A Reunião



Um homem materializou-se na esquina de uma rua iluminada pela luz do luar e caminhou em direção a outra esquina, na qual emergia das sombras uma mansão antiga, cujo portão de metal trabalhado abriu-se sem ninguém empurrá-lo como se estivesse esperando pelo homem.
O homem vestia um, sobretudo preto, um capuz cobria parcialmente o seu rosto e uma capa esvoaçava ao redor dos seus tornozelos enquanto ele caminhava apressadamente em direção a porta da mansão, a qual também abriu sem ninguém empurrá-la.
Ao entrar na mansão, passou pelo saguão de entrada e dirigiu-se a sala de estar, parcialmente iluminada pelo fogo da lareira e pela luz das velas. No centro da sala estava disposta uma enorme mesa de vidro, sustentada por duas colunas de madeira escura, tanto a direita quanto a esquerda havia uma fileira de cadeiras feitas do mesmo material que estavam ocupadas por figuras escuras, que vestiam mantos negros e encaravam-no nos olhos.
Ele caminhou até a ponta da mesa, onde havia uma cadeira maior que as demais, feita a prata trabalhada e com um estofado verde – esmeralda, nela sentava um bruxo alto, magro e branco, cujas feições pareciam que tinham queimado e embaçado, elas estavam macilentas e estranhamente distorcidas e o branco de seus olhos parecia permanentemente injetado.
- Saudações caro Bartô! – disse o bruxo, cuja voz era fria e aguda – Então, tem novidades?
- Sim Milorde – respondeu o jovem, fazendo uma longa reverência a Voldemort – Dumbledore viajará para o exterior, para aliar-se aos diretores das demais escolas de magia! – disse Bartô, ainda inclinado a Voldemort.
- Então, o velho também busca o apoio de outros - disse Voldemort, dando uma gargalhada insana desprovida de qualquer alegria.
Os Comensais da Morte sentados nas cadeiras da mesa riram também, como se suas vidas dependessem da concordância com o seu lord.
- Calem-se! – ordenou Voldemort, levantando-se de sua cadeira e começando a caminhar em volta da mesa. Ele vestia uma túnica negra, cujas mangas eram largas e enquanto caminhava, uma capa de seda escura arrastava no chão e era presa, assim como o capuz atrás de sua cabeça por dois broxes de prata trabalhada ligados por uma pequena corrente também prateada.
- É chegada a hora de invadirmos Hogwarts! – exclamou Voldemort enquanto os Comensais da Morte comemoravam com gritos e brados de conquistas. Eles calaram-se quando o Lorde das Trevas ergueu o braço direito fazendo sinal para pararem – Aproveitaremos a ausência de Dumbledore para atacarmos a escola! – concluiu ele.
- Mas Milorde... – disse Bartô – Os aurores e membros da Ordem da Fênix estão em Hogwarts garantindo a proteção da escola.
- Nós os esmagaremos como baratas! – exclamou Voldemort – Eu mesmo liderarei o ataque e eliminarei todos, um a um, dos aurores! – continuou ele – A Ordem da Fênix cairá!
- Mas precisamos do maior número de Comensais da Morte possível, pois além dos que já estão em Hogwarts com certeza virão reforços do Ministério da Magia – disse Bartô – O auror, Alastor Moody, está liderando os membros da Ordem da Fênix! – conclui ele, receando que houvesse represália por seu medo do Olho-Tonto.
- Não o condeno por temer Alastor Moody, Bartô – disse Voldemort, como se lesse os pensamentos do jovem comensal, o que de fato estava acontecendo.
- Perdão Milorde! – disse o jovem.
- Alastor Moody é um dos bruxos mais poderosos que conheci – afirmou Voldemort – Mas, amanhã ele cairá, pois eu mesmo o matarei! – concluiu o Lorde das Trevas.
- Por favor, Milorde permita-me participar da batalha – disse uma voz feminina vinda das sombras que Bartô reconheceu como sendo a de Belatriz - prometo que não cometerei o erro que cometi quando liderei os Comensais da Morte na Batalha do Ministério da Magia, mês passado – implorou a bruxa, atirando-se aos pés do seu lord e suplicando por aceitar o seu pedido.
- Certo! – disse Voldemort – É claro que o seu erro não se repetirá, pois se repetir será a última vez – afirmou ele em tom ameaçador, enquanto inclinava-se para levantar Belatriz – Além disso, eu mesmo liderarei o ataque!
- Lúcio – disse Voldemort e imediatamente o Sr. Malfoy adiantou-se em sua frente.
- Sim Milorde?
- Forme um grupo com os gigantes e prepare-se para a batalha! – ordenou Voldemort.
- Está bem, senhor. Farei isso – disse Lúcio Malfoy.
- Greyback – disse Voldemort, enquanto um homem magro e cumprido apresentava-se na sua frente.
- O que deseja meu amo? – perguntou o lobisomem.
- Reúna os lobisomens e conduza-os até a Floresta Proibida! – disse Voldemort.
- Sim, senhor! – disse Greyback.
- Dolohov, Rookwood, Karkaroff – disse Voldemort, ao mesmo tempo em que três Comensais da Morte curvavam-se ante ele.
- Sim, Lorde das Trevas? – disse Dolohov.
- Dividam-se e encontrem todos os Comensais da Morte – disse Voldemort – Em uma hora eu quero todos aqui, caso contrário vocês sofrerão as conseqüências! – exclamou ele.
- Seja feita a sua vontade, Milorde – disse Rookwood enquanto o Karkaroff acenava com a cabeça.
Com a mesma pressa com que se apresentaram a Voldemort, os três bruxos das trevas desapareceram.

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