A TOCA
Peço que hoje, especialmente, leiam a nota do autor no fim do capítulo, para não ter a desculpa que não foram informados.
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– A Toca –
A primeira coisa que se destacava era a cor. Harry parecia estar dentro de um forno. Tudo, do chão às paredes e o teto, tudo, tudo era laranja. Na verdade, depois de uma análise detalhada, Harry percebeu que todo o quarto de Rony era coberto por pôsteres e fotos dos mesmos sete Vampiros sorridentes, de vestes laranjas e asas abertas.
– Chudley Cannons – Apresentou o garoto ruivo. – Primeiro lugar da segunda divisão, o melhor time de Quadribol do mundo.
Depois que acordou, no primeiro dia em sua estadia no lar da família Weasley, ele descobriu que uma belíssima refeição e a segurança de uma casa tranqüila funcionava melhor que qualquer remédio que Madame Pomfrey, enfermeira de Hogwarts, podia oferecer.
Ele desceu naquela manhã, e encontrou a família rindo e conversando. A Sra. Weasley, bela como uma rainha, dava um sermão raivoso nos gêmeos, Percy lia um livro enquanto comia, Rony empilhava tantas panquecas em seu prato que havia uma séria probabilidade da pilha desabar, Hermione conversava com o Sr. Weasley, um homem ruivo, magro, de aspecto afável e de olhar inteligente, que era poucos anos mais velho que sua mulher. A última figura da mesa era uma ruivinha, que Harry reconheceu como Gina, a irmã caçula da família, um ano mais nova que Rony.
Ele entrou na cozinha, e deu bom dia à todos. Depois de uma rodada de perguntas dos ruivos e Mione, ele conseguiu agradecer sinceramente a ajuda e os cuidados.
– Não precisa agradecer, querido – Respondeu Molly Weasley, por todos – E seja bem-vindo à Toca.
Aquelas palavras o surpreenderam. Descobriu, por fim, que de alguma forma que ele não conseguia atinar porque, todos ali gostavam dele. É claro que Gina tinha um absoluto descontrole perto dele, fugindo ao contato visual, corando por nada e se estabanando à toa. Mas o garoto percebia que o tempo todo, quando ele estava voltado para alguém ou para o próprio prato, ela ficava lhe fitando.
Por fim, os Gêmeos e Rony receberam, como castigo por raptarem o carro voador para salvarem o moreno, “desgnomizar” o jardim. Já Arthur Weasley, por criar um carro voador raptável recebeu a tarefa de arrumar o galpão que ficava perto da casa. Gina e Hermione receberam o tempo livre, assim como Harry, mas o pequeno Vampiro decidiu ajudar o amigo e os gêmeos.
Hermione levou um livro para o jardim e se postou debaixo da árvore, os gêmeos arrastaram-se de má vontade até o lugar, e Rony e Harry vieram conversando. Mas assim que o moreno viu o sol forte que cozinhava a grama levemente alta, deu meia volta e entrou na casa. Poucos minutos depois surgiu vestindo um sobretudo preto, que lhe chegava aos pés. Mesmo estando aberto, aquilo parecia tão quente que todos arfaram.
– Eu coloquei um feitiço refrescante – Resmungou o garoto. – Acreditem em mim, eu vou ficar com mais calor fora disso que dentro.
Dando de ombros, os irmãos mostraram-lhe como realizar a tal desgnomização.
– Primeiro você pega um gnomo – Explicou Jorge. Ele abaixou e agarrou um dos tais gnomos. Era uma criaturazinha de uns trinta centímetros de comprimento, com uma cabeçorra que mais parecia uma batata. Tinha pequenos pezinhos e era completamente pelado. – Então você o gira algumas vez acima da cabeça e solta.
O gnomo girou e foi jogado, voando por cima da cerca e batendo no chão, longe.
– Uns seis metros – Deduziu Fred. – Não foi tão bom assim.
Então ele agarrou um gnomo e repetiu a operação, mas com mais força. O gnomo caiu mais longe.
– Doze metros. – Aproximou Rony. – Aposto que jogo à vinte metros.
– Vinte sicles – Replicou Fred. – Apostado.
Infelizmente Rony errou por pouco, e teve que prometer que pagaria.
Harry logo conseguiu apanhar um, mas levou uma bela mordida no dedo, e o largou. Fred o apanhou enquanto fugia, e o lançou longe.
– Você tem que ser mais esperto que eles – Piscou. – O quê não é tão difícil. Todo mês fazemos isso, e sempre eles percebem a desgnomização, mas ao invés de fugirem querem vir dar uma espiada. Quer dizer, eles deviam já ter aprendido.
E lançou outro.
Harry girou o dele e o soltou. Sorte ou habilidade, o monstrinho voou bem uns quinze metros antes de cair de borco, e ficar quieto. Logo ele se levantou, e cambaleou na direção contrária à casa.
– Você tem que girar bastante, pra que eles fiquem tontos o suficiente para não voltarem.
Em poucos minutos as apostas cresciam. Rony conseguiu lançar os vinte metros, e Harry também. Mas ambos perderam dez sicles cada um quando Jorge conseguiu jogar o dele à uns vinte e dois metros.
– Vocês se conhecem à muito tempo?
A pergunta suave, tensa, chegou aos ouvidos de Hermione. Ela não precisou perguntar para saber à quem Gina se referia.
– Desde o início do ano passado. Mas só ficamos amigos em outubro. – Ela fechou o livro e encarou a ruivinha que sentava-se à sua frente.
As duas ouviram os aplausos dos garotos quando Rony conseguiu errar, soltar o gnomo antes do tempo e vê-lo bater na cerca com tudo. Harry ria, num sorriso tranqüilo e sem medo, livre da prisão de seus tios.
– Ele é legal?
– Depende do quê você chama de legal – Respondeu Hermione, sem desgrudar os olhos do amigo, que levava a segunda mordida de gnomo do dia. – Ele é esperto sim, inteligente, forte, corajoso e poderoso... Mas se você procura o herói da lenda do Menino-Que-Sobreviveu não vai encontrar...
– Porque diz isso? – O tom tão simples, tão descrente, fez algo se esquentar dentro da menina de cabelos castanhos.
– Porque Harry Potter não é um herói. E ele seria a primeira pessoa a afirmar isso. – Ela decidiu omitir que Harry tinha mais inclinação para ser vilão que herói. Mas afinal, Gina não precisava saber disso.
– Eu discordo – O tom cético prevalecia.
– Então pergunte à ele, se não acredita em mim. – Hermione levantou, recolheu seu livro e se afastou. – Vou ver se sua mãe não precisa de ajuda.
– E... Terminamos! – O grito de alegria de Rony despertou as gargalhadas dos garotos. Ele também ria enquanto entravam. A Sra. Weasley observou os garotos suados, sujos de terra e com as faces coradas de riso.
– Pro banho! – Ordenou absoluta. – E depois venham almoçar.
Meia hora depois os pratos já estavam sendo consumidos plenamente, e depois da rodada fresca de sangue (onde Gina se engasgou um pouco), estavam leves o suficiente para continuarem as férias.
Rony e os gêmeos foram armar alguma coisa. Hermione decidiu que iria ler um pouco. Harry fez rapidamente a lição de Feitiços e iniciou uma longa redação para Transfiguração. Ao fim de sua intensa pesquisa, quando assinou seu nome no pergaminho comprido e se esticou, o sol já havia baixado um pouco. Ainda levemente irritado com toda aquela luz, ele saiu da casa e deu uma volta na propriedade até um pequeno trecho de floresta que havia ali, quase junto dos fundos d’A Toca.
Andou um pouco entre as árvores até uma que fazia uma frondosa sombra fresca. Feliz por um pouco de escuridão, ele retirou o sobretudo e se alongou. Sentiu os músculos e nervos se dobrarem e voltarem aos seus lugares, e então estava pronto.
Ele tirou o par de tênis e as meias, e sentiu seus pés afundarem na terra macia. O primeiro movimento foi calmo, e nada aconteceu. O segundo seguiu à risca o primeiro, e novamente nada aconteceu.
Então toda a sombra da árvore ondulou. Cada pedacinho negro que cobria o chão se moveu, e quando Harry esticou o braço esquerdo, um filete de sombra concentrada perfurou outra árvore. Mas então um gritinho o desconcentrou, e toda a sombra rapidamente voltou à sua posição original.
De trás da árvore perfurada surgiu Gina, meio encolhida e decididamente assustada. Harry correu até ela e se aproximou.
– Gina? Eu te machuquei? – Sua preocupação era verdadeira. Lentamente a cabeça da ruiva se moveu de um lado para o outro, numa lenta negativa.
– O quê você está fazendo aqui? – Perguntaram os dois juntos.
Harry deu um sorriso que o deixava, na opinião da menina, muito mais lindo.
– Estou treinando. E você?
A garota lembrou das palavras de Mione, que aos poucos se tornava sua amiga. Lembrou da garota lhe dizendo para perguntar à Harry. Ela abriu a boca, sentindo que a pergunta estava na ponta da língua. Então encarou os olhos verdes como esmeraldas, o rosto bonito, o sorriso doce de expectativa, os cabelos negros e muito despenteados, os óculos e...
Ela fechou a boca, sem dizer uma única palavra, deu-lhe as costas e saiu correndo. Harry ficou longos segundos olhando para onde ela tinha estado. Então deu de ombros e voltou à seu treino.
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Peço atenção aqui, neste extra do autor pra lá de especial.
Primeiro, agradecimentos:
k999, Anyelle, Marcio_Black, Chrono, Anderson Potter e outros, obrigado pelos comentários \o/
Agora, ao quê interessa:
Anderson Potter:
- O elemento do Rony está na ficha sim.
- Magia, só durante a caça, e menores não caçam. A carta do Ministério responde isso. Ele apenas encantou com alguns feitiços que aprendeu com Grindewald.
k999:
- Como eu te respondi por MSN, a saga só segue "maiomeno" a rota do livro até o quarto pedaço da série. Depois disso, somente detalhes serão parecidos com o "original" e o Sétimo Livro será abertamente ignorado.
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Para uma maior atividade, e para interagir mais com os leitores e eles com a história, abro agora dois jogos = V.V. Games!
Cada jogo segue o padrão: o vencedor é o primeiro a responder certo. Caso der empate, todos os empatados serão vencedores.
Todos os Games terão prêmios, é claro que são simbólicos. Os vencedores receberão extras da série, apenas para colecionar ou curtir a vitória. Os extras são postados para todos os leitores, mas apenas depois de um tempo pré-estabelecido. No caso, os vencedores ganham o extra antes de todo mundo.
No caso de empate, como disse, os empatados levam os extras.
= V.V. Game I =
O jogo é simples: O primeiro que enviar no meu e-mail ([email protected]) a resposta correta da pergunta, leva o Extra.
= Pergunta:
- Qual o nome completo da música que está no último capítulo de V.V. 1? (ela está no último cap. antes do epílogo).
= Prêmio
Extra: FICHA DE PERSONAGEM SECRETA + CAPA DO 3º LIVRO.
= Postagem oficial para não-ganhadores:
- Ao fim da CS.
= Vencedor
Marcio_Black
= V.V. GAME II =
Essa é pros mais atentos:
Nos capítulos de V.V. 2 - Câmara Secreta, serão escondidos 12 (doze) nomes de livros. Eles serão demarcados especialmente, vocês entenderão. Alguns capítulos não possuem esses títulos, outros sim. O importante é que no texto (e não nos extras do autor, ou no título), o nome do livro será inserido.
Aquele que enviar ao meu e-mail ([email protected]) os doze nomes e o capítulo onde se localizam, leva o Extra.
LEMBRETE: ESTA PROVA SÓ VALE DEPOIS DE TERMINADA A FIC CÂMARA SECRETA - ANTES DISSO NÃO VALERÁ O PRÊMIO.
= Prêmio:
Extra: Árvore estrutural V.V. - Editada em Spoliers muito grandes, mas suficientemente reveladora.
= Postagem oficial para não-ganhadores:
- Ao fim do QUINTO LIVRO.
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Boa sorte nos V.V. Games, o primeiro game já está valendo! Corram pra ganhar o Extra!
REITERANDO: ENVIEM AS RESPOSTAS DOS JOGOS, SEMPRE, PARA [email protected]. Postagem nos comentários, por MSN ou outra forma NÃO VALE PRÊMIO.
Até!
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