Chifre-Longo Romeno
Capítulo 10 - Chifre-Longo Romeno
GINA RETORNOU MUITO MAIS TARDE do que planejado naquele dia, de modo que todos foram dormir muito tarde. Hermione sempre questionando possíveis respostas para determinadas questões.
No geral, a prova havia sido tranqüila, e os aulões de Harry e Hermione haviam ajudado bastante.
Naquela tarde, eles haviam recebido uma resposta de Carlinhos, que estava ansioso para recebê-los na reserva.
- Não acordem muito tarde – foi a recomendeção do Sr. Wesley, em especial à Rony.
Saíram no outro dia duas horas mais cedo, devido ao fuso-horário de Bucareste, a capital romena, estar duas horas adiantado.
Como de costume, a Sra. Wesley preparou um café da manhã ultranutritivo, bem como cestas de lanche individuais, para cada um levar nas suas expedições.
Harry arrumou suas coisas em uma bolsa a tira-colo, para ficar sempre à mão. Nela havia um mapa comum trouxa, um guia de vilarejos bruxos, várias roupas, a Capa da Invisibilidade, o Mapa do Maroto, o medalhão de Régulo, chapéu, óculos de sol e um livro de bolso sobre trato das criaturas mágicas. Ele havia aprendido com Hermione o Feitiço Indetectável de Extensão, assim suas roupas teriam bastante espaço, e não ficariam amarrotadas.
Hermione usava a sua fiel bolsinha de contas, que levou várias horas para arrumar, pois o seu encantamento havia enfraquecido, deixando o interior completamente arruinado. Também levava Bichento, com um simpático guizo azul na coleira.
Gina e Rony preferiram os malões, que foram encolhidos de modo a não causarem acidentes durante a aparatação. Já o Sr. e Sra. Wesley dividiam uma imensa cesta de piquenique, que também fora alterada para que nela colbessem mais coisas.
No entanto, Jorge e Vera carregavam praticamente o dobro de bagagem de todo o resto da família. Imensas caixas continham desde armadilhas até placas de petri para os expécimes mais delicados.
De um modo geral, todos vestiam roupas de verão: a Sra. Wesley trajava um esvoaçante vestido florido que misturava tons verdes e vermelhos. Os rapazes pareciam uniformizados com bermuda/camisa pólo/tênis.
Hermione usava um short jeans com uma blusa branca de alcinhas, o que obrigou Rony a questionar se o tamanho do decote era adequado. Gina acompanhava os rapazes na camisa pólo, com uma calça jeans maria-joão. A menos acalorada era Vera, usando um simpático moleton azul-celeste com zíper e uma calça.
Harry nem podia acreditar que iriam viajar, por isso mesmo estava cauteloso, temendo que algo ruim acontecesse. Mas no fim, tudo correu bem e eles puderam desaparatar com segurança, sem nenhuma coruja ou entimação para atrapalhar.
O ar frio e montanhoso chegou aos pulmões de Harry numa mensagem de boas vindas. A segunda coisa que Harry notou foi a luz, que apesar das nuvens, se fazia presente com muita intensidade. O toque da grama parecia veludo, e em seguida pôde sentir as mão que o seguravam, e a bagagem que carregava.
- Chegaram tão cedo! – Harry demorou para se acostumar com a luminosidade, mas pôde identificar a voz de Carlinhos.
Quando abriu os olhos, o amigo se revelou muito mais bronzeado que de costume, suas sardas quase invisíveis. Ele ajudou a carregar as malas.
O cenário parecia saído de um conto sobre princesas e unicórnios: a colina gramada ficava a beira de um penhasco, constantemente escondido por nuvens de puro algodão. No topo dessa colina, se achava uma versão aumentada da cabana do Hagrid, com uma torrezinha coberta de musgos e líquens.
Ao entrarem na cabana, ela preceu muito maior por dentro do que por fora. Havia um enorme toco de árvore exaustivamente polido, defronte ao qual se achava uma lareira/forno circular. Mais adiante, no outro cômodo, que parecia ser o escritório; uma mesa retangular, feita da mesma madeira do toco, estava completamente povoada de papéis, registros, tinteiros e penas. Atrás desta, uma suntuosa estante revestia completamente a parede. Dentre as centenas de títulos, Harry reconheceu alguns como: “A criação de Dragões como Prazer e Fonte de Renda”; “Do ovo ao Inferno, Guia do Tratador de Dragões”; “Espécies de Dragões da Grã-Bretanha e Irlanda”; “Homens Aficcionados por Dragões”; “Os Doze Usos para Sangue de Dragão”; “Animais Fantásticos & Onde Habitam”; “Ai de Mim, Queimei Meu Pé” e, “Da Água ao Ar, Uma Genealogia dos Répteis”
- Podem deixar suas coisas lá em cima – disse Carlinhos, apontando para a coisa mais fantástica que Harry já havia visto.
A “coisa” se tratava de uma escada em espiral, não como aquelas com uma pilastra central, esta se sustentava com seu próprio peso, serpenteando pelos oito andares da torre. Mas o que mais fascinou Harry foi um gigantesco esqueleto de dragão, que fora montado de ponta-cabeça e ao redor da escada; de modo que ela começasse na mandíbula aberta do réptil, e fosse terminar próximo da cauda.
- Onde conseguiram um dragão tão grande? – perguntou Harry a Carlinhos, vendo que todos passavam sem dificuldade pela boca do animal.
- Ele foi ampliado magicamente, da mesma forma que foi montado assim com o auxílio da varinha – explicou.
A escada se desviava para a parede nos acessos aos quartos. Eram neses pontos também que as costelas do dragão abriam caminho para depois se reorganizar. Cada andar tinha dois quartos, um de cada lado da torre, sendo que nos dois últimos andares ficavam os equipamentos e outros documento de Carlinhos.
O quarto de Harry, Rony e Fred era o primeiro do sexto andar, no andar inferior ficariam Hermione, Gina e Vera; o Sr. e a Sra. Wesley ficavam no outro quarto do mesmo andar e Carlinhos no quarto andar.
Levaram o resto da manhã e boa parte da tarde para organizar tudo, devido ao espaço pequeno. Quando enfim terminaram, Vera ajudava a Sra. Wesley na cozinha, enquanto Harry e Hermione arrumavam a mesa-toco. Gina e Rony estavam no último andar da torre, ajudando Carlinhos a organizar os seus arquivos e Fred, como Artur estudava um intrincado mapa da reserva no escritório.
- Podem descer, o almoço está pronto – garantiu a Sra. Wesley pela boca do dragão.
- Sim, estamos quase terminando aqui – a voz calma de Carlinhos ecoou pela torre.
O almoço estava realmente delicioso, tratava-se de um ensopado de legumes, o prato predileto de Carlinhos, como Rony confidenciou a Harry. Prapará-lo sozinho era um desafio, já que ele não se dava muito bem com o forno: algo humilhante para alguém tão acostumado às chamas de dragão.
- Então o que pretendem fazer amanhã? – perguntou Carlinhos, após repetir a refeição pela quarta vez.
- Eu vou sair e pesquisar substâncias isolantes para as minhas invenções – disse Fred.
- E eu vou ajudá-lo – garantiu Vera.
-E nós estamos a disposição de qualquer tarefa – Artur falou pelos demais.
- Ótimo! Existem muitas coisas para serem feitas nessa reserva. Preciso conferir a desova das fêmeas do Chifre-Longo, e acho que Harry, Rony, Hermione e Gina irão gostar de me acompanhar.
- O QUÊ? – a Sra. Wesley teve um acesso de tosse – VOCÊ ACHA QUE EU VOU DEIXAR O MEU FILHO CORRER O RISCO DE VIRAR CHURRASCO?
- Pelo amor de Deus, mulher! – interrompeu Fred – ele ajudoua derrotar o Lord Voldemort e você ainda acha que ele é um bebê?
- E faz de conta que EU não corro esse risco diariamente para você não se preocupar comigo – raciocinou Carlinhos, levemente indignado.
Harry se sentia o espectador do campeonato coreano de tênis de mesa, tamanha era arapidez das respostas.
- Ora, não vamos brigar a toa! – Artur fez o favor de apartar – E se eles virem o perigo é só desaparatarem! – terminou, e um silêncio constrangedor se abateu sobre a cabana.
E por mais que a Sra. Wesley tentasse impedir, pedindo favores domésticos cada vez mais esdrúxulos para seus filhos mais novos, eles saíram da cabana bem bem cedo no outro dia.
Se encaminharam para a orla da floresta, dessbotada pelos raios de um cálido verão. No entanto, a umidade do local era surpreendentemente maior que o esperado, e Harry se arrependeu de ter vestido seu moletom. Todos podiam sentir as gotículas em suspensão formando um imenso lencol em volta deles, abafando-os.
Carlinhos explicou que aquele efeito era comum naquela época do ano, quando a floresta formava uma estufa, impedindo que as chuvas de verão evaporassem. Além do mais, a própria floresta filtrava o vento, impedindo que a umidade se dissipasse.
Andaram bem uns cinquenta minutos quando o relevo começou a inclinar para cima e, de repente, respirar se tornou mais difícil. Haviam chegado a um morro de pedra nua, os ventos sopravam furiosos pelo céu cinzento.
- Estão vendo ali? – Carlinos apontou para uma dentre inúmeras clareiras espalhadas no vale profundo, a uns setecentos metros de distância.
- Acho que sim – Gina apertou os olhos, assim como os outros.
O que Harry viu foi uma réplica exata da cabana de Carlinhos, mas pela direção não poderia ser a mesma. Ao olhar nas outras clareiras Harry percebeu que todas possuíam a mesma contrução, e que estavam dispostas em intervalos regulares.
- São os outros postos da região norte da reserva - explicou Carlinhos – cada um é responsável por uma área de trezentos hectares, mais ou menos. Isso significa que tudo o que acontecer até aquele ponto – ele apontou para um Dólmen – é de minha responsabilidade.
- Deve dar muito trabalho – disse Hermione.
- Sim, mas até que não tanto. Na minha região só foram catalogados cerca de doze ninhos, um grupo pequeno de dragões – os outros três olharam surpresos – a maior parte dos dragões se concentra no sudeste, onde é mais quente.
- Então é esse grupo de doze ninhos que nós vamos conferir? – perguntou Rony, um pouco temeroso.
- Sim, mas pode ficar tranqüilo, são os machos que se revesam na vigia dos ninhos, eles são muito mais dóceis. As fêmeas estãom longe, caçando.
Eles começaram a descer pela encosta do morro, se apoiando em raízes e arbustos, e cerca de vinte minutos depois já estvam no fundo de uma fenda adjacente.
- É aqui – disse Carlinhos, com assustadora indiferença ao perigo. Harry ajeitava as coisas na sua mochila de alça transversal, que estava cheia de carrapichos.
- Os ninhos estão lá dentro? – Hermione apontou para a entrada da caverna.
- Bem lá no fundo.
- E como são eles? – Gina verbalizou a dúvida geral.
- Os dragões botam um, raramente dois ovos por ninhada – Carlinhos começou a aula – seus ninhos são pequenos montes de pedras, como pequenos fornos. E essa é a segunda razão pela qual os dragões cospem fogo: para aquecer seus ninhos.
- E qual é a primeira? – Rony com certeza já sabia a resposta.
- Predatismo – a sua calma era extremamente iritante – e a terceira é defesa.
- E... como eles cospem fogo? – Harry quis saber.
- Hum – Carlinhos suspirou – diferente dos outros seres vivos, que respiram gás oxigênio e devolvem gás carbônico, os dragões transformam o oxigênio em enxofre, muito volátil – ele terminou, mas a dúvidsa permanecia presente.
- Eles também possuem dois pares de dentes especiais, como nossos dentes do ciso, que provocam faíscas, causando as chamas. Elas só não fazem o pulmão explodir devido a um intricado sistema de válvulas e músculos.
Acenderam as varinhas quando o ambiente começou a exalar enxofre, e Carlinhos recomendou que usassem o feitiço Cabeça-de-Bolha para não se asfixiarem.
Passaram por um ou dois salões com as mais estranhas formações calcárias. Quando finalmente o teto começou a baixar, obrigando-os a quase rastejar no chão áspero, Carlinhos sussurrou:
- Não vou dizer para se esconderem porque ele já sentiu o nosso cheiro – sua voz era extremamente baixa, porém ecoava com indecente volume.
- O quê? – Rony falou alto demais, e todos puderam sentir um grande sopro de ar quente vindo de mais adiante.
- Fiquem calmos, ele só está nos informando da sua presença. Felizmente esses dragões já estão acostumados com a presença de humanos nessa região, embora o número de visitantes também seja rigorosamente controlado.
- A melhor maneira de lidar com uma criatura é saber como acalmá-la – Gina lembrou das sábias palavras de Hagrid.
- Ele por exemplo – Carlinhos apontou para a fenda escura na sua frente – basta não encará-lo e assumir a postura mais submissa possível, não fazendo nenhum movimento que possa deixá-lo inseguro – deu uma pausa – por isso, vou pedir que fiquem aqui. Pelo menos até atordoá-lo com um feitiço da desilusão.
Ele se aproximou da abertura, de um modo que até o mais lerdo dos vermes conseguiria ultrapassar. Harry suspeitou que o dragão pudesse escutar as batidas dos corações, que estavam a mil.
- Lumus minimum – Carlinhos ordenou, talvez a luminosidade não fosse deixar o drgão confotável.
Ele rastejou mais alguns metros e mirou o pequeno facho de luz na reentrância. Harry sabia que não seria uma coisa muito boa de se ver, mesmo assim sentiu um frio cortante subindo pella sua espinha quando, por uma fração de segundo, seus olhos encararam os olhos vermelhos e demoníacos da fera vigilante.
Num bater de coração, Carlinhos já havia posto o dragão num sono profundo, preenchendo o ambiente com sucessivos sopros de ar quente.
A “sala” continha aproximadamente doze ninhos, exatamente como Carlinhos havia dito. Eram montículos rochosos em brasa, cercados por cascas quebradas e, Harry ficou admirado ao perceber, esqueletos de pequenos animais como aves e mamíferos.
- Quantas ninhadas eles têm por ano? – perguntou Rony.
- Apenas uma – respondeu Carlinhos, se apressando ao apanhar uma caderneta, aparentemente o feitiço não duraria muito tempo.
- O que devemos fazer? – perguntou Harry, querendo ajudar.
- Podem começar verificando a temperatura dos ninhos.
- Como fazemos isso? – perguntou Hermione, se achando com cara de termômetro.
- Com a mão, é claro – Carlinhos então se agachou diante de um montículo e aproximou a palma da mão o máximo que pôde – esse está bem quente; mas não se esqueçam de aproximar a mão pelo mesmo período de tempo em todos os ninhos.
Os três começaram a avaliar os ninhos quando Gina perguntou:
- Para quê isso é importante? – era ela quem estava mais receosa em queimar a mão.
- A temperatura determina o sexo do filhote, como na maioria dos répteis – Carlinhos explicou – Se a encubação foi quente, será um macho; se foi fria, será fêmea.
- O problema é que muitos machos deixam os ninhos esfriarem demais, e de propósito, pois mais machos significa uma competição maior; ao passo que mais fêmeas é mais vantajoso – Harry deixou todos de queixo caído – que é? Isso é lógico – na verdade ele havia lembrado do motivo pelo qual os Dursleys davam um melhor tratamento ao Duda do que a ele.
- Aqui temos um febriu – Carlinhos apontou para um ninho que ele acabara de avaliar – se deixarmos eles esquentarem ou esfriarem demais, a ninhada se perde.
Por sorte, nenhum dos ninhos que Harry, Rony, Hermione, ou Gina avaliaram estava anormal. Todos temiam estar errados, e pagar um mico em na frente do Carlinhos.
Carlinhos terminou as últimas anotações em sua caderneta quando o efeito do feitiço começou a passar e Hermione, que estava em frente à boca do animal, teve boa parte das costas da sua blusa queimada pelo bocejo da fera.
Não tiveram mais nenhum problema, pelo menos por enquanto.
Quando desaparataram na entrada da caverna, Harry achou que o tempo havia passado rápido demais. Consultou o relógio de Fabiano: era quatro horas da tarde, mas a alta latitude dava uma outra idéia.
- Não se preocupe – garantiu Carlinhos – se ficar muito tarde nós desaparatamos – ele felizmente parecia entender que eles precisavam desesperadamente que um pouco de ar puro levasse embora várias hístórias do último ano.
No entanto, o ar que aos outros tranqüilizava, trazia a Harry uma aura agourenta, infantil, como uma criança prestes a realizar uma travessura.
A Sra. Wesley havia preparado um jantar sboroso tal qual o almoço do dia anterior. Sem muitas novidades, Molly finalmente achou uma utilidade para sua máquina de costura, conseratando o moleton queimado de Hermione.
Isso serviu para fomentar uma discussão com Artur sobre o espaço que a máquina ocupava na cesta de piquenique. Na metade da briga, Harry decidiu que seria melhor tomar banho.
Mas não demorou muito, já que o banheiro era uma casinha, e as várias tábuas soltas deixavam entrarar o ar frio da noite.
Quando retornou, Rony reclamava do guizo na coleira de Bichento, que o fazia lembrar de um determinado Natal na residência da Muriel.
Harry dormiu pesado naquela noite,e teve um sonho; um sonho, e não um pesadelo.
Ele, Rony Hermione e Gina corriam por um imenso gramado, que parecia não ter fim. O tereno começou a se inclinar e formar uma subida íngrime. Não estavam cansados ou ofegantes, estavam felizes. E lá em cima da colina, Harry pôde ver o sol.
Acordou. O sobrelençou havia dado um laço em suas duas pernas, o travesseiro havia caído da cama, Rony roncava e Fred não esboçava um som. Sentiu a garganta seca e foi tomar água.
As costelas do dragão se abriram, permitindo que passasse, e se fundiram atrás dele logo em seguida. “Uma jaula perfeita”, pensou. Ao chegar no primeiro pavimento, o relógio de parede acima do console da lareira indicava três horas da manhã: indecentemente cedo para alguém que pareceu dormir tanto.
Chegou na cozinha e apanhou o primeiro copo em que pôs os olhos. Encheu d’água e tomou num gole. Estava prestes a encher outro quando seus ouvidos captaram um som que não desejava ouvir.
- Não tem mais graça, Fred – ele se virou, mas não havia ninguém ali. Lhe ocorreu o bizarro pensamento de que o esqueleto de dragão havia rido.
- Não sou o Fred
A quela voz lhe gelou a espiha, mas só acreditou naquilo quando viu o vulto de Belatrix Leastrenge descendo as escadas.
- VOCÊ! – ele gritou, sem esperança de que alguém ouvisse. Tateou os bolsos procurando a varinha e constatou, para seu desespero, que ela não estava ali.
- Shhhiii – ela pediu silêncio, no tom mais infantil possível – estão todos dormindo.
- NÃO ESTÃO NÃO! – ela virou a tempo de divisar o rosto de Carlinhos descendo as escadas com uma vassoura na mão.
Atordoada, ela cambaleou procurando a varinha. Harry aproveitou esse instante e se lançou escada acima, engatinhando desesperadamente.
A chegar no quarto, voou até o criado-mudo onde repousava a sua varinha. Mais que depressa acordou Rony e Fred, desaparatando para o quarto das garotas, onde as despertou para a luta.
Ao retornar para a cozinha, viu Carlinhos se auxiliado por Artur no duelo contra Belatrix.
Quando ela pôs os olhos em Harry, pulou em sua direção, agarando-o como uma ursa. Com o ouvido comprimido contra a barriga dela Harry, para aumentar o seu desespero, ouviu ruídos líquidos e um coração pulsante. Tamanho foi seu ódio que conseguiu se desvencilhar dela sem nenhuma ajuda.
- Vá pastar noutra grama sua vaca – aquele adjetivo era próprio dos que incomodavam os filhos da Sra. Wesley.
- Immóbilus! – Harry imobilizou Belatrix, que foi jogada de qualquer jeito numa poltrona, sua varinha havia voado da sua mão e parado na mesa toco.
Hermione surgiu, carregando sua blsinha de contas.
Aqueles três últimos segundos foram cruciais: Belatrix usou o peso do seu corpo para derrubar a poltrona em que estava, e tateava o chão a procura da varinha. Harry tentou impedi-la, mas caiu a milímetros de tocá-la.
Hermione, Rony e Gina correram para puxar Harry, mas Belatrix desaparatou.
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