Capitulo XVIII




As palavras invadiram a mente de Gina como um furacão . Ela ficou parada, fitando-o, sem nada dizer. Era dezembro, o dia estava lindo e o sol brilhando lá fora. Os enfeites de Natal cintilavam por toda parte.
- Ei, você me ouviu?
- É uma piada? Se for, não achei graça.
Potter se levantou, e antes que ela pudesse evitar, enlaçou-a pela cintura. Em seguida deslizou as mãos pelas suas costas,e puxou-a contra o peito. Ficou tão perto que Gina pôde sentir-lhe o calor.
- Quer parar de fingir? Sei que você me quer e esse é o verdadeiro motivo que a levou a demitir-se.
- O quê? - Gina gelou. Não ousou mover-se.
- Não precisa ter medo. Fingir que lhe sou indiferente não a levará a lugar nenhum.
- É assim tão óbvio. – sussurrou ela, o orgulho no chão.
- Tenha calma, porque tudo dará certo. -ele sorriu- Conseguiremos lidar com isso.
- Não precisa lidar com nada. Eu vou....
Ele a interrompeu com um abraço apertado. Gina o encarou. Notou que CPotter não sorria mais, mas viu que seus olhos revelaram um brilho indisfarçável de desejo. Pressentiu perigo e tentou se afastar, mas ele a segurou, fazendo com que as coxas se encaixassem e os seios fossem comprimidos contra o tórax musculoso.
Começou então a beijá-la no nariz, nas maças do rosto, nas têmporas. Beijos leves, lentos. Uma vez que ela já estava presa, não havia necessidade de pressa.
- Potter....
Gina ainda tentava protestar, sentindo a boca seca. Ele inclinou a cabeça, mergulhando a língua por entre os lábios semi abertos. Estava ávido de desejo, assim como ela. Gina enlaçou-lhe o pescoço. Podia ver estrelas faiscando, mesmo de olhos fechados.
Tudo aconteceu depressa demais. No momento seguinte , deitados no chão da cozinha, eles se beijavam com ardor, as pernas sensualmente entrelaçadas. Potter acariciava-lhe as costas possessivamente. Gina sentiu os seios inchados e doloridos de desejo. Ele beijo-lhe o pescoço, ateando fogo às partes mais sensíveis do seu corpo.
Ela nunca estivera com um homem. Jamais alguém a atraíra tanto a ponto de fazer com que se esquecesse do tempo e do espaço. Uma pontada de irritação , e a sensação de que agia como uma tola, começaram a atormentá-la. Potter era atraente demais, tentador demais, perigoso demais para a paz de espírito de uma mulher. Por que se submetia a isso?
- Eu seria capaz de fazer amor com você aqui mesmo, no chão.- disse ele, num tom rouco. - Ainda pensa em ir embora?
Sentiu-a estremecer, mas continuou apenas a roçar-lhe os lábios. Não ia forçá-la a nada, Gina precisava entender que, entre um homem e uma mulher, tudo deve ser compartilhado com amor e respeito.
Ela sentia a cabeça girar. Aquilo parecia tão irreal.... Potter fizera tudo, menos seduzi-la, e mantinha a mão em seu seio enquanto olhava para seu corpo, analisando atentamente cada pedacinho. Gina sabia que deviam parar antes que fosse tarde, mas não conseguia repelir aquele homem cuja boca era tão deliciosa e sensual.
Por fim, encontrou forças para isso. Desvencilhou-se ,levantou-se e amarrou o roupão, embaraçada. Por que se permitira ser tocada de modo tão íntimo.
Potter também se recompôs. Depois sentou-se e cruzou as pernas.
- Você parece ofendida. - brincou – Sabe que gosto de vê-la corar.
- Quer fazer o favor de ir embora? - pediu ela, secamente.
- Não, não vou .Tenho uma idéia melhor. Vamos cavalgar.
- Não vou a lugar nenhum com você.
- Prefere ficar aqui e ir para cama comigo ? Nada me daria mais prazer, mas infelizmente deixei dois cavalos selados no estábulo.
Gina apertou a gola do roupão contra o pescoço.
- Dr. Potter....
- Harry - ele lembrou. Tinha os olhos ardentes e possessivos.- Vá se vestir. Ainda estou excitado e isso pode ser perigoso.
- Lamento, mas não posso ir. Tenho coisas a providenciar.
- Escolha: cavalgar ou.....- provocou ele, indo em sua direção .
Gina fuzilou-o com o olhar antes de voltar-se e deixá-lo.
Vestiu uma calça velha jeans, camiseta e botas ,com a mente a mil. Não conseguia acreditar no que acabara de acontecer. E aquela conversa sobre fingir que estavam comprometidos? Ela devia ter enlouquecido! Sim, era isso. Estava tão tensa que começava a imaginar coisas. O episódio não passara de alucinação!
Retornou à cozinha constrangida como nunca, e reparou que ele, muito à vontade, agia como se nada houvesse acontecido. Devia procurar fazer o mesmo.
- Pronta para cavalgar?
Gina sorriu.
- Só espero não decepcionar. Há muito tempo que não me aproximo de um cavalo.
- Não se preocupe. Tomarei conta de você.
Abriu a porta e saíram. Pouco depois dirigiam-se ao rancho.



Continuaa!

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