Capitulo XII
Gina voltou para casa confusa e dominada pelo ardor dos beijos de Potter. Não conseguia entender o que levava um homem como ele a fazer tanta questão de beijá-la. E de repente!
Mas fosse o que fosse que o tivesse impelido a segui-la até o carro, era preciso admitir que fora a noite mais doce de sua vida.. No entanto sabia que, se ele não tivesse exagerado na bebida, nada teria acontecido. Talvez, na segunda-feira, o médico já tivesse se convencido disso.
Gina percebeu que estava mais apaixonada do que nunca, e mais sozinha do que nunca. E provavelmente
Agora se distanciaria ainda mais; perdera a cabeça e não iria querer lembra-se a todo o instante da própria fraqueza.
No fim de semana, ela trabalhou em dobro porque o Dr.Potter deixara uma mensagem na secretária eletrônica da clínica avisando que estaria fora, e que a Dra. Weasley, atenderia a todos os casos de emergência.
Ele deveria te-la consultado antes, pensou, com raiva, ou informando que estaria ausente. Mas talvez estivesse contrariado. Talvez preferisse esquecer o episódio do estacionamento.
Foi visitar seus pacientes e os dele, sem deixar de notar os olhares que recebia ao passar pelos corredores do hospital.
Provavelmente quem os vira aos beijos devia julgar que estavam tendo um caso.
No domingo à noite encontrou-se com Dino no hospital.
- Como vão as coisas?- indagou ele com um sorriso travesso. - Eu soube que perdi um beijo cinematográfico na festa de Natal.
Gina sentiu o rosto arder.
- Que exagero. De acordo com a tradição, costumam-se trocar beijos no Natal.
- De acordo com o que ouvi, o beijo de vocês nada teve a ver com tradição e muito menos com Natal. Me disseram que foi tão explosivo que, não satisfeito, Potter a seguiu até o carro e quase fez amor com você lá mesmo- zombou Dino.
- Quem lhe disse isso?
- Tente adivinhar.
- Nickie?
- E quem mais poderia ser?- disse ele, confirmando o pior de seus pesadelos - Parece que ela presenciou a cena toda, e, como está louca por Potter, julgou que, se espalhasse a fofoca, ele se aborreceria e se afastaria de você.
- Ele será colocado a par da situação assim que pisar no hospital-Observou ela, desanimada - O que posso fazer?
- Creio que nada, infelizmente. Minha amiga, você esta de mãos atadas.
Os olhos de Gina se estreitaram à fita-lo.
- Isso é o que você pensa - respondeu. Depois girou nos calcanhares e o deixou.
Encontrou Nickie fazendo curativo numa das pacientes recém operadas. Ficou no corredor, à espera que terminasse. Pouco depois a enfermeira aproximou-se, com a apreensão estampada nos olhos verdes.
- Quer falar comigo, doutora?
- Sim, quero. Gina não sorriu - Eu soube que você andou fazendo certos comentários envolvendo a mim e ao Dr. Potter, e vim lhe dar um aviso. Pare com isso, se tem amor a seu emprego.
O rosto de Nickie ficou vermelho como um pimentão.
- Eu estava brincando!
Gina a fitou sem a menor emoção.
- Só que eu não gostei da brincadeira, e estou certa de que o Dr Potter também não vai gostar e saber o que andam dizendo sobre ele.
- Desculpe, doutora. Fiquei com ciúme. Nickie choramingou. –Sou louca por ele.
- Não tão louca. Caso contrário não o colocaria numa situação tão embaraçosa.
- Fiquei fora de mim quando o vi beijá-la. Ele não me deu se quer um beijo de boa noite e a você beijou daquela maneira. E isso porque todos sabem que a detesta!
- Tente se lembrar de quanto ele bebeu - disse Gina, calma. - Só um tolo daria importância a um beijo dados nessas condições.
- Tem razão ...-Falou Nickie, não muito convencida - Lamento muito , e, por favor não conte nada a ele.
- Dessa vez prometo não dizer, mas tem que jurar que isso não tornará a acontecer.
- Obrigada, doutora. Prometo que não direi mais uma só palavra!
- Nickie sorriu de modo brilhante e se afastou pelo corredor, jovial e otimista. Observando-a Gina sentiu-se uma centenária.
Na manhã seguinte, segunda-feira, ela entrou na sua sala, na clínica, e deparou com Potter, que a fitava com glaciais olhos verdes.
- O que foi agora?- indagou, antes que ele pudesse dizer alguma coisa. Largou a bolsa sobre a mesa, pronta para a batalha.
- Então não sabe?
Gina cruzou os braços diante do peito e fitou-o,recostada à mesa.
- Está se referindo aos comentários que fervilham no hospital ?
- Foi você ?
- Claro! – reagiu ,furiosa - Mal pude esperar para poder contar a todos que você me seguiu até o carro, me forçou a entrar nele e ainda me atacou!
Brenda , que surgira à porta,viu-se alvo de dois pares de olhos furiosos, girou nos calcanhares e afastou-se depressa.
- Será que você poderia falar mais baixo?
- Assim que você parar de me fazer essas acusações ridículas!
Potter a fitou friamente e ela sustentou o olhar.
- Eu estava bêbado!
- Isso! Anuncie aos quatro cantos do mundo! Os pacientes na sala de espera devem estar se deliciando!
O médico fechou a porta e em seguida recostou-se nela.
- Quem foi o fofoqueiro?
- Como posso saber? Detesto fofocas.
- Nem mesmo quando elas me colocam contra a parede e me forçam a tomar uma atitude? Todos agora julgam que temos um caso.
- Devem ter enlouquecido. Prefiro morrer a Ter algo com você.
Potter não respondeu de imediato. Moveu-se na direção dela. Neste instante uma campainha tocou, na mesa e Gina pressionou um botão.
- Sim, Brenda?
- E quanto aos pacientes? Vão atender ou não?
Continua...
Um feliz Natal a todos! xD
Hannah B. Cintra: Obrigado. Bota noite agitada nisso... ;DD Agente se vê por aki! x))
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!