Cavaleiros Andantes



Já fazia alguns dias que Gina e Hermione saíram de Camelot, elas iam até o Castelo de Corbenic, do rei Pelás, pai da falecida esposa de Lancelot Helena, eles tiveram um filho chamado Galaad, que teria mais ou menos cinco anos, dizem as más línguas que Helena se suicidou por seu marido não corresponder seu amor, mas na realidade Helena havia ficado muito doente e morreu meses depois do parto de seu único filho, Lancelot nunca se recuperou de sua morte, vivendo recluso desde então, vivia pelo reino como qualquer outro cavaleiro andante, mas jamais permanecia em uma corte mais do que uma semana, sua vida era a estrada, mal conhecia o filho, ele era parecido demais com Helena. Pelo menos essa era a história oficial que corria pela corte, mas ninguém sabia com certeza o que aconteceu.

- Tem duas pessoas se aproximando. – falou Gina de forma despreocupada, seja lá quem fossem não estavam fazendo questão de se manter em segredo, na verdade galopavam em direção delas, viajantes com certeza.

Não esperaram muito tempo e puderam divisar dois cavaleiros vindo pela estrada a todo galope, eles pararam imediatamente quando viram as duas trotando pela estrada, parecendo alertas pelo som que eles fizeram ao se aproximar, Gina e Hermione optaram por serem mais discretas que os outros, elas usavam roupas normais (para aquela época) e não usavam nada que demonstrasse que eram da Armada de Merlin, suas espadas estavam escondidas por capas grossas e sem enfeites, só revelariam que eram da Armada quando chegassem ao reino de Corbenic.

- O que fazem tão belas jovens, viajando sozinhas? – perguntou um dos homens, ele tinha cabelos negros e lisos, olhos de um castanho escuro que parecia preto, olhos muito expressivos, pareciam mostrar tudo que lhe passava na alma, sua pele era amendoada, de um bronzeado lindo, seus músculos fortes e queixo quadrado dava uma impressão máscula difícil de descrever, ele era perfeito em sua beleza.

- Estamos indo ao Castelo de Corbenic. – respondeu Hermione sorrindo, “que gato não?” perguntou para Gina em pensamento, Gina só olhou para ela e sorriu, com certeza ela concordava com a amiga.

- Não deviam cavalgar sozinhas por essas estradas, existe muita agitação por essas bandas. – falou o outro homem, ele era levemente mais baixo, de cabelos loiros escuros, olhos castanhos claros e menos musculoso que seu parceiro, ambos trajavam armaduras completas, talvez fossem cavaleiros andantes.

- Nós estamos indo para o Castelo de Corbenic também, se nos permitirem nós as escoltaremos em segurança até lá. – tornou a falar o primeiro homem.

Hermione e Gina se olharam e quase caíram na gargalhada, mas como não queriam chamar a atenção, então elas apenas concordaram com a cabeça, quando voltaram a cavalgar a dupla de homens se adiantou e ficou na frente delas, se houvesse algum ataque seria mais a frente, já que passaram sem problemas pela estrada atrás deles.

- Quem você acha que elas são? – perguntou o loiro.

- Não sei Galeoto. – respondeu o moreno, parecendo pensativo. – Elas parecem ser damas, as roupas e a capa que vestem apesar de simples são bem caras, e os cavalos delas são incríveis.

- No entanto elas cavalgam sozinhas, montam os cavalos como homens* e usam cabelos soltos. – contrapôs Galeoto.

- Sim, e isso é estranho, quem deixaria duas mulheres andarem sozinhas nos tempos de hoje? Por onde passamos enfrentamos diversas batalhas, até bruxos tivemos que matar! – exclamou o moreno preocupado.

- Mas isso não importa agora Lancelot. – falou Galeoto calmamente. – Agora nós podemos protegê-las e levá-las em segurança até Pelás.

Gina e Hermione que cavalgavam mais atrás estavam se sacudindo de tanto tentar segurar as gargalhadas, se sobressaltaram um pouco ao ouvir o nome de Lancelot, ele era uma das pessoas que teriam que avisar, mas resolveram esperar até chegar ao Castelo de Corbenic e conversar com o rei Pelás, lá tanto Galeoto quanto Lancelot descobririam quem elas eram e porque não deveriam se preocupar com a segurança delas.

Um pouco mais a frente na estrada, Hermione e Gina sentiram magia, mas ninguém por perto.

- Armadilha. – cochichou Gina. – Que feitiço acha que usaram?

- Não sei, vou tentar alguns contra feitiços. – respondeu Hermione apreensiva, também sussurrando.

Algum tempo depois Hermione avisa Gina que conseguiu descobrir o feitiço que estava a alguns quilômetros delas e que ele já havia sido desarmado, era um feitiço cortante, parecido com o sectumsempra, mas tinha uma coisa estranha, para que esse feitiço continuasse a funcionar, o bruxo seria obrigado a refazê-lo de hora em hora, então o bruxo deveria estar por perto, já que os bruxos da época não sabiam aparatar.

Ficaram alertas durante toda a estrada esperando encontrar alguém, mas foi em vão, até mesmo Lancelot e Galeoto acharam estranho o fato de não verem nem mesmo saqueadores pela estrada, Gina e Hermione ficaram um pouco apreensivas, estavam esperando inúmeras batalhas, que Malagaunt fizesse de tudo para impedi-las, e tudo que encontraram foi um feitiço que por aquela hora já devia ter perdido o efeito.

Ao chegarem à ponte levadiça que levava ao castelo, elas não tiveram problemas para entrar, ao lado de Lancelot e Galeoto não tiveram nem ao menos de dizer seus nomes, o castelo era enorme e parecia com o de Arthur, entraram no salão principal onde havia uma mesa quadrada e enorme e na ponta da mesa uma cadeira que parecia mais um trono, Pelás veio na direção deles (elas sabiam a aparência de Pelás, pois Merlin lhes havia mostrado), deu um abraço caloroso em Lancelot, que pareceu incomodado, cumprimentou Galeoto com uma pequena reverencia e se virou para Gina e Hermione, as observando atentamente.

- Encontramos as duas na estrada, elas nos disseram que estavam vindo para cá. – respondeu Lancelot ao olhar inquisidor do rei.

- E onde estão seus guardiões? – perguntou Pelás, olhando para os lados como se esperasse ver soldados brotarem do chão.

- Nós cavalgávamos sozinhas. – respondeu Hermione irritada com o fato de Pelás fingir que elas não existiam, ele falava como se elas não estivessem ali! – Viemos lhe entregar uma mensagem urgente de Camelot.

Galeoto e Lancelot lançaram a elas um olhar de piedade, como se pensassem que eram loucas, Pelás, no entanto, ficou atento, ele sabia que existiam problemas em Camelot e estava esperando uma mensagem de Arthur a qualquer momento, e na mente dele nada mais inteligente que usar mulheres para mandá-las, quem desconfiaria delas?

- Então Arthur finalmente convoca meu exército em seu auxilio? – perguntou Pelás.

- Na verdade a mensagem é de Merlin. – respondeu Gina, entregando a um atônito Pelás o pergaminho com o selo da Armada de Merlin lacrando-o.

- Faz muito tempo desde a ultima vez que vi esse selo. – murmurou Pelás, sem esperar por respostas ele abriu o pergaminho e ficou atônito com o que leu, lá Merlin lhe informava da situação delicada de Camelot e dizia que as duas mulheres que lhe entregaram a carta pertenciam a sua Armada. – Vocês são da Armada de Merlin?

Galeoto e Lancelot ficaram atônitos com a pergunta e boquiabertos quando viram Hermione e Gina confirmarem, elas viraram a capa que usavam e ali estava o símbolo da AM, o lobo, o bastão e a folha, elas estavam vestindo a capa do avesso para não chamarem a atenção, e assim que viraram a capa todos puderam ver as espadas que carregavam.

- Porque não nos falaram nada? – perguntou Galeoto indignado, se sentindo meio idiota por ter acreditado que estava protegendo-as.

- Não queríamos chamar a atenção. – falou Gina sorrindo. – Eu sou Gina Potter e essa é Hermione Weasley.

- Sou conhecido como Lancelot do Lago e esse é Galeoto Senhor das Ilhas Longínquas. – apresentou Lancelot sorrindo, ele já estava acostumado a lidar com mulheres poderosas, sua irmã de criação Viviane foi uma sacerdotisa da lua, assim como sua mãe de criação também, seus pais morreram quando ainda era um bebê.

- As senhoritas… - começou Pelás, mas quando viu as alianças das duas se corrigiu. – As senhoras ficam até a partida do exército depois de amanhã?

- Sim, obrigada pela hospitalidade. – agradeceu Gina, fazia dias que não tinham um mínimo de conforto.

- Meu rei. – falou um homem velho de aspecto de múmia, sua voz era arrastada e tinha o mesmo tom etéreo que Sibila Trelawney usava nas suas aulas de adivinhação. – Acho que resolvi o enigma, acredito que…

- Espero que sim, você já me fez cavar quase todo o meu reino à procura desse tesouro, estou começando a acreditar que você não passa de um charlatão! – exclamou o rei nervoso.

- Meu senhor! – exclamou o velho pálido, Hermione e Gina não precisaram nem entrar na mente do homem para saber que o rei acertou em cheio.

Pelás também percebeu que havia acertado, que o homem não passava de um charlatão que o fizera perder tempo, para sorte do homem ele não tinha tempo de lhe dar a lição que merecia, por isso mandou dois guardas chutarem o homem castelo a fora, frustrado e bufando de raiva, Pelás se sentou na cadeira que parecia um trono junto com uma tabuleta que o homem/múmia carregava, ele olhou para a tabuleta como se ali estivesse todos os segredos do universo e ele não pudesse enxergar.

- Ainda tentando encontrar o tesouro? – perguntou Lancelot sorrindo, vendo o olhar inquisidor de Gina e Hermione ele acrescentou. – Esse castelo foi construído pelo império romano, dizem que ninguém nunca morou nesse castelo, e por isso acreditam que os romanos usaram essas terras ou o próprio castelo como depósito de um tesouro incalculável, durante muitos anos nada pôde ser comprovado, até que encontraram uma parede falsa no calabouço e nela havia as peças que estão naquela tabuleta, muitos acreditam que seja um mapa para o tesouro, mas ninguém consegue entender as instruções, durante todo ano o castelo é vitima desses charlatões que tentam encontrar o tesouro para si mesmos, ou procuram o luxo das acomodações do castelo.

- Posso dar uma olhada? – perguntou Hermione com os olhos brilhando, nada como um desafio de lógica para animar Mione.

Sem prestar muita atenção Pelás fez um gesto com a mão pedindo que Hermione se aproximasse, ela foi até a mesma olhou por alguns segundos a tabuleta e fez cara desapontada.

- Eu disse que era impossível descobrir o que isso quer dizer. – falou Pelás com piedade, achando que Hermione havia desistido.

- Se bem conheço Hermione, ela está desapontada porque não existe nenhum desafio aí. – falou Gina condescendente. – Você já decifrou o mapa Mione?

Os três homens olharam especulativamente para Hermione, ela era da Armada de Merlin apesar de tudo, mas era tão inacreditável imaginar que alguém pudesse decifrar tão rapidamente o mapa.

- Sim. – respondeu Hermione emburrada. – São runas, só que elas não formam palavras como parece que aquele senhor achava que formavam.

- E formam o que? – perguntou Pelás ansioso, ela era a primeira pessoa que não tentava formar palavras com as letras que existiam acima dos desenhos que havia nos pequenos blocos de pedras, em baixo também haviam letras, mas não tinha nenhuma ordem neles.

- São runas que formam lugares, cada desenho, que obviamente foram ignorados, formam lugares, podem ser paisagens como esse aqui que mostra uma cachoeira. – falou Hermione mostrando um bloquinho que estava mais próximo dela. – Ou que demonstram algum objeto especifico esse aqui parece ser o formato de uma rocha, ou talvez de uma montanha…

- É de uma montanha! – exclamou Lancelot. – É a montanha da caverna, ela parece uma gigantesca caverna aberta na rocha bruta.

- E as letras? – perguntou Pelás excitado.

- São algarismos romanos. – disse Hermione ainda um pouco emburrada, mas feliz por estar ajudando. – Representam números, os de cima são para organizar as peças, assim não se corre o risco de misturá-las, e embaixo são as coordenadas, para quem não conhece o terreno ficaria fácil chegar ao local, devem ter feito esse mapa para os soldados encarregados de levar ou trazer o tesouro.

- E onde está o tesouro? – perguntou Pelás, ele parecia à beira de lágrimas, por séculos seus antepassados tentaram encontrar esse tesouro e agora finalmente ao que parecia conseguiria encontrá-lo.

Hermione organizou as peças até que estivessem em ordem numérica, a ultima peça era o desenho de um templo, provavelmente era um templo de adoração de algum deus pagão.

- Eu conheço esse lugar! – falou Pelás. – Agora não existe mais do que ruínas, mas eu costumava brincar lá quando criança, são apenas algumas horas de distância do castelo, eu ia cavalgando até lá desde os oito anos, a floresta tomou todo o templo, as pessoas evitam ir lá, pois não é de nenhum deus que ninguém aqui algum dia já venerou.

- Porque não vamos lá amanhã? – perguntou Gina entusiasmada. – Enquanto o exército se prepara para partirmos depois de amanhã, poderíamos ir até o templo e ver se encontramos alguma coisa.

- Mas eu estive lá durante toda minha infância, eu teria encontrado alguma coisa. – contrapôs Pelás.

- Encontrar algo que não se está procurando é muito difícil. – argumentou Hermione.

Pelás finalmente cedeu, depois de se despedir dos convidados e pedir que um servo os acomodasse, o rei foi preparar tudo para a viagem e para que Grif e Estrela tivessem o melhor tratamento possível.

- Por aqui senhoras. – falou o serviçal fazendo um gesto para que as duas o acompanhasse.

- Papai! Papai! Papai! – as duas ouviram um grito vindo de sua direita ao se virarem viram um menino de cabelos pretos um pouco cacheados, branco e de incríveis olhos azuis, eram quase da mesma tonalidade dos de Lince.

O menino não podia ter mais do que cinco anos e corria para abraçar Lancelot, que parecia muito feliz ao ver o menino, se abaixou e começou a rodar com o menino pela sala inteira, o menino que com certeza era Galaad ria feliz nos braços do pai, Galeoto sorria diante da cena, Hermione e Gina se entreolharam, pensaram que Lancelot não gostasse do filho, já que a esposa ficou doente após o parto e morreu depois disso, mas estava claro que o homem amava o filho com todas as forças, sem resistir Hermione entrou na mente de Lancelot e ficou mortificada com o que descobriu, Gina também ficou muito triste.

A verdadeira história de Lancelot era que ele tinha verdadeira adoração por Guenevere, e seu casamento com Helena não foi nada para ele, apenas uma tentativa frustrada de esquecer a rainha Guenevere.

Quando Lancelot encontrou pela primeira vez Helena a achou linda, com seus cabelos longos e cacheados olhos azuis e belo corpo, além de rosto delicado e jeito meigo de ser, era a primeira mulher que ele realmente percebia desde que se descobriu apaixonado por Guenevere, ele pensou que conseguiria esquecer a esposa de seu grande amigo e ser feliz, mas logo nos primeiros meses de casados ficou claro que não conseguiria.

Helena era tudo que ele imaginou e um pouco mais, e o amava com todas as suas forças, mas ele não era capaz de corresponder, com o tempo um abismo se formou entre eles, e Helena se tornou cada dia mais triste, até que um dia descobriu que estava grávida, Lancelot ficou em êxtase e prometeu a esposa que lhe seria eternamente grato por ela lhe dar aquele presente, os meses de gravidez de Helena, foram os mais felizes do casal, Lancelot era atencioso e amável e Helena acreditava que ele começava a corresponder seus sentimentos, assim que Galaad nasceu a relação dos dois começou a ser ruir novamente.

Lancelot só tinha olhos para o filho e negligenciava o que Helena mais precisava dele, carinho, Helena teve complicações no parto e ficou doente, Lancelot quando percebeu como a esposa estava frágil ainda tentou ajudá-la, mas já era tarde demais, Helena havia caído em depressão e isso piorou ainda mais sua já frágil saúde, sobreviveu durante seis meses, onde se dedicou somente a Galaad, ignorando qualquer tentativa de aproximação de Lancelot, que se sentia muito culpado pelo que fizera ao ser mais doce e alegre que ele conhecera.

Helena morreu e ele nunca mais foi o mesmo, seu filho a medida que crescia ficava mais parecido com Helena, até os olhos eram os mesmos, consumido pelo remorso e pela dor Lancelot se lançou na estrada, vindo de vez em quando ver o filho e se auto-flagelando toda vez, ele se obrigava a lembrar o que fez a Helena dia após dia, para que não cometesse o mesmo erro e também para se punir.

Gina e Hermione foram em silencio até os quartos destinados a elas, se sentiam mal por ter se metido na mente de Lancelot, definitivamente não precisavam ficar sabendo de uma história tão triste.

No outro dia, elas foram até a mesa do café-da-manhã e comeram junto com os outros membros da corte, todos murmuravam sobre a incrível inteligência de Hermione ao descobrir onde estava o tesouro em tão pouco tempo, Hermione ficou super feliz das pessoas reconhecerem sua inteligência, mesmo que não tivesse usado muito dela para resolver o enigma, Gina a cutucou falando mentalmente que ela estava chamando muito a atenção para quem queria ser discreta, Hermione apenas lançou a Gina um olhar mal humorado.

Após o café-da-manhã Pelás, Galeoto, Lancelot, Gina, Hermione e dois serviçais com uma carroça foram em direção ao templo pagão, como ficou sendo conhecido ao longo dos anos pelos habitantes de Corbenic.

No pátio do castelo elas viram que haviam alguns homens treinando com arco e flecha, Hermione tivera algumas aulas quando criança e sabia atirar muito bem, mas Gina nunca vira aquele tipo de arma, resolveu tentar, mas na primeira tentativa a flecha mal alcançou dois metros, irritada Gina apertou demais o arco que se quebrou em dois para espanto geral.

- Quem é que está se exibindo agora? – cochichou Hermione para Gina.

- Eu não tenho culpa dessa coisa ser tão frágil. – retrucou Gina de mau humor indo em direção a Estrela e montado-a, de braços cruzados esperou pelos outros que seguiriam viagem.

O homem responsável pelo treinamento, ele tinha mais ou menos uns dois metros, moreno, cheio de cicatrizes e com o cabelo e olhos pretos como piche, sabia que aqueles arcos, apesar de muito flexíveis eram extremamente difíceis de quebrar, pegou um dos pedaços do arco e tentou quebrá-lo sem nada conseguir, todos ficaram olhando Hermione, já que Gina tinha saído, se perguntando se aquelas duas eram tão fortes quanto pareciam, Hermione logo se colocou ao lado da amiga tentando fugir dos olhares curiosos.

Os caçadores de tesouros partiram pouco depois desse episódio, ao chegarem ao templo arruinado eles se puseram a procurar qualquer indicio de uma passagem secreta, eles procuraram durante toda a manhã e só encontraram algo à tarde, logo depois de comerem algo.

Numa das colunas destruídas do templo havia uma mão que apontava para uma das saídas do templo, uma que quando as paredes estavam levantadas ficava parcialmente escondida, eles foram na direção que a mão mostrava e procuraram por outros sinais, a poucos metros dali, Gina encontrou o que todos procuravam, havia um antigo poço artesiano ali, ao descer o balde pôde-se ouvir um barulho metálico quando as alças do balde bateram no fundo, puxando a varinha Gina e Hermione fizeram um feitiço para que o que estivesse lá no fundo flutuasse até a superfície, em poucos minutos estavam todos cercados por mais ouro que poderiam carregar, havia ouro em barras com o brasão do império romano, moedas de ouro com o rosto do César, e também jóias, muitas jóias, e pedras preciosas (rubis, topázios, esmeraldas, diamantes, etc.) lapidadas e algumas também brutas, não caberia tudo só numa carroça, mas por sorte eles estavam acompanhados de bruxas, Hermione pegou um cordão que carregava no pescoço e o duplicou, dentro de uma bolsinha que ficava pendurada no cordão ela colocou tudo que precisava para sua vinda para o passado, roupas, livros que falavam sobre a época e algumas jóias que possuía, já que naquela época não existia dinheiro, tudo era a base de troca ou comprado por ouro.

Quando falou que colocassem todo o ouro no pequeno cordão que duplicara todos riram em gozação, menos Gina e Lancelot (que já vira coisas muito impressionantes em sua vida para duvidar que tudo coubesse ali), sem se importar com o riso Mione flutuou tudo para a bolsinha que estava pendurada no cordão, olhos arregalados a olhavam, ela entregou a bolsinha e o cordão para Pelás e montou seu cavalo pronta para ir, os outros a imitaram, chegaram à Corbenic já escurecendo.

Para não modificar muito as coisas no passado (o feitiço usado na bolsinha só era usado a menos de um século – contando da época do sexteto – então era melhor ele não existir na época de Merlin) Hermione inventou que o feitiço era temporário, então o rei Pelás colocou todo o seu tesouro numa sala que ficava atrás de seu trono, onde já estava o tesouro real de Corbenic.

Pelás teve que insistir bastante para que os aventureiros recebessem uma pequena parte do tesouro por sua ajuda, claro que não foi nem um décimo do tesouro, Gina e Hermione ganharam as jóias mais bonitas da coleção que havia no tesouro, colares, brincos, pulseiras e muitas outras peças, Galeoto e Lancelot receberam algumas barras de ouro, os serviçais, bem, eles só ganharam um muito obrigado, é claro que Gina e Hermione convenceram o rei a lhes dar alguma coisa, Pelás lhes deu uma barra de ouro para cada (era pouco, mas pelo menos eles não ficaram sem nada).

Na manhã seguinte teriam que viajar lentamente durante todo o trajeto, afinal estariam acompanhando um exército, dormir cedo e acordar ao raiar do dia foi uma decisão unânime.


*Naquela época as mulheres montavam os cavalos de lado e não uma perna de cada lado como hoje em dia.


Mat: sinceramente eu não sei quantos capítulos vai ter a fic, mas acho que vão ser mais ou menos da quantidade da Relíquia, os capítulos vão estar mais ou menos do mesmo tamanho, as vezes um pouco maiores, mas nunca menores, e desculpe, mas eu já tenho betta, é uma colega de faculdade, desculpe mesmo, beijo.

Laurenita: muito obrigada por comentar e pelo elogio, trabalho muito para que a fic fique boa, mesmo quando me dá branco e não consigo escrever nada eu tento muito para sair alguma coisa e não me atrasar nos posts, beijo.

Pedro: você leu a Relíquia em 3 dias o-o, uau! Sério, fico muito feliz que você tenha gostado e mais feliz ainda por começar a acompanhar os Cavaleiros, mas estou surpresa com a rapidez que você leu, muito obrigada por comentar, beijo.

Gian: hehehehehehe, obrigada por sempre comentar e por gostar do que escrevo, é sempre um grande incentivo para mim ter pessoas como você, que sempre comentam, nem que seja pra me cobrar um novo capítulo, hehehehehe, obrigada e beijo.

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