Five



Cap. Five - Fighting & Runnin'Acordei naquele dia me sentindo maravilhosamente bem. E logo me senti cansada, a sensação de bem-estar se esvaindo quase que por completo, dando lugar a uma exaustão que me dominou. - Bom dia, dorminhoca – Certo, ele é doido. Está vindo da porta, com um lençol enrolado na cintura, com uma bandeja de café da manhã nas mãos. - Já disse que você não deve ficar fazendo isso. – Eu disse olhando para a bandeja farta, quando ele se sentou na minha frente para comer também. - O que? – Ele mordeu uma torrada com geléia de pêssego, e eu passei manteiga em uma outra. - Me mimar. Amos não faz isso, eu que tenho que fazer isso para ele – Eu disse mordendo a torrada, e ele me olhou. - Eu ensino ele, então. Foi a melhor coisa que eu aprendi com o meu pai. Esse respeito, e essa vontade de mimar mulheres. Mas não qualquer mulher, claro – Ele se corrigiu ao ver meu olhar sério. - Sim, mas você tem berço pra isso. Foi criado e ensinado assim, e sua vida sempre foi confortável, você sempre teve a oportunidade de mimar mulheres com criatividade, mas usando seu dinheiro. Amos teve uma criação meio jogada, e nunca teve muito dinheiro, não tanto quanto você – Defendi-o prontamente. - Tem razão. Mas talvez, se eu der um toque nele, ele te mime vez ou outra, com algo que não custe nada. Uma massagem, talvez, ou um desses cafés da manhã na cama, que se ele preparar saem baratos – Ele me disse e eu suspirei. Coisa maluca discutir isso justo com ele. - Pode sugerir algo pra eu fazer para ele também, talvez? – Eu disse colocando a bandeja no chão, e ele me olhou confuso – Ou me mostrar como fazer, talvez? – Então ele me olhou malicioso e eu sorri. Ele entendeu onde eu quero chegar. - Alguma massagem especial, talvez? – Eu continuei e me pus atrás dele, com as mãos nos ombros largos, tocando-o suavemente. Vi-o se arrepiar. – Em algum lugar diferente? – Sussurrei no ouvido dele e ele se arrepiou novamente, e eu vi que havia algo querendo atenção por baixo dos lençóis. Fiz com que ele se deitasse de bruços com cuidado, e então tirei o lençol da cintura dele. E comecei a percorrer o corpo dele de leve, a partir da nuca, com apenas um dedo. Estava curiosa, nunca tentei algo como isso, mas ele não pareceu desgostar. Então continuei, delineando cada músculo, cada curva, cada linha, tudo o que eu alcancei. - Você é lindo, sabia? – Sussurrei no ouvido dele, beijando o pescoço logo depois. Ele riu. - Sabia sim. Me dizem isso pelo menos uma vez por dia – E então eu ri também, beliscando ele. - Certo então, Sr. Gostosão – Eu disse me sentando ao lado dele, e então me deitei de lado, apoiando a cabeça na mão, meio que me oferecendo. – O que fará comigo agora? O rosto dele se virou para mim e me olhou de cima a baixo. Senti um calor gostoso se espalhar por todo o meu corpo. - Pedir pra você fazer massagem em mim – Ele disse com voz de sono, como se tivesse quase cochilado enquanto eu o tocava. Fiquei brava. - O que? Você ai dormir? – Ele fez que sim, com os olhos pesados, e eu suspirei. - Okay então... – Eu falei e me sentei sobre o quadril dele, ainda de bruços, uma perna de cada lado do corpo dele, e comecei a massageá-lo nas costas. Alguns minutos depois ele gemeu, incomodado. - O que foi? – Perguntei, sem entender. Eu tava machucando ele ou algo assim? - Se você mover mais um pouquinho esse quadril sobre mim eu juro que você vai conseguir o que quer – Certo, foi aí que a minha inocência desapareceu e eu entendi que estava sentada sobre o traseiro dele. E, como traseiro é pele, ele sentia o meu corpo quando eu me mexia pra alcançar as costas dele. Sorri. - Vou mesmo? – Me movi mais um pouco, sussurrando isso no ouvido dele após me abaixar e roçar meus seios nas costas dele. Ele se retesou e fechou os punhos. Então, de repente, ele se virou e me fez cair na cama, se pondo por cima e me penetrando rapidamente. Gemi e me arqueei quando ele investiu quase violentamente contra o meu corpo, e depois voltou a fazer devagar. Revirei os olhos, sem controle. Suei frio e senti um intenso calafrio subir pela minha espinha, enquanto ele alternava entre velocidades e intensidades de movimentos, meio que brincando comigo, tentando ver o quanto eu agüento. E eu digo, não é muito, não com ele. Assim que ambos chegamos ao ápice ele saiu de cima da mim e me abraçou, me mantendo apoiada em seu peito enquanto acariciava meus cabelos. - Sabe, por alguns momentos eu me pego duvidando que esse plano de enjoarmos um do outro vá dar certo – Confessei-lhe, e ele deu um longo suspiro. - Eu sei, mas voltar como agente estava definitivamente não é uma opção – Ele disse e eu suspirei profundamente. Droga. Não queria pensar naquilo. Não agora. - Mas ela é minha noiva e eu vou entrar lá! SAI DA MINHA FRENTE! – Ouvimos alguém gritar lá fora e de repente a porta do quarto começou a receber batidas que só poderiam indicar uma coisa. A porta do quarto estava sendo arrombada. - LÍLIAN! LÍLIAN EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ AÍ! ABRA ESSA PORTA AGORA! – Reconheci a voz de Amos e olhei para Tiago, no mínimo desesperada, apreensiva. Apreensiva do que ele poderia tentar fazer, do que aconteceria se ele me visse daquele jeito. E com medo de ele terminar tudo comigo. Acabar aquele noivado, acabar com o nosso relacionamento assim. - Ah meu Merlin – Foi tudo o que consegui dizer enquanto as batidas na porta continuavam. E então, com tanta adrenalina correndo no meu corpo assim, tudo ficou preto e eu apaguei. _____________________________________________________________________________________ Acordei grogue. Bem grogue. Abri os olhos e vi um teto branco que eu não conhecia. Senti que era coberta por um tecido áspero e o cheiro de álcool e desinfetante inundavam o ar á minha volta, assim como vozes ao longe. Comecei a respirar irregularmente quando vi que Amos e Tiago estavam sentados lado a lado, e vi também um homem de branco fechar a maleta dele. Fechei os olhos novamente para ouvir o que eles falavam: - Agora sim é possível afirmar. Ela está grávida de duas semanas. E por causa do esforço ela acabou desmaiando, e pelo jeito há algum bloqueio mental impedindo-a de acordar. Provavelmente ela não quer ver a realidade, e só acordará quando achar que está pronta – O homem de branco falou e os dois suspiraram. – Isso eu presumo pelo que vocês me explicaram e pela briga que aconteceu na semana passada aqui no hospital – O tom do senhor passou rapidamente para reprovação. - E isso será em quanto tempo? – Ouvi a voz impaciente de Amos perguntar e Tiago resmungar um “idiota” por entre os dentes. O doutor suspirou. - Como eu já disse anteriormente, não há como saber. A cabeça dela está num estado de confusão e pânico tão grande que ela talvez até sofra uma amnésia – Agora foi a vez de Amos resmungar. - Ela não pode sofrer amnésia agora. Nosso casamento já está marcado para daqui a duas semanas, e os convites já foram todos enviados – Amos se sentou na cadeira e passou as mãos no rosto em um gesto de impaciência. - Como é que você pode ser tão egoísta? Ela está simplesmente numa cama de hospital fazem duas semanas e você não ta nem aí! Só liga pra porcaria do seu estúpido casamento – Tiago explodiu, ainda assim mantendo a voz baixa. Ouvi o ruído de cadeiras sendo arrastadas. - Olá? – Entendi que aquela era a hora de interferir. Não queria vê-los brigando, ao que parece, pela segunda vez. Os dois vieram praticamente correndo até a maca que eu estava, tirando os biombos da frente. E ao me verem acordada, a face de Tiago se iluminou em alívio, e Amos somente sorriu levemente, parecendo aliviado também. Mas não muito. - Pelo amor de Merlin Lily você acordou! Está se sentindo bem? Lembra de tudo? Está com dor de cabeça? – Eu vi o nervosismo estampado na cara dele, os olhos iluminados. Eu sorri. - Está tudo bem Potter, relaxe – Eu disse sorrindo e me virei imediatamente para Amos, que estava de costas para a cama. - Amos? – Chamei-o, e ele se voltou com um leve sorriso nos lábios. - Finalmente acordou hein? Achei que iria dormir até o nosso casamento! O que os convidados iriam pensar se vissem a minha noiva pálida por ficar um mês de cama? – Eu broxei. Tipo que essas foram as primeiras palavras do meu noivo pra mim assim que eu acordei do que eu penso serem duas semanas de uma espécie de coma. Eu pensei que ele ia estar empolgado e nervoso. Bem mais do que o Potter estava, afinal, o Potter é um nada na minha vida. Um nada pelo qual eu sinto atração física, claro, mas é um nada. Nada. - Você só ta preocupado com isso? Com o casamento? – Eu perguntei sem rodeios pela primeira vez para Amos. Eu nunca fiz algo assim, não com ele. Senti o olhar intenso de Tiago sobre mim. Amos perdeu a fala. - Claro que não amor! Que idéia! Eu estava aqui preocupadíssimo com você! Quando a vi caída naquela cama, com o Potter saindo do banheiro com a toalha na cintura correndo para te acudir, quase fiquei louco! Ele disse que você tinha acabado de sair do banho e ele mesmo tinha ido tomar o seu, mas você gritou. O que aconteceu? – A voz de Amos, eu o conhecia, podia sentir, era a coisa mais falsa do mundo. A frase na qual ele repetiu a história do Potter era verdadeira, mas a pergunta era cínica. Sentia a raiva me consumir por dentro. - Eu não me lembro mais. – Eu lancei um olhar discreto, mas significativo ao Potter, que me lançou o mesmo. Ótima história a dele. Perfeita. Aliás, estava até perfeita demais. Como se ele já tivesse pensado nisso antes. Mas eu ignorei isso. -Oh, a Srta. acordou. Já fez todos os exames, pelo que consta na sua ficha, então acho que pode ir pra casa já – O médico chegou com a minha ficha na mão e falou com um sorriso amigável. Na real deu vontade de apertar as bochechas dele. Sei lá. Então ele me deu algumas recomendações e saiu dali. Quando eu tentei me sentar, tudo ok. O problema foi pra ficar de pé. Eu teria caído aos pés do Amos se o Tiago não tivesse me segurado. Claro, isso é porque o meu noivo nunca foi apanhador, OK? Não ousem dizer que ele tem culpa de algo. -Eu te levo – O Potter falou e eu vi a cara do Amos, as sobrancelhas franzidas. Eu não queria que fosse assim também, mas ele não pode me carregar no colo, então concordou. Fui levada ao banheiro e troquei de roupa, e então voltamos ao hotel, onde Amos se despediu de mim com um beijo mínimo. Ele parecia com bastante vontade de voltar para o hotel dele, até demais. Mas eu assenti quando ele disse que me amava e retribuí o abraço, repetindo as palavras dele. Voltei para o quarto e lá estava o Potter, deitado na cama com uma bermuda branca, mordendo uma maçã verde. Fiquei séria automaticamente. -Que foi? – Eu perguntei quando reconheci o sorriso na cara dele. Um sorriso cínico. -Ele ta te traindo. Você sabe disso, não sabe? – Sim, eu sabia. Acho que a mulher sempre sabe. -Não importa, eu também estou. – Eu disse e ele sentou-se na borda da cama. -Mas você sabe que não fará isso enquanto estiver casada. Você está o traindo justamente para não fazê-lo depois. Para acabar com isso logo e nunca mais fazer. Agora, você pode garantir que ele não o fará mesmo casado com você? – Ele me perguntou e eu estanquei. Era verdade. Eu sempre tive essa atração pelo Potter e agora estava fazendo aquilo para me livrar dela. Mas e quanto á Amos...? -Ele não fará mais isso. Ele me ama, isso pra ele deve ser como uma despedida de solteiro. E você não devia estar se metendo na minha vida - Eu declarei indo tomar um banho. Mas ele não me deixou trancar a porta, então eu comecei a ignorá-lo, me despindo. -Você não sabe se isso vai acontecer. Lily, eu me meto porque não sei se agüentaria ver você sofrendo por outro cara de novo. Eu fui estúpido e te fiz sofrer, mas eu não quero deixar isso acontecer de novo, não quero mais te ver chorar – Ele falou isso e eu entrei no Box, ligando o chuveiro, as lágrimas descendo pelo meu rosto, se confundindo com as gotas de água do chuveiro. -Você não sabe o que foi pra mim assistir você sofrer todo o tempo que agente se separou por aquela maldita briga idiota. Você chorava toda a noite, Lily, e eu ficava com você, mesmo que você não visse. E não por que esse maldito colar me dizia que você estava com problemas, mas sim porque eu senti isso com você. Eu não sei por que, eu sabia seus pensamentos, suas vontades. Eu senti tudo. Então, por favor, eu não quero sentir isso de novo, e aposto que você também não. Se cuide – Ele disse e saiu do banheiro, já cheio de vapor. Eu finalmente caí sentada na banheira, chorando mais do que pensei ser possível ao me lembrar da pior época da minha vida. Que foi causada por uma briga sem sentido e meu orgulho sem limites. Eu sou uma burra mesmo. _____________________________________________________________________________________ -Lily? Lily Eu to descendo pra comer alguma coisa, quer que eu te traga algo? – Ele perguntou batendo na porta do banheiro, meia hora depois de eu ter entrado. -Não. Me espera, em cinco minutos eu to pronta – Eu disse e saí da banheira, começando a me secar com a toalha. E quando percebi tinha mais duas mãos esfregando o tecido na minha pele, só que de um jeito muito... Provocante. -Que é? Só to ajudando! – A cara de inocente do Potter não podia conter mais malícia. Eu só pude rir. Fui pro quarto me vestir e ele pôs uma música... Sexy pra tocar no som. -Sério Potter, qualé? Só dá pra fazer isso que você quer tirando a roupa – Eu brinquei com as mãos na cintura e a toalha enrolada no corpo. Ele se aproximou de mim com os olhos famintos e eu senti o rebuliço no meu corpo. Era a corça esperando para ser pega pelo leão. -Então tire – Ele sussurrou no meu ouvido retirando delicadamente a toalha do meu corpo. Isso foi o suficiente pra eu ficar pronta pra ele, que imediatamente despiu a bermuda (que eu descobri ser a única peça de roupa que ele usava) e entrou em mim. Fomos comer, ah fomos. Mas muito, muito mais tarde. _____________________________________________________________________________________ A semana decorreu normalmente, sem mais surpresas. O Potter começou a ser mais atencioso que era antes (isso que eu não achava que posse possível). Fizemos trilhas, tomamos sorvete, compramos mais roupas (para o horror dele) e fizemos amor. Aquela semana foi mágica, assim como prometera o folheto de propaganda do hotel. E, de um jeito ou de outro, eu continuava acreditando que a partir dessa semana a minha atração física pelo Potter desvaneceria. Eu realmente esperava aquilo, e até construí uma rotina pra nós. Fazíamos amor no chuveiro de manhã, sempre na mesma posição. Depois do almoço íamos ao povoado passear, voltávamos ao hotel e cada um ia fazer suas coisas, ou jogávamos um jogo, víamos um filme. Depois disso íamos caminhar na praia, voltávamos, tomávamos banho e nos arrumávamos para o jantar. Depois do jantar fazíamos amor na cama mesmo, e eu limitei as nossas posições para papai e mamãe, a única opção que teríamos era quem ficaria por cima. Infelizmente nada disso adiantou. Por mais que fizéssemos tudo aquilo com o objetivo de tornar tudo enfadonho, continuava mágico. E eu continuava sentindo calafrios ao vê-lo fazer algum movimento mais sensual, mesmo que inconsciente. Eu continuava a sentir arrepios com a boca dele perto do meu pescoço, mesmo que casualmente. Eu continuava desejando-o o tempo inteiro. Continuava desejando acordá-lo no meio da noite passando as unhas levemente por seu torso nu, continuava adorando ouvir seus gemidos quando roçava os lábios em seu pescoço. E, mesmo que tentasse ignorar, eu tinha que ser honesta comigo mesma em um ponto: Eu comecei a sentir uma coisa que não sentia faz anos. Sentia aquela pontada no peito quando observava-o dormir, a face tranqüila. Meu coração recomeçou a pular batidas quando ele sorria. Como quando éramos adolescentes minha mente insistiu em me lembrar. Foi aí que eu me vi aliviada enquanto arrumava as malas para ir embora. Nesse dia eu tentei evitá-lo, e pelo jeito ele aceitou bem isso, porque não insistiu pra falar comigo. Quando eu cheguei ao aeroporto Tiago me puxou para o banheiro feminino. -Tiago, Amos deve estar me esperando em algum lugar, ele... – Eu percebi que ele me olhava, e retribuí o olhar. Sem conseguir resistir muito mais o beijei, e ele retribuiu de imediato. Percebi que os colares brilhavam quando abri meus olhos. Era um brilho forte, que nos puxava um contra o outro, como se o colar não quisesse que nos separássemos. -Nós temos que ir – Eu disse e o brilho imediatamente parou. Mas os colares voltaram a brilhar quando ele me beijou de novo, e dessa vez eu não precisei do aviso dos olhos dele. O beijo já dizia tudo; “não vá”. -Tiago, nós temos que ir. – Eu repeti, mas dessa vez os pingentes continuaram a brilhar. E eu não sei por que, mas eu não quis ir embora. Eu tinha que ir. Eu amo Amos. E tudo o que eu sinto pelo Potter é a maldita atração física. E atração física não mantém relacionamento. Foi por isso que terminamos, eu acho. Deve ter sido. Nenhum de nós lembra, então deve ter sido algo insignificante quanto isso. E se terminamos por algo insignificante, então não era pra ficarmos juntos de qualquer modo. Nos soltamos e eu joguei uma água no rosto, saindo do banheiro e deixando ele pra trás. Assim que Amos me viu ele deu um sorriso e me abraçou, me girando no ar. Eu quis sentir as borboletas no estômago, mas não consegui. Eu quis me sentir apaixonada por Amos, mas não consegui. Eu o amava com certeza, mas a paixão se fora á muito tempo. Mas o que restou era forte o suficiente pra me manter com ele, e dizem que isso é amor. Por isso eu estou casando com ele. Quando chegamos em casa Amos nem ao menos carregou a bagagem para mim. Sempre me disseram que isso acontecia até a lua de mel, mas bem, pelo jeito agente adiantou as coisas um pouco. Desfiz minha mala vendo tudo o que eu tinha comprado lá, me lembrando com certa nostalgia das tardes que eu passei na praia com o Potter. E ao tirar algumas blusas me deparei com um lírio rosa embrulhado com um lenço branco sob as minhas roupas da mala. Peguei-o e um bilhete escorregou para debaixo da cama. Peguei-o e vi a letra apertada do Potter, começando a ler: ”Lily, Eu acho que eu não preciso dizer, mas agradeço imensamente á essa cilada que fez as nossas vidas voltarem a se cruzar. E também acho que não posso dizer que sinto muito remorso por causa do seu noivo – Mas a minha opinião sobre ele não conta, eu acho. Eu só estou escrevendo pra dizer com palavras o que deixamos subentendido na viagem. Eu te amo, Lily, e acho que sempre vou amar. Se você estiver com problemas, se estiver triste, sozinha, se quiser alguém para passar o tempo com você, pense em mim e eu estarei aí ao seu lado, como prometi á tantos anos atrás. Eu jamais vou te esquecer, provavelmente vou te amar até meu fim, mesmo que o sentimento se esvaeça lentamente, nunca vai acabar. Queria que você ficasse sabendo disso, e queria também que soubesse que só quero te ver feliz, seja com quem for. E que espero sinceramente que Amos seja o homem para você, e que ele a faça feliz. Desejo isso do fundo do meu coração, Lily. Com amor, James”. Eu corri para o banheiro e liguei o chuveiro para que Amos não ouvisse nada, sentando na pia com as lágrimas transbordando pelos olhos. E então me joguei debaixo da água e fiquei lá até conseguir me recompor, dando um beijo em Amos quando ele foi embora e indo dormir logo. Pra tentar esquecer o que eu não queria ter lembrado nunca. Nunca. _____________________________________________________________________________________ Photobucket Mais um cap here. A carta do James não foi absolutamente apaixonante? Nom entendo como a Lily pode ser tão obtusa Ò.Ó sério msm manow. Bom, acho que ela quer segurança né? Apesar de que o Amitos não tá mais na posição de oferecer isso pra ela... Anyway, agora só esperando pelo próximo cap - no qual provavelmente ela vai se casar. Como assim? Ora bolas, esperem! Presente de natal, baby's. Atrasado ou adiantado, ou no dia mesmo, eu não sei. Mas que vai ser, ah vai. Beijocas com gosto de pão de mel, Doods xD - 20/12/2008

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