SEMPRE EM MINHA MENTE- PARTE 2
Always on my mind
Sempre em minha mente
2ªParte
Elvis Presley - You Are Always On My Mind
Nunca pensei em outro alguém além de você’’
O sorriso meigo de Hermione invadiu sua mente, e o nome do filho brotou em seus lábios sem querer: "Sean!", ele murmurou e mergulhou a cabeça na banheira para enxaguar mais uma vez os cabelos compridos.
Enquanto enxugava os cabelos de frente para o espelho, sua mente ainda trabalhava a mil. E de seus lábios brotaram palavras sem que ele percebesse:
- Hermione! Hermione!
Ele sorriu bobamente. Precisava vê-la, pedir-lhe perdão e recomeçar a vida ao lado dela e de seu filho. Ele estava tão feliz!
- Gina, onde Harry e Ron se meteram o dia todo?
- Não sei Mi, deve ser coisas de homem. - Ela respondeu fingida, sabia que se dissesse que estavam trabalhando a amiga saberia que era mentira.
- Coisas de homem? Você sabe muito bem que Ronald não é uma boa companhia para seu marido. – ela brincou, e Gina riu.
- O Ron é mesmo terrível! – ela concordou.
- Gina, você sabe onde eles estão. – Hermione acusou. Não era à toa que fora uma das melhores alunas de Hogwarts. Era muito esperta. - Quando os dois estão assim sozinhos você fica louca atrás deles. Essa sua calma me faz desconfiar.
- Mione! Eu o amo, e ele me ama. O Rony não seria louco de levá-lo para nenhuma baranga. Eu arrancaria os olhos dele com uma colher!
As duas riram divertidas.
Gina deixou Mione na sala e foi para cozinha, prometera tomar conta dela, mas e daí, era apenas uma cozinha e não haveria mal algum em ir preparar algo para comerem.
E além do mais, conversavam sobre banalidade mesmo estando longe. Porém Gina fez uma pergunta e Mione estranhamente não respondeu.
- Mione?- ela chamou mais uma vez, e como não houve resposta resolveu com passos rápidos ir verificar o silêncio da amiga.
- Hermione?
Gina chegou próxima a porta e pode ver a expressão de espanto de Hermione: Parada de pé no meio da sala ela segurava um exemplar do profeta diário daquele dia. Exemplar que não poderia parar na mão dela de maneira nenhuma.
Hermione tinha os olhos fixos nas letras grandes e na foto de um Malfoy, metido e arrogante:
- Não! Não! – Hermione sussurrou, agoniada.
- Mione? - Gina chamou, preocupada.
- Eu quero morrer Gina! Dói! – ela disse, começando a chorar. - Gina. Meu coração dói!- os soluços sacudiam o corpo dela - Eu não posso acreditar! Não! Não é verdade! Não Gina! Não! – ela gritou, e segurou o próprio peito como se quisesse segurar a dor que tinha se instalado ali.
- Mione!
Gina se aproximou, porém Hermione gritou com todas as forças de seus pulmões. Era um grito de dor e tristeza, de angústia, e tão logo sua voz se calou ela caiu sobre o chão, completamente desacordada.
- Hermione!- Gina se aproximou rápido. Segurou as mãos dela que estavam úmidas e frias. Precisava de Ron e Harry ali. Sem pensar duas vezes ela aparatou para o lugar em que eles estavam.
Com tanta freqüência quanto poderia
Talvez eu não tenha te tratado
Tão bem quanto deveria
Draco saia do banheiro, Harry e Ron o esperam para conversarem.
- Sente-se melhor? – Harry perguntou, vendo-o se aproximar.
Ele assentiu e, quando ia falar, um click o interrompeu.
-Gina? O que faz aqui?- Harry perguntou, surpreso.
- É a Hermione! Ela leu o jornal!- ela contou depressa.
- O quê? - Harry perguntou, mas ouviu o barulho de Ron aparatando.
- O que está acontecendo? – Draco perguntou. E só então Gina pode notá-lo.
Ele vestia uma calça de pijama creme, estava sem camisa, seus músculos estavam bem definidos e sua pele muito branca. Os cabelos loiros brilhavam e estavam mais escuros provavelmente por estarem molhados. Ele era à visão do paraíso.
Ela vacilou ao olhá-lo por um minuto e Harry a despertou de seus devaneios.
- Gina?
Ela respirou ofegante antes de responder.
- Não era para ela ter lido o Profeta Diário de hoje, não era! Não sei como aquele exemplar foi parar nas mãos dela.
- E o que aconteceu com ela? – Harry perguntou - o que ela fez!
- Desmaiou!
- Por quê? O quê estava escrito no Profeta dessa tarde? - Perguntou Draco, aflito.
- A notícia do seu falecimento! – Harry contou triste. Ele e o Ron repassaram todo o plano tantas vezes, será que daria tudo errado. Não havia cogitado a hipótese de ela descobrir.
Rony chegou à sala a tempo de ver que Mione acordara e já estava de pé, porém ainda muito atordoada e confusa.
- Mione! - ele tentou se aproximar, mas ela se afastou com o gesto.
- Ron! Ele se foi! Ele me deixou Ron não há mais motivo para viver! Cuida do Sean porque eu não posso mais...
Ela disse antes de aparatar com lágrimas nos olhos.
Antes que Draco pudesse dizer alguma coisa Ron apareceu novamente na sala, com uma cara nada boa.
- Harry! Eu preciso de ajuda! A Mione, ela acordou e aparatou desesperada, não sei para onde ela foi! Ela me pediu para cuidar de Sean, por que ela não podia mais!
- Meu Deus! O Sean está sozinho!- disse Gina antes de sumir da sala. Sendo seguida por Rony.
- Vamos Malfoy, precisamos encontrá-la antes que ela faça alguma besteira. – Harry disse se aproximando de Draco e o segurando para que aparatassem
Todos aqueles momentos solitários
E eu acho que nunca te disse
Que sou muito feliz por você ser minha
Harry e Draco chegaram a casa onde eles moravam. Harry perguntou a Gina que chegava à sala apressada:
- Onde está o Rony?
- Está procurando por ela!
- Você não imagina para onde ela possa ter ido? – Draco perguntou pálido, como se fosse desmaiar, afinal tudo que mais ansiava naquele momento era que ela estivesse bem!
- Não, ela estava louca! Ela disse que o coração dela doía!
Ele engoliu em seco.
- O meu também dói!- a voz dele soou trêmula com a confissão. - Eu preciso encontrá-la. E se ela fizer alguma besteira? E se eu nunca mais vê-la! - ele verbalizou seus medos, sem querer, e deixou as lágrimas fluírem pesadas.
Harry e Gina se entreolharam, nunca poderiam acreditar no que seus olhos viam: Draco Malfoy chorando daquela maneira por Hermione.
- Nós vamos encontrá-la, tenha calma!- Harry disse tentando ajudar.
- Onde nós estamos? – ele perguntou, triste.
- Nos arredores de Londres, numa cidade pequena chamada... - antes que Harry pudesse terminar ele disse:
- Gina, você nem imagina onde ela possa ter ido?
- Não Draco!- ela pareceu pensar um pouco. - Aliás, ela me disse uma vez que gostava de ir ao mirante!
- Mirante? Que isso?- Harry perguntou primeiro.
- É o ponto mais alto da cidade, ela disse que de lá da pra ver Londres inteira, e que a noite é um espetáculo e...
- Eu preciso tentar! – ele disse, como um aviso.
- Malfoy não! – Harry gritou mais já era tarde ele conseguira aparatar.
A sensação de desconforto causada pela aparatação o pegou ainda mais desprevenido do que o normal. Talvez porque ele não estivesse pronto para aquele ato depois de tanto tempo sem usar magia, ainda mais sem uma varinha. Porém, ele apenas imaginou o local mais alto da cidade e deixou que a sorte o levasse.
Seus pés tocaram o chão de maneira inesperada, causando-lhe uma vertigem. Ele respirou fundo e abriu os olhos, a escuridão o envolveu, a única coisa que conseguia visualizar eram as silhuetas das árvores balançando com o vento. Nada! Foi um erro, ela não estava ali. Com passos lentos e frustrados ele se virou para dar mais uma olhada. Seus olhos se depararam com a sombra de uma mulher. Ali, imóvel, abraçada ao próprio corpo, ela olhava as luzes a sua frente...
Hermione queria ver as luzes, mas elas pareciam mais vaga-lumes dançando em frente a sua visão turva. Seus pés estavam descalços e estavam a centímetros do penhasco. Precisava acabar com aquela tortura, não havia mais sentido para a sua vida! Não havia mais razão para viver! Não havia mais esperança? Nunca ela havia sido medrosa, sempre fora admirada por sua coragem, mas temia por seu filho que viveria sem um pai e uma mãe. Sabia o quão covarde era o ato de deixar a responsabilidade de seu filho para Rony e Harry, mas confiava neles a própria vida, e a de seu filho também! Mas saber que nunca mais o veria de novo era doloroso! Porém, preciso! Metade dela estava morta... Não havia como viver sabendo que ele estava morto! O vento frio a envolveu e ela respirou fundo!
- Draco! Por que fez isso comigo? Por quê? Eu te amo tanto, Draco! – ela sussurrou, sua voz embargada pelas lágrimas.
Ele não pode ouvir o lamento dela, seu corpo inteiro tremia, teve que abrir a boca e fechar por várias vezes antes que sua voz finalmente saísse. Ele levou alguns segundos para entender a intenção dela, ali na beirada do penhasco. Seu sangue gelou nas veias, não poderia perdê-la mais uma vez! Não agora que havia uma chance de serem felizes.
Eu simplesmente nunca me dei ao trabalho
Você sempre estava em meus pensamentos
Você sempre estava em meus pensamentos
- Hermione!- ele gritou alto, seu peito arfante como se aquele fosse o maior esforço de sua vida.
A voz dele chegou aos seus ouvidos como um devaneio, escutá-lo novamente era o desejo mais profundo de seu ser. Porém era um sonho que nunca se realizaria, nunca! Nunca mais ela ouviria a voz doce, sensual, arrogante e apaixonada dele. Nunca mais veria o doce sorriso de quando estavam namorando, ou ouviria seus gemidos roucos junto ao seu ouvido a fazendo arrepiar enquanto faziam amor, nunca mais o sentiria dentro de si como se fossem um só corpo e uma só alma! Suas lágrimas pingaram ainda mais dolorosas, talvez estivesse perdendo a sanidade, e aquele fosse o momento de dar fim a sua vida já que a dele não existia mais.
- Mione! Olha para mim! – ele pediu se aproximando um pouco, mas ela parecia não querer ouvi-lo.
Em questão de segundos, se passaram por sua cabeça milhares idéias, a pior era se não conseguisse tirá-la dali, antes que ela caísse, ou cometesse a loucura de se jogar! Uma raiva enorme se apoderou de sua alma, não ia deixar que ela fizesse aquilo, não mesmo! E, então, ele gritou alto e furioso:
- Granger! Olha para mim! - Sua voz soou dura e fria na escuridão.
Hermione arregalou os olhos, um frio percorreu sua espinha, seu coração querendo saltar do peito. Ou aquilo era real ou perdera de vez toda a sanidade que lhe restava. Com movimentos lentos ela se virou, se fosse um devaneio ela daria fim a sua vida. Mas e se ele estivesse lá? Seus lábios se curvaram num pequeno sorriso úmido pelas lagrimas diante da esperança.
Ele não pôde deixar de sorrir ao vê-la se virar devagar, e ela teve certeza de que o ouvira de verdade. Teve que piscar os olhos várias vezes para livrá-los das lagrimas que os anuviavam. Ele estava ali, descalço, sem camisa, os cabelos estavam longos, os músculos mais firmes do que se lembrava. Os lábios curvados num sorriso puro, sincero, genuíno. Os olhos estavam encobertos pelos cabelos, mas o brilho das lágrimas ali presentes era inegável.
- Hermione! Não faz isso comigo! Não me deixe sozinho! Não agora!- a voz dele soou fraca e emocionada.
- Draco! – ela disse num sussurro, e não foi capaz de dizer mais nada.
Porém uma força maior do que a vida a fez correr de encontro a ele, no mesmo instante em que ele correu para ela. O barulho dos dois corpos se encontrando nunca seria esquecido. O calor que os envolveu era mais quente que o sol. Hermione se jogou nos braços dele, agarrando seu pescoço e enlaçando suas pernas na cintura dele, como se ele fosse sua única salvação. O que não era uma mentira!
Diga-me que seu doce amor não morreu
Me dê mais uma chance
De te manter satisfeita
Draco recebeu o abraço de entrega com um enorme sorriso, aquela era a melhor sensação do mundo: tê-la em seus braços novamente, inebriando-o com seu doce perfume. O abraço poderia durar horas e eles não se importariam, mas precisavam se separar um pouco para uma necessidade tão urgente quanto se abraçar. A essa altura as mãos dele se ajeitaram sobre as nádegas dela, a fim de segura-lá em seu colo. Com dedos trêmulos, ela tirou os cabelos loiros dos olhos dele e o fitou. Como sentiram saudades daqueles olhares...
Ela segurou o rosto dele com as suas duas mãos e o beijou. Primeiro, um suave roçar de lábios, como se testasse a temperatura, depois o gosto. E mais um gesto firme para comprovar que eram reais. Os pequenos beijos eram sôfregos, como se anunciassem algo muito maior, que aconteceu no momento em que ela entreabriu os lábios e a língua dele a invadiu de repente, fazendo ambos estremecerem. Foi um beijo terno, quente, envolvente, salgado pelo sabor das lágrimas de ambos que se uniam ali. Suas línguas se acariciavam suavemente. Até que um soluço a fez se afastar dele, encostando sua testa na dele no intuito de manter a proximidade que havia entre eles. Mas se beijaram novamente no momento seguinte.
O tempo pareceu parar naquele momento, aquele doce beijo com sabor de lágrimas, era o sonho mais desejado naquele momento.
Pequenas coisas
Que eu deveria ter dito e feito
Eu simplesmente nunca me dei o trabalho
- Eu senti tanto a sua falta! – ela sussurrou entre os beijos.
- Eu também, eu só não sabia...- ele soluçou e afastou os lábios dos dela.- Me perdoa, Hermione? Me perdoa?- ele disse, com as lágrimas saindo descontroladamente por tê-la nos braços mais uma vez.
- Meu amor! Jura que nunca mais vai sair de perto de mim? Jura?
- Nunca! E juro nunca mais te tirar da minha mente! Nunca mais!
Ela o abraçou com força mais uma vez, e sussurrou no ouvido dele:
- Eu te amo Draco! Amo!
Ouvir aquilo da boca dela o deixou perplexo e suas pernas cederam ao peso dos dois, e ele caiu de joelhos a levando consigo, porém nada seria capaz de destruir a magia daquele momento! Nada!Ele segurou o rosto dela com as ambas as mãos!
- Eu também te amo! Amo mais do que você imagina, Granger! - Ela sorriu ao ouvi-lo chamá-la daquela maneira.
- Eu não acredito! – ela sussurrou, chorando.
- E nisso você acredita? – ele a beijou novamente. - Vamos para casa! – Ele sussurrou, pois ela era incapaz de articular qualquer palavra, seu coração batia ferozmente como se fosse pular pela boca, então optou por abaixar a cabeça no ombro dele e respirou fundo enquanto eles aparataram para casa.
Quando Draco e Hermione apareceram no meio da sala ouve um grande murmúrio de alívio.
- Mione? – Harry ia se aproximar, mas Gina o impediu.
- É um momento dos dois! – ela disse segurando o braço do marido e olhando os dois abraçados ao centro da sala.
Gina não podia ver os olhos de Hermione, já que ela escondia o rosto na curva do pescoço dele, mas pode ver que ele chorava.
- Draco, pode usar o quarto dela, segundo andar, a terceira porta à direita! - Disse Gina.
Draco apenas assentiu e a ajeitou em seus braços mais uma vez, e saiu devagar.
- O que você pensa que está fazendo? – Harry esbravejou tão logo os dois sumiram nas escadas.
- Fazendo o que Potter?- ela respondeu, ríspida.
- Você os mandou para o quarto!
- Sim e daí? Ora Harry, eles precisam ficar sozinhos!
- Não antes de eu ter uma conversinha com ele! Eu e o Rony! Não podemos correr o risco de que ele a engravide de novo! –Harry disse, sério.
- Sabe o que eu acho... Que eles merecem serem deixados em paz! E você está é com inveja de tudo o que eles vão fazer. Mas posso te levar pro quarto agora e resolver o seu problema! –ela disse maliciosa, e Harry não soube o que dizer.
- Oi gente! - Luna entrou na casa sem aviso.
- Oi Luna! Que bom que você chegou! Eu e o Harry temos um assunto urgente para resolver, a Mione está ocupadíssima. Você poderia cuidar do Sean um pouco? - Gina disse com um sorriso que denunciava suas intenções.
_Claro!
- Ah! E se o Rony chegar não o deixe se aproximar dos quartos de maneira nenhuma!
- Ok! Mesmo se eu quisesse levá-lo para um deles?- disse a loira, levantando a sobrancelha e sorrindo.
- O Sean está dormindo, podem usar a sala! – Gina riu e puxou Harry pela mão. Ao passar pelo quarto de Mione lançou um feitiço não verbal para evitar que o som se propagasse. E tão logo entrou no seu quarto fez a mesma coisa, só que dessa vez Harry viu!
- Você é terrível Gina! – ele disse a beijando calorosamente.
- Sim, eu sou e você adora!
Ron chegou em casa um pouco atordoado.
- Luna? Onde estão todos?
- No quarto e pediram para que eu não te deixasse subir!
- E a Hermione?- ele perguntou sem entender.
- Eu não a vi, mas acho que está bem. A Gina realmente não quer que você suba Ron.
- Eu não acredito que eles estão lá, juntos! E fazendo... - ele interrompeu com uma onda de ciúmes o invadido.
- Não sei de quem está falando, mas posso imaginar o que estão fazendo! – ela disse maliciosa e o abraçou.
- Luna! O que você está fazendo? – ele perguntou, mas a abraçou pela cintura.
- Ora! Ron, parece que todos estão fazendo amor nesse momento e o Sean está dormindo então...
- Então? Não acho uma boa idéia!- ele vacilou.
- É Mesmo! E por que não?- ela perguntou o beijando nos lábios, ele vacilou novamente, mas a enlaçou pela cintura.
- Luna! Eu vejo você como uma...
- Irmã? Bom! Então vão nos queimar na fogueira das bruxas por fazermos sexo selvagem! Mas valerá a pena, não é mesmo Ron? - ela disse divertida e desafiadora, em seguida mordeu sensualmente o pescoço dele, que gemeu involuntário e a agarrou.
Você sempre estava em meus pensamentos
Enfim eles estavam sozinhos no quarto. Um de frente para o outro.
- Eu, eu preciso tomar um banho! Eu... Droga, Malfoy, eu não sei o que dizer!
Ele deu um meio sorriso, adorava vê-la embaraçada daquela maneira.
- Não diga nada! – ele disse calmo – Eu também não sei o que dizer!
Ambos sorriram bobamente.
Ela o admirava profundamente, havia esperado sonhadoramente vê-lo um dia, novamente, se algum dia ele saísse de Azkaban, mas nenhum de seus devaneios chegou perto de como ele estava realmente. A face estava vermelha devido ao choro, os lábios finos e rosados estavam inchados provavelmente por causa dos beijos. Os cabelos longos ainda estavam úmidos, porém tão claros como ela se lembrava. Ainda estava sem camisa, e seu olhar passeou pelos ombros largos e tórax bem definidos que ela não se lembrava tão bem, pois não era aquele físico que ele tinha no último ano em Hogwarts.
- Você vai entrar no banheiro, ou vai ficar aí parada me olhando com esse olhar pervertido? – ele tentou ser sarcástico, porém sua voz falhou, pois sabia que a admirava com o mesmo desejo.
Ela sorriu, prendeu os lábios entre os dentes e assentiu ficando rubra, ele tinha dom para desconcertá-la daquela maneira. Hermione tampou o rosto com as mãos, e caminhou de costas, pois sabia perfeitamente bem onde era o banheiro, ele sorriu mais uma vez pelo gesto dela. Ela não queria que ele desviasse o olhar dela nem por um momento. Ao se ver completamente dentro do banheiro, ela segurou a porta e ele levantou a sobrancelha num gesto sugestivo, como quem pede para ser convidado, ela soltou um sorriso feliz e fechou a porta devagar!
De te manter satisfeita
Eu te manterei satisfeita
Ele caminhou até a porta e a tocou de leve para não fazer barulho, era como se aquele gesto fosse trazê-la para mais perto, novamente.
Suas mãos se espalmaram sobre a porta, onde ele encostou a testa e soltou um suspiro. Como ele podia amá-la tanto assim?
Tão logo cerrou a porta ela se voltou como se ainda fosse vê-lo, e não pôde deixar de tocar a porta com os dedos, como se ele estivesse em sua frente.
Primeiro, ela encostou toda a face, delicadamente, contra a madeira, seu coração parecia não caber no peito de felicidade, então ela suspirou!
Nenhum dos dois saberia que estavam ali, num gesto bobo e apaixonado, um de cada lado daquela porta.
Ele ouviu o barulho da água do chuveiro e a imaginou no banho. Seu corpo reagiu no mesmo instante, e ele respirou fundo tentando se controlar. Draco caminhou até uma escrivaninha próxima e pegou um porta-retrato que repousava sobre a mesma, onde continha uma fotografia bruxa. Ele sorria alegre, era algo tão espontâneo. Por alguns minutos ele se perdeu no tempo, poderia passar o resto da vida ali a observando.
Até que um pigarro o fez se virar e vê-la ali, no meio do quarto.
Ela não levara nenhuma roupa para o banheiro, portanto, o roupão atoalhado foi à única coisa disponível para usar.
Ele caminhou ate ela com passos largos e, quando próximo, segurou a face dela com as duas mãos, deixando seus rostos muito mais próximos ainda.
- Me deixe te amar, Hermione! Me deixe te amar! – ele uniu seus lábios aos dela com volúpia, e ela o respondeu com o mesmo ardor, porém logo se afastou.
- Eu deixo, mas só se você me chamar de Granger! – ela disse maliciosa, e ele sorriu.
- Me deixe te amar, Granger!- ela mordeu os lábios dele com carinho.
- Fale de novo!
- Me deixe te amar, Granger? – ele gemeu e prendeu a língua dela entre seus lábios, mas ela se livrou rápido.
- Eu quero ouvir de novo!
- Granger! – ele disse pausadamente – Me deixe te amar!- Ele sussurrou antes de tomá-la para mais um beijo ardente, entorpecendo-os completamente.
Hermione roçou seu corpo ao dele, como uma gata no cio faria, e ele gemeu antes de pegá-la no colo e carregá-la para a cama. Deitaram-se num impulso e sorriram com o gesto brusco. Ela se deliciou ao sentir o peso dele sobre si. Draco afundou o rosto entre os cabelos molhados dela e se inebriou com o perfume que emanava deles. Com um gesto firme, ele desfez o laço do roupão e se afastou um pouco para poder admirá-la. Ela suspirou e disse:
- Por favor! Deixe isso para depois! Eu quero você agora!- ela queria que aquilo soasse como uma ordem, porém saiu parecido com um pedido manhoso e impossível de ser negado.
O meio sorriso tomou conta dos lábios dele mais uma vez, e num movimento rápido ele se livrou da calça e se colocou sobre ela, distribuindo beijos alternados com mordidas e lambidas pelo pescoço e orelhas dela. As mãos dele fizeram uma viagem rápida pelo corpo esguio, passando pelas coxas, pelo quadril, barriga e indo parar sobre um dos seios, gesto que a enlouqueceu e fez com que ela enrolasse seus dedos nos cabelos longos dele. Suas mãos não estavam tão macias como antes, talvez pelo trabalho forçado e braçal ao qual ele fora submetido enquanto estava preso. Porem o frisson causado pelo roçar de seus corpos os fazia gemer, inconscientemente.
Foi à vez das mãos delas passearem pelo corpo dele. E ela o fez de bom grado, sentindo a pele quente. Com um gesto delicado, ela alcançou o membro dele que a essa altura já estava mais do que preparado para o ato de amor. Com movimentos precisos e firmes ela o acariciou deslizando a mãos sobre ele e fazendo-o gemer.
- Hermione!- ele gemeu agoniado, e ela que também não se sentia diferente, disse:
- Vem! – ela chamou languida, e ele lhe abriu as pernas ainda mais, preparando-a para recebê-lo.
Draco a penetrou sem aviso e, de uma vez só, estava inteiramente dentro dela. O grito de ambos ecoou pelo quarto, sentiram o mesmo tipo de dor e prazer. Draco enterrou o rosto no ombro dela, e ficou imóvel ali. Ela não se arriscava a mover os quadris, mal podia respirar. Sentia o seu corpo vibrando ao redor do dele, ou seria o dele vibrando dentro do si?!
Ela pôde notar o suor começando a descer pelos cabelos dele, então o obrigou a levantar a cabeça e lhe encarar. As lágrimas estavam formadas nos olhos cinzas dele, prontas para cair. Ela colocou os cabelos loiros atrás da orelha num gesto terno e carinhoso, e notou que aquele gesto fizera as lágrimas se desprenderem e rolarem pesadamente sobre o rosto pálido do rapaz. Num gesto rápido, Hermione levou os lábios até elas e sugou delicadamente uma por uma, passando os lábios sobre a pele dele até chegar às pálpebras, onde depositou um beijo sobre cada uma delas. Depois desse gesto ela se moveu de maneira excitante, os fazendo gemer.
Draco entendeu o pedido, mudo e sensual, e se retirou dela devagar, mas voltou no segundo seguinte com mais força. Queria estar dentro dela o mais profundo possível, mas não queria machucá-la, talvez um ano de abstinência sexual a deixasse ‘’inexperiente’’ de novo. Porém a fome de prazer que ele sentia era maior que qualquer pensamento coerente e ele se viu levantando ambas as pernas dela, forçando-a a dobrar os joelhos. Assim, a penetração se aprofundou e ele podia tê-la exposta, somente para seus olhos inebriados de prazer, enquanto faziam amor.
Hermione gemia ao senti-lo se mover sobre si. Sonhara tanto com o dia que o teria de novo... Sentia-se imensamente feliz acariciando o rosto dele. Tentou sorrir mas sua expressão não passou de uma demonstração de luxúria. Por vezes seus lábios se uniam em beijos rápidos e sedentos, beijos molhados que os faziam delirar... E foi durante um desses beijos que ele se ritmou dentro dela. Seus lábios estavam unidos e se separaram por instantes, soltando murmúrios de puro prazer e êxtase. O clímax veio violento e arrebatador, assim como a saudade e a falta que sentiam um do outro.
Hermione o sentia se despejar dentro de si e Draco a sentia derreter-se ao redor dele. Seus lábios se uniram mais uma vez, trêmulos. Ele se movimentou dentro dela mais uma ou duas vezes, e selou aquele orgasmo com um beijo. Ele rolou na cama, levando-a junto com ele, e se aninharam um ao outro com carinho. Naquele momento, as palavras foram completamente dispensadas e a letargia do sono pós-sexo os atingiu, instantaneamente, fazendo-os dormir.
Com tanta freqüência quanto poderia
Talvez eu não tenha te tratado
Tão bem quanto deveria
Hermione foi a primeira acordar. Sentiu que sua cabeça repousava em algo macio e quente, mas que não era o seu travesseiro. Seu corpo estava gostosamente dolorido, e uma mão possessiva estava ao redor de suas costas. Ela sorriu, ainda de olhos fechados, e se afastou dele. Não que não quisesse aquela proximidade, mas queria vê-lo ali adormecido em seus braços. Se ajeitou entre os lençóis amarrotados e ficou ali, face a face com ele, que ainda dormia um sono profundo, calmo, como certamente não dormia há um longo tempo.
Não desejava acordá-lo, poderia passar horas ali o observando. Mas ao ser observado, ele despertou e a olhou nos olhos. Ela suspirou ao encontrar os olhos cinzas.
- Bom dia! – ele disse ,carinhoso
- Maravilhoso dia, mas devo te informar que são mais ou menos 3 da manhã!
- E o que está fazendo acordada?
- Te olhando! E imaginando se você é real!
- Te provei o quanto sou real a noite passada!- ele disse malicioso.
- Como você voltou pra mim? Como recuperou sua memória se elas estão comigo?-Ele suspirou antes de responder.
- Devemos essa proeza aos seus amiguinhos! Ainda não sei como eles conseguiram. E quanto às ‘’minhas’’ memórias, elas estão comigo! Foram devolvidas a mim!
- O quê? – ela se sentou na cama com o espanto.
- Ei! Calma, não fique assim. E não fique brava com eles. Afinal eles nos salvaram da nossa própria solidão! Detesto dizer, mas agora eles são nossos heróis, heróis do nosso caso de amor! - ele disse bem humorado, o que a fez rir.
- Então eu devo agradecê-los por terem roubado aquele frasco de mim?
- Sim, porque eu serei eternamente grato a eles por isso!
Ela tocou os cabelos dele com carinho.
- Estão horríveis não é? Eu pensei em dar um jeito neles, mas... Realmente não tive tempo. - Ele se lamentou.
- Estão lindos! Hum, nunca te imaginei com eles assim, a altura dos ombros.
- Lindos? Eu devo estar parecendo o meu pai! – ele fez uma careta.
- Você e o Sean são tão parecidos! Ele é tão lindo como você! E você é tão lindo quanto ele!
- Meu filho! Eu nem posso acreditar que tenho um filho! Não tive oportunidade de conhecê-lo ainda! – ele reclamou.
- Então vem! – ela chamou se levantando e indo procurar as roupas rapidamente e, como não encontrou, puxou o lençol e se enrolou nele, chamando-o.
- Vem! Eu quero que você o veja!
Ele vestiu a calça do pijama que encontrou por sorte na beirada da cama e a vestiu rapidamente.
Ela entrou no quarto de Sean que dormia serenamente no berço. Draco segurava as mãos dela firme, porém elas transpiravam bastante de nervoso. Talvez pela emoção de ver o filho pela primeira vez. Os olhos deles marejaram ao ver o bebê que dormia tranqüilo. Os cabelos loiros emolduravam o rostinho branco de bochechas rosadas.
- Ele é lindo, Hermione!
- Espere até ver a cor dos olhos dele!
- AH! Mione! Eu...- as palavras lhe faltaram.- ... Me desculpe! Por tudo que eu te fiz! Por ter sido um cafajeste ao te acusar de coisas ruins. Me perdoe por não ter te amado como deveria! Eu gostaria de voltar no tempo e consertar tudo! Tudo!
- Shi! Não se preocupe, você agiu maravilhosamente comigo.
- Você sabe que não! Eu te magoei, te humilhei.
- Draco! Você foi um cavalheiro, quando me tirou da sua mente, tentando me proteger, foi uma cavalheiro quando guardou o segredo da minha gravidez, ou quando me tirou dos sonserinos, mesmo depois de eu ter te acusado. Foi um cavalheiro quando não me atacou na guerra e ainda nos protegeu daquela maldição da morte, mesmo acreditando que estava protegendo o filho do Rony. Agora você tem que me perdoar por atacá-lo sempre! Eu é que preciso do seu perdão!
- Você estava protegendo o meu filho! Nosso filho! E eu te amo por isso! E por tudo que é, e pelo que fez! Aquela guerra poderia ter terminado de outra forma para nós, mas você fez tudo certo, como sempre!
De volta ao quarto, Draco se deitou na cama de costas muito a vontade e chamou por ela, que ainda estava parada perto da porta.
- Vem cá Mi!- Ela sorriu diante da proposta dele, abrindo o lençol que estava envolto em seu corpo, expondo sua nudez. Ele gemeu extasiado, e o seu corpo reagiu de imediato.
- Não sem antes você despir essa calça!
- Qual? Essa? – ele se fez de desentendido, esticando o elástico da cintura da calça, deixando ainda mais amostra a sua excitação, pois não usava nada por baixo.
Ela caminhou até ele e com movimentos firmes escorregou a calça pelas pernas dele. Draco pôde ver o brilho selvagem nos olhos dela ao visualizar a sua ereção, e não pôde deixar de sorrir.
- Sou todo seu!
- Todo? – ela disse maliciosa se colocando sobre ele, e beijando as coxas firmes e macias. – Todo mesmo? – ela sussurrou sensualmente com os lábios quase colados à virilha dele, no que ele gemeu.
- Até onde você quiser!
- E se eu disser que eu quero tudo?
- Você terá!
Ele quase gritou ao sentir os lábios dela o envolvendo de maneira suave, porém possessiva. As caricias dela não eram tão ousadas ou pornográficas, eram simples, firmes, eram carícias para darem prazer... Uma das mãos da castanha o segurava com firmeza, e seus movimentos de vai e vem eram lentos, na mesma medida que seus lábios o sugavam. Passaram alguns minutos naquela tortura, até que ele a impediu, a puxando para um beijo. A intenção dele era virá-la para que ficasse sobre ela e retribuisse a carícia, porém ela foi mais ágil e se sentou sobre ele, ficando bem próximo da penetração. Ele gemeu frustrado e ela riu.
- Depois! – ela sussurrou no ouvido dele. E começou a descer devagar, segurando seu membro para que ele ficasse no ângulo propício para a penetração. Ela gemia baixinho em êxtase com o que sentia ao ser preenchida por ele. Antes que conseguisse uma penetração total, ele levantou os quadris mergulhando bruscamente dentro dela, que choramingou alto.
-Doeu? – ele perguntou num lampejo de preocupação, e ela assentiu.
- Uma dor boa!
- É?- ele sorriu divertido. – Como foi? Assim? – ele se moveu da mesma maneira novamente, e ela não pode responder.
Ele a levou a beira do orgasmo, mas parou os movimentos de repente. Sua intenção era prolongar o momento. Ela entendeu, respirou fundo e colou o seu corpo ao dele, se movendo deliciosamente, devagar. Hermione balançava os quadris em todas as direções, arrancando suspiros de Draco, que postou suas mãos na cintura dela e a apertava incentivando-a e por vezes mostrando a direção que ela deveria se mover.
Porém aquilo era insuficiente para ele, que a queria com loucura. E já que ela não conseguia mais manter o ritmo, ele a virou muito rápido e ficou sobre ela, penetrando-a com força de novo. Dessa vez ele apoiou os joelhos dela em seus antebraços a tendo preparada para si. Draco investiu sobre ela com loucura, até que as sensações se avolumaram e gozar se tornou inevitável, assim como respirar. Então ele gozou dentro dela, com força, luxúria.
Ela gemeu ao senti-lo explodir dentro de si com a força de um vulcão, e o recebeu como se rebatesse o gozo dele com o seu próprio. Porém antes de descansar, ele rolou na cama, mais uma vez, deixando-a por cima novamente. Seus sexos pulsando de satisfação. Beijaram-se docemente, com a respiração ainda irregular. Ela se aninhou ao pescoço dele, procurando ficar ainda mais próxima, se é que era possível. Ele segurou firme e carinhosamente os cabelos dela.
- Eu te amo Hermione! Eu te amo!
- Eu também te amo muito, Draco! Te amo tanto que nem sei! - Ele sorriu.
- Eu também te amo tanto que nem sei! - Eles sorriram e adormeceram ali, abraçados um ao outro, sentindo o doce prazer dos amantes!
(N/A:“qualquer mera coincidência com a capa da fic, não é mera ‘‘coincidência” kkk)
Você sempre estava em meus pensamentos
Hermione se encontrava de pé próxima da janela, com seus olhos anuviados pelas lágrimas. Draco estava sentado na beirada da cama, enrolado no lençol da cintura para baixo. Suas mãos suavam nervosamente, e ele apertava seus dedos enquanto pensava no que falar. Enfim sua voz saiu soando triste e carregada.
- Durante o tempo que estive em Azkaban eu.. Eu chorava todas as noites.- ele disse, permaneceu em silencio em seguida.
- É compreensível, você estava recluso, imagino o quanto isso é doloroso! - ela disse calma.
- Não! Você não imagina. Porque não foi por isso que eu sofri. - ele disse e os olhares se encontraram. -Sabe, em Azkaban você não diferencia dia e noite!
Tudo é sempre tão frio e escuro. Eu só sabia que era noite por que sempre nos deixavam parar de trabalhar e dormir. Então eu me deitava naquele lugar sujo e fedido, e me encolhia o máximo que podia. Eu sentia saudades Hermione! Sentia saudades de algumas coisas, mas não era nada de que eu me lembrasse de ter vivido. Sentia um cheiro doce, o gosto de pele, sentia falta do que minha mão pudesse tocar. Mas nada! Vasculhei a minha mente muitas vezes, tentando lembrar quem era a dona daquele corpo, que me fazia sentir tantas sensações. Os gemidos e sussurros que ouvia, dizendo o meu nome! Eu chorava de angústia por não saber o que era aquilo que eu sentia. Era você! Você que esteve presente o tempo todo em meu coração!- ele disse, deixando as lágrimas rolarem novamente. - Sempre Hermione, a cada noite, a cada dia, a cada hora, você esteve lá comigo! Eu só não sabia que era você! Eu não sabia!- ele chorou descontrolado por alguns momentos e escondeu o rosto entre as mãos.
Hermione também chorava, porém muito contida, caminhou até ele trêmula, seus dedos tocaram os cabelos em desalinho carinhosamente. Ele a puxou para si e se agarrou a cintura dela, abraçando-a firme. Draco chorava como uma criancinha perdida, amedrontada, e que havia acabado de encontrar o caminho de casa.
Ela esperou que ele se acalmasse e se abaixou para que seu rosto ficasse próximo ao dele. E olhando nos olhos vermelhos e inchados ela disse:
- Quando nós dissemos adeus na orla da floresta proibida, você me disse que eu não estaria mais em sua mente. Mas que em seu coração eu permaneceria para sempre.
- Eu não menti, pois você esteve aqui. - Ele apontou para o coração - ...Comigo o tempo todo!- ela sorriu, emocionada.
- Lugar em que eu pretendo continuar!
- Hermione! Eu nunca mais quero que você saia do meu coração, ou de minha mente. Você vai estar sempre em minha mente, a cada vez que eu respirar. Eu não quero te perder de novo, nunca mais!
- Nem eu, meu amor! Não quero me sentir incompleta de novo!
- Eu te amo, Hermione!
- Eu também te amo, Draco!
Ele a abraçou e tiveram mais uma crise de choro.
- Chore meu amor, chore!- ela disse emocionada- Chore como eu chorei todo esse tempo, chore porque entre nós não haverá mais adeus, ou lembranças, nós vamos ficar juntos para sempre! - ela disse, também emocionada.
De te manter satisfeita
Eu te manterei satisfeita
Draco e Hermione desceram para o café da manhã de mãos dadas, mas ela logo se separou para pegar Sean dos braços de Luna. Draco prendeu a respiração ao vê-lo acordado. O bebê abraçava Hermione e puxava os cabelos dela, enquanto ela dizia-lhe palavras sussurradas e carinhosas no ouvido. Draco se aproximou dos dois com passos incertos. Acariciou a cabeça do filho, se sentindo trêmulo por dentro, ato que chamou a atenção do bebê, que o encarou de olhos arregalados. E logo sorriu mostrando os dois minúsculos dentinhos inferiores que acabaram de nascer.
Sean se agitou contra os braços de Hermione e pulou no colo da mãe, que precisou segura-lo com mais firmeza para ampará-lo. Com lágrimas nos olhos, Draco desceu a mão sobre a face do bebê, tentando ser delicado, afinal não se lembrava de em sua vida ter tido contato com um bebê. Sean se agitou ainda mais e sorriu escandalosamente, enquanto se jogava nos braços do pai. Mais uma vez Draco hesitou, não sabia como segurá-lo, mas era inevitável.
Ele estendeu ambas as mãos, pegando o seu filho do colo da mãe, que também sorria emocionada. Diante dos olhares de todos, ali, os três se abraçaram.
Uma hora depois, Harry e Rony arrastaram Draco para a biblioteca.
- Malfoy! Precisamos conversar! – Harry anunciou sério, logo que fecharam a porta.
- Olha, você viu que nosso plano falhou! E quase que a Mione cometeu uma loucura! – Disse Ron.
- Mas está tudo bem! É o que importa! – Draco disse tímido, e tranqüilo.
- Malfoy, foi uma exigência do ministro anunciar a sua morte. Pedimos sua liberdade em nome da nossa vitória na guerra e o convencemos de que você era um cara bom, e que não era um seguidor fiel do Lord das Trevas. Pois, afinal, você salvou todos nós. Eu sei que você só queria proteger a Mione, mas passou por cima do seu orgulho e nos salvou. Mas ele pediu que você trocasse de identidade!- Harry contou calmo.
- Ou seja, você não pode mais usar o sobrenome Malfoy! – Rony completou. - O que vai ser bom para Mione e para Sean!
- Sim. Então, você pode escolher qualquer outra identidade e assumir. – prosseguiu Harry. - Conseguimos recuperar um pouco da sua fortuna, assim você pode reconstruir a sua vida com a Mione e com o seu filho. – Disse Harry.
Draco estava tranqüilo apesar de tudo, só de saber que poderia ficar ao lado de Hermione, sem colocá-la em risco, era um grande alivio.
- Posso manter o meu primeiro nome?
- Creio que não terá problemas! – Harry disse aliviado, pois ainda estava tenso pela reação do louro.
- Draco Granger! – ele disse de uma vez.
- O quê? – Harry e Ron gritaram em uníssono.
- É isso mesmo! O nome do Sean, e da Mione. Eles são Granger, eu também quero ser um Granger!
- Um nome trouxa? – Rony perguntou, incrédulo.
- Por que não? Eu pretendo me casar com ela, e já que não posso dar meu sobrenome a ela, talvez ela possa me dar o dela!
- Você está mesmo mudado Malfoy. Ah, esqueci, é Granger agora!- Rony zombou e Harry também riu.
- É bom que esteja pensando em casamento.- Harry disse ficando sério. - Não quero saber de você e a Mione ficarem por aí assim, vivendo em pecado.
- Que antiquado Harry. Mas eu concordo. - Rony continuou. – Malfoy, não queremos que fique com a Mione antes do matrimônio.
- O quê? – ele não entendeu.
- Promete que não vai tocar nela até que estejam devidamente casados? – Harry disse – Não queremos a Mione em outra situação complicada, entende?
- Eu não vou prometer nada! – Draco negou o pedido dos rapazes, fazendo uma careta.
- O que será que eles estão falando Gina? – Hermione perguntou apreensiva.
- Calma! Eles tinham assuntos pendentes que iriam resolver antes, se você não tivesse lido o jornal. Mas me conta, como foi?- Gina perguntou maliciosa. E Hermione ficou rubra.
- Bom, fiquei maravilhada ao encontrá-lo...
- Não é disso que estou falando. E você sabe que não. - Gina e Luna riam.
- Bom, foi... Ah... Foi como eu me lembrava. Ele foi maravilhoso, só que não perdemos tempo nas preliminares, eu não agüentaria! – ela disse vermelha e as duas riram muito.
- Bom, então ontem foi o dia da selvageria! O Potter estava insaciável! – Gina disse e elas riram muito.
- Não pense em me fazer inveja, o Rony também estava bem... – Luna se juntou a elas na conversa. - Digamos que foi a nossa primeira vez, mas... Suponho que foi um desempenho memorável!
- Luna! – as duas gritaram.
- O que foi?! O Ron anda pegando todo mundo, porque eu não podia pegá-lo também?
Depois de uma crise de risadas:
- Gina, não confio neles. – Hermione se pronunciou, estava visivelmente nervosa. - Tanto tempo juntos assim, sem sair um grito, um palavrão, um soco. Eu vou ver o que está acontecendo lá dentro.
Hermione estava decidida a ir, quando ouviu a frase:
- Eu não vou prometer nada! – Draco negou, em alto e bom som.
Com tanta freqüência quanto poderia
Talvez eu não tenha te tratado
Tão bem quanto deveria
- Ótimo! Então chame o padre Harry, vamos casá-los agora mesmo! – Ron disse ficando nervoso. - Tenho certeza de que ele não vai ficar com as mãos longe da Mi!
- Nem pensar! A Hermione merece algo especial, acho melhor a gente azará-lo para que eles não... Façam nada até o casamento.
- Não, não precisa. - Draco gritou – Mesmo que tenha vencido o Lord das Trevas, não confio em vocês dois e suas mágicas! Eu prometo que não vou tocá-la... - ele engoliu em seco - Até o casamento. – ele terminou emburrado enquanto os outros dois riam. - Oh! Promessa estúpida! – Draco resmungou.
- Ou promete ou o azaramos! – Rony reforçou as opções.
- Já prometi! – ele quase gritou.
- Prometeu o quê? – Hermione entrou na sala e se impressionou ao observá-los conversando civilizadamente.
Os três emudeceram com a presença de Hermione ali.
- Mione eles querem que casemos agora. – Draco informou a ela.
_O quê? – As três garotas perguntaram em uníssono, Gina e Luna haviam acabado de se juntar a eles.
- Ficaram malucos? – Mione perguntou.
- Se você quiser, eu me caso agora.
- O quê?- Hermione o olhou como se ele fosse algum ser extraterrestre.
- Estou te pedindo em casamento Mione. Só que tenho um problema, preciso assumir outra identidade, e... Que tal Draco Granger?
Hermione estava boquiaberta diante das palavras do louro, não sabia o que dizer a ele, então ele precisou ir até ela e beijá-la nos lábios, sorrindo devido ao estado de choque em que ela se encontrava.
- Até que enfim consegui fazê-la perder a fala e o raciocínio, não é mesmo?
Todos no recinto riram muito diante do comentário de Draco, principalmente por verem Hermione Granger sem palavras. Ela realmente não conseguia articular nem meia palavra, e preferiu enrolar os braços ao redor do pescoço de Draco e beijá-lo, dando-lhe uma resposta muda e sensual...
The end!
Tem Epílogo especial para vocês! Querem? ...
Ah também, não custa comentar! Só pra me animar com outra fic!.....
N/A: Bom pessoal, é isso ai! Espero que tenham curtido bastante, e se for possível não deixem de comentar! Porque estou preparando uma surpresinha pra vocês! Que tal um epílogo todinho Nc? Quem quer grita euuuuu! Brigadão mesmo por todos os comentários! Beijos e conto com vocês na próxima fic! Ah é comentem para o epílogo vir bem rapidinho! E POSSO ADIANTAR QUE ELE TA FICANDO QUENTE........MUITO QUENTE...
E ainda é uma trilogia, ta! Porque é a mesma song!
Betas, um super beijooooooo, como agradecimento por toda paciência que tiveram comigo!
Até a próxima fic!
Jôsy Chocolate
N/B (Crik_Snape) – AAAAAAAAAhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu não aguentoo... eu tenho que gritar!!!!!!!!!!!!!!!!! Snif Snif!! Muito triste, não acredito que a fic terminou!!!! Eu queria mais e mais... eu não me conformo... eu quero continuação! HAUhaua... mas tudo bem... valeu muito a pena, pq a fic ficou demaaaiis!!!!!!! Adoreeii Josy... eles vão casar! \o/ isso foi muito fofo... muito mesmo!! As suas NC’s então, vc ainda vai me matar com elas!!! HUAhua... PERFEITOOO!!!!!!!!!! Mas ainda tem epílogo né?! Haha... mal posso esperar pra vc começar a escrever!!! E EU VOU QUERER SPOILERS SIM VIU! Muitos, ai de você se não me der nenhum! ¬¬ hahhaha PARABÉÉNSS.. e vamos comentar pro epilogo vir mais cedo! \o/ hehe
bjuuussssssss!!!
N/ Ju Fernandes: E aeeeeeeeeeee!!!! Caraca malucoooo, oq foi esse capítulo??? hahahaha... Mto booom!!! E que NC hein!!! Josy sua safadinha, todo mundo deus uns créus bonitos hein! kkkkkk... Até o Ron/Luna! hahahahaha... Mas enfim, o reencontro deles foi liiiiiiiindo!!!! Amei de paixãooo! =D ... E ele com o Sean, ti fofoleeeeti!!! Mas só uma coisa a reclamar, o Draco tah mto chorãoooo! kkkkkkkkkkkk
Mas enfim, vontade de pegar ele no colo e trazer pra casa!!! Ownn! haushaushauhsuahs... Bem, doreiii betar esse capítulo, mas tô mesmo ansiosa pela sua próxima fic ... hahahaha... *abafa o caso* ... Continua assim qe 'cê' vai looooonge!!! Agora deixa eu ir lá pq eu tenho 800 mil coisas pra fazer , NEH CRISTIANE!!??? A srta tb!!!Han... =x ; E GALERA VAMO COMENTAR NEH???????????????A Josy merece!!!
AVISO: POSTEI UMA FIC NOVA! VALE A PENA! OUTRA DRAMIONE PRA VARIAR! RSRSRSR DIAMOND RING- ANEL DE DIAMANTES VAI PEGAR FOGO! BEIJOS E CONFIRAM LÁ OK!
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