Sr. Weasley e a mudança:
Fazendo de conta mais tarde, uma meia hora depois, aparatei na cozinha da Sra Weasley com a desculpa de que hoje vinha ajudá-la mais cedo. A Gina deu uma olhada acusadora, mas nada disse. A Sra. Weasley ficou tão contente, mas agradeceu.Com a desculpa de que hoje eram unicamente eles quem iriam tomar café nos mandou para a sala onde estavam o Harry e o Rony. -Então- disse o Harry, com uma voz que pretendia ser natural- Levantou cedo hoje da cama. Antes tu tinhas a biblioteca para recorrer quando te dava insônia e agora... - Ah, é... mas eu gosto de vir para a Toca. Tenho boas lembranças daqui. E tu deve ter muito mais do que eu. - Sim, é sempre bom voltar para aqui, mesmo. - Então, como estão os preparativos para o casamento...? - Na verdade, não sei. - É isso é assunto para mulheres cuidarem, mesmo. Afirmou Rony... mas desejando ter dito o contrário na mesma hora em que disse. - É bom saber disso, Ronald. Na mesma hora Harry se levantou tão rápido quanto sua própria firebolt, dizendo que precisava ver uma coisa ... Ficamos em silêncio, Ronald e eu. Até que surpreendentemente (ou talvez, não fosse mais surpresa agora, porque ultimamente o Rony andava tomando atitudes de um verdadeiro rapaz crescido) ele disse: - Ah, Mione. Vamos, deixe de ficar emburrada. Sorria, Voldemort e dizendo isso tapou a boca como se tivesse mordido sua língua ou algo parecido... Depois se riu de si mesmo. Não pude deixar de sorrir também. Nisso a Sra. Weasley entrou dizendo que o café já estava servido.
Quando todos estavam à mesa. A S.ra Weasley falou com um ar preocupado na voz: - Harry e Gina querida, meus filhos... vocês têm certeza de que querem se casar tão cedo e tão novinhos ainda...? -Mamãe, disse gina com um ar de leve aborrecimento na voz, já conversamos sobre isso, milhares de vezes. O Harry irá fazer seus meses de experiência no exterior para auror. E eu vou me especializar em doenças e ferimentos mágicos, vou aproveitar também e vou ver se é isso que quero também. - Sra. Weasley, o perigo já passou por enquanto. Porém sempre existirão novas doenças e acidentes mágicos a serem descobertos e há, por mais difícil que seja de se acreditar.
Ainda há bruxos das trevas. Uma coisa que aprendi com o profº Dumbledore é que sempre teremos pelo menos um inimigo a combater e isso se tivermos sorte. - Mamãe, parece até que a senhora não aprendeu nada com essa maldita guerra... Enquanto tivermos pessoas como o Harry e a Gina, lutando junto conosco, é claro, contra as forças das trevas... teremos esperança. Depois de tantas perdas que tivemos. Temos que continuar lutando para que as trevas, o mal fique sempre abalável, destruído. - Ah, meu Roniquinho falando assim...Vejo o homem que tu estás te transformando. Que orgulho! De repente cai no choro. Não consegui me segurar, quando vi estava chorando... Então tanto a Sra. Weasley quanto eu começamos a chorar.
Abraçamo-nos, como uma a consolar a outra e como em mudo silêncio, divido entre lágrimas e risadas, nos orgulhávamos do Ronald. De repente chega o Sr. Weasley à porta da cozinha: -Bom dia família! Muito bom dia, pelo jeito. A Sra Weasley corre a secar as lágrimas teimosas que ainda caiam-lhe pelo rosto e o Ronald que andava gentil fazia um certo tempo, puxou um maço de lenços para eu secar meus olhos.
Então, sorrindo mais uma vez. A sra. Weasley ia servindo mais uma quantidade generosa de salsichas com ovos nos pratos de todos e no do Sr. Weasley umas torradas com geléia de amora. Sorridentes à mesa. Ouvimos o Sr. Weasley dizer todas as mudanças que estavam sendo estabelecidas no Ministério. -E vocês não acreditam, não acreditam nas maravilhas que serão oferecidas aos trouxas. O sr. Weasley ia nos contando. - Então ele disse: Molly querida! Se tu desejares poderemos nos mudar daqui com a mesma velocidade que dizemos pelas barbas de Dumbledore... O quê? Exclamamos em uníssono!
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- Sim, tornou o sr. Weasley com um ar não mais tão alegre, como o anterior.
-Sim, Molly, crianças, podemos.Tornou a repetir ele.
-Nossa Artur começou a dizer a Sra. Weasley. Seria uma senhora mudança. Pelas barbas de Merlim, Artur.
- E se seria... disse isso com um ar pensativo e ao mesmo tempo sonhador...
Mais tarde Harry, eu e os weasley fomos para os jardins e deixamos o Sr. e a Sra. Weasley conversando na cozinha, sobre o futuro da Toca.
-Sempre pensei que quando papai conseguisse mais destaque nós com certeza mudaríamos daqui, mas agora vendo que isso se tornou possível. Não vejo razão mais para isso acontecer, sabem? Comentou Rony com a voz um tanto embargada.
-Me sinto mal também- disse Gina com a voz distante
- Harry nada disse, mas seu olhar revelava angustia tal como se tivesse perdendo todos seus entes mais queridos outra vez.
E eu, o que digo... absolutamente nada. Será cruel não poder voltar mais aqui. Não ser mais acordada pelo vampiro no sótão no quarto do Rony, não rever mais o quarto da Gina. Não entrar mais na cozinha e não sentir mais os aromas mais gostosos que só a sra. Weasley poderia produzir.
Rony e eu fomos dar uma volta no jardim. Vi que Rony estava precisando pensar,estava com muito dó de ver o Rony assim. Eu jamais o tinha visto chorar, a não ser quando seu irmão Fred morreu naquela terrível guerra... depois eu só o ouvia soluçar e gemer nos seus sonhos que mais pareciam pesadelos. Mas agora, pensava eu que estava preste a vê-lo chorar de novo. Mas engano meu. Tal como sua irmã Gina, ele teve que aprender a ser forte. Ela por ter sido criada onde só existiam irmãos.E o Rony, por ser dentre todos os seus irmãos o menos citado. Mas a culpa não era da Molly e nem de ninguém. Apenas eram tantos irmãos e todos tinham seu espaço. Uns conquistaram mais que os outros. Até os gêmeos Weasley...
Nada que dissesse ou fizesse faria o coração do meu amado Ronald parar de bater tão dolorosamente como estava batendo naquele momento. E por um momento consegui deixar a Hermione seca e dura com o Ronald. Eu sempre o tratei com pura e fingida indiferença pois tinha um terrível medo de que pudesse me denunciar, mas agora que as janelas e portas foram abertas e realmente estávamos nos acertando pude abrir meu coração e mostrar que nele batia um saltitante e temeroso sentimento guardado há tempos...
Mas levar felicidade a quem se ama, quando tudo que poderia ter dado de errado, onde mortes assolaram a paz de espírito, onde tantos desabamentos desmancharam felicidades, sonhos, vidas... Isso poderia parecer insignificante perto do que passamos juntos. Mas sabia que naquele momento, perder a toca era como perder outra vida.
A Toca guarda tantos segredos. Tantas travessuras e experiências de Jorge e de Fred; Cartas para a namorada Penélope do Percy, nos tempos de Hogwarts; O amor sufocado da Gina pelo Harry tantos anos até ele despertar para ela; O Rony... ah, o Rony, têm tantos segredos do Rony que não existiriam palavras suficientes... na verdade de todos. Cada um esconde uma tonelada de segredos naufragados no interior mais profundo da alma... e o Harry, hein...? Quantos pensamentos passaram na cabeça dele... Não sei e nem daria para eu saber... só ele mesmo.
Sem contar nos meus sentimentos. Na dor lacerante no meu peito... A Gina dizia e demonstrava abertamente, por mais que ela tentasse esconder sempre tinham seus irmãos também para ajudar...
Pensando nisso fui acordada de meus delírios subitamente pelos gritos de Rony:
- Mione!
- Mione!
-Hermione Granger, está me escutando...?
- Ah, sim, sim, claro... o que foi mesmo que tu disseste Ronald?
- Não, é que mamãe está nos chamando para entrar. Respondeu ele distraído outra vez.
- Certo. Vamos entrar então...?
-Temos que encontrar a Gina e o Harry... Tu podes ir atrás deles por mim...? Perguntou ele a mim.
- Claro. Mas tu estás bem Ronald? Esperei ele dizer alguma coisa, mas ele meramente balançou a cabeça em sinal de falsa confirmação.
Dei-lhe um beijo na bochecha e ele pareceu ficar um pouco mais alegre.
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