Confusões



N/A: Gente... Minha beta sumiu! O.o. Menina se você estiver vendo esse capítulo me dê noticias. Tô preocupada.
Então como vocês devem imaginar esse capítulo foi revisado por mim. Se houver alguns errinhos, me desculpem.
Tem action D/G... espero que gostem!

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Capítulo 4 – Confusões

Christye levantou cedo naquele dia.
A noite havia sido agitada e ela decidiu correr um pouco para aproveitar o clima agradável do começo da manhã.

Vestiu um conjunto de moletom cinza, prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e calçou tênis.

Correu tempo suficiente para sentir-se bem disposta e esquecer a noite mal dormida. Olhou para o relógio e ainda era cedo demais... Ginny ainda não teria voltado do plantão... E Christye não estava nem um pouco a fim de ir para a cozinha tão cedo...

Passou ao lado de um pequeno café discreto e aconchegante... Decidiu tomar café por ali mesmo.

O café tinha uma boa iluminação e pequenas poltronas ao redor das mesas. No balcão algumas banquetas altas e acolchoadas deixavam o ambiente agradável. O fato de haver poucas pessoas também ajudava bastante...
Christye foi até o balcão, seria muito triste sentar em uma mesa sozinha.
Pediu uma água antes do café...

Na TV passava notícias em um jornal matinal e ela se virou para prestar atenção...

Viu então uma mesa com dois casais, mas não deu muita atenção...
Apenas uma gargalhada, um pouco escandalosa demais, tirou sua concentração da TV...

Os casais estavam num canto mais reservado do café, pelas roupas, deviam ter acabado de sair da balada e ela pensou se ainda teria pique para virar a noite na rua... Sua curiosidade a fez continuar olhando os casais...
E de repente ela sentiu seu estômago remexer desconfortável... Ela ficou mais atenta, conhecia um dos rapazes... Assim de longe, era difícil confirmar... Mas ele lhe parecia muito... Muito familiar...

Quando seu café chegou, ela decidiu ir mais próxima daquela mesa... Tentando ser discreta, foi caminhando para outra mesa próxima, ainda olhando os casais, tentando enxergar melhor aquele homem...

As mulheres vestiam-se de modo vulgar e ela pensou o que dois homens elegantes como aqueles faziam com aquelas mulheres... Bem, talvez não fosse tão difícil imaginar... As mulheres estavam com maquiagem demais e os cabelos eram lisos e loiros, falsos com certeza. Os homens também eram loiros... E, de repente, ela se deu conta... Aquele que estava de frente a ela, que ela tentava reconhecer... Aqueles cabelos caindo aos olhos e aquele sorriso... Só podia ser...

“Draco Malfoy”. Essa constatação a fez parar. Se aquele era Draco... Então, o homem de costas a ela, que conversava alegremente com aquela mulher que havia gargalhado a pouco, que o olhava de um jeito vulgar e se oferecia a ele... Deveria ser...

- Mark! – ela falou muito mais alto do que havia planejado. O rapaz de costas virou-se lentamente, confirmando as suspeitas. Ele vestia uma camisa escura que estava com os dois primeiros botões abertos, os cabelos arrumados, mas o rosto sinalava que havia passado a noite na balada, bebendo... Sua mão estava repousada nas pernas despidas da mulher...
Christye olhava aquela cena como se fosse um filme... Seu olhar cruzou com o de Mark por alguns instantes e ela não conseguiu se mover, sua mente a ordenava a agir naturalmente, cumprimentá-los e ir embora, mas ela simplesmente não conseguia. Depois de tantos anos, nunca o tinha visto daquela maneira, com aquele tipo de mulher... Ele continuava a encará-la sem reação.

Ela começou a dar passos para trás sem se virar... Precisava sair dali o mais rápido possível.

- Christye, junte-se a nós! – exclamou Draco Malfoy que parecia alheio ao que estava realmente acontecendo. Ela não queria participar disso, não queria ver essa cena mais de perto, não podia fingir que estava tudo bem... Mark também olhou para seu amigo e de volta a Christye, a idéia de tê-la naquela mesa não lhe pareceu nada confortável.

Ela tentou esboçar um sorriso enquanto continuava a caminhar de costas em direção a porta, mas não conseguiu... Quando percebeu que Malfoy estava para se levantar, virou-se bruscamente para sair do café e trombou violentamente com o garçom fazendo o s dois caírem sentados e a bandeja que estava carregando espalhada pelo chão... Seu café caiu sobre ela fazendo-a soltar um gritinho de dor.
Draco foi o primeiro a chegar...

- Christye, você está bem? – perguntou estendendo a mão para ela levantar.

- Tô! Obrigada! – ela estava corada e olhou em direção a Mark que ainda estava sentado e continuava a encará-la. Levantou-se e observou o estrago que havia feito. O garçom tentava recolher os cacos de vidro da jarra de suco e os cookies molhados que rodopiavam pelo chão... As mulheres da mesa a engolia com os olhos não gostando muito da atenção que os homens lhe dedicavam.

- Mil desculpas! Eu... Eu... Sinto muito! – Christye se desculpava com o garçom tentando ajudá-lo a recolher as coisas.

- Vem, sente aqui um pouco. Tá tudo bem! – chamou Draco. Ela olhou novamente para Mark que agora encarava o chão.

- Draco, obrigada. Mas acho melhor eu ir embora. – Os olhos dela estavam úmidos e Draco finalmente percebeu que havia algo errado.

- Aconteceu alguma coisa, além disso? – perguntou apontando para o garçom que tentava limpar o chão. Ela o encarou ponderando se deveria dizer alguma coisa.

- Não. Eu só preciso ir embora trocar essa roupa molhada. Até mais. – e ela foi embora. E as lágrimas deixaram de ser contidas... E ela voltou a correr... Tentando esquecer, tentando fugir, tentando não sentir...

.:::: Esses Nossos Amigos ::::.

A campainha tocava insistentemente...
Draco se mexeu na cama irritado... Tentou tapar os ouvidos com o travesseiro, mas foi inútil...
A campainha não parava e ele levantou-se a contragosto...

- O que você quer? – perguntou irritado ao abrir a porta. Ginny entrou raivosa. Ele a encarou contrariado. – Ahh, entre! Sinta-se em casa! – disse sarcasticamente.

- O que você fez? – perguntou ela nervosa.

- Como assim? – ele coçou a cabeça e perguntou sem entender o que ela fazia ali.

- O que você está fazendo com o Mark? – insistiu.

- Peraí, do que você está falando? – ele a encarava confuso.

- Você sabe... Tô falando do que fez Christye chegar em casa chorando. – ela apontava o dedo acusando-o.

- Hum?! – ele ainda não entendia o que ela fazia ali. – Quer dizer que você bate na minha casa, me acorda e age como se eu lhe devesse satisfações de um assunto que nem diz respeito a mim? – ele se aproximava perigosamente dela enquanto falava. Ela o encarava assustada e deu dois passos para trás batendo as costas no aparador.

- Eu... É... – Ela piscou três vezes. – Será que você poderia colocar uma roupa? – só agora ela havia se dado conta de que ele vestia apenas uma cueca boxer preta, o peito nu e os cabelos desalinhados.

- Te incomodo vestido assim? – ele estava ainda mais próximo dela e a encarava. Sua voz era baixa e ameaçadora. Ela passou as mãos no cabelo nervosamente e tentou desviar os olhos do peito dele.

- Você... Você... Não deveria receber as pessoas vestido assim. – ela disse quando finalmente conseguiu encará-lo.

- Acontece... – a voz dele continuava baixa e agora parecia com uma raiva contida. – Que eu não te convidei para entrar. – ela mordeu o lábio inferior, nervosa. – E em relação à Christye, acho que você deveria falar com ele e não comigo. Caso eu tenha que falar algo, seria diretamente a ela e não a você.

- Mas foi por sua causa que ele saiu. – ela gritou nervosa tentando sair de perto dele.

- Mas eu não o obriguei. – ele respondeu ainda mais baixo e abriu a porta. – Além do mais, ele é maior de idade e você não é a mãe dele. – ele colocou as mãos nas costas dela e a empurrou em direção à saída. – Agora se me der licença, preciso dormir.

- Você é um grosso! – ela disse saindo pisando duro. Ele bateu a porta e bufou. “Intrometida”.

“Idiota”. Ela pensou assim que ele bateu a porta. Não conseguia entender porque ele a irritava tanto. Mas ela sabia assim que o conheceu que ele faria tudo ficar diferente. Mas não podia aceitar que ele fizesse Mark agir como ele e ainda por cima fazer sua amiga sofrer. Justo agora, depois de tanto tempo, ela havia conseguido fazer os dois se aproximar pra valer. Isso não ia ficar assim.


.:::: Esses Nossos Amigos ::::.


Christye passou a maior parte do dia no quarto. Depois da tristeza veio a decepção. Era difícil de acreditar que seu Mark estivesse àquela hora da manhã num café com uma mulher qualquer. Talvez tudo que aconteceu há dias atrás não tivesse passado de uma amizade e ela que havia fantasiado demais.

Ela respirou profundamente e remexeu-se na cama, preguiçosa. Não poderia ficar assim para sempre, afinal de contas eles eram apenas amigos. Olhou para a janela e a tarde caía tranqüila, logo escureceria...
Ela precisava se distrair.

- Ginny, que tal dar uma volta no shopping? – perguntou juntando-se a amiga na sala. Seu rosto inchado demonstrava que havia chorado a maior parte do dia e seu sorriso ainda era triste mas sua amiga sorriu satisfeita ao vê-la fora do quarto.

- Claro. – a amiga topou na hora sem fazer muitas perguntas, pois sabia que ela precisava apenas de apoio agora. – Que bom que saiu do quarto. – Ginny abraçou a amiga e foi se trocar.


.:::: Esses Nossos Amigos ::::.


No saguão do prédio, encontraram-se com os rapazes.

- Oi Christye, tudo bem? – cumprimentou Draco.

- Olá Draco. – respondeu com um leve sorriso. Assim como Draco e Ginny apenas se encararam, Christye e Mark também.

- Que confusão aquela hoje de manhã né? – Draco tentou iniciar um assunto.

- Pois é, acho que sou desastrada demais. – Christye respondeu evitando olhar para Mark.

- Olá Christye. – Disse Mark com cautela, esboçando um leve sorriso.

- Oi! – Christye respondeu seca, sem nem olhar para ele.

O clima ficou estranho e pesado. Mark tentava encontrar uma forma de falar com Christye... Ginny evitava olhar para Draco pois, quando seus olhares se cruzaram, ela lembrou-se da briga mais cedo e ele esboçou um sorriso metido, arqueando a sobrancelha, o que a fez corar de raiva.
Christye foi a primeira a decidir sair do prédio; quando foi abrir a porta Mark o fez.

- Podemos conversar? – ele disse baixinho ao abrir a porta.

- Acho que não temos nada para falar. – ela disse séria ao passar por ele.

- Hoje de manhã... – ele insistiu em começar um conversa...

- Hoje eu encontrei dois amigos voltando da balada com duas vagabundas... – ela o encarou séria com mágoa nos olhos e ele desviou o olhar, estava em terreno hostil.

- Só queria que você soubesse...

- Eu sei que você não me deve satisfações. Só acho que você deveria escolher melhor suas namoradas. – eles se encararam por um tempo.

- Ela não é... – ele começou mas ela não o deixou terminar.

- Não me interessa. – disse encerrando o assunto. E eles se encararam novamente. Ele sabia que não deveria insistir. Até abriu a boca para falar novamente, mas o olhar de Christye o fez desistir.

- Vamos Ginny! – chamou Christye. – Tchau meninos. – e elas saíram sem nem olhar para trás, deixando Mark com uma expressão derrotada e Draco com um meio sorriso enigmático.

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N/A: O que acharam?
Reviews são sempre muito bem-vindas.
Obrigada de coração pra quem tem lido e comentado minha fic. Estou desanimada com a aparente falta de interesse pela minha historia, mas ainda assim pretendo terminar essa fic.
Até o próximo capítulo que já está pronto.

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