Dopado
- Temos que nos concentrar em encontrar Harry. – falou Merlin sério.
Anny, Rony, Hermione, Gina e Sirius se entreolharam preocupados, eles estavam reunidos com Merlin, Arthur e Lancelot na sala dos aposentos do Sexteto, as informações que Merlin passara a eles deviam ser mantidas no mais completo sigilo.
- Sirius, Gina? – perguntou Hermione com um olhar de dúvida, pois ela sabia que a decisão cabia a Sirius e Gina, pois eles eram os mais interessados.
- Eu concordo. – falou Sirius, ele estava sentado em uma poltrona e ele segurava seu rosto com as mãos, todos sabiam o quão difícil fora àquela decisão para ele. – Lince é forte e vai sobreviver, seja lá pelo que ela tenha que passar, eu confio nela. Harry também é forte, mas se ele perdeu a memória, é um perigo não só para nós como para si mesmo.
- Obrigada. – agradeceu Gina sorrindo em meio às lágrimas, ela estava desesperada, principalmente agora que ela percebeu pelo o que Harry estava passando, ela sentia uma necessidade enorme de encontrar o marido o quanto antes e sabia que Sirius sentia o mesmo, mas mesmo assim ele abdicara do direito de exigir que procurassem Lince também para que todos pudessem encontrar Harry e isso Gina jamais esqueceria.
- Não precisa agradecer. – falou Sirius olhando para Gina e sorrindo. – Afinal a Lince me mataria se soubesse que eu fiz com que a procurassem, mesmo sabendo que o Harry perdeu a memória e eu me sinto jovem demais para morrer.
Todos riram junto com ele, o clima se acalmando um pouco.
- Eu irei com vocês para procurá-lo. – se comprometeu Lancelot.
Os bruxos concordaram, Arthur infelizmente não podia oferecer ajuda, todos sabiam que existiam espiões infiltrados entre os cavaleiros, e quanto menos eles soubessem, melhor seria.
- Porque não fui convocado para esta reunião? – perguntou o Arcebispo de Canterbury, desde que havia chegado à corte que o Arcebispo começara a perceber que o estavam deixando de lado e isso ele não permitiria jamais.
Apesar de um pouco constrangidos por terem esquecido de chamar o Arcebispo, eles explicaram para ele o teor da reunião e o porquê dela não poder ser comentada pela corte.
- Porque vocês têm tanta certeza de que existem espiões nesta corte? – perguntou o Arcebispo nervoso, ele não tinha percebido ainda o quanto à situação era séria, em sua cabeça não havia como um bruxo ganhar de uma corte cristã.
- O guerreiro que chamam de Cavaleiro Negro é com certeza um de meus Cavaleiros. – informou Arthur pesaroso. – E antes de desaparecer Lince havia de alguma forma desconhecida conseguido um espião entre os homens de Malagaunt, esse espião lhe confirmou que entre os meus homens existem em torno de cinco espiões.
- Isso é uma temeridade. – falou consternado o Arcebispo, para ele e para todos os integrantes da igreja a corte do Rei Arthur era integralmente de homens de bem, era muito ruim saber que essa imagem não era verdadeira.
- Se Lince tinha um espião, não seria melhor ir atrás dela primeiro? – perguntou o Arcebispo.
- Harry perdeu a memória. – Merlin lembrou ao Arcebispo. – Imagine se os homens de Malagaunt o encontram primeiro, pode imaginar o estrago que Harry Potter pode fazer se estiver contra nós?
O Arcebispo tremeu ao imaginar o que Merlin tinha dito, mesmo nunca tendo visto Harry em batalha, ele estava ciente dos poderes que possuíam o Sexteto e principalmente ele havia percebido a postura de líder que Harry possuía, sem falar de todas as histórias que eram contadas a ele durante confissões ou até mesmo em conversas casuais, o Arcebispo ainda se lembrava da vez em que Bã havia lhe contado como o Sexteto havia lutado na batalha contra os saxões e como Harry havia suportado uma viagem de dias com um ferimento enorme no peito, com certeza ter um homem como Harry Potter de inimigo não seria nada agradável.
Terminada a reunião, o restante do Sexteto e até mesmo Sirius foi em busca de pistas de Harry no meio da batalha, tentando refazer os passos dele durante a batalha, infelizmente não conseguiram nada com isso, então começaram a ir às casas próximas à batalha para saber se alguém o tinha visto, mas ninguém sabia de nada, começaram a ir aos castelos, mas aquela era a região com mais castelos de todo o reino de Arthur, demorariam meses para encontrá-lo daquela forma, já que não podiam aparatar, tinham que visitar os castelos cavalgando, e ainda tinha as normas de etiqueta, não podiam deixar o castelo sem falar com o rei, barão ou conde que o ocupasse, e na maioria das vezes eram obrigados a pernoitar no castelo, pois de acordo com as rígidas normas das cortes, era extremamente descortês dispensar um convite feito pelo anfitrião, eles tinham que ser diplomáticos, pois Arthur já tinha problemas demais para se preocupar com coisas tão pequenas.
Enquanto a busca continuava sem qualquer evolução, Harry andava despreocupadamente pelo castelo de sua salvadora, ele ainda estava confuso por não se lembrar de nada, mas estava tentando não se desesperar com isso, foi por esse motivo que ele resolveu conhecer o castelo e ver se conseguia lembrar de alguma coisa, logo percebeu que tinha alguma coisa errada.
Ao observar o castelo ele ficava imaginando as saídas de emergência caso o castelo fosse invadido, também a posição das sentinelas, que para ele estavam mal posicionadas, ele percebeu também que tinha uma extrema facilidade em saber algumas coisas das pessoas por quem passava, por exemplo, ele sabia que o homem por quem ele passava era um soldado treinado, mas que tinha um problema na perna direita, e o cara não estava andando, estava encostado em uma parede, era a sentinela da sala do trono, Harry não fazia a mínima idéia de como sabia que o homem tinha algum problema na perna, mas ao se aproximar mais um pouco o homem se mexeu e Harry pôde observar que ele pendeu um pouco par ao lado direito, foi pouca coisa, mas o suficiente para que Harry visse que estava certo.
Preocupado Harry se apressou para sair daquele corredor e tentou não prestar atenção no que via, coisa que não deu muito certo, ao ir para o pátio percebeu que haviam pessoas treinando com arco e flecha, ele ficou ali observando, suas emoções iam de ceticismo à humor negro, ele nunca vira soldados tão ruins, na verdade ele nunca vira soldado algum, pelo menos não se lembrava deles, mas aqueles soldados eram horríveis, nenhum chegou nem perto de acertar os alvos, chegando mais perto para observar melhor Harry cometeu um erro, se aproximou demais dos alvos, e como os alvos eram a única coisa que aqueles soldados não conseguiam acertar, para desespero de Harry ele viu uma flecha vindo em sua direção, ele ficou parado sem conseguir se mexer por causa do choque, mas ai uma estranha calma se apossou dele e ele conseguiu imaginar a trajetória que a flecha faria, uma certeza enorme tomou conta dele, ele tinha certeza que podia se defender.
Todos ao redor prenderam a respiração, não dava tempo de fazer nada, a flecha estava indo velozmente ao encontro do homem protegido pela Dama de Luto, ela provavelmente mandaria matar aquele que machucou o homem, pois não era segredo para ninguém que a senhora deles havia se apaixonado por aquele homem, todos viram o medo nos olhos do homem, mas de repente o homem ficou ereto e todo o medo que antes podia ser visto nele desapareceu, a flecha continuava a ir ao encontro dele, e ele simplesmente a pegou com a mão direita, quando a flecha estava próxima o suficiente, ninguém podia acreditar no que viam, tudo se passou de forma lenta, como se a adrenalina que sentiam fizesse as coisas desacelerarem, e mesmo que não tivessem perdido um segundo se quer do que se passou ninguém acreditava no acontecido, mas ninguém estava tão perplexo ou confuso quanto o homem que segurava a flecha, seu susto por conseguir pegar a flecha era quase palpável.
- Como conseguiu fazer isso? – perguntou Manfred furioso, ele pensou que não iria nem precisar fazer nada para se livrar do estranho homem de olhos verdes, por isso ficou muito decepcionado quando a flecha não o acertou.
- Eu não sei. – falou Harry confuso, ele balançava a cabeça como se assim pudesse fazer sua memória voltar, a flecha ainda estava em suas mãos e ele não podia estar mais perplexo, como ele conseguiu segurar a flecha?
- Como assim não sabe? – esbravejou Manfred, irritado por não ter conseguido se livrar do homem e ainda ver com seus próprios olhos que ele não era tão fácil de se livrar como tinha pensado anteriormente.
- Eu não sei! – gritou Harry nervoso. – Eu não me lembro de nada! Será que se esqueceu disso?
- Seu insolente! – gritou de volta Manfred, querendo ou não aquele homem não passava de um hóspede no castelo, ele Manfred era o Primeiro Conselheiro de Camerliad, ele era praticamente o dono daquele castelo e aquele homem não era ninguém para gritar com ele. – Não importa de quem você é hospede! Provavelmente não passa de um soldadozinho de quinta, sem nenhum título! Não é ninguém para gritar comigo, um nobre.
Nervoso era pouco para o que Harry sentia naquele momento, sua respiração estava rápida, seus olhos fuzilavam Manfred, seus punhos estavam cerrados e sua postura estava ereta. Harry precisou fechar os olhos para conseguir se acalmar o suficiente para falar.
- Você não passa de um idiota que se acha mais importante do que é. – a voz de Harry era tão carregada de raiva que Manfred se viu engolindo em seco e dando um passo para trás para colocar um pouco mais de distância entre ele e Harry. – Não passa de um nobre sem fortuna que se aproveita da fortuna de uma mulher sozinha para se dizer poderoso, não se esqueça que a mesma mulher que me hospedou aqui é aquela a quem você deve lealdade, a quem você deve obedecer.
Dizendo isso Harry saiu de cabeça erguida do campo de treinamento, ele queria sair correndo dali, pois se ficasse muito tempo próximo daquele ser arrogante e medíocre não respondia pelos seus atos, mas o orgulho o impedia de correr, e ele também estava nervoso pelo seu mau gênio, será que ele era tão nervoso assim? Ou será que apenas tinha perdido a cabeça tão facilmente porque já tinha muitas coisas em que pensar?
- Me diga uma coisa senhor Sirius. – falou uma bela morena que caminhava ao lado de Sirius.
A mulher tinha cabelos pretos e compridos como os de Lince, a pele dela era mais morena do que a de Lince e a mulher tinha menos curvas, além é claro de os olhos da mulher (apesar de serem azuis também) não terem nem um décimo da beleza dos de Lince.
Sirius que estava se encaminhando para seu quarto quando foi abordado pela mulher a sua frente, ele a olhou com um interesse educado, ele havia percebido que a mulher o olhava já a bastante tempo, mas ele não tinha dado muita importância a isso, agora ele percebia que fora um erro não dar um basta nos olhares indiscretos dela, parecia que a mulher agora estava com idéias nem um pouco interessantes sobre ele, apesar dela se mostrar um pouco tímida seu olhar era malicioso o suficiente para fazer com que Sirius se sentisse incomodado, não que ele se importasse com o fato de que uma mulher bonita sentisse atração por ele, mas ele podia visualizar o que Lince faria caso visse essa cena, e não era nada de bom, disso ele tinha certeza.
- Bem. – a mulher hesitava como se estivesse com medo do que ia falar, aquilo não era nada bom, pelo menos da perspectiva de Sirius. – Eu estava imaginando porque o senhor se casou com aquela mulher, ela é tão… estranha, ela parece mais um guerreiro do que uma mulher…
- Talvez seja porque ela seja uma guerreira. – cortou Sirius não gostando da forma como a mulher falava de Lince, viu com satisfação que a mulher corou com sua reprimenda. – E eu me casei com ela, exatamente pelo que ela é, forte, decidida, linda e… perfeita para mim em todos os aspectos.
A mulher saiu correndo sem falar nem ao menos seu nome, e Sirius se sentiu um pouco incomodado, pois mesmo que não gostasse da atitude da mulher, ainda assim estava claro que ela gostava dele e ele não queria machucá-la.
- O que foi querida? – perguntou a velha babá da mulher que abordara Sirius, a mulher tinha corrido até seu quarto direto para os braços de sua antiga babá, mesmo não precisando de uma, ela gostava demais da velha senhora que a abraçava calorosamente para poder ficar longe dela.
- Ele a ama. – falou a mulher enquanto chorava copiosamente no colo da velha.
- Minha querida Sophie, eu lhe disse isso, eu via como eles se olhavam, não há nada que você possa fazer quanto a isso. – falou a idosa bondosamente, ela tentava dissuadir Sophie da idéia sem pé nem cabeça de conquistar o bruxo Sirius.
- Mas eu o quero, nem que seja uma única vez. – Sophie disse chorosa. – Magara, você é meio bruxa…
- Eu não sou bruxa. – falou Magara entediada, ela odiava que a confundissem com uma bruxa, não que ela tivesse alguma coisa contra, mas é que ela não era. – Eu conheço muito sobre ervas, não sobre feitiços.
- Tudo bem. – concordou imediatamente Sophie. – Você não sabe nada que possa me ajudar a conquistá-lo?
- O amor não é nada que possa ser colocado em ervas minha querida. – falou Magara preocupada com o que Sophie poderia querer fazer.
- Eu só preciso ter ele por uma noite Magara. – pediu Sophie com novas lágrimas escorrendo por seus olhos. – Por favor, me ajude a tê-lo somente uma noite.
- Você não sabe o que está pedindo, nunca mais arranjará um marido depois disso. – falou Magara tentando fazer sua senhora voltar à razão, mas não tinha grandes esperanças quanto a isso, Sophie apesar de ser uma boa moça era mimada, sempre tinham que lhe dar o que ela queria, e se ela queria uma coisa ela sempre conseguia.
- Eu não vou querer me casar se não for com ele. - Sophie foi categórica, e apesar de saber que sua menina ia se arrepender amargamente desse passo, Magara não se sentia forte o suficiente para não dar a ela o que ela queria, sorrindo triste Magara concordou, recebendo de Sophie um caloroso abraço e um sorriso enorme.
- Vou preparar algumas ervas que vão fazê-lo ficar tonto. - falou Magara pesarosa. - Você deve se vestir como a mulher dele, assim ficará mais fácil dele te confundir com…
- Eu não quero que ele me confunda com ela! - exclamou Sophie nervosa. - Eu quero que ele fique comigo
.
- Não existe uma maneira que eu conheça para fazer isso Sophie. - ralhou Magara e Sophie ficou quieta, afinal Magara raramente a chamava de outro modo que não fosse “minha menina”, e quando chamava era por que estava irritada. – Esse homem ama a mulher que chamam de Lince, ele jamais ficará com você, mesmo que esteja fora de si por causa das ervas, você só o conseguirá se ele pensar que você é ela.
Sophie ficou de cabeça baixa e concordou, ficou ali no quarto observando sua amada babá fazer uma espécie de chá, enquanto observava estava pensando em como faria para entrar nos quartos do Sexteto, ela não duvidava que existissem um monte de feitiços que a impediriam de entrar, então o melhor seria que desse o chá antes dele entrar lá, talvez guiá-lo até seu próprio quarto, sim, isso era o melhor.
- Pronto. – falou Magara triste, não queria fazer aquilo, mas não conseguia dizer não a Sophie.
Sophie pegou rapidamente o chá e saiu de seu quarto, dizendo para Magara deixar o quarto e não aparecer durante a noite, pois seria mais fácil vir com Sirius para aquele local do que para qualquer outro, Magara concordou com pesar e assim que sua menina saiu, ela foi procurar um quarto onde pudesse passar a noite sem que ninguém prestasse atenção, por fim encontrou uma sala abandonada e jogou alguns cobertores por ali e deitou-se tentando dormir enquanto tentava evitar pensar na besteira que Sophie estava cometendo.
Sirius tinha saído mais cedo da mesa de jantar para colocar Samantha para dormir, assim que a menina dormiu ele saiu um pouco do quarto para caminhar um pouco pelo castelo, como sempre fazia antes de dormir, ao dobrar por um corredor viu a mesma mulher que o abordara mais cedo vindo em sua direção, tentando ser educado, pois se sentia mal por ter machucado os sentimentos dela mais cedo, Sirius sorriu e parou de andar quando viu que a mulher iria lhe dizer alguma coisa.
- Está uma noite bem agradável não é? – perguntou Sophie e sem esperar resposta, continuou a falar. – Acho que não me apresentei hoje mais cedo, meu nome é Sophie.
- É um prazer senhorita. – falou Sirius ainda sorrindo. – Creio que já sabe meu nome, mas me apresento mesmo assim, meu nome é Sirius.
Sophie sorriu em resposta e fingindo ter se lembrado de algo olhou para suas mãos onde tinha um copo pela metade, era a poção que Magara preparara, ela olhou para Sirius e lhe mostrou a taça como se estivesse lhe oferecendo, Sirius que estava com cede e querendo ser educado com a garota tomou um grande gole do que ele pensou ser chá, no memento em que tomou, ele começou a se sentir tonto, Sophie sorriu e perguntou qual era o problema, ele disse que não se sentia bem, o mundo estava girando demais para que ele pudesse pensar com clareza em alguma coisa, Sophie se ofereceu para levá-lo até o quarto dele e ele aceitou, temendo não conseguir chegar lá sozinho.
Sirius estava tonto demais para saber pra onde ele estava indo ou onde ele estava, não conseguia pensar coerentemente, parecia até que estava bêbado, mas mais forte, como se alguma coisa o impedisse de pensar, ele se sentiu cair em uma cama e ficou mais calmo pensando que poderia descansar um pouco.
Sophie fez Sirius deitar em sua cama e foi até seu armário, ela lembrou-se do tipo de roupa que Lince usava, ou seja, quase nada, ela ficou só de roupas de baixo, mas aquilo não era parecido com o que ela tinha visto Lince usar, então soltou os cabelos, tirou as roupas de baixo e colocou uma espécie de vestido que todas as mulheres colocavam por cima da anágua e da blusa, era um vestido de seda curto e sem mangas, era rendado e não se parecia nem um pouco com as roupas de Lince, mas era curto o suficiente para fazer seu trabalho.
Sirius se virou na cama e encarou Sophie que se aproximava, ele não conseguia enxergar direito, seus olhos só viam o vulto de uma mulher com um vestido curto e de cabelos negros e compridos se aproximando cada vez mais de sua cama.
- Lince? – perguntou perturbado. – Você voltou?
Ao ouvir isso Sophie sorriu e concordou com a cabeça, lembrando-se que tinha a voz diferente demais da de Lince, se falasse muito acabaria se entregando, pois por mais tonto que Sirius estivesse, ele ainda perceberia a diferença.
Sirius ao ver a mulher concordar não pensou duas vezes e a puxou para si, em sua cabeça ele estava abraçando e beijando Lince, empenhou toda sua paixão e todo o medo que sentiu de não vê-la nunca mais naquele beijo. Enquanto era jogava na cama sem muita cerimônia Sophie se sentia vencedora, ela conseguira! Sirius seria dela e somente dela ao menos por aquela noite, ela não se importou com o jeito pouco cavalheiresco com que ele a beijou ou a jogou na cama, pois era isso que ela queria.
Por sua vez Sirius se perdia em meio aos delírios de sua mente afetada, acreditando estar com Lince ele não percebeu o cheiro diferente, pois não conseguia se concentrar em nada apropriadamente, ele não percebeu a diferença do corpo dela para o de Lince, pois suas mãos estavam trêmulas e ele não conseguia se concentrar, nem mesmo percebeu que a garota era virgem, a bebida o deixou de tal forma fora de seu corpo, que ele nem ao menos soube que o que estava acontecendo não era um sonho, que aquilo era a mais pura realidade.
Sophie acordou eufórica, pois estava nos braços do homem que amava, em nenhum instante ela pensou no mal que estava fazendo, ela se acostumara tanto a sempre ter o que queria que não pensou nas conseqüências que seu ato impulsivo iria ter, mas ao ver seu pai parado olhando-a nua nos braços de um homem casado, ela começou a perceber ao quê suas ações acarretariam.
Sirius se mexeu devagar, sentia sua cabeça doer como se tivesse bebido a noite inteira e estivesse com ressaca, ele abriu os olhos devagar e olhou confuso ao redor, pois não reconhecia o quarto, foi nesse momento que ele viu a mulher que estava ao seu lado, ele levou um susto enorme, com o pulo que deu acabou caindo da cama levando uma colcha consigo, o que foi uma sorte, pois ele percebeu que estava nu, e se não fosse a colcha mostraria para a mulher o que não queria mostrar.
- Vocês se casam no final de semana. – um homem falou, Sirius o olhou sem entender, sua cabeça dolorida demais para pensar direito. – Você desonrou minha filha e vai concertar isso!
Confuso Sirius observou o homem sair apressado e furioso do quarto, Sirius olhou para o lado onde a mulher estava deitada e percebeu que apesar do lençol que a cobria, ela também estava nua, ele olhou para cama e viu que tinha uma mancha de sangue nos lençóis brancos, assustado ele se lembrou de tomar alguma coisa que Sophie (ele finalmente lembrara do nome dela) lhe oferecera e ficar tonto, lembrou-se também que ele havia sonhado com Lince, as peças se encaixaram e Sirius arregalou os olhos enquanto balançava a cabeça em negação, tentando se convencer de que não tinha feito aquilo, ele não tinha traído Lince.
- Como pôde fazer isso? – perguntou Sirius à Sophie num fio de voz.
Sophie se encolheu na cama, se sentindo péssima ao observar o quanto Sirius ficara destruído ao perceber o que tinha acontecido. Sem se importar se Sophie estava olhando ou não, Sirius se levantou deixando a colcha cair, e pegou suas roupas as vestindo o mais rapidamente possível, sem olhar para trás ele saiu do quarto pensando em como explicaria para os amigos o acontecido, apesar de se sentir egoísta com o pensamento, Sirius se sentiu aliviado por Harry estar desaparecido, não teria coragem de olhar nos olhos do afilhado, não depois do que fizera.
No quarto Sophie chorava, dando-se conta pela primeira vez em toda sua vida, do quanto era irresponsável e mimada, mas já era tarde para isso, e ela sabia disso, o estrago estava feito, e tudo que lhe restava era enfrentar os resultados de cabeça erguida.
Mat: esse capítulo foi muito difícil de escrever, acho que você que me acompanha desde a época da Relíquia, sabe o quanto eu amo o casal Sirius e Lince, e esse capítulo vai balançar bastante o relacionamento deles...
Laurenita eu ia fazer o Sirius ficar meio revoltado com essa idéia, mas depois eu pensei melhor, não seria muito Sirius ficar com raiva de quererem procurar o afilhado dele que perdeu a memória primeiro, Sirius sabe o quanto a Lince é forte e o quanto ela ficaria irritada se ele não permitisse que fossem em busca do Harry primeiro, bem, pelo menos essa foi a reação que eu achei mais próxima do Sirius. Espero que goste do capítulo, beijo.
Gian: a vida do Sexteto vai piorar mais um pouquinho daqui para frente, eu sou muito má não é?
Nita: espero que você não queira me matar depois do que eu fiz com a Lince e o Sirius... obrigada por comentar e agradeça a sua irmã por ela estar lendo a fic, beijos.
Gente, eu ando com o tempo muito corrido, então vamos fazer o seguinte, para que eu não fique me desculpando o tempo todo por atrasar a fic, a partir de agora os dias de postagem serão segunda ou terça, eu postarei um capítulo a cada semana, sendo que no máximo terça ele estará on, ok? Beijo a todos.
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