Loiros x Ruivos
Os Potter apareceram quase do nada na frente da casa dos Scamander, naquela noite quente, em Londres. Lilly espreguiçou-se, e olhou para frente, notando Lysander. Fechou a cara, não querendo bater de frente com o garoto. Apesar de adorar o resto da família dele (Menos Rolf, achava-o um intrometido) ela sempre fazia cara feia, por ver aquele garoto, que era simplesmente igual a seu irmão, pela lógica de serem gêmeos, diferenciado pelos seus comportamentos. Seus pais seguiram na frente, primeiro seu pai, chegando perto de Lysander, que agora já estava de pé para se fingir de bom rapaz e cumprimentar a visita. Lilly apenas assistia aquilo como uma novela. Al estava ao seu lado e ela simplesmente deitou sua cabeça ao ombro do irmão, esperando que aquela cena chata, logo passasse.
- Olá Lysander. – Harry falou, dando a mão para o menor apertar, o que ele fez, dando um sorriso falso, na opinião de Lilly.
- Olá, senhor Potter.
- Só não dou um soco nesse menino...
- O que, Lilly? O que você disse? – Al perguntou a irmã. Ela o olhou assustada e sorriu.
- Nada, ahn. Esquece.
- Olá, querido. – Ginny chegou perto dele, o abraçando, o que ele também fez ainda sorrindo. Mas logo que os maiores sumiram, adentrando a casa dos Scamander, ele fechou a cara para Lilly, Albus Severus e James Sirius. Mas ao contrário de todos, Lilly sorriu.
James olhou para Lysander com a sobrancelha arqueada como se perguntasse realmente se teria que ficar ali por mais algum tempo, e Albus puxou Lilly mais para perto, fazendo-a reclamar.
- Quer saber? Fui!
E assim James entrou na casa, para cumprimentar o resto da família. Nem pensou mais na irmã que estava fora de casa, com aquele sujeito que ele tanto odiava. Al puxou a irmã para mais perto, segurando-a pelo ombro e ela tirou aquele apoio de si, chegando perto do loiro e sorrindo.
- Não. Eu vou cumprimentar nosso amigo, Al. Não sou tão mal-educada. – Albus simplesmente entrou na casa, revirando os olhos e aborrecido com a irmã. Ela teria problemas, quando chegasse em casa, mas no momento, só uma coisa importava.
- Boa noite, Lysander. – Ela disse, chegando mais perto dele e parando a sua frente. – Como se sente com uma visita um tanto... Patética como essa? – Ela sorriu, segurando o riso. – Não, porque tudo para você é patético! – Ela cruzou os braços. – Você não se acha patético? Eu acho! – Não agüentando mais, ela riu.
Ele simplesmente soltou uma gargalhada como resposta à provocação da ruiva, uma risada fria e sem felicidade, apenas provocativa. Olhou-a com desprezo enquanto passava a mão em seu cabelo enquanto seus lábios insistiam em rir falsamente.
- Sabe, eu concordo com você. Eu sou muito patético, então neste caso; somos dois! – O tom de ironia e sarcasmo na voz dele era uma coisa irritante ao olhar de outros, a voz dele soava doce e arrastada a medida que ele voltava a se sentar onde estava anteriormente.
- Ah não Lysander, não mesmo! – Ela riu - O único que ficaria super fofo com um nariz de palhaço aqui, é você... - Gargalhou, olhando para ele, enquanto agora, se encostava na pequena grade ao lado da escadinha. - Ser animador de crianças é seu único futuro, quando um cara como você, que se acha melhor que os outros, simplesmente não é. - Arrumou os cabelos pelo vento forte que agora batia ali, entre eles e voltou a fitar Lysander, não querendo nem saber o que o mesmo pensava, enquanto cruzava seus braços.
– Agora, você é bem ousadinha hein, garota. Pensei que ia fazer igual os seus irmãos; saírem daqui e me pouparem de rir e debochar da cara de vocês. – O fim de suas palavras venenosas foram acompanhadas de um sorriso sarcástico e irônico. Ela apenas sorriu.
- Ousada? Não, eu só não tenho medo da verdade. Eu a digo as pessoas quando quero... - Olhou-o com um sorriso sarcástico, assim como o dele no momento. - Achei esse o momento perfeito, não é mesmo? - Olhou para a casa, onde sues irmãos e pais, cumprimentavam Lorcan, Luna e Rolf, logo voltando a fitar Lysander. - Debochar? Qual é! Você só me fez dar boas risadas, Scamander... - Cutucara a ferida, sabia que ele não gostava de ser chamado assim, sorriu do mesmo modo que ele e ficou olhando-o para saber sua reação.
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