TRANCADOS PRA FORA
Capítulo 8
– Trancados para fora –
O dia da partida para Hogwarts foi tumultuado como sempre. Harry, Rony, Hermione e Gina, além dos Gêmeos e Percy se esbaforiam pela casa toda, carregando malões (que graças à força extra vampira que descobriram possuírem durante o ano anterior, pareciam bem mais leves), animais de estimação e inúmeros utensílios, artefatos, vestes, objetos dispersos, penas e tinta que haviam ficado para fora dos malões.
Faltava muito pouco para que o trem partisse, e ainda não haviam se decidido como irem. Harry não poderia levar todos na sombra a tempo, e não havia lareiras por perto da estação para usar o Pó de Flú. Por fim se enfiaram no Ford Anglia azul-turquesa do Sr. Weasley, o carro voador que resgatara Harry.
O banco traseiro fora magicamente ampliado, e embora fosse exatamente o mesmo visto de fora, por dentro todos os passageiros couberam com folga. Na frente, o casal Weasley discutia sobre a possibilidade de colocar a habilidade de voar para funcionar.
– Eu instalei um botão de invisibilidade – Argumentou o senhor ruivo, mostrando um botão no painel. – Seria muito mais rápido.
Mas a Sra. Weasley fora irredutível. E quando chegaram à estação, só faltava cinco minutos para a partida. Ela deu a mão para Gina e atravessou, seguida de Hermione.
O Sr. Weasley foi-se também, vigiando os gêmeos. Faltava pouco agora. Harry e Rony alinharam os carrinhos com os malões e dispararam em direção à coluna entre as plataformas 9 e 10.
Eles não bateriam, é claro, pois a parede mágica seria atravessada num instante. Eles subiriam no trem, apressados, e estariam voltando para a doce Hogwarts. Um ano calmo, Harry treinando suas sombras e...
O impacto com a parede foi tão forte que foram lançados para trás. A gaiola de Edwiges se abriu e ela saiu, piando indignada. Nas férias, como Percy ganhara uma coruja, Rony ficara com Perebas, o velho rato cinzento do irmão. O dorminhoco ratinho despertou, levantou o focinho meio careca e voltou a dormir.
Rony tocou a parede, enquanto algumas pessoas se aproximavam.
– F-fechado... – Murmurou ele. – Não podemos...
– Tudo bem aí, garotos? – Perguntou um gordo guarda, levemente desconfiado.
– Perdemos o controle dos carrinhos e batemos – Resmungou Harry, fingidamente irritado. – Também, olha o tanto de material que nos fazem carregar.
– Precisamos atravessar – Murmurou o ruivo para ele. – O trem partiu há dois minutos...
– Vamos voltar para o carro. Logo seus pais voltam e podemos pedir ajud...
– O carro! – Riu Rony. – O carro voa! Nós podemos usá-lo para ir até Hogwarts!
Talvez se Harry não tivesse dentro de si um espírito de aventura, desprezo pelas regras e grande maldade parcamente controlada, ele teria dito não. Mas ele não podia negar tal aventura. E por isso, em poucos instantes, usava suas sombras para destrancar as portas e o porta-malas. Encheram o último com os malões, entraram no carro e Rony o ligou, usando uma faísca para dar partida no motor.
O trem seguia embaixo deles, em poucos minutos. Uma cobra vermelha serpenteando entre árvores e vales. Rony havia apertado o botãozinho do painel, e todo o veículo se tornara transparente como vidro, além deles mesmos. Podiam ver um ao outro, assim como o interior do carro, mas sabiam que nada os veriam do lado de fora.
Depois das primeiras horas de vôo, Harry e Rony dividiram um grande pacote de salgadinhos, que estava no porta-luvas. O sal grosso que os cobriam encheu suas bocas de sede, mas nada havia ali para saciá-la.
Edwiges dormia no branco traseiro, dentro de sua gaiola, assim como o novo rato de Rony, Perebas, em sua própria gaiolinha. Os dois amigos fecharam a cara, enquanto seguiam rapidamente, acelerando cada vez mais, e de olho no trem lá embaixo.
– Foi uma péssima idéia – Suspirou o ruivo.
– Tenho que concordar – Resmungou o moreno, mas então deu um pequeno sorriso. – Mas não deixa de ser divertido.
Como que inspirado por uma nova coragem, Rony estufou o peito e riu. Então checaram se o trem estava sendo seguido, e se tudo estava funcionando corretamente.
– Fico imaginando – Sorriu Harry. – Como as pessoas reagiriam ao ver um carro voador.
– Ainda bem que estamos invisíveis.
– Sim, seria terrível se a invisibilidade acabasse.
Contra todas as probabilidades, ou talvez fosse apenas azar duplo dos garotos, a invisibilidade acabou. E o carro morreu.
– BOCA MALDITA! – Rugiu Rony, enquanto dava a partida no motor novamente, chutando e xingando. Harry socou o botão de invisibilidade, e por um longo segundo o carro despencou. Então o motor rugiu alto, e a transparência mágica do Ford Anglia voltou ao normal.
Incrivelmente eles riram, jovens e inconseqüentes de novo. Harry tomou um soco do amigo por sua incrível boca grande, e recuperaram a trilha que seguiam.
As horas passaram sem conversa, apenas alguns comentários se demoraria muito para chegarem, ou como explicariam o ocorrido para Mione e os outros. Decidiram que contariam a verdade: ficaram presos para fora, e tiveram que apanhar o carro. Ficaram invisíveis e voaram até Hogwarts.
Harry achava que as proteções mágicas do castelo não os barrariam, e que tudo daria certo. Foi com esses pensamentos felizes e otimistas que o dia acabou lentamente, e a noite chegou.
Estrelas cercavam o carro e os Vampiros, e a lua cheia se expôs sobre eles. O trem era quase invisível, por isso baixaram sua altitude e começaram a segui-lo com os olhos, morrendo de medo de se perderem.
Faltava muito pouco, e o carro começou a soltar uma fumaça preta do capô azul-turquesa.
– O quê está havendo? – Perguntou Harry, olhos colados no trem vermelho.
– Ele está cansado! Nunca voou por tanto tempo antes e...
– Quem está cansado?
– O carro!
Harry bateu de leve no painel.
– Ele não pode estar cansado, ele é um carro!
– Você vai ferir os sentimentos dele!
– Dele quem?
– DO CARRO!
A discussão se acalorou, mas bruscamente foi interrompida quando o carro despencou vários metros, e se tornou visível de novo. Desta vez não conseguiram consertar isso, e por mais que socassem o botão, nada acontecia. A luz da lua os revelava completamente. Xingando muito alto, subiram até se esconderem nas espessas nuvens. Harry sabia que não poderia enfiar os dois mais o carro numa sombra, seria suicídio. Rony tremia de nervosismo.
O carro despencava a cada metro, as vezes pendendo de um lado. Estalos surgiam por toda a estrutura, que parecia frágil como uma pena.
O motor roncava, afogava e tossia. Uma das portas, a de Harry, abriu repentinamente, e foi uma luta para ser fechada. Harry maldisse a viagem, e o carro morreu pela segunda vez.
Giraram e gritaram pela noite, até que o carro pegou novamente. E tossiu. E morreu. E caiu. E acelerou de novo. E repetiu o processo.
Eles estavam roucos, suados, tremendo e com os nervos à flor da pele. Harry tentava, inutilmente, criar uma pequena passagem de sombras no carro, mas o movimento contínuo o atrapalhava. Fora que a sombra seria muito pequena, e se Rony soltasse o volante, estariam perdidos.
Foi quando o carro deu sua penúltima falhada.
– Fogo! Fogo!
O motor simplesmente explodiu, e um jato de chamas rubras foi cuspido do escapamento. O Ford Anglia foi impulsionado para frente, guinchando e correndo numa velocidade espantosa. Toda a gasolina era consumida pelas chamas de Rony, e seu poder era tremendo.
Algo se aproximava muito rápido, o trem estava fora de vista, e tudo era escuridão, fora do anel de luz que as chamas que fugiam do carro formavam. Os garotos sentiram aquilo chegando, sentiram o medo gelar suas veias.
Então, com um impacto de quebrar os ossos, o carro bateu numa árvore.
Então, com um impacto de quebrar os ossos, a árvore bateu no carro de volta.
E eles souberam que estavam de volta à Hogwarts.
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Postando outro capítulo, pra aproveitar as férias e acabar com a Câmara Secreta V.V. o mais rápido possível.
Este capítulo ficou curto e rápido, mas é porquê não possui muita importância. Até o próximo!
Continuem comentando, e obrigado pelos comentários \o/
:::: Respostas ::::
Obrigado por responder minhas perguntar Andre, vlw mesmo. ^^ E aquela garota sinistra que apareceu nesse capitulo é a Luna certo!? E quando ela disse; “...Ela não foi feita para você. Foi forjada para que outras Trevas a tomem. Não se preocupe com ela, Harry Potter. Pois tentar alcançá-la o fará perder o que lhe é mais importante.” Pelo que eu pude entender é que o Harry ira ter que lutar muito pela Hermione, mas a parte que mais me intrigo foi quando ela disse que ele ira perder o que lhe é mais importante.... Quando eu li esse trecho eu já pensei em duas coisas; A “coisa importante” o qual ela disse refere-se a vida do Harry, e a outra é a Hermione, pois as duas com certeza são de vital importância para o nosso Herói. Espero que você me ajude nessa minha duvida... rsrs’ Até mais. Abraços..
Hohoho. Vamos por partes. Sim, era a Luna Lovegood. Quanto à sua interpretação... praticamente totalmente errada.
É claro que vou te ajudar com essa sua dúvida.
Um dia... Próximo..
Vc ce inspirou nos Filmes Guardioes Do Dia e Guardioes Da Noite ?
Não. Eu sempre quis assistir esses filmes, e pode ter certeza que assim que eu tiver uma grana vou alugá-los. Mas não, não me inspirei nesses filmes pra criar as posições de Guardiões do dia e Guardiões da Noite. Estas duas posições vieram de uma Fic minha, que planejo à algum tempo, e talvez um dia eu possa converter para um Original com persos. próprios. Os nomes pra essa Fic eu simplesmente dividi os "Guardiões" em Noturnos e Diurnos, que depois troquei para "da Noite" e "do Dia". Um dia, talvez, eu publique aqui esta Fic.
Cap ótimo cara !!! Com participação de di-Lua e tudo (foi uma profecia oq ela disse ? ou só um conselho de sabe-se lá quem ? )... Guardiões da Noite huummmm, axo que conheço alguem que quer se candidatar ao cargo
Não foi uma profecia, nem um conselho bizarro. Um dos milhares de pequenos mistérios que povoam V.V. e estão aí pra serem discutidos por vocês é a Luna. Outros são:
- O segundo Lorde Vampiro
- Lilian Evans Potter
- Tiago Ulisses Potter
- O espelho de Ojesed
- A força que puxou Harry na Travessa do Tranco
- Gina
- Marlenne Mackinnon
- Jack Blaze
Entre outros.
Mas saibam que Luna não é como a Sibila, e o quê ela fez é algo que a vidente jamais conseguiria fazer...
Quanto ao cargo de Guardião da Noite... Você daria um cargo de confiança e poder à alguém tão imerso em maldade?
Até o próximo, e tragam mais e mais perguntas! Quem sabe eu não "solto" alguma coisa?
[Uma voz interior diz: Vão sonhando...]
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