Cortador de Grama




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Emmeline segurou a guia daquela coisa. Aquilo não podia ser tão difícil, podia? Puxou a cordinha e ligou o cortador de grama, segurando firmemente o guidão do carrinho. Mas logo viu que não era tão fácil assim como Edgar mostrava ser, e percebeu isso quando viu a força que tinha que usar pra segurar para o carrinho não ir correndo loucamente pelo seu jardim. Aquela coisa era forte, muito muito forte. Pena que não podia usar magia, afinal, estavam num bairro trouxa.

Segurou com mais força o cilindro preto de metal, começando a caminhar lentamente, sentindo os fiapos de grama atingirem as suas pernas desnudas sem dó nem piedade, pinicando-as. Certo, agora entendia por que o marido sempre fazia aquilo com calças compridas.

-Hey, e aí vizinha? – Um vizinho cumprimentou-a enquanto passeava pela calçada e ela levantou uma mão para dar oi pra ele, voltando rapidamente para a máquina á frente de seu corpo, quase perdendo o controle. Ajeitou a viseira com o cotovelo e deu graças á Merlin por estar com luvas brancas, a camiseta pólo azul, o short branco e o tênis, e com os cabelos loiros atados á nuca. Afinal, morreria de calor se não estivesse com aquilo tudo.

Continuou com a sua caminhada devagar, ignorando as folhas que batiam em sua perna. Em alguns minutos tinha terminado metade do quintal. Apostava que Edgar não estava se saindo tão bem fazendo a sua tarefa – fazer uma torta de abóbora para os convidados dele e lavar a louça depois. Sem quebrar nada. E se pudesse, ele ainda tiraria pó de algumas coisas da casa. Era isso que faria se estivesse no lugar dele, afinal. E aquela troca de papéis estava sendo ótima naquele dia. Não precisaria ser uma anfitriã tão boa, afinal o homem só fazia sala para as visitas. Edgar que iria cuidar do jantar e de tudo mais. Sorriu. Certo, aquilo era maldade, mas não fora ela que propusera aquilo. Só estava aproveitando, afinal.

Emmeline continuou a fazer o seu trabalho, agora no outro lado do quintal. Foi quando se deparou com uma coisa, uma coisa altamente nojenta, absolutamente repulsiva. Uma coisa da qual tinha um nojo enorme. Não podia fazer aquilo. Simplesmente não PODIA!

-EDGAAAR! – Ela gritou saindo de perto da coisa nojenta, vendo o marido chegar rapidamente ao quintal, limpando as mãos no avental.

-O que foi Emmy? Foi picada por alguma coisa? Tá tudo bem? – Ele estava genuinamente preocupado, e ela quase sorriu. Ele tinha farinha no nariz, abóbora na bochecha e algo como geléia nos cabelos loiros. Estava adorável.

-Uma lesma! Uma lesma grande, gosmenta e nojenta Edgar, por favor tira ela daí! – Ela pediu abraçando o marido ao ver aquela coisa se mover novamente. Era uma lesma realmente grande, nojenta e gosmenta, toda preta. Soltava gosma por baixo. E estava na grama, bem em cima. Edgar foi até dentro da casa, pegou um punhado de sal e jogou em cima do bichinho, que foi morrendo. Depois enrolou a mão em um saco de lixo e pegou a lesma, virando o saco ao contrário e amarrando-o, indo lavar as mãos depois de jogar na lata de lixo na frente da casa. Emmeline então encarou os olhos verdes de Edgar e sorriu, assim que ele voltou para falar com ela.

-Meu herói – Ela disse rindo, dando um beijo rápido nos lábios dele.

-Você é a princesa em perigo? Porque se for, eu posso te salvar de outros jeitos também – Ele replicou sorrindo maliciosamente, e ela deu um soco fraco no braço dele.

-Edgar, vá terminar o jantar enquanto eu termino isso. – Ele encarou as orbes azuis da mulher e deixou a cabeça pender para o lado.

-E se tiverem mais lesmas? – Ele perguntou e ela fez uma careta.

-Agora eu já sei como matá-las. Vou enfrentar meu medo, como uma boa grifinória. Agora vai logo! – Ela o empurrou para dentro de casa e pegou novamente o cortador de grama, ligando o motorzinho puxando a cordinha e começando a cortar a grama de novo. Assim que terminou entrou em casa e foi para o chuveiro, se sentindo nojenta só de ver aquela lesma. Nunca mais faria aquilo, não antes de dedetizarem a casa e o quintal. E a casa e o quintal dos vizinhos, talvez.

Tirou a blusa pólo e o short, e em alguns minutos estava despida. Então entrou no chuveiro e sua boca foi tapada por mãos fortes, abafando seu grito, enquanto um braço prendia-a contra um corpo bem maior que o seu. Ela virou-se para ver quem era e deu um suspiro de alívio quando seus olhos encontraram os verdes de Edgar.

-Nunca mais faça isso comigo! – Ela disse, á cada palavra dando um tapa em Edgar. Ele só ria e se esquivava.

-Certo, certo, vou ser condenado por querer um tempo com a minha mulher... – Ele disse enlaçando-a pela cintura e colando suas testas antes de beijá-la. O beijo foi se tornando cada vez mais profundo até que Edgar pressionou o corpo da esposa contra o azulejo da parede, sob o jato da ducha.

Emmeline correspondeu fervorosamente, sentindo as mãos do marido passarem por todo o seu corpo, até pararem e segurarem seus seios, manipulando-os com delicadeza e fazendo-a arfar. Emmeline jogou a cabeça para trás quando ele tocou seu ponto íntimo entre as pernas com um dedo e começou a fazer deliciosos movimentos circulares, arrancando-lhe gemidos altos. Ele então sugou a pele logo abaixo das orelhas dela e tirou as mãos do botão de prazer da mulher, penetrando-a profundamente e arrancando um gemido de ambos.

-Quer dizer que a minha mulher lutou contra lesmas hoje? – Ele riu-se enquanto penetrava-a rapidamente, dando estocadas rápidas. Ela gemeu.

-Edgar, por favor, cala a boca e faz isso rápido. Seus convidados devem estar chegando – Ela disse e ele riu, começando a fazer as estocadas cada vez mais devagar, enlouquecendo a mulher. Ao vê-la perder o controle, se agarrando a ele desesperadamente, ele começou a estocar mais forte. Ambos chegaram lá juntos e ela então pegou o sabonete e começou a se ensaboar. Edgar tomou o sabonete de suas mãos e fez o trabalho dela, deixando-a fazer o seu. Enrolou-se no roupão e secou-a com a toalha. Logo estavam vestidos e prontos para o jantar de negócios.

Então ouviram a campainha e se aprontaram, mas então um berro foi ouvido, e um barulho de motor. Edgar e Emmeline se olharam.

-O cortador de grama!

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