Viva la France!
CAPÍTULO 12 - VIVA LA FRANCE!
- HERMIONE, VEJA ISSO – FOI O QUE HARRY DISSE ao terminar de ler aquela manchete em vermelho vivo, sobre uma foto dele tirada na ocasião em que recebeu a Ordem de Merlin. Passou o jornal para que a amiga pudesse ler:
“Informamos que na noite de ontem, Harry Tiago Potter foi seqüestrado por Belatrix Leastrenge, fragida à dois dias da prisão de Azkaban. Harry se encontrava na Reserva Nacional do Chifre-Longo Romeno, de férias com a família Wesley, cujo filho Carlos (Carlinhos) é funcionário da Reserva.
O diretor geral da Reserva afirmou que Carlinhos tinha permissão para trazer familiares até a sua cabana, ficando responsável por eles. No entanto, ele não será demitido pois ‘Homens de talento e paixão por répteis iguais a Carlinhos são difíceis de achar’. Além disso, ‘Ninguém poderia prever um ataque de Comensal com o Ministério tomando todas as providências cabíveis’ afirmou o Sr. Artur Wesley, funcionário do Ministério e testemunha do ataque.
‘Ela nos pegou desprevinidos, não pudemos fazer muita coisa’ garantiu a Sra. Molly Wesley. Segundo ela, ninguém ficou sabendo que Belatrix havia fugido de Azkaban porque estavam ocupados coma viagem, e ninguém leu o noticiário na manhã da partida. Leastrenge atacou à noite, encontrando Harry desarmado. Quando seus amigos tentaram salvá-lo, ela desaparatou com os quatro.
O paradeiro de Potter e seus amigos ainda é desconhecido, mas o Ministro Interino Olaf McMillan assegurou que o Quartel General dos Aurores está alerta a qualquer vestígio de Leastrenge, e não atenderá o pedido da Comensal até que ela diga onde Potter está, e se está seguro: ‘Não vamos soltar todos os Comensais em Azkaban e participar dessa possível chantagem’ McMillan se refere ao bilhete encontrado hoje cedo, na porta do seu gabinete, com a assinatura de Belatrix.”
Harry não sabia o que fazer, primeiro pensou que Belatrix havia batido a cabeça ao desaparatar, e feito uma loucura daquelas, mas depois que Rony e Gina leram a notícia do Profeta, começaram a raciocinar:
- É óbvio que ela não nos seqüestrou – disse Rony, não ajudando em nada.
- Mas é o que todo mundo pensa – disse Gina – porque nós e Belatrix desaparatamos no mesmo instante.
- Graças à Hermione é que nós não fomos realmente seqüestrados – agradeceu Harry.
- Obrigada – retribuiu Hermione – eu realmente acho que o gênio de verdade aqui é a Leastrenge.
- Por quê? – todos perguntaram, assombrados.
- Logicamente – ela começou a fitar o teto, pensativa – esse “seqüestro” é uma forma de obrigar o Ministério a trabalhar ao seu favor.
- Isso! – Harry começava a entender – Vai ser muito difícil procurar por mim sem nenhum outro Comensal foragido ajudando ela, ainda mais sendo perseguida pelo Ministério – ele respirou – No entanto, com essa pista falsa, os aurores fazem todo o trabalho de detetive por ela!
- Meu Deus! – Rony bateu o punho na testa – Essa goles foi bem no aro!
- Mas não podemos simplismente avisar aos aurores onde estamos, e dizer que tudo o que ela disse é falso? – sugeriu Gina.
- Não acho uma boa idéia – disse Harry.
- Pelo menos por enquanto – concordou Hermione – é melhor ficarmos onde estamos para poder medir os atos de Belatrix, e descobrir o que ela realmente quer.
- Mas ela quer a mim! – agora Harry protestava – Tenho certeza disso!
- Mas para quê, Harry? – Gina ponderou.
- É cara, sabe lá Merlin o que ela quer fazer com você – Rony acalmou-o.
- O que podemos fazer então? – perguntou-se Hermione, desabando no sofá de couro branco – Ficar aqui pro resto da vida?
Harry sabia que a amiga estava mais preocupada em conviver com o ciúme de sua prima, que praticamente rompia as paredes daquele apartamento para descobrir o que Rony e Hermione faziam, de verdade. Com certeza a hipótese de Marília sobre o sangue mágico de Hermione não era um elogio.
A barriga falante de Rony acordou Harry do seu devaneio.
- Acho que ainda não tomamos café, não é mesmo? – perguntou Harry, e Hermione levantou, muito a contragosto, do sofá.
Quando retornaram ao piso inferior, ele estava moderadamente mais cheio que antes, com alguns grupos de excursionistas australianos. Ao notar a nacionalidade do grupo, Rony fitou Hermione.
- Duvido que meus pais tenham, mesmo enfeitiçados, uma preferência gastronômica tão bizarra - garantiu ela.
Sentaram numa mesa em frente á janela, observando a rua já apinhada de turistas desesperdos pela possibilidade de perder algum segundo da bela rotina parisiense. Marília terminou de atender o grupo de excursionistas e se digiriu para eles:
- O que desejam? – o plural claramente desconsiderava as moças, mas Hermione cortou-a:
- Nós vamos querer uma xícara bem grande de cappuccino e uma torta de framboesa – respondeu ela, sem consultar os demais e pousando o menu delicadamente sobre a mesa, em tom de desafio.
O pedido deles chegou mais rápido que o dos australianos.
- É mesmo impressionante a boa vontade nos dias de hoje – disse Hermine, entregando a ela uma gorjeta significativa. Marília saiu tagarelando alguma coisa que só Hermione compreendeu, mas não quis dividir.
- Ei, podemos usar Poção Polissuco! – disse Rony, espiando a cor e a textura do seu cappuccino.
- Nossos estoques estão muito limitados Rony – disse Harry – e não temos tempo para preparar mais. Usamos muito o ano passado.
- Vamos usar somente quando não tivermos outra opção – alertou Gina.
Nesse instante, Harry deteve-se em observar o trânsito: aquele mar de gente desconhecida com o mesmo perfil de turista, reunidos em umas duas centenas de pontos turísticos, muitos com mais de um modo de acesso....
- O que vocês acham de conhecer a cidade? – ele perguntou, e os outros ficaram tontos com a súbita mudança de assunto.
- Harry, nós não temos tempo para... – Hermione se deteve – para ficar andando por aí nessa multidão – seus olhos se arregalaram – HARRY EU TE AMO! – e puxou-o pelo colarinho, dando um forte abraço.
Todos no restaurante viraram na direção deles.
- Eu sabia que vocês dois combinavam! – forçou Marília.
- Cala a boca! – disse Gina, para Marília – Hermione, ele é meu NAMORADO!
Marília visivelmente perdeu o chão, era certo que seu alvo principal era Rony, por estar mais próximo emocionalmente de Hermione, mas perder Harry para Gina esta fora das suas expectativas.
- Se precisarem de algo mais ne avisem... – ela voltou para a cozinha, muda.
- Não liga não – disse Rony, até então avulso – daqui a pouco elas fazem as pazes.
Seja com for, elas “fariam as pazes” fora do restaurante, porque já haviam saído.
- Mas o que foi aquilo? – perguntou Harry, no que conseguiu se desvencilhar do abraço espantosamente forte de Hermione.
- Teatro – respondeu Hermione, timidamente.
- Só estamos fazendo isso, pra ela ver que não tá com nada – esclareceu Gina, diante dos olhares perplexos dos rapazes.
- Eu só estava esperando uma aportunidade – terminou Hermione.
Só puderam rir.
- Mas voltando ao assunto – disse Rony, após alguns minutos – qual é mesmo sua idéia, Harry?
- Vamos nos camuflar entre os trouxas – respondeu ele – para onde querem ir primeiro? Ao Arco do Triunfo, ao Louvre...
Os nomes eram familiares a Harry e Hermione, mas para Rony e Gina, pareciam outra língua.
- Harry, a França é um dos países menos mágicos do mundo – lembrou Gina – não conhecemos nada sobre esse país que não sobre a Belotrapo.
- Pois bem – disse Hermione – é bom pegarem uma caneta, ou pena – acrescentou após lhe ocorrer o episódio do albergue – e anotarem tudo, porque este é um dos destinos turísticos mais famosos do mundo trouxa.
Decididos por conhecer o Louvre, seguiram para o museu. No caminho, cruzaram com vários artistas de rua, fazendo os mais variados tipos de acrobacias e truques; algumas estátuas vivas e alguns atores fantasiados de Napoleão, dispostos a contar as mais escadalosas fofocas de séculos atrás.
Ao chegarem no pátio do museu, era impossível absorver toda a fachada com apenas um olhar, suas fontes eram cercadas de turistas, orientais, com suas potentes máquinas fotográficas, dispostos a registrar mesmo aquele nublado dia de início de outono.
Rony quase teve uma síncope quando pôs os olhos na pirâmide de vidro.
- Pelo amor de Deus, Rony – pediu Hermione – até parece que você já não viu as verdadeiras.
- É que é tão bonita! – as vidraças o hipnotizaram, e ele acabou se chocando contra uma das portas giratórias.
- Esses trouxas são mesmo uns loucos! – exclamou ele, desviando de uma velhinha que esperava para comprar o bilhete.
- Isso não é nada – alertou Harry – espere até ver a...
Escada-rolante, aquele objeto era para Rony o cúmplice de um homicídio eminente.
- O que é aquilo? – Rony observava, indignado, as pessoas subirem na máquina e serem engolidas pelo piso inferior.
- Calma Rony – tramqüilizou-o Gina – ainda temos que comprar os bilhetes.
- Estão aqui – Hermione havia se adiantado na fila – vamos? – ela indicou com a cabeça uma fila de catracas e detetores de metal: o purgatório antes do inferno.
- Encoste o bilhete no leitor da catraca – Harry sussurrou para Rony – aquele ponto vermelho brilhante.
Tudo ocorreu normalmente, até subirem na escada-rolante, e Rony sentir o solavanco inicial, quando o degrau começou a baixar sozinho.
- Nós vamos cair! Nós vamos cair! – ele gritava para quem estivesse disposto a ouvir.
- Eu não o conheço, não faço amínima idéia de quem ele é, e felizmente não compartinho nenhum laço de parentesco com essa pobre criatura – Gina falava consigo mesma, dois degrais acima.
- Até que não foi tão ruim – Hermione esforçava-se para desgrudá-lo do corrimão ao fim da descida.
- Ainda acho os trouxas loucos! – Rony suspirou.
Aquela área do museu era relativamente nova, onde ficavam as obras menos valiosas. As mais famosas como a “Mona Lisa” e a “Madona nas Pedras”, ficavam nas galerias superiores. No entanto, Hermione teve o bom- senso de não tomar o elevador com Rony tão cedo.
Foram observando calmamente algumas obras e seguiram pelo interminável corredor que ligava aquela ala ao prédio principal do museu, pela ala Denon, uma das três do prédio.
Consultaram o mapa que um vigia entregou a Gina, escrito em inglês, e perceberam que teriam que pegar o elevador, outro suplício.
Quando Hermione praticamente jogou Rony para fora da caixinha metálica, Harry leu uma das placas de orientação, escrito: “Grande Galeria”.
- É aqui – disse ele, seguindo pelo corredor, com alguns bustos de mármore ou outra pedra, guardados meticulosamente em caixas de vidro a prova de balas.
As paredes tinham um tom acinzentado, e o teto era de vidro revestido com um filme muito fino, provavelmente para proteger as obras dos raios ultravioleta, e quase não existia iluminação artificial. Os quadros eram pequenos, e não transmitiam grande interesse, seguiram pela Galeria.
Agora as paredes eram todas revestidas de cor-de-rosa, os rodapés de mármore no mesmo tom e o piso creme com o assoalho tinha padrões triangulares. As obras ali eram todas de pintores italianos, retratavam anjos, deuses e mulheres com feições delicadas. A concentração de visitantes ali era média, mas muita gente olhou quando Gina virou de costas e deu um gritinho:
- Meu Deus! Eles estão pelados! – ela se referia a um grupo de quatro quadros na parede oposta em que estava um quadro que Harry pensou ser da Anunciação do anjo Gabriel a Maria.
- Devem ser Adão e Eva – disse Hermione, era muito difícil decifrar o que estava escrito em letras miúdas naquela plaquinhas douradas, mas Harry duvidou que fossem Adão e Eva, pois eles pareciam dançar.
Dali segiram para o leste, fazendo o caminho de volta, e chegaram ao extremo daquela ala: o Salão Carré, onde as pinturas eram mais medievais. A primeira coisa que Harry viu foi um crucifixo de bronze ou ouro envelhecido e ao lado, uma imagem da Virgem com fundo folheado a ouro.
Aquele salão era na verdade um corredor um coredor bem largo e dividido em dois por uma fileira de “sofás de apreciação”, para os que gostam de ficar horas observando um quadro. As várias janelas davam mais segurança e tranqüilidade ao ambiente. Passaram quase uma hora ali, pois os quadros tinham muitos detalhes.
- Achei! – disse Hermione inesperadamente. Ela sentou em um dos sofás e estava procurando pela “Gioconde” no mapa faziam quase dez miutos – parece que ela está na “Salle des Etats”, a oeste daqui.
Recomeçaram a procissão, e Harry começou a se perguntar quatas vezes ainda iriam ir e voltar naquele museu.
Um imenso quadro cobria toda uma parede daquela minúscula sala anexa á Grande Galeria. Ele era uma mistura de uma escadaria, um céu azul, e centenas de pessoas. Po um momento Harry pensou se tratar da “Escola de Atenas”, mas lembrou-se que esse quadra estava no Vaticano, e não no Louvre.
Até que, todos viraram simultaneamente para a parede oposta, onde se encontrava ela, num nicho da extrutura, protegida com um grosso vidro inquebrável e um cordão de isolamento a meio metro de distância: a Mona Lisa de Leonardo da Vinci. Todo esse conjunto era cercado por uma enorme moldura de aço com detetores dos mais variados tipos.
Na frente da linha de isolamento, se adensava uma generosa fila, da qual uma Hermione aflita já participava.
- É linda não é? – dizia, quase aos prantos, para quem estivesse ao seu redor.
- Sim – Harry olhava distrído para os trouxas indignados com a ineficácia dos seus celulares, até que algum guarda os explicava que era uma interferência dos sistemas de segurança.
- Mas o que ela tem de tão especial? – Rony perguntou, transbordando de desdém, sendo quase asfixiado por Hermione.
- Ela é a pintura mais famosa do mundo! – explicou Hermione, esperando o que ele diria quando visse o soriso enigmático.
Ele não disse nada, como os outros três ele ficou completamente mudo. Os olhos da Mona Lisa pareciam fitar dentros das suas mentes, Harry não se atreveu em pensar qualquer coisa que o comprometesse, com medo que ela descobrisse.
Saíram da sala, ainda emtorpecidos com a imagem, literalmnte tontos e cambaleantes. Hermione e Gina procuraram o banheiro mais próximo, que por sinal ficava bem distante, e Harry e Rony sentaram-se num sofá.
- Você acha que a Hermione mudou desde que viemos para a França? – Rony perguntou após alguns minutos de ausência das duas.
- Não – para ser franco, Harry não pensava que Hermione era a mesma pessoa, talvez tivesse sido enfeitiçada ou...
Não poderia pensar nisso.
- Olá meninos, demoramos demais? –perguntou Gina.
- Pra dizer a verdade não – mentiu Harry, foram quase quinze minutos.
- Acho que nós vimos muito de Louvre por hoje, não acham? – perguntou Hermione – temos mais duas alas, e podemos ver outro dia qualquer.
- Vamos para outro lugar, não quero voltar tão cedo para aquele restaurante – reclamou Rony, e Hermione assentiu.
- Vamos subir – ela disse, para desespero de Rony.
- Não estou falando de elevador – argumentou – estou falando da Torre Eiffel!
Todos se animaram a princípio, mas sair dequele museu foi mais difícil que entrar. Mesmo com o mapa eles se paerderam, e tiveram que recorrer às saídas de emergência, uma coisa que sabiam onde ia terminar.
Quando finalmente conseguiram sair do prédio, o céu estava aberto, mas uma brisa fria e irritante imperava.
Estavam cansdos, então resolveram pegar um táxi, muito caro por sinal. Dessa forma foi mais fácil encontrar o Campo de Marte, apesar de estar bem sinalizado pela Torre, de qualquer forma.
Hermione agradeceu ao taxista, e lhe pagou. Por um momento, todos ficaram admirando a Torre.
- Ora, não vamos ficar aqui babando – Gina pôs-se a galgar o imenso garamado que os separava da Torre.
Eles correram, como se a Torre não fosse esperar por eles. Queriam estar lá no topo o mais rápido possível. Hermione foi na frente, para comprar os bilhetes, praticamente de graça.
A Torre não tinha elevador, então teriam que subir por vários lances de escadas.
Ao chegarem embaixo dela, todos tiveram o impulso de olhar para cima, admirando o vão central de vinte metros de comprimento. Quando subiram pelo pilar norte, chegaram ao primeiro patamar, onde duma plataforma, puderam visualizar todo o Campo de Marte, que áquela hora do dia estava salpicado de casais amantes.
Subiram mais uns oito lances de escadas e chegaram ao segundo patamar, e desta vez puderam ver quse toda a parte oeste da cidade, que parecia resplandecer: as fachadas dos diversos prédios históricos refletiam o sol.
De lá puderam pegar um elevador que os levaria até o último mirante da Torre Eiffel, Rony desta vez estava mais calmo, embora a altura não o animasse.
Daquela altura, puderam visualizar toda acidade de Paris, incluindo o museu recém visitado, e foi procurando o “Rabo do Gato” que Rony indagou por comida.
- Espere Ronald – o tom de Gina era autoritário – nós não subimos tudo isso para ficar aqui só um minuto.
Hermione então encontrou um passatempo: pegou seu guia da cidade e apostou quem conseguia encontrar o maior número de monumentos. Tudo correu bem até a contagem dos pontos, quando Rony e Hermione começaram a discutir qual seria a melhor definição para monumento.
Desceram.
Felizmente, havia um restaurante ali mesmo, na Torre, e Harry ficou feliz em saber que o humor do amigo logo melhoraria. Como se já não bastasse os dois enclausurados numa cabana no ano anterior.
- Acho que stou satisfeita – disse Hermione, ao pousar o garfo no prato outrora recheado de macarrão – o que vocês acham de pegarmos um atalho?
Hermione obviamente se referia à aparatação.
- Eu ainda não terminei de comer! – protestou Rony, com a boca cheia de galinha e molho.
- Pois acho melhor o senhor se apressar, antes que a Marília comece a bisbilhotar a nossa bagagem – disse Gina.
- Não se preocupem, eu lacrei todas usando o Feitiço da Senha – Hermione deu um risinho – nem em um milhão de anos ela iria conseguir abrí-las.
Após alguns minutos, Rony terminou. Todos se dirigiram aos respectivos toaletes e desaparataram.
Pousaram exatamente uma quadra antes do restaurante de Marília. Não foram recepcionados: ela estava na cozinha.
A subirem, Rony se jogou no sofá, sua preguiça era contagiante.
- Alguém me ajude a andar! – disse Gina, obviamente exagerando, e Hermione se aproveitou e começou outra “briga”:
- Gina, sua preguiçosa! – ela piscou – arranje outra forma de se engraçar para um homem – Harry, na janela, não sabia se ria ou se chorava, diante da infantilidade das amigas – e de preferência que seja outro homem, porque esse aqui é meu! – ela começou a andar em passos largos e fortes, quase atravessando o assoalho de mogno. Foi para o quarto e bateu a porta, Gina recomeçou:
- Se eu fosse você não deixava ele aqui dando sopa! – ela ria.
- Você é uma lezada se achar que ele vai dar bola para você! –ela saiu do quarto.
- SE VOCÊS NÃO CALAREM A BOCA EU AS DENUNCIO PRO MINISTÉRIO! – Rony levantou de súbito do sofá, agarrando Hermione pelos ombros. Quando percebeu o seu erro, afrouxou os punhos e a abraçou delicadamente.
- Fui tão infantil! – ela agora se lamentava, aos prantos. Gina foi se aproximando de Harry:
- Estranhos esse dois – Harry soriu em resposta.
O clima de culpa foi logo quebrado por uma fileira de vozes que subia a escada, todos prestaram atenção:
- Elles sont ici – a voz de Marília era inconfundível.
- Après que la porte? – responderam os policiais – todos gelaram.
Alguém bateu na porta.
- POLICE! – anunciaram os policiais
Hermione se desengatou do abraço de Rony, fez sinal para que ficassem quietos. Atendeu a porta.
- Sim? – disse, em inglês.
Um tradutor se apresentou.
- J'ai reçu une plainte du ministère de l'Immigration – disse o policial, e o tradutor:
- Tenho uma denúncia do Departamento de Imigração – Hermione gelou.
- Pourraient voir leur passeport? – “Posso ver seus passaportes” e Marília soltou um risinho, era a vingança temida por Rony.
- Um minuto – pediu ela, e antes que o tradutor repassasse a mensagem, ela já estav no quarto com os três.
- Gina, abra a janela – pediu – vamos ter que fugir.
- O quê? – perguntou Harry.
- Parece que ela não gostou da nossa brincadeira – adimitiu.
Rony fez cara feia.
- Madmoséle? – o policial perguntou, mas antes que abrisse a porta eles já haviam desaparatado.
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