Passeios noturnos



Capitulo 14 – Passeios noturnos


 


- Lilian, Letícia, venham aqui. Tenho uma novidade para vocês. – disse Tiago quando chegou em casa. Ele tinha demorado um pouco conversando com Harry sobre quadribol e acabou perdendo a hora.


- Espero que seja boa, para você chegar assim tão tarde. – disse Lilian com Biquinho.


- Meu anjo, você sabe muito bem que só tenho olhos para você e a nossa rainha aqui, né? Eu fiquei conversando com o Harry. Essa é a novidade. Ele é o novo apanhador da Grifinória. – disse ele alegre.


- Que legal, meu maninho é jogador. – disse Letícia pulando de alegria.


Lilian tinha um sorriso no rosto, mas seus olhos diziam que ela já sabia disso.


- Agora temos que comprar uma vassoura nova para ele. E pra você também, Le, assim você não fica pegando a minha para voar. Ela é muito rápida e você pode se machucar.


- O Harry diz a mesma coisa. – disse a menina meio feliz, meio emburrada.


- Vamos logo. – disse Lilian. - Aproveitamos que o Beco fica aberto de noite.


 


 


- Ora se o Grande Matador de Cobras não é o nosso novo apanhador. – disse Fred.


- Não sei como ele consegue isso. Desobedecer as ordens de uma professora, e como punição virar jogador de quadribol. – disse George.


- Não é para quem quer, é para quem pode. – disse Harry rindo junto com os dois.


- Você não pode esquecer os seus estudos, viu Potter. – disse Hermione para lembrá-lo que existe algo mais que o jogo, ao contrário de todos os outros.


- Eu sei, Granger. Se eu fizesse isso, minha mãe me matava. – disse ele olhando para a mesa dos professores, onde seus pais tomavam café.


Neste instante aparece o correio coruja. Uma se destacava. Ela carregava um pacote grande e fino. Ela desceu em direção a mesa vermelha e pousou na frente do Harry.


- Abre logo, Harry. – disse Rony ansioso, ele parecia saber o que era.


Quando Harry soltou a coruja ela vôo em direção a Tiago. Que pega um pergaminho que ninguém tinha notado preso a perna da coruja.


Harry rasga todo o embrulho e fica maravilhado quando aparece para ele uma Nimbus 2000. A vassoura mais moderna que existia.


- Uau. – foi o que conseguiu dizer Rony, ele não esperava tanto.


- Mais o que tem de mais nesta vassoura. – perguntou Hermione só para implicar.


- Esta belezinha é somente a vassoura mais moderna que existe. Com ela o Harry será capaz de pegar o pomo antes de qualquer um. – retrucou o ruivo.


- Enquanto vocês ficam discutindo o sexo dos anjos. Eu vou guardar isso antes das aulas. – disse Harry.


Os dois coraram. E Rony perguntou para ela baixinho:


- Sexo dos Anjos? Que é isso?


Mas antes da resposta da menina, Malfoy chega com seus dois capangas.


- Ser o herói do mundo bruxo tem suas vantagens. O Potterzinho conseguiu entrar para equipe de quadribol e ganhou uma vassoura nova.


- Inveja mata, Malfoy. – Disse Harry dando as costas para o loiro e tentando sair.


- Não me dê às costas, Potter. – disse o sonserino.


- Por quê? Você não tem coragem nem para atacar alguém pelas costas. Não preciso ter medo de você. – disse o moreno sem se virar.


- Não. Então que tal um duelo a meia-noite na sala de troféus. – desafiou Malfoy.


- Eu serei o padrinho dele. – disse Rony se levantando e recebendo um olhar aborrecido de Hermione. – Quem será o seu?


Malfoy parou e analisou os seus dois colegas e disse:


- Crabbe.


- Pois bem pode nos esperar. – respondeu o ruivo fazendo o loiro se afastar com um sorrisinho no rosto.


- Eu não acho uma boa idéia isso. – disse a morena.


- Esse camarada tem que aprender uma lição. – disse Harry deixando a colega pasma.


 


Minerva encontrou com Tiago pouco após o café e foi logo se impondo.


- Tiago, por que cargas d’água você deu uma vassoura para o seu filho?


-Ora, Mimi, ele agora é da equipe, precisa de uma vassoura. Foi você mesma quem escolheu ele, se lembra. – disse ele com se aquilo não fosse importante.


- Mas tinha que ser a melhor? – perguntou a professora preocupada com o que os outros iam falar dela permitir isso.


- Mimi, ele é meu filho e eu quero o melhor para ele. Assim ele ganhará facilmente os jogos para a Grifinória. – disse ele como se aquilo fosse lógico. – eu já até comprei uma vassoura para a Let’s, quero manter a tradição da família. Sem contar que quem me deu aquela vassoura quando eu fui escolhido foi você.


A professora ficou chocada com a revelação, mas pensando bem, se ela tinha um jogador tão bom como o menino, por que não incentivar. Principalmente se ele não tinha família.  Ela agora estava feliz por ter ajudado o pequeno ‘Tiago’, nem mesmo Snape poderia falar sobre a vassoura.


 


 


- Vocês dois vão acabar se metendo em confusão. – disse Hermione pela milésima vez desde o café para os dois teimosos. – e quando isso acontecer eu vou rir de mais.


- Hermione, agora é tarde. Sem contar que é só ir lá derrotar o Mala e voltar para minha cama. – disse Harry saindo pelo buraco do retrato acompanhado por Rony e Hermione.


- Bom vou deixar vocês se estreparem sozinhos. – disse ela se virando para o retrato que havia se fechado para dizer a senha. – Droga. A culpa é de vocês. Se eu for pega aqui fora eu mato vocês. Então só me resta acompanhá-los e contar a história toda.


- Então vamos logo, menina. – disse Rony irritado.


Os três foram silenciosamente até a sala dos troféus. Parecia que ia tudo ficar bem.


Deu meia-noite, deu meia-noite e dez, e nada dos Sonserinos chegarem. Eles foram ficando tensos, até que ouviram alguém se aproximando.


- Me falaram que teriam alunos fora da cama, aqui. Minha querida.


Era a voz do zelador falando para a sua gata.


- É uma armadilha. – disse baixinho Harry para os outros. – vamos sair daqui, rápido.


E assim foi, eles saíram pela outra porta quando a luz da vela  do Flinch iluminou o salão.


Nenhum deles olhou para trás, mas parecia que o velho estava seguindo eles. Até que eles pararam em frente a uma porta que parecia trancada e que não era aberta a muito tempo.


- Está trancada. – disse Rony.


- Se afastem, eu sei como abrir. – disse Hermione. – Aloromorra.


A porta se abriu. Harry empurrou para dentro da sala um Rony impressionado com a menina depois que esta também entrou fechando a porta.


- Espero que ele ache que a porta ainda está trancada. – sussurrou o moreno para os dois.


Foram ouvidos passos atrás da porta, primeiro se aproximando depois afastando. Então eles relaxaram. Neste instante os três sentiram um ar quente na nuca, já que todos estavam virados para a porta escutando. Como um eles se viraram e se depararam com um enorme cachorro de três cabeças.


Sem nem mesmo pensar na possibilidade de serem pegos eles saíram correndo da sala, sem prestar a atenção que a porta se fechou sozinha.


Eles continuaram correndo por alguns corredores, quando pararam para respirar e tomar noção de onde estavam.


Harry tentou falar algo para os outros dois. Mas não parou quando sentiu sua orelha ser puxada, assim como a do Rony.


-Bonito, marcando duelos para horário proibido. Vocês não sabem o trabalho que deu despistar o Flinch. Vamos para minha sala. – disse ele arrastando os dois que estavam reclamando de dor e sendo seguido por uma Hermione pálida.


Os três meninos se sentaram em cadeiras conjuradas pelo auror, que permaneceu em pé.


- Eu não sei o que falar para vocês. Então por isso vou deixar para Srta. Granger falar, por que sei que ela foi para lá com vocês por culpa de vocês.


Quando ele terminou de falar Hermione estava vermelha de vergonha, mas com um olhar assassino ao se lembrar que a culpa era dos dois.


- Onde já se viu isso, arriscar perder pontos, só para provar para um idiota que era melhor que ele. Isso só os torna mais idiotas. – ela estava quase gritando com os dois, se esquecendo que estava na presença do pai de um deles. – E quase me levaram junto. Espero que vocês tenham aprendido a lição.


- Sim aprendemos. – disse Rony de cabeça baixa.


- Mas eu não entendi por que um Cérbero estava trancado em uma sala em uma ala abandonada. – disse Harry para o pai.


- Você não viu que ele estava em cima de alguma coisa. – disse ela ainda sem se lembrar que Tiago estava lá.


- Não eu fiquei prestando mais atenção nas três cabeças. – disse Rony.


- Não sei, mas deve ser por isso que a ala esta interditada e seu acesso proibido. – disse Tiago assustando Hermione que estava de costas para ele.


- Como proibida? – perguntou a menina sem olhar para o homem.


- É mais fácil afastar os alunos de lá se você não falar nada, do que falando que é proibida. O que é proibido é mais gostoso. E são poucos os que têm o conhecimento do feitiço para abrir portas. – disse o inominável. – Vocês terão detenção por causa disso. E nem adianta reclamar, vocês merecem. No sábado viram até aqui e só saíram quando tiveram terminado todos os deveres, eu estarei aqui para me certificar disso. E fiquem felizes, se não eu conto para a mães de vocês dois.


Os meninos ficaram cabisbaixos com a detenção, mas até que ela não era das mais chatas, Hermione estava radiante, era a melhor detenção que ela podia, ela iria estudar e teria um auror para tirar suas duvidas.


- Agora é melhor que vocês vão para a cama. Eu acompanho vocês. - disse Tiago.


Assim o grupo foi para a torre da Grifinória. A Madame Gorda não reclamou dos três por que eles estavam na presença de uma autoridade.


Quando eles se separaram, Mione percebeu que tinha algo para falar.


- Da próxima vez, nós poderemos não ter tanta sorte assim da próxima. Podemos morrer ou pior sermos expulsos do colégio. Seu pai foi bem legal, Harry.


- Isso você diz por que não foi a sua orelha que ele puxou. – disse o moreno subindo com Rony antes que o ruivo falasse algo que magoaria a menina.


 


 


Tiago estava nervoso, andava de um lado para outro da sala.


- Pai, assim eu vou vomitar. – disse Letícia.


- Desculpe, minha rainha. Mas o papai tá nervoso. – disse ele ao se sentar ao lado da menina e esta se aconchegar nele.


- Por que tanto nervosismo? – perguntou Lilian.


- É hoje que vai para a escola o auror em treinamento que me fizeram aceitar. Você sabe muito bem como eu não gosto deste negócio de ensinar alguém. Principalmente quando está pessoa só tá no meu pé para falar tudo o que eu faço para o idiota do Rufus. – disse o menino.


- Mas você nem sabe quem é a pessoa. Como você sabe disso. – perguntou a ruiva percebendo que a filha tinha dormido durante o carinho feito pelo pai e este não percebeu.


- Você espera algo de diferente do Rufus e do Cornélio? Não. E você se lembra da última vez que eu fui ‘professor’, na AD. Fui traído pela melhor amiga da menina com quem eu estava ficando. Ainda bem que o relacionamento não foi para frente. Eu já não agüentava os ciúmes da Chang. - disse ele de cabeça baixa como se sofresse ao se lembrar daqueles dias.


- Ainda bem. – disse ela com ciúmes.


- Meu anjo. Eu já disse mais de mil vezes que ela nunca foi importante na minha vida. Foi somente uma atração por algo diferente, nunca conseguiria ficar com ela como estou com você. – disse ele a puxando com um feitiço e a beijando.


 No começo ela relutava em aceitar o beijo, mas como ele é teimoso e não desistiria ela participou do beijo se esquecendo do motivo da briga.


 


 


Harry e Rony estavam se indo para a biblioteca pesquisar para o dever do Snape. Eles tinham tirado nota baixa no ultimo dever e precisavam de se recuperar no próximo.


Harry sabia que podia falar com seu pai e a nota seria revista para algo que seria o digno para o que apresentaram. Mas ele preferiu mostrar para o professor que ele podia fazer um dever perfeito.


Depois de fazer uma curva eles viram algo que os deixou de sangue quente.


Três sonserinos do sétimo ano estavam envolta de uma menina encolhida no chão, com os seus livros e pergaminhos espalhados pelo chão. Esta menina era Hermione.


Sem pensar nas conseqüências eles largaram as suas mochilas, sacaram as varinhas e partiram para cima dos verdinhos.


Rony, que não sabia nenhum feitiço de duelo, usou um que tinha aprendido em uma aula que tinha dividido a mesa com a menina que estava no chão. Ele chegou gritando e chamando a atenção dos brutamontes.


- Vingardium Leviosa. – o garoto que estava no meio saiu voando e bateu no teto largando a sua varinha e ficando ali preso.


Rony aproveitando a brecha na formação dos adversários corre para a menina e se posta a sua frente para protegê-la.


Harry esperou o amigo se posicionar e falou para os outros dois.


- Vocês são meus.


Os dois começaram a rir.


- Só por que é famoso, acha que pode nos vencer? Vamos te mandar para o hospital só por causa da detenção que seu pai nos aplicou. – disse o que parecia ser o chefe.


- EU acho que não. – disse Harry.


- Estupefaça. Petrificus Totalis. - Disse o moreno acertando os dois sem que eles tivessem tempo para reagir.


- Mas o que é isso. – eles escutaram alguém falando.


Quando se viraram estavam de frente para Snape e McGonagall, sendo esta quem falou.


- Nós... - começou Harry.


- Eles só me protegeram. – disse Hermione. – Os três me ameaçaram e me xingaram. E como eu li sobre os feitiços de duelo achei que podia enfrentá-los, não achei que vinham todos para cima de mim. Mas quando eu já estava no chão e eles iam machucar gravemente, Rony e Harry chegaram e o resultado e esse, não sei como eles fizeram isso, mas eu só posso agradecer.


Ela mentiu sabendo que se contasse a verdade os meninos iam ter problemas sérios.


- Bom Srta Granger por seu comportamento eu devo tirar quinze pontos da sua casa. Para os dois – os meninos já tinham abaixado a cabeça aceitando a punição. – eu estarei concedendo dez pontos para cada. E quando aos três eles receberam detenções com o nosso zelador e perderam quinze pontos cada.


- Mas Minerva... – começou Snape.


- Mas nada, Severo. Eles provocaram, começaram um duelo com uma caloura e perderam um duelo para outros dois e até pouco. E vocês três por favor voltem ao que iam fazer antes do ocorrido.


Os três saíram rapidinho dali depois de recolherem os matérias da meninas que ainda estavam espalhados. Depois da primeira curva Hermione para e fala para os dois.


- Obrigada. – e como um abraço apertado em Harry e um beijinho no rosto de Rony saiu feliz. Agora ela sabia que tinha dois amigos, se isso não era atitude de amigos ela não sabia o que podia ser.


- Mas só cinco pontos. – reclamou Rony depois de recuperar do beijo.


- Não reclama. – disse alguém atrás deles. – Se fosse somente o Snape, a essa hora vocês três estariam limpando as masmorras com cotonetes.


Os meninos se viraram e viram um sorridente Tiago.


- Meus parabéns pelos feitiços bem executados. Vocês agora só têm que repetir isso nas provas e tudo ficará fácil para vocês.


- Obrigado. – disseram os dois vermelhos de vergonha, mas não sabiam se era pelo fato do auror ter visto o duelo, ou pelo elogio.


Eles iam seguir o caminho por onde a morena tinha sumido quando um barulho de algo caindo chamou atenção dos três. Eles viraram para trás e viram era uma armadura que tinha caído. Mas parecia que tinha alguém em baixo.

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