Conversa



O almoço terminou em silêncio. Harry foi o primeiro a se levantar. Despediu-se dos amigos, falando que os encontraria na torre da grifinória depois de falar com o professor. Caminhou até a sala de DCAT e antes de bater na porta, a mesma se abriu e o garoto ouviu a voz de um homem convidando-o a entrar. Ao entrar, encontrou o professor William Revel apoiado na mesa. Ele pediu que Harry sentasse e apontou uma careira na sua frente. O jovem obedeceu.

- Realmente... Você é igual ao Tiago... Menos os olhos... É, certamente os olhos são da Lílian... - disse William, analisando cada centímetro do garoto.

- Você conheceu meus pais?

O professor deu um longo suspiro. - Conheci sim. Sou um ano mais novo que seu pai. Mas não foi por isso que chamei você aqui. Quero te pedir que tome cuidado.

- Mas isso não é novidade. Todos querem que eu tome cuidado! - disse o garoto, irônico.

- Realmente... Você é igual a seu pai... Mas eu estou falando sério. Há algo muito errado acontecendo... Sabe aquela jovem, Patrícia Heavenlly, do 6º ano? - ao ouvir o nome da garota, Harry tremeu. O professor continuou - Bem... Esses desmaios... Não são um bom sinal...

- Então era isso que você queria falar com ela hoje?

- Bem, é. - disse o professor surpreso.- Ouça Harry: eu acho que essa garota ainda terá um papel muito importante nessa história toda - ele hesitou um instante. - Acho que ela sente que há algo de errado.

- Sente como?

- Sente... Não sei como... Mas ela sente.

- E por que você está me falando tudo isso?

- Ah... Eu não queria falar sobre isso... Mas seu pai... Bem, ele salvou a minha vida. Há muito tempo atrás. Eu quero retribuir. Quero proteger você - falou o professor. Ao ouvir isso, Harry sentiu uma imensa compaixão pelo homem a sua frente. Ele fora salvo por seu pai... E agora queria ajuda-lo...

- Tudo bem. Mas eu tenho que ir - falou o garoto pensativo. Levantou-se e quando já estava na porta, o professor falou:

- Harry... Se precisar conversar, pode me procurar.

O jovem agradeceu e saiu. Subiu para a torre da grifinória, onde deveria encontrar seus amigos. Chegou lá e encontrou Rony e Hermione sentados na frente da lareira, que agora estava apagada.

- E ai cara? O que ele queria? - perguntou o ruivo e Harry fez um relato da conversa. Rony ouviu e soltou uma exclamação, enquanto Hermione não demonstrou nem um pouco de surpresa.

- Eu já imaginava - disse a garota. - Era coincidência demais, dois desmaios pouco antes dos ataques dos comensais...

- É, realmente estranho... Mas o que essa garota tem para sentir isso?

- Não sei... - disse Hermione distraída. Nesse momento Gina entra no salão comunal segurando seus livros e andando a passos rápidos.

- Ei Gina? O que foi? - Era Hermione perguntando. "Nada" foi a resposta que obteve. A ruiva saiu da sala em direção aos dormitórios.

- Que será que deu nela? - questionou Rony.

- Ela tava chorando - disse a amiga. - Vou ver o que aconteceu. - Ao dizer isso, saiu atrás de Gina.

Harry e Rony continuaram no local, tentando imaginar qual seria o papel de Paty nessa guerra. Mas foram chamados a realidade por Neville, que os lembrava que deveriam ir para a aula.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.