dois sabem de mim. Na verdade eu só me lembre de quem era ontem na estação, quando vi a marca de estrela na nuca da Gina. – disse Lilian mostrando a própria nuca.
- Então quer dizer que minha filhinha casou com um menino que eu consideraria um filho. Mas pela idade de vocês agora, estão mais para meus irmãos. Vocês se importam de serem tratados assim? – perguntou Molly.
- Sem problemas. – disse Lilian.
- Certo. Então, onde vocês estavam com a cabeça para mexer no tempo e não me falar nada desde o inicio. – disse Molly sendo ela.
- Vamos Rony. Agora temos aula de poções. – disse Harry.
- Nunca imaginei que você gostasse tanto assim de estudar. – resmungou o ruivo.
- Não é isso. Não se lembra dos seus irmãos falando do professor, o morcegão verde. – disse o menino fazendo o amigo gemer.
- Ele não pode ser tão ruim assim. – disse Hermione que estava próxima.
- Não estou falando de passar a matéria. Estou falando da personalidade, e da vontade enorme de destruir a Grifinória. Espere e até o fim de semana estará odiando ele, Palavras do meu pai.
Os três seguiram rápido para as masmorras.
- Perai Potter. Como sabe exatamente o caminho se ontem você errou de todas as aulas? – perguntou a morena.
- Esta foi a única sala que meu pai fez questão de me mostrar onde fica. Fora isso ele só me dizia os melhores caminhos para chegar a um lugar vago como o corredor leste do quarto andar. Algo me diz que não devo aborrecer o professor tão cedo.
Eles foram os primeiros a entrar na sala, antes mesmos dos sonserinos com quem dividiriam a aula e escolheram uma mesa no fundo. Aos poucos a sala foi enchendo.
Um silêncio se abateu na sala quando o professor entrou. Ele entrou e começou a enunciar seu discurso de boas vindas, ou seja, amedrontar os alunos. No final ele repara em Harry, não tinha como não fazê-lo era a cara do ser que Snape mais odiava. Ele foi se aproximando do menino que escrevia algo no seu pergaminho. Estava prestes a fazer um comentário maldoso quando o menino fala com se fosse para ele mesmo.
- Engarrafar a fama. Com tantas características fiquei empolgado com a matéria.
Finalmente ele levanta a cabeça e percebe o professor na sua frente.
- Se você gosta tanto de minha matéria, me responda uma coisa. Onde posso encontrar o benzoar? – disse ele com um sorriso sádico. Mione levantou a mão rapidamente.
- O benzoar, a pedra que serve de antídoto para quase todos os venenos, pode ser encontrado nos estômagos das cabras. – disse ele sem emoção.
Snape iria continuar com o interrogatório até que o menino errasse se não tivesse notado algo estranho na sala. Tinha alguém na sala que não deveria. Ele olha para o fundo da sala. Era o pai adotivo do Menino, Tiago Potter. Mais um Potter para odiar, mas esse era poderoso e não podia fazer nada contra ele, então o professor se vira para a turma.
- Vejo que alguns andaram se preparando para as aulas com se deveria. E por que o resto não está copiando nada. – disse ele e todos os alunos começaram a copiar a matéria.
As primeiras aulas eram extremamente teóricas. Snape preferia assim, pelo menos agora os alunos não teriam desculpas para destruir seus caldeirões por desconhecimento. No fim da aula, o professor nota um bilhete na sua mesa.
Snape,
Implique com o Harry mais do que normalmente você faria com um não-sonserino e você sentira saudades das brincadeiras do pai dele.
Nem adianta falar com o diretor, ele não manda em mim.
TP
Snape estava furioso. Ele fora ameaçado e sabia que a ameaça seria cumprida. Mas mesmo assim ele iria falar com Alvo.
Ao se levantar ele sente um calor na mão e vê o pergaminho pegar fogo na sua mão e a fumaça escrever:
Eu avisei
Seria melhor deixar isso para lá e se concentrar na sua missão.
As primeiras semanas passaram rapidamente. No começo de setembro ficou marcada aula de vôo em vassoura para os alunos do primeiro ano. Muitos ficaram empolgados com a aula, principalmente os amantes do quadribol e os nascidos trouxas. A maioria dos alunos de famílias bruxas relatava que eram as na pilotagem, contando historias de quando voavam e eram perseguidos por trouxas depois de incidentes com helicópteros ou asa deltas. Entre eles estavam Malfoy e Rony.
- Você não vai ficar se mostrando como um piloto, Potter? – disse Hermione depois de ouvir mais uma historia do ruivo sobre como ele e os gêmeos fugiram de um caçador com as vassouras.
As meninas do primeiro anos e do segundo e alguns garotos do segundo escutavam a historia extasiados.
- Pra que? Para todos ficarem me olhando mais que já fazem. Não, obrigado. – disse ele meio grosso, vendo o que vez completa. – Me desculpe, Granger. Eu odeio que todos fiquem me olhando como se eu fosse um animal de circo. Alem do mais, eu nem sei se sei voar tão bem assim. Sempre voei com segurança e nunca me arrisquei como os outros. Principalmente se tinha por perto a Letícia ou a Gina, não quero que elas tentassem me imitar quando pegassem uma vassoura, eu ia mais rápido, mas nunca como esses casos. Tá certo que eu ensinei a Le a voar, mas eu sei que mamãe estava sempre de olho n’agente, ela acha que eu nunca via, mas eu não podia deixar ela se machucar, podia?
- Não, você não podia. – respondeu ela com um sorriso, ele podia ser famoso, mas era um cara legal.
Logo foram para a primeira aula de vôo. A professora se chamava Hooch. Ela possuía olhos que lembravam os de um falcão. Infelizmente a aula seria dividida com a Sonserina, para azar deles.
- Não quero brincadeiras nesta aula. Estamos aqui para aprender a arte do vôo. Não quero ninguém aqui achando que já sabe voar. Porque não sabe. – disse a professora. O discurso continuou por algum tempo. Hermione olhou para Harry, o menino estava certo em pensar que não sabia voar.
- Agora quero que vocês se posicionem do lado esquerdo da vassoura e levantem a mão direita e digam de forma clara e forte “Suba”.
Todos se posicionaram e logo o ar se encheu de gritos.
A esperança da professora era que as vassouras permanecessem no chão no primeiro grito. Algumas tremeram como era de se esperar. Porem uma se levantou para a mão de um menino. A vassoura de Harry.
Até mesmo o menino se assustou.
Depois da quarta tentativa as vassouras de Rony e Malfoy se levantaram. Aos poucos as outras foram se erguendo também. A de Hermione continuava no chão. Por mais que ela tentasse a vassoura somente rolava no chão.
Harry se aproxima e fala baixo só para ela ouvir.
- Não são as palavras que farão ela subir. Você precisa querer ela na sua mão e querer voar.
Ela se concentrou como se fosse um feitiço. Uma imagem se passou na cabeça, uma que ela tinha imaginado antes de forma diferente. Ela na garupa do moreno voando. Assim ela nem percebeu a vassoura em sua mão.
Feliz ela agradeceu Harry com um beijo na bochecha. O que deixou dois meninos vermelhos. Um de vergonha e o outro de raiva. Harry além de ser melhor que ele, ainda conseguia a atenção das mulheres. Draco Malfoy estava espumando de raiva. Ele se vingaria.
A voz da professora se fez presente novamente.
- Agora que todos conseguiram que a vassoura se erguesse, vocês devem montar nela. Isso, Senhor Malfoy o senhor está segurando de forma errada a vassoura. – disse a professora, arrancando risos dos alunos da Grifinória. Já que o sonserino era o que mais falava que sabia voar e que já tinha recebido proposta para integrar a equipe da sua casa. – E devem dar um pequeno impulso e depois voltar par o chão, quando eu apitar.
Assim seria feito se Neville não tivesse se apressado e começado a subir. Ele subia cada vez mais alto. E caiu.
- Ele só quebrou o braço. Vou levá-lo à enfermaria. Se eu ver alguém montado numa vassoura será expulso da escola, antes de conseguir falar Quadribol. – disse a professora saindo com o desastrado.
Draco se abaixa e pega uma coisa no chão.
- Olha o gordinho deixou isso cair. – disse ele zombando do menino, apertando o Lembrol. – Se ele apertasse isso, ele se lembraria de segurar a vassoura.
- Devolva isso, Malfoy. Isso não é seu. – disse Harry para o loiro.
- Vem pegar. – disse Malfoy pegando a vassoura. Mostrando que sabia voar.
Harry o seguiu.
- Não vá, Potter. Você ouviu a professora. – disse Hermione.
- Ele precisa aprender a não mexer no que não é dele, ou com os meus amigos. – respondeu mirando o loiro.
Este se desviou por pouco, mas quase caiu. Harry pilotava melhor que ele.
- Me devolva. Aqui você não tem seus gorilas a tira colo, Malfoy. – disse o moreno com raiva e se preparando par derrubar o outro da vassoura.
O sonserino percebeu isso. Então mudou de tática.
- Se você quer mesmo isso, vá pegar. – disse arremessando o Lembrol para longe.
Harry em um impulso vira a vassoura para a direção em que a bolinha foi. Acelerou e a pegou antes de se espatifar em uma parede.
Ele voltou calmamente para junto dos alunos que faziam festa para ele, menos o loiro e seus capangas.
- Foi muita irresponsabilidade sua, Potter. Você poderia ter se machucado. E ainda me disse que não sabia voar bem. – disse Mione abrindo um sorriso depois do sermão.
- Senhor Potter. Me acompanhe. – Disse Minerva que havia acabado de entrar no espaço reservado para a aula.
- Meus pêsames. – disse Rony para ele.
Malfoy estava radiante.
- Tio Remo. Você poderia me emprestar o Wood por alguns minutos. – disse Tiago com a maior cara de pau, depois de bater na porta da sala de DCAT.
- Sim. Senhor Potter. – disse ele com uma cara pedindo respeito e tentando lembrá-lo de que ele também era mais velho agora.
Recebeu apenas um sorriso maroto, para lembrar o professor de que ele ainda era filho dos seus melhores amigos de infância, e que assumiu a função do pai de maroto.
O rapaz saiu nervoso da sala. O que o auror podia querer com ele?
- Fiquei sabendo que você é o capitão da Grifinória. – disse o homem, o rapaz soltou um suspiro de alivio.
- Sim, sou. Mas o time está incompleto. Falta um apanhador. O nosso se formou ano passado. E não consegui ninguém para substituir.
Tiago abriu a boca para falar mais foi interrompido pela voz da Minerva.
- Tiago. Olívio. O que aconteceu?
- Nada, Mimi. Só estou antecipando o destino. – disse ele. Minerva entendeu o que ele disse, porem Harry não, estava pensando no castigo que receberia.
- Certo. Wood, eu encontrei um apanhador para você.
- Quem? – perguntou o rapaz.
- Harry Potter. – disse ela mostrando o rapaz. Que agora entendia o que estava acontecendo. Ele era apanhador, mas o que seu pai fazia ali?
- Meus parabéns, Filhão. Sua mãe vai ficar orgulhosa. – disse ele bagunçando mais o cabelo do filho e saindo.
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