Always on My Mind Sempre em Mi



Você sempre esteve em minha mente, é verdade
Nunca pensei em outro alguém além de você’’


 Elvis Presley - You Are Always On My Mind


O relógio já devia estar marcando meia noite, e eles ainda estavam ali, ambos envoltos na capa sonserina que fora magicamente ampliada para que comportasse dois corpos nela. As costas nuas dela roçavam no peito dele, também despido, num ato de luxúria.
Draco olhou para baixo e viu os cabelos dela espalhados sobre seu peito, em um emaranhado de tons castanhos, contrastando perfeitamente com sua pele clara. Um arrepio percorreu seu corpo, no mesmo instante. Será que estaria a desejando de novo?
Estavam ali desde as nove horas da noite, logo após o jantar. Primeiro, fizeram amor com pressa, sem pensar em mais nada além da união carnal... Ele a penetrara com urgência e ela o puxara para dentro de si com loucura. Por sorte estavam bem afastados do castelo, caso contrário, seus gemidos poderiam ser ouvidos por todos... O clímax veio rápido e sem preâmbulos. Pouco tempo depois, ambos já estavam completamente recuperados, dando início a uma nova busca incessante por prazeres. Sentiam a pele um do outro muito devagar, como se desfrutassem de um manjar dos Deuses.
Cada beijo, cada carícia, era como se fossem gravados no mais profundo da alma de cada um deles. Um satisfez o outro daquela maneira doce: sem invasão, sem a loucura do primeiro ato. Agora, pela terceira vez na mesma noite, se desejavam ardentemente, afinal, eram dois jovens, dois amantes insaciáveis em busca de prazeres. Um prazer que só encontrariam um no outro...

--------------------------------------------------------------


Talvez eu não tenha te amado
Com tanta freqüência quanto poderia
Talvez eu não tenha te tratado
Tão bem quanto deveria


Ele acordou em um sobressalto, suado. Era alta madrugada e os guardas já faziam suas rondas noturnas habituais. Mais uma vez, se pegara sonhando com a sangue-ruim. Uma raiva sem fim o atingiu forte, novamente. Odiava sonhar com ela, mas aquilo vinha sendo tão freqüente ultimamente. Geralmente sabia distinguir sonho de realidade, mas ficar tanto tempo ali, em Azkaban, poderia estar começando a afetá-lo de alguma maneira.


‘’Numa cela de Azkaban, sujo, com os cabelos loiros longos a altura dos ombros, ensebados de sangue e sujeira, Draco se via mais uma vez deitado em sua cela suja e fedida, mas apenas um flash de memória o fazia viver. Era o sorriso de uma jovem garota, seu rosto molhado de suor a satisfação sexual estampada em sua face. Quem seria aquela? Um fragmento das lembranças que tivera em outra vida que agora lhe parecia a anos luz de distância ou apenas um sonho? Alguma coisa no rosto dela o lembrava a maldita sangue-ruim amiga do Potter e dos Weasleys. Seria ela a garota de seus devaneios? Não podia ser! Não ela? Por que, então, aquela simples lembrança o fazia viver?’’

Draco encontrava-se sentado em sua enorme e luxuosa cama de casal. Os braços para trás, apoiados no colchão, deixavam suas costas em um ângulo confortável. Sua roupa era social e negra, a camisa se encontrava aberta até o meio do peito, onde uma corrente de ouro com um pingente em forma de serpente pendia displicente. Seus olhos fitaram a porta por onde, devagar, passou uma pessoa.

A primeira parte do corpo dela a visualizar foram os pés, enfeitados por uma sandália preta com tiras e detalhes brilhantes. A imagem que viu a seguir tirou todo o seu fôlego, arrepiando-o por completo: a bruxa que entrou no quarto tinha os cabelos longos, pretos e brilhantes; seu vestido era longo, vermelho, justo no corpo, acentuando perfeitamente bem as suas formas. Seu decote o fez engolir em seco. A gola era alta, porém havia uma faixa que ia do pescoço, passando pelo vale entre os seios e chegando até quase os pêlos pubianos. Era uma faixa larga como a palma de uma mão, porém com uma fita de cetim entrelaçada, formando inúmeros x. As mangas do vestido eram compridas, como se pudessem esconder os braços sensuais, e o comprimento do vestido escondia as pernas bem torneadas, mas duas aberturas laterais iam bem acima do meio da coxa. Era um vestido tentador, e aquela visão arrepiou todos os fios de cabelo que ele tinha no corpo, principalmente os da nuca e os do baixo ventre.
Ela lhe sorriu maliciosa, seus lábios sensuais e bem desenhados estavam meticulosamente cobertos por um batom tão vermelho como o vestido. Ela caminhou até ele, cujos olhos estavam vidrados no balançar de quadris que o movimento do seu andar produziu. Ela parecia dançar diante dele. Até o gesto mais simples o fizera ter pensamentos obscenos com a mulher a sua frente. Com a destreza de uma felina, ela subiu na cama e postou-se bem em cima dele, sem que unisse sua boca a dele. Habilmente, ela o fez se deitar sobre o colchão, no que ele a obedeceu de bom grado. Ela permaneceu sobre ele, seus joelhos um de cada lado dos quadris dele, fazendo uma abertura significativa entre suas pernas. Posicionou seus braços um de cada lado de sua cabeça, enquanto seus cabelos negros e lisos caiam delicadamente sobre os dele, suas bocas muito próximas... Tão próximas que podiam sentir o hálito quente e fresco delas.
Ansioso demais por um beijo, ele levantou a cabeça e tentou capturar os lábios dela, mas ela se esquivou a tempo, decepcionando-o profundamente. Seus olhares se encontraram mais uma vez antes dela beijá-lo. Um beijo lascivo, molhado, capaz de perturbar o mais calmo dos espíritos. Ele suspirou e correspondeu com igual furor.
Ela tinha pressa, e, por isso, começou a despi-lo com um tipo de loucura sem igual, como se fosse uma fêmea no cio. Ela precisava dele, e o procurou arduamente... Seus lábios desceram pelo pescoço dele, brincando com a pele alva e arrancando suspiros de seu companheiro, deixando marcas vermelhas causadas por suas unhas consideravelmente grandes. Às vezes ela o provava com a ponta da língua, ou o mordia forte, obrigando-o gemer não de dor, mas de pura luxúria. Ele imaginava até quando agüentaria aquela doce tortura. Tortura esta que ela estendeu para o restante de seu corpo, descendo pela barriga dele, brincando com seu umbigo e num ponto intitulado “caminho do paraíso”... Ele gemeu mais uma vez, completamente extasiado, mas ela parecia sem controle e faminta. Ela o beijou, o instigando, até que chegasse a seu membro que doía gostosamente diante da caricia.
Ali ela permaneceu por algum tempo, ‘’brincando’’ com seus lábios e proporcionando-lhe a mais doce tortura que ele já havia experimentado. Ela se movimentava sensualmente sobre ele, levando-o a loucura e percebendo que se continuassem daquela forma ele não agüentaria por mais tempo. Então, foi à vez dele de virá-la na cama com um só impulso, ficando sobre ela e beijando-a nos lábios, enquanto suas mãos passeavam pelos seios dela, apertando-os com força e arrancando, dessa vez, gemidos abafados dela.
Ele mordiscou os mamilos ainda sobre o tecido do vestido, pois não tinha a menor vontade de tirá-lo naquele momento. Ele decidiu que precisava acariciá-la de modo mais ousado, e, por isso, desceu seus beijos entre as tiras do vestido, onde suas mãos, dessa vez, entraram por baixo dele, apertando as coxas-roliças dela. Ao chegar próximo aos seus joelhos, ele a fez entreabrir ainda mais as pernas e afastou o vestido, não podendo deixar de sorrir ao perceber que ela não vestia absolutamente nada por debaixo dele. Não pode evitar um sorriso vitorioso do tipo: “eu já sabia”!
Levou seus lábios em direção ao triângulo perfumado e úmido que encontrou ali, sem conseguir conter um gemido ao sentir o sabor de mulher, o sabor íntimo que só ela tinha. Brincou naquela região até observá-la se retorcer sobre os lençóis e agarrar seus cabelos com força. Não demorou muito a sentir a intimidade dela se estremecer com as caricias, umedecendo ainda mais seus lábios...
Continuou depositando beijos pela cintura, barriga e colo dela, subindo gradativamente por seu corpo e sentindo que precisava encontrar os lábios dela. Porém, ao olhá-la mais uma vez, os cabelos já não eram pretos, e sim castanhos. Seus olhos quase saltaram das órbitas com a constatação. Os cabelos castanhos faziam cachos bem definidos, com uma cor delicada que lembrava favos de mel. Estava delicadamente repousando sobre o lençol, e podia visualizar a expressão extasiada que ela esboçava em seu rosto. Os lábios, já sem batom, eram mais delicados do que antes. Ela abriu os olhos no mesmo instante e ele pode ver o brilho amendoado que emanava deles.
Sabia bem quem ela era ali em seus braços. Era a mulher que mais odiava na face da Terra. A mulher do pobretão Weasley, amiguinha do Potter e dona da sua desgraça!

- Não! Você não! – ele articulou desesperado e ela sorriu debochada para ele.


Draco acordou, suado, sentando-se no colchão sujo em que dormia. Sua respiração e seu corpo estavam visivelmente alterados. Por que tinha que sonhar daquele jeito com a Granger? Por que? Com tantas mulheres no mundo, por que tinha que imaginar justo o sabor dela, o cheiro dela? Realmente, Azkaban estava começando a afetar sua sanidade! Foi impossível dormir o resto daquela noite...



‘E talvez eu não te abracei
Todos aqueles momentos solitários
E eu acho que nunca te disse
Que sou muito feliz por você ser minha


Aquele era um dia especial e a casa estava incrivelmente movimentada. Sean vinha recebendo muitos presentes desde cedo, e Harry e Ron estavam tão empolgados como se a festa fosse para eles mesmos.
Alheio a tudo a sua volta, Sean dormia em seu cercadinho, rodeado de brinquedos. Hermione o admirava, constatando que os cabelos eram claros como os do pai, porém não muito lisos, faziam ondas que lembravam os cabelos dela. Os olhos castanhos e vivos também lembravam os dela, com seus traços finos e escondidos por trás de grandes bochechas rosadas tão comuns em bebês.
De repente, aquela dor insuportável atingiu seu coração em cheio novamente. Era algo que vinha sendo muito comum naquele último ano. Com as lágrimas lhe sufocando, de uma maneira já tão conhecida, ela viu Gina se aproximar:

- Gi, eu vou subir, preciso me arrumar... - ela disse com a voz embargada - Quando o Sean acordar pode vesti-lo para a festa? Talvez eu demore um pouco! – completou, saindo dali depressa e escondendo o rosto para que ninguém notasse suas lágrimas.

Gina liberou um suspiro cansado, não agüentava mais ver a amiga sofrendo daquela maneira. Um ano já havia se passado e ela não demonstrava sinal algum de superação.
Hermione entrou em seu quarto depressa, pensou na idéia de se jogar na cama, mas desistiu dela no mesmo instante, mesmo que esse tenha sido seu lugar preferido para chorar no último ano. Fora ali que passara longas noites de insônia e solidão. Sentia um vazio que ninguém poderia ser capaz de suprir e sabia que, apesar das lágrimas amenizarem a dor, elas jamais seriam capazes de aliviar o que sentia, pois um pedaço de seu coração não estava ali. Estava, na verdade, a milhares de distância, em Azkaban.
Entrou no banheiro depressa e fechou a porta, sentou-se no sanitário, escondeu o rosto entre as mãos e deixou as lembranças fluírem em sua mente, assim como as lágrimas por sua face...

Flash Back


Naquele momento ela atacara Draco pensando unicamente em proteger a vida que havia dentro de si. A dor em seu ventre a fizera gritar. Sentiu que algo dentro de si se rompia, sua roupa ficara úmida junto as suas pernas. Não pôde evitar se curvar diante da dor. Ouviu passos próximos e as vozes de Harry e Ron se aproximando.
Eles a alcançaram em questão de segundos, não estiveram um minuto sequer preocupados com o resto da batalha sendo travada no castelo ou mesmo com Draco, caído ali perto em um estado de semi-consciência.
Postaram-se um de cada lado dela, amparando seu corpo trêmulo. Hermione transpirava muito e se agarrara ao próprio ventre como se aquele gesto aliviasse a dor que a assolava.
Hermione se concentrava apenas em seu corpo, e no que ele dizia naquele momento: que não tinha alternativa alguma, seu filho nasceria em breve, muito em breve.
Envoltos naquele momento, preocupados com as dores que anunciavam o parto, nenhum deles viram quando três comensais se aproximaram dali perigosamente. E, como serpentes rastejantes, ficaram a espreita, afinal, pretendiam pegar o Potter e seus amigos de uma só vez.
Draco balançou a cabeça por um instante, ainda sem acreditar que fora derrubado pela sangue-ruim. Mas alguma coisa de errado estava acontecendo, podia ouvir o Potter e o Weasley a chamarem desesperadamente, tentando ajudá-la, enquanto ela apenas se curvava sobre o próprio corpo, em silêncio. Será que ele a machucara? Com certo espanto, Draco viu o sangue escorrer pelas pernas dela, manchando tudo que encontrava pela frente. Não, ele nunca quisera machucá-la daquela maneira. E não se lembrava de ter feito nada para isso. Porém apesar do espanto que o dominava, foi capaz de ouvir o sibilo de serpentes se aproximando, ao mesmo tempo em que seus ouvidos capturaram o som de risadas macabras, quase inaudíveis. Foi quando um grito rompeu dentro da noite sombria:

- Avada kedrava!

Antes que os três pudessem identificar de onde vinha o feitiço, outro berro se fez ouvir dentro da noite.

- Protegoooooooooooo!

E uma espécie de escudo invisível os envolveu antes que a luz verde, que sabiam ser fatal, os atingisse. Levaram poucos segundos para entenderem o que acabara de acontecer. Draco ainda se encontrava caído no chão, com a varinha apontada para eles e uma expressão indescritível no rosto, algo como uma mistura de alívio, medo e surpresa.

- Traidor!- alguém gritou alto.

- O mestre saberá que você é um traidor!- outro o acusou.

- E que você nos impediu de capturar o Potter e acabar de vez com os amiguinhos dele. - rugiu outra voz ameaçadora.

- Pois diga ao seu ‘’mestre’’ que eu não sirvo mais a ele. Eu não sirvo a mais ninguém. - Draco se levantou e disse, em tom igualmente ameaçador. - A não ser a mim mesmo.

- Não! - Hermione sussurrou ao ver os três homens caminharem lenta e perigosamente em direção a Draco.



Harry e Ron a soltaram rapidamente, empunhando suas varinhas ao mesmo tempo, dispostos a entrarem na briga. Porém a própria barreira que Draco criara momentos antes, os impedia de ajudá-lo.

- Um traidor de sangue? Pior que um sangue-ruim Malfoy?- um deles zombou.

- Apaixonado pelo Potter? – o outro completou e ambos os comensais riram perigosamente.

- Sabe, tenho uma dúvida cruel. Não sei se acabamos com você agora mesmo ou se levamos você ao mestre para que ele faça isso de maneira mais dolorosa!

- É melhor fazer isso agora! - Draco os enfrentou, corajosamente.

Hermione soltou um grito de medo ao observá-lo agir daquela forma, e, por um segundo, ele buscou os olhos dela, perdendo sua varinha naquele momento crucial.
Draco fechou os olhos por um instante, sua cabeça estava a mil. Não morreria como um sonserino covarde, não depois de se declarar um traidor de sangue! Tudo isso em nome de quê? Ou de quem? Da loucura? Do momento insano que o fizera proteger a Granger e seu filho? Proteger a Granger e seus amigos? Ele abriu os olhos e encarou os seus ex-companheiros, sabia que não tinha chance alguma contra eles.
E foi naquele instante que percebeu uma movimentação ao redor de todos eles. Eram aurores se aproximando e logo flashs de luzes voavam pelos corredores. Draco viu os comensais caírem imóveis bem a sua frente, mas ele, porém, ainda estava ileso, já que aqueles feitiços não o acertaram. Mais uma vez, em uma necessidade que não compreendia, olhou em direção a Granger. Não pôde ver o rosto dela, já que ela se curvara ainda mais e agora soluçava intensamente diante da dor. Pôde ver apenas Ron e Harry, ambos o olhando interessados, como se agradecessem e estivessem retribuindo o feitiço de proteção que ele enviara minutos atrás, e que Hermione, em sua angústia, o desfizera.
Mas, de repente, um feitiço o atingiu diretamente em seu peito, fazendo com que caísse desacordado no instante seguinte.

- Pegamos mais um! - disse um dos aurores que se juntava ao grupo.

- Não! - Hermione se levantou depressa e o viu estirado sobre o chão, estava fora de si agora. -Não!... Não!...


Pequenas coisas que eu deveria ter dito e feito
Eu simplesmente nunca me dei ao trabalho
Você sempre estava em meus pensamentos
Você sempre estava em meus pensamentos


Ela gritava desesperada e tentava caminhar em direção a eles, como se pudesse mesmo detê-los.
Mas foi segurada pelos amigos que estavam ali, que a impediram de sair naquele estado atrás do pessoal da Ordem que haviam acabado de sair levando Draco prisioneiro.

Fim do Flash Back


Com movimentos mecânicos, Hermione se levantou do sanitário, sabia que não haveria mais lágrimas que pudesse derramar naquele momento. E, então, se despiu vagarosamente e abriu o chuveiro, pondo-se embaixo dele e tentando fazer com que a água lavasse seu corpo, seu coração e sua alma.
A única razão para ela continuar a viver era Sean, o fruto daquele amor! Ela sorriu debilmente ao se lembrar do filho que, naquele dia, completava um ano de idade.
Tentou afastar os pensamentos ruins mais uma vez, porém era quase impossível não se lembrar do dia mais feliz e mais triste de sua vida!

Flash Back


Ron e Harry conseguiram arrastar uma Hermione totalmente descontrolada para uma sala vazia, nunca ninguém a tinha visto daquela maneira. Ela gritava, chorava desesperada e chamava por Draco de incessantemente. Ambos tentaram acalmá-la, mas havia sido em vão. Após alguns minutos de prantos, a raiva cedeu e ela se recompôs.
Naquele momento, Hermione se encontrava de pé, uma mão apoiada contra a parede, enquanto seu pescoço estava curvado para baixo, como se olhasse para o chão, mas ela tinha os olhos fechados.

- Ron, precisamos tirá-la daqui! Não é seguro para ela e o bebê. -Harry disse ao amigo, preocupado e andado nervoso pela sala.

- Eu sei Harry, e concordo com você. Só não encontro uma maneira de tirá-la desse castelo em segurança! – Ron disse desanimado.

- Tentar sair agora vai ser o mesmo que entregá-la nas mãos do inimigo. - Concluiu Harry, visivelmente nervoso.

- É, mas precisamos pensar em algo!

- Não há tempo! - Hermione disse furiosamente, se pronunciando pela primeira vez naquela sala.

Os dois a olharam espantados, no mesmo instante, visualizando-a atentamente. Agora ela mantinha o pescoço jogando para trás, uma mão ainda segurava a parede enquanto a outra alisava as suas próprias costas, como se fosse ser capaz de aliviar as dores que sentia ali.

- Como assim? - Ron perguntou debilmente.

¬- Meu filho está nascendo! - Ela disse junto de um lamento de dor.

- Harry, faça alguma coisa! - Ron disse, estava pálido e desesperado com a situação, assim como Harry.

Harry gostaria de poder conjurar uma cama confortável ali, para que ela pudesse se deitar e certamente dar à luz a seu filho. Porém, devido ao seu estado emocional, a única coisa que conseguiu foi algo como uma espécie de divã.

- Vem Mione, eu ajudo você! - Ron disse, se aproximando dela.

Sem forças para lutar, ela deixou que Rony a carregasse e a deitasse sobre o divã.

- Temos que buscar ajuda, precisamos encontrar alguém. Talvez a senhora Wesley ou madame Ponfrey, com certeza elas sabem o que fazer!



- Eu vou! - Ron disse depressa, mas Hermione segurava firmemente a mão dele, lutando contra mais uma de suas contrações.

Harry percebeu que ela se apoiava em Rony e que seria melhor que o amigo permanecesse ali, ao lado dela.

- Não Rony! Fique, eu vou!

- Cuidado cara! Não demore! – Ron pediu, enquanto Hermione permanecia em silêncio.

Inacreditavelmente, Harry não havia demorado em sua busca por ajuda, tendo em vista que era impossível encontrar alguém naquele castelo, mas por sorte ele havia trombado com Gina pelo caminho e arrastado-a para onde os amigos estavam.
Ao entrarem na sala puderam visualizar um Ron ainda mais desesperado do que antes, enquanto Hermione gemia e chorava com suas dores. Ron estava sentado contra a cabeceira do divã e apoiava a cabeça de Hermione em seu colo. Nervoso, ele tentava tirar-lhe os cabelos que grudavam na face suada.

- Graças a Deus, Harry, vocês chegaram! – Ron disse, aliviado. - Gina? Justo a Gina, Harry?- completando, decepcionado.

- Ah! Ron, não enche! - disse Gina, se aproximando de Hermione.

- Ora, Ron, eu não encontrei mais ninguém pelo castelo, e, além do mais, a Gina é mulher, deve entender sobre isso. Provavelmente bem melhor que eu e você juntos!

- Tudo bem! –Ron disse com um muxoxo.

- Mi! Minha amiga, em que confusão foi nos meter agora! - Gina disse, segurando a mão de Hermione entre as suas.

- Gi! Ele está nascendo! Gina, meu filho! - ela gritou desesperada. - Você sabe o que fazer! Nós lemos juntas sobre isso, naqueles livros. Você sabe como me ajudar?

- Sei Mi. Sei sim! – concordou nervosamente. - Então vamos lá!

- Gina, eu não suporto mais!

- Tudo bem...

Os momentos seguintes foram angustiantes, porém recompensadores ao ouvirem o choro estridente do bebê que agora se encontrava nos braços de Gina.
Assim que Hermione se recuperou do parto improvisado, ela segurou o seu bebê em seus braços e passou a admirá-lo, entusiasmada. Ele estava enrolado em uma capa Grifinória, chorando assustado com o novo ambiente a sua volta, enquanto Hermione segurava, com mãos trêmulas, os dedinhos frágeis e quase transparentes de seu filho.


Diga-me,
Diga-me que seu doce amor não morreu
Me dê mais uma chance
De te manter satisfeita


Ela não pode evitar o soluço e o sorriso bobo ao observá-lo admirada. Seus três melhores amigos se sentaram ao seu lado e passaram a admirar o bebê também, com muito carinho.
Um grito alto soou próximo dali, fazendo com que se lembrassem da guerra que ainda ocorria no castelo. E foi Harry quem tomou a decisão.

- Eu tenho que ir! Preciso por fim a essa guerra! – ele disse e tocou o rosto do bebê – Por ele Hermione, pelo seu filho, e por todos os que nós viermos a ter. Por você, Gina, eu vou vencer!

- Eu vou com você Harry! - Ron se pronunciou.

-Tudo bem, vamos então?! –ele disse conformado, pois sabia que nenhum argumento faria seu amigo ruivo mudar de idéia.

- Harry! Eu... Eu te amo!- disse Gina se levantando e se jogando contra os braços dele, que mesmo estando transtornado com os últimos acontecimentos a acolheu com igual amor.


- Tomem cuidado e voltem pra mim! – Hermione pediu entre lágrimas.

Rony foi o primeiro a abraçá-la e a beijá-la no alto da cabeça. Gesto que repetiu no bebê, ainda aninhado nos braços dela. Harry repetiu os gestos do amigo, enquanto Ron abraçava a irmã.
Sem mais demora, saíram pela sala, mas não sem antes jogarem feitiços protetores na mesma para que ninguém pudesse entrar ali.
Mais de uma hora havia se passado, e Hermione começou a delirar com uma febre que iniciara meia hora antes. A febre estava cada vez mais alta e Gina não sabia o que fazer diante disso. O nome de Draco era a única coisa que saia dos lábios de Hermione, ela o chamava incessantemente.
Gina não sabia o que fazer, mas tinha consciência de que ter febre naqueles casos não era um bom sinal. Sem alternativas, ela conjurou um pano úmido e um pouco de água, passando-o suavemente pelo rosto da amiga. Estava com medo, sentia toda a sua coragem grifinória se esvaindo com o tempo. Gina tinha medo por Harry, por sua família, por Hermione que delirava cada vez mais, em fim, temia por todos e até por si mesma. Lágrimas começaram a brotar de seus olhos, quando a porta da sala se abriu com um estrondo.
Em um gesto rápido, Gina se levantou com sua varinha em punho, pronta para lutar.

- Minha filha!- Molly entrou correndo na sala.

- Mamãe! - Gina correu para os braços da mãe, como uma criança assustada.

- Gina, eu não sabia onde você estava e fiquei desesperada. Até que o Rony nos disse que vocês duas estavam aqui.

- Mamãe, onde está o Harry? O que aconteceu com ele?

- Ele está bem, um pouco abalado ainda! Ele venceu filha! A guerra acabou e o Lord das trevas não vai mais fazer mal a ninguém!


Ambas se abraçaram contentes, mas foram interrompidas pela voz de Hermione em mais um de seus delírios.

- Draco! Draco! Eu te amo tanto! Draco! Não! Não o levem par Azkaban! Eu o amo! Não!

- Pelas barbas de Merlin, o que aconteceu?

- A Mione, mamãe, ela teve um bebê!

- Santo Cristo! - a mulher disse espantada, se aproximando de Hermione e do bebê posto ao seu lado. - Como esconderam isso da gente? Vocês são crianças! – Molly tocou o rosto pálido de Hermione e se assustou. – Gina, ela está queimando em febre!

- Eu sei disso mamãe, mas não sei o que fazer!- Gina falou chorando. – Consegui ajudá-la no parto, mas não sei o que fazer agora! Ela vai ficar bem?
- Espero que sim, querida.

- Mione! – Rony entrou no quarto desesperado. - Nós vencemos Mione! Nós vencemos! – ele se aproximou tão eufórico que não percebeu que ela não respondia – Mione acorda! Hermione?- ele a tocou e percebeu o calor doentio que emanava da pele dela. - O que está acontecendo? Por que ela está assim?

Antes que alguém pudesse responder a ele, Harry atravessou a porta da sala e Gina gritou, correndo em sua direção.

¬- Harry! – disse a ele, abraçando-o calorosamente.

- Gina, está tudo bem! Tudo deu certo! E a Mione, como ela está? – ele lançou um olhar apreensivo para Rony, que tentava acordá-la.

Gina não pôde responder àquela indagação, e ele entendeu no mesmo instante a gravidade da situação.
Rony enrolou Hermione em um lençol branco que sua mãe lhe oferecera, pegando-a nos braços em seguida. Hermione já não lamentava coisa alguma, estava desfalecida nos braços dele. Gina tratou de pegar o bebê depressa, no que Harry, ao vê-la ali tão carinhosa com o bebê nos braços, abraçou-a delicadamente. E, assim, todos eles deixaram o castelo naquela mesma noite... Deixando para trás a dor e angústia

Fim do Flash Back


Eu te manterei satisfeita
Pequenas coisas
Que eu deveria ter dito e feito
Eu simplesmente nunca me dei o trabalho


Ainda debaixo do chuveiro, Hermione se sentou sobre o chão, chorando copiosamente diante de suas lembranças, não suportava mais o peso de seu corpo. Sentia-se fraca, sabia que aquele era o fim, ao menos para ela. Jamais encontraria a tão desejada felicidade. Lembrava bem de quando recuperara a consciência: chorara por horas, pois tinha certeza do amor de Draco. Mesmo que ele não tivesse mais as suas memórias, ele ainda a amava, caso contrário não teria a protegido naquele momento, daquela forma. Talvez se ela não tivesse o atacado as coisas pudessem ser diferentes. Lembrava-se perfeitamente bem das palavras dos amigos:


- Não se culpe! Você não poderia prever isso, talvez ele tivesse feito mal a você e ao bebê! Era o que poderíamos esperar dele, afinal, ele é um Malfoy. - disse Gina a ela.

- Mas ele não fez Gina! Ele não me machucou! E eu o ataquei!

- Sabe, Mione! Acho que ele se apaixonou de novo por você. Ou então algo mais forte fez a memória dele retornar. Não por completo, só o sentimento, entende? – Ron expôs suas idéias.

- Algo forte como o amor! Hermione pense bem, ele nos protegeu. Protegeu a você e ao filho dele. Nunca esperaríamos um gesto tão nobre como esse partindo dele! – foi a vez de Harry se expressar o que achava a respeito de tudo aquilo.

- Um gesto nobre que o levou diretamente para Azkaban! É exatamente por esse gesto que ele está preso e condenado!

- Não Hermione, é por isso que ele está vivo! - Ron disse a ela, tentando tranqüilizá-la de alguma forma. - Se ele não tivesse sido pego pela ordem, outros comensais ou o próprio Voldemort o pegaria, e não haveria solução alguma, ele certamente estaria morto agora.

- Essa era a única saída! – Gina resumiu as palavras do irmão.

- Saída? Ele foi condenado à prisão perpétua em Azkaban! Eu nunca mais vou vê-lo. Ele nunca conhecerá o filho que dei a ele! – Hermione disse, entre lágrimas, mais uma vez.

- A situação é delicada Hermione, mas pense um pouco. Se ele tentasse fugir, teria sido morto pelos aurores, e se ele fosse pego pelos comensais, seria morto da mesma forma. – Harry se pronunciou, tentando ser convincente em suas palavras. - Isso não foi o melhor, mas foi o que deveria ter sido. Pelo menos ele está vivo! – e, então, encerrou o assunto.


--------------------------------------------------------------


Hermione não sabia ao certo quanto tempo ficara ali, no chão do banheiro, deitada, olhando para o nada, viajando nas lembranças como se o mundo lá fora não existisse.

- Mione? Mi? Você está bem?

Foi a voz de Gina e a batida insistente dela contra a porta que fez Hermione voltar à realidade.

- Oi! Eu já estou indo! – ela disse fraca.

- Hermione, faz um tempão que está ai. Eu já a chamei várias vezes, e você não respondeu em nenhuma delas. Abre a porta, por favor! O que está acontecendo?

- Nada Gina, me deixe sozinha!

- Mione, é aniversário do seu filho! Você precisa sair daí!

- Gina, eu não quero! Eu quero morrer! – ela disse chorando ainda mais.

- Eu vou abrir essa porta, eu juro que vou! Sai daí Hermione!

- Me dá só mais um tempinho Gina!

- Não, eu vou entrar agora!

- O que está havendo aqui? – Harry perguntou, entrando no quarto assustado, mas sua esposa não respondeu aos seus chamados.

- Alohomorra! – Gina murmurou o feitiço e a porta abriu.

Gina entrou no banheiro, vendo a situação desagradável em que a amiga se encontrava. Com gestos rápidos, Gina ajudou com que ela se levantasse e vestisse seu roupão. Enquanto isso, Harry as esperava no quarto.

- Vocês precisam de ajuda? – Harry perguntou, curioso pelo o que estava acontecendo no interior do banheiro.

- Não amor, ela vai ficar bem!

- Ok! Eu vou esperar lá em baixo!

Harry desceu as escadas cabisbaixo, estava muito angustiado com a situação da amiga. Assim que chegou ao fim das escadas, encontrou Ron carregando Sean. Passou ao amigo ruivo todas as informações do acontecido e, juntos, prometeram dar um jeito naquela situação de uma vez por todas.
Enquanto isso, Gina ajudava Hermione a se vestir.

- Gina eu sinto tanta saudades dele! Tanta!

- Eu imagino, Mione. Mas olha, é a festa do seu filho! Seu e dele. E tenho certeza de que ele não aprovaria essa sua tristeza no aniversário do Sean!

- Gina, eu nunca mais vou ser feliz de novo! Não sem ele!

Gina não soube o que dizer quanto àquilo... Afinal, não havia o que ser dito a respeito.

A festa ocorreu alegre e sem grandes tumultos...

--------------------------------------------------------------


Você sempre estava em meus pensamentos
Você sempre estava em meus pensamentos



Ele caminhava lentamente pela orla da floresta proibida, algo o fazia seguir enfrente. Algo que ele não sabia exatamente o que era. Quando sua visão se aproximou de um pequeno lago, que ele não sabia sobre sua existência até então, prendeu a respiração, instantaneamente. Sua mente se recusava a acreditar na visão que tinha bem a sua frente: Hermione se encontrava deitada sobre algo que lembrava uma prancha de surf trouxa.
Seu corpo todo estava molhado, onde a blusa branca do uniforme não escondia que ela não usava sutiã, já que os bicos dos seios estavam visivelmente enrijecidos pela água gelada. Sua blusa estava amarrada entre os seios, deixando à mostra sua barriga lisa.
A saia do uniforme estava com um tamanho reduzido ao seu original, provavelmente teria sido magicamente encurtada. Conforme a água colidia de encontro ao seu corpo, sua saia se levantava ainda mais, deixando à mostra boa parte das coxas roliças.
Ela cantava alguma canção qualquer, de olhos fechados, como se estivesse no local mais seguro do mundo. Seus braços pendiam para o lado da prancha, brincando com a água. Ele engoliu em seco, olhando-a com desejo estampado na face. Tentou desviar os olhos para suspirar excitado e, ao voltar a olhá-la, viu que ela já estava de pé na beirada no lago. Suas roupas e seus cabelos pingavam água, sensualmente.
Ela caminhou em direção a ele como uma felina caminha em direção á sua presa. Ele sentiu um leve tremor percorrer seu corpo, sentindo o mesmo reagir instantaneamente, arrepiando todos os seus pêlos.
Naquele mesmo instante, o olhar dela recaiu sobre ele como se pudesse queimá-lo em vida. O arfar do peito dela fazia com que seus seios se salientassem ainda mais sobre a blusa molhada. Ele não pôde evitar um gemido de antecipação ao vê-la se aproximar dele.
As mãos geladas dela envolveram seu rosto sem nenhum aviso prévio, e ele sentiu os lábios frios dela sobre os seus. Não foi um beijo doce, foi provocativo. Ela enfiou sua língua na boca dele como se pudesse possuí-lo daquela maneira. Foi um beijo tão sedutor que fez com que a sua cabeça girasse. A única reação que seu corpo articulou, naquele momento, foi o de segurá-la para próximo de si, inescapavelmente. Aquela Deusa das águas que viera para lhe presentear com amor e prazer.
Ele colou o seu corpo ao dela, beijando-a com igual ardor. Suas respirações estavam ofegantes, impactando de encontro à suas faces. Seja lá o que ela realmente fosse, ela o havia enfeitiçado completamente.
As mãos dela ainda seguravam os cabelos sedosos dele, mas as deles não se aquietavam, passeando por aquele corpo divino e sentindo a carne firme sob as palmas das mãos. Num movimento ousado, suas mãos entraram descaradamente debaixo do tecido úmido da saia que ela vestia.
Suas línguas travavam um tipo de batalha sensual e incrivelmente excitante, seus corpos muito próximos e emanando um tipo de desejo inusitado. Draco escorregou seus dedos pelas pequenas tiras laterais da peça intima dela, contendo-se para não avançar mais do que talvez devesse.
Porém ela não parecia se importar, e as mãos dela também se atreveram pelo corpo dele, começando a despi-lo com desespero. Assim que o livrou da camisa, ela roçou o corpo ainda mais contra o dele, se entregando totalmente às caricias que ele lhe fazia.
Ele era ousado na forma como passeava seus dedos pelas coxas dela, expostas, mas ela continuava não se importando com isso. Ela estava, na verdade, o incentivando ainda mais com alguns gemidos roucos e abafados.
Ela retribuiu a ousadia, colocando suas mãos dentro da calça dele, de encontro à sua ereção pulsante, o fazendo gemer agoniado. Suas bocas se encontraram em um beijo ousado, e ela sorriu maliciosamente de encontro aos lábios dele, enquanto suas mãos continuavam a provocá-lo.
Os movimentos sobre o membro dele eram ritmados, seguidos de gemidos que os excitavam ainda mais. Os beijos se tornavam cada vez mais intensos conforme ela o tocava daquela forma, enquanto ele capturava habilmente os seios dela com suas mãos, acariciando-os ainda por cima de sua blusa escolar.
O desejo de acariciá-los se tornou vital, e com um gesto bruto ela arrancou a blusa que era o empecilho entre ele e seu ''objeto'' de desejo. Quando ele os tocou de verdade, não pôde evitar um gemido alto, como se a caricia fosse nele próprio. Sem se fazer de rogado e sem esperar por mais, ele levou seus lábios aos seios dela com certo tipo de volúpia e paixão.
Os movimentos sobre os seios dela eram cada vez mais intensos e firmes à medida que sentia seu membro ser novamente capturado pelas mãos tão pequenas, porém ágeis da sua deusa. Deslizou uma de suas mãos pelas pernas dela, erguendo uma delas à altura de seus quadris e tornando a distância entre eles ainda menor. Ele movimentou o corpo devagar, roçando no dela de maneira sensual, como se dançasse, no que ela gemeu agoniada e levantou a sua outra perna, obrigando-o a segurá-la enlaçada em sua cintura, ato que ele recebeu com satisfação.
E, com pernas bambas de desejo, caminhou em direção ao lago...
Mesmo vacilante, ele adentrou o lago ainda com ela atada firmemente contra sua cintura. Estremeceram assim que sentiram a água fria roçar em suas peles, seus corpos estavam ardentes de puro desejo. Sem pensar muito, ele a invadiu quase grosseiramente com seus dedos, ouvindo os gemidos abafados dela soando diretamente em seus ouvidos, assim como sentiu a umidade crescente em sua feminilidade.
Mas ela estava louca por prazeres e, por mais que suas carícias a deixasse parcialmente satisfeita, ela queria mais, queria-o por completo dentro de si. Suas roupas deixaram de existir em um breve momento.
Ela o guiou para dentro de si, ao mesmo tempo em que mordia o pescoço dele, fazendo-o gemer pelos dois motivos. E ambos estremeceram.
Ele a segurava firme pela cintura, enquanto ela se movia sensualmente sobre seu colo. As mãos dele a seguravam, ajudando-a em seus movimentos. Algumas estocadas firmes, retirando suspiros e gemidos abafados de cada um deles, suas intimidades pulsando de pura excitação. O frenesi que os atingia era supremo, só conseguiam pensar no ápice que viria. Ela o aconchegava tão bem, sua intimidade o enlaçava como se quisesse retê-lo dentro de si. Estavam ofegantes, arfando e arqueando seus corpos quando sentiram que o prazer supremo estava próximo. Motivado pelos gemidos roucos e pelos movimentos sensuais de sua deusa, ele então se despejou dentro dela, observando-a atingir o clímax ao mesmo tempo...
Ela não dissera uma palavra até o momento, e quando seus lábios úmidos articularam seu nome, em meio à loucura de seu orgasmo...


... Ele então acordou em um sobressalto.
O suor mais uma vez banhava seu corpo. Draco se sentou sobre a cama, pensativo novamente... Por que sonhava com ela todas as noites? Por que a desejava tanto quando o que precisava era apenas odiá-la?

--------------------------------------------------------------


Naquela tarde, Harry e Gina tomaram uma decisão importante: precisavam ajudar Hermione de qualquer maneira. Não era justo que só ela não encontrasse a felicidade. E se a felicidade dela era Draco, eles trariam ele a ela.
O plano traçado era audacioso, pois precisariam contar com o próprio Malfoy. Prever a reação dele era difícil, porém não havia outra alternativa...

--------------------------------------------------------------


Me dê mais uma chance
De te manter satisfeita
Eu te manterei satisfeita


Harry e Rony esperavam impacientes numa das salas de Azkaban, quando os guardas adentraram a sala carregando um homem sujo, de cabelos compridos à altura dos ombros e muito ensebado.
Eles o jogaram na sala com um solavanco, mas ele parecia ter aumentado muito sua massa muscular, o que os deixaram intrigados, já que esperavam um Malfoy doentio e magro. Dava para se ver os sinais de maus tratos, mas com certeza ele estava muito mais forte do que sempre fora.
Com um olhar severo ele fitou atentamente os homens a sua frente. Observou-os e viu que eles estavam limpos e bem vestidos. Seu olhar frio transmitiu toda a raiva que sentia de uma maneira súbita:

- O que estão fazendo aqui?- ele expressou todo o seu ódio, porque afinal de contas era por culpa deles que ele estava ali. Por culpa deles e da maldita amiguinha sangue ruim.

- Viemos verificar se está bem instalado. – Rony respondeu como em deboche, não suportava o loiro.

Mesmo Draco estando naquela situação, ele ainda mantinha o seu tom arrogante de sempre. Harry o repreendeu com um olhar, mas ele respondeu à altura.

- Melhor do que a sua casa Weasley! Aliás, tenho uma cela só minha e não preciso dividi-la com mais sete irmãos!

Rony cerrou os punhos e Harry prendeu a respiração. Talvez fosse loucura resgatá-lo! Talvez fosse loucura dar a ele uma segunda chance.

- Vejo que sua língua continua ferina! Mas não estamos aqui para uma visita cordial! - Harry disse e suspirou cansado. - Viemos te tirar daqui!

Draco o olhou desconfiado e surpreso. Rony se divertiu com a confusão do loiro, a imagem dele naquele momento precisava ser gravada em sua mente, caso fosse preciso ser usada contra ele em algum determinado momento.

- Por quê? - ele perguntou depois de alguns minutos.

- Para te devolver algo que você deu a alguém. - Harry disse, um tanto quanto enigmático.

- Vamos te levar daqui, mas aviso logo para não tentar fugir, estará acompanhado dos dois melhores aurores que o mundo bruxo já viu!- Rony disse mais para se exibir que amedrontá-lo.

- Se depois quiser voltar, ou fugir. . . A escolha é sua, mas primeiro queremos te devolver algo.

Draco acompanhou os dois em silêncio, um de cada lado, a algema em seu pulso ainda se fazia necessária, mas tão logo aparataram num apartamento e Harry o livrou delas.

- Por que estão fazendo isso? – ele perguntou calmo, porém frio e desconfiado.

- Isso é seu! – Rony lhe entregou um frasco com um líquido rosa. - Você o deu a alguém, e eu e o Harry achamos que era a hora de devolver a você!

Draco pegou o pequeno frasco com as mãos trêmulas, olhando por alguns segundos para o vidro. Será que ali havia todas as resposta de que necessitava? Será que havia a resposta que o livraria daquele vazio que o fazia se sentir incompleto?

- Malfoy! Aqui, use essa penseira para saber a verdade. Saber o que você escondeu de si mesmo!

Com passos incertos, Draco se aproximou da penseira que Harry o indicou num canto da sala, próximo a uma estante de livros. Com gestos lentos, Draco despejou o conteúdo dos vidros sobre a poção prateada da penseira e, aos poucos, a primeira imagem surgiu...

Ele estava na sala precisa pedindo por alguém, e ela apareceu no mesmo instante... O primeiro beijo... O primeiro abraço... A primeira vez... E assim se sucederam as cenas.
Draco sentia seu coração pulsar forte como se fosse sair do peito. Sentiu-se inundado por uma onda de sentimentos. Viu de relance algumas vezes que fizeram amor, viu a noite do adeus e viu ele próprio chorando abraçados contras as almofadas. E, por fim, se viu dando ordens ao elfo e, em seu quarto, se viu extraíndo as suas memórias.
Seus olhos fecharam, pesadamente, diante das imagens, fazendo pingar as duas lágrimas que anuviaram seus olhos durante as visões.
Harry e Ron o observavam em silêncio, um soluço inesperado brotou da garganta dele, no que ele fechou os olhos desesperado por fazer uma viagem às lembranças que ainda se encontravam em sua mente.
A primeira delas veio como um raio, foi quando ela tentou tocar o rosto dele na sala do piano... Depois, quando ele sentiu o ventre protuberante dela e a tocou, sentindo os movimentos do bebê sobre as mãos dele.

- Meu Deus! - ele disse em um sussurro, sem poder evitar as lágrimas.

Talvez eu não tenha te amado
Com tanta freqüência quanto poderia
Talvez eu não tenha te tratado
Tão bem quanto deveria


Ele podia ouvir a sua própria voz a insultando e a humilhando, afiadamente. Depois, ele a tinha desmaiada em seus braços. E, por fim, a lembrança de encontra - lá no corredor durante a guerra e de protegê–la, juntamente com os amigos que lhe assombravam, pois foi exatamente aquele ato que o levara diretamente para Azkaban.
Não foi o impulso estúpido como pensava, foi amor. Um amor que falara mais alto do que suas lembranças. Um amor que vencera todas as barreiras e se fazia presente em seu peito, um amor maior do que tudo. Maior do que ele mesmo.
Draco soluçou mais uma vez, e uma raiva inexplicável o invadiu internamente. Sentia raiva principalmente por si mesmo, por não tê-la protegido como deveria e por nunca ter lhe dito palavras carinhosas.
Com um movimento rápido e preciso, ele mandou longe a penseira que estava a sua frente. Precisava deixar fluir sua raiva, sua frustração, e a mesa e a estante que estavam próximos foram seu alvo principal. Harry e Ron se entreolharam surpresos com o acesso de raiva do loiro, mas preferiram não interferir.
Draco quebrou muitas coisas até que ficasse cansado demais e deixasse suas pernas cederem. Caído sobre o chão, ele chorou com as mãos no rosto, como imaginou que nunca choraria novamente.

- Draco! – Harry o chamou, pondo a mão sobre a cabeça dele, era a primeira vez que Harry o chamava assim, e ambos sentiram-se desconfortáveis.

- Obrigado! – ele sussurrou quase inadiável. - Obrigado Harry, obrigado Ronald!

- Isso não é nada! Vá tomar um banho e se acalmar, você está horrível!- Harry disse muito sério.

- Onde ela está?

- Em casa, com a Gina e com o seu filho! – Ron contou.

- Um menino? –ele perguntou emocionado e Harry deu um meio sorriso como em afirmativa.

- O mais bonito que eu já vi.

- Isso porque se saiu à mãe, claro! - Ron provocou sorrindo.

Draco não correspondeu à ironia, apenas o olhou de forma quase mortífera.

- Você a ama? – Draco perguntou ao ruivo, levemente curioso.

Ron sorriu antes de responder.

- Sim. Tanto que cuidei deles para você! Não seja estúpido Malfoy! É claro que a amo! Amo como um membro da minha família. Talvez se ela não morresse de amores por você eu até tivesse uma chance com ela. Mas ela é completamente apaixonada por você.

- E foi por isso que te tiramos de Azkaban, ela merece essa chance, e você também merece.

Os três se olharam em silêncio.

Draco demorou muito no banho, tinha pressa em rever Hermione, mas precisava estar limpo e cheiroso. Ela não poderia encontrá-lo daquela forma, além do mais, ele iria conhecer seu filho, gerado do fruto daquele amor.

E se eu fiz você se sentir a segunda melhor Garota, desculpa, eu estava mentindo
Você sempre estava em meus pensamentos



Continua....... Em breve!


N/B (Crik_Snape) – Josy, ai meu Deus!! O que foi isso?? Quanto mais você escreve mais eu quero saber o que vai acontecer! A fic ta ficando demais!! Eu nem acredito que você deixou mesmo eu betar essa maravilha aqui! HAUhaa... TÁ MUITO BOM!!! O que vocês acham?? Concordam né? Claro!!! Vamos comentar, a Josy merece muito mesmooo!!!!!!! Bjuuss!!! Não dêem muita atenção pro que a Ju diz ai de mim não hein?! Ela é meio doida mesmo! Mas já que é pra gritar... vamos lá! AAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH eu tbm quero o restooo Josyyy!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mas eu querooo agoooraaa mesmooo!!!!!!! Bjuuus gentee... AGORA VAMO COMENTANDO NÉ?! PQ NÃO VAI DOER NADA!!!!!! E SE FICAREM SEM O RESTO DA FIC, DEPOIS NÃO DIGAM QUE NÃO AVISAMOS! hUHAUHAUa bjuuu

N/B ( Ju Fernandes) Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!! Eu como sempre gritando neh???Mas enfim, OQ FOI ISSO!????????????Alguém me segura PELOAMORDEDEUS!!!!!Aii Josiiii, sem dúvidas, vc se supera a cada dia!!! Que capítulo????Duas ncs??? EH DE MATAR QUALQUER UM! hahahaha... Enfim, vc está de parabéns por isso tudo!!! Aim meu Deus, agora eu tô aqui morrendo de vontade de ler o próximo capítulo!!! TÔ LOUCA AQUI!!! E o resto disso? Hein??? kd ? kd ?? ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh... Acho que eu não ageunto mto tempo mais não!!! Vc e a Cris um dia me matam!! Falando em Cris , Hein sua PIRANHA já começou a escrever aquela cena???hjsuahsuahsuahs... Mas enfim, Amei o capítulo... Eu queria eh q o Draquinho viesse cheirosinho e gostosinho pra minha casa!!!!!!!! OU melhor pra minha CAMA! kkkkkkkkkkkkk ... *voltando à realidade* ... Não demora mto não , senão eu fico doida... mais do que o normal neh... AGORA GALERA, SE VCS NAO COMENTAREM, O PRÓXIMO CAPÍTULO EU NÃO DEIXO A JOSI POSTAR! lalalala... Portanto, eu quero ver MUITOS COMENTÁRIOS aqui, estão me ouvindo???Hein?:?? hein??? Vamo parar com a pao durice e comentar!!! Agora eu vou indo... Beijocas a todos!

Ju Fernandes!;*



1ª Song Kiss and say goodbye Um beijo e um Adeus
http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=30399

2ªSong Incomplete
http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=30660

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.