O AVISO E A PRISÃO



Capítulo 2
– O Aviso e a Prisão –



Dizer que um pequeno monstro surgira no quarto de Harry é um grande eufemismo.
A criatura era baixa, mais baixa que Harry, tendo menos de um metro. A pele era enrugada e caída em alguns pontos, como se a pequena criatura passasse fome. O rosto era fundo, com um largo sorriso. Trazia na cabeça cabelos ralos e de cor indefinida, além de grandes orelhas de morcego. Seu nariz parecia um lápis de tão fino e comprido, e toda sua pele era de um pálido esverdeado sujo. Vestia um tipo de lençol sujíssimo e amarrotado, mas o quê mais se destacava em toda a sua aparecia era o par de olhos tão verdes quanto os de Harry, que mais pareciam duas bolas de tênis de tão grandes. Os mesmos olhos que observavam Harry pela janela da cozinha, pouco tempo atrás.
– Muito prazer, Mestre Potter – Guinchou a criaturazinha em voz tão alta que Harry sentiu nos ossos que alguém lá embaixo ouvira. – Eu sou Dobby, o elfo-doméstico!
O pequeno Vampiro se desconcertou. A coisa se apresentara educadamente numa grande reverência que fez a ponta de seu nariz fino tocar no chão levemente.
– Er... – Harry vacilou. – O prazer é meu... Mas... o quê você veio fazer aqui?
Repentinamente os olhos de Dobby se arregalaram, e ele apanhou o abajur de Harry e começou a bater com ele na própria cabeça. Desesperado pelo barulho produzido, Harry arrebatou o objeto das mãos do monstrinho e tentou calá-lo.
– Dobby mau! Dobby mau! – Repetia a criaturazinha.
– Dobby, por favor, não faça barulho... – Implorou o garoto. – Sente-se aqui na cama, e me diga...
Mas a criatura, que parara de balbuciar, entrara num choro convulsivo e doloroso, gritando que Harry era um grande Vampiro tão alto que Harry ouviu a tossida nervosa do Tio Válter.
Sem alternativa, Harry o agarrou, tampou-lhe a boca com as mãos e o levou até a cama.
– Dobby, se alguém ouvir alguma coisa eu estarei em maus lençóis. Por favor, fale o quê tem pra me falar, e faça silêncio se quiser que eu sobreviva.
A criatura assentiu de leve, e Harry sentou-se ao seu lado.
– Harry Potter... – Disse ele por fim, olhando para o chão. – Não deve voltar para Hogwarts. Há uma trama, uma trama terrível para matá-lo, Harry Potter. E Dobby foi proibido de contar algo à alguém. Mas mesmo que Dobby tenha que se castigar, Dobby avisa Harry Potter.
– Não posso simplesmente não ir! – Replicou Harry. – Aqui é horrível, e eu tenho amigos lá...!
– Amigos? – Sussurrou Dobby. – Amigos que nem escrevem para Harry Potter?
– Bem, eles deviam... – Harry sentiu algo gelado dentro dele. – Como você sabe que eles não escreveram?
O tom gelado perturbou Dobby. Ele enfiou a mãozinha no lençol que vestia e tirou dois maços de cartas e pergaminhos. Um maço continha a letra caprichada e pequena de Mione, e a outra a descuidada de Rony, além das cartas cheias de rabiscos de Hagrid. Havia até um pequeno cartão que parecia ser de Neville!
– Dobby pensou que se Harry Potter achasse que os amigos lhe abandonaram, ele não iria à Hogwarts...
– Dobby, me dê essas cartas.
O pedido foi baixo e lento, mas tão letal como o pior dos venenos de Snape. Dobby deu um passo para trás, mas foi resoluto:
– Só se Harry Potter prometer que não voltará à Escola Vampira de Hogwarts.
– Eu vou voltar lá, e você vai me dar essas cartas! – Vociferou Harry.
Mas isso foi o segundo maior erro que ele cometeria naquela noite. Dobby estalou os dedos e, deixando as cartas caírem no chão do quarto, destrancou magicamente a porta e fugiu pela escada.
Harry desceu a escadaria tão silenciosamente quanto possível. Olhou para os dois lados, mas não viu a estranha criatura. Quase de quatro, ele seguiu até a cozinha, e então sentiu seu coração parar.
Os tios não haviam seguido o cronograma, e ainda jantavam. Dobby se escondera atrás da geladeira, de costas para a porta. Harry se ajoelhou, rezando para todos os deuses que desconhecia, e ninguém o percebeu quando se arrastou até um canto da porta.
Dobby olhou nos olhos de Harry, e com um olhar perturbado levitou o grande pudim de Tia Petúnia, que sobrevoou o cômodo sem que ninguém percebesse, e pairou sobre a mesa de jantar. O menino arregalou tanto os olhos que pareciam que iam sair pelas órbitas. Dobby apenas perguntou, sem som, usando apenas os lábios:
– Promete que não voltará à escola?
Harry negou com a cabeça. O maior erro de sua noite foi selado, e o pudim, com toda sua beleza, esplendor e luxúria desabou sobre a mesa de jantar.
Quando todo o glacê assentou nas roupas, talheres, pratos e quitutes, os olhos se viraram para a porta, e se focaram em Harry, branco.
Antes que alguém pudesse falar alguma coisa, uma grande ave dourada, que Harry não reconheceu, entrou pela janela aberta, deu um rasante sobre a Sra. Manson e deixou um pergaminho cair no colo de Harry.
A mulher, desesperada, gritou e derrubou a cadeira, escorregou no glacê e fugiu pela porta dos fundos, gritando. Harry abriu a carta.

Caro Sr. Potter,

Fomos informados que às 21:56 da noite de quinta-feira, hoje, o senhor executou uma magia de levitação na frente de humanos. Mesmo não sendo proibida a magia, ela é restrita apenas à caça, e o senhor não está autorizado a caçar, ainda.
Se voltar a executar magia em um raio de quinhentos metros perto de um humano, receio que teremos de expulsá-lo da Escola Vampira de Hogwarts.

Fazemos votos que esteja bem,

Seção do Mau Uso da Magia Arcana.



O impulso o jogou contra o chão, e ele deslizou por uns segundos, ralando as costas no assoalho áspero. Harry bateu o lado da cabeça no pé da cama, e sentiu estrelas voarem sobre seu rosto. A porta bateu, trazendo a escuridão. Poucos minutos depois o som de marteladas e o ronco monótono da furadeira deram a certeza que estava preso, sem volta, no quarto.
Não soube quanto tempo permaneceu deitado, nem quando a tão arrebatadora fome que o acometeu começou. Só sabia que precisava, urgentemente, comer alguma coisa. Mas a comida não veio. Por outro lado, o tio, pelo lado de fora, instalou uma grade de ferro durante a tarde do primeiro dia de confinamento.
Harry ficou horas e mais horas deitado ali, sentindo a fome consumir suas entranhas. Não tinha força para nada, pois a fome terrível drenou toda a sua energia. Logo caiu numa febre violenta, onde murmúrios e suores invadiam seu corpo e mente.
Edwiges piou, tentou abrir a gaiola, mas nada pôde fazer para ajudar seu dono. Viu-o se debater, e viu quando os cortes e arranhões de suas costas aumentaram. Harry bateu várias vezes com a cabeça na cama, sem querer em seu devaneio febril. Seus óculos escaparam do rosto, e um braço desavisado os esmagou, fazendo vidro partido entrar na carne.
Dias vieram e se foram, e Harry estava num estado em quê nem mais vivo estava, mas não tinha forças nem para morrer.
Sua mente estava branca, vazia, apagada. Sentia-se um dos maiores lixos que existia, e nem mais percebia a fome ou a dor. Simplesmente vivia, incapaz de morrer.
No entanto, certo dia, no dia seguinte de seu aniversário, mesmo que ele não soubesse disso, um estalido alto, um ruflar e o ronco triste de um velho motor trouxeram a salvação.
A questão era se ele sobreviveria à tal salvação.


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Ok, here we are again.

Obrigado a todos que comentaram. Tenho uma pergunta aqui, que me fizeram, mas acho que a carta no capítulo a responde. Magia, só na caça. E menores não podem caçar.

Como eles conseguem sangue? Vocês verão em breve.

De qualquer forma, logo teremos o terceiro capítulo, que vai responder algumas perguntas, e o quarto e quinto, que respodem o resto.

=== PERSONAGENS ===

NOME: Hermione Jane Granger
IDADE: 12 anos, completará 13 na terceira semana de Setembro.
CLASSE: VAMPIRA-COMPLETA
MESTRE: Harry Tiago Potter
ELEMENTO: Água
PAIS: Jane & Thomas Granger (Humano X Humano)
LAR: Mora em Londres, num bairro de classe alta, de uma vista espetacular para o Tâmisa.
CASA: Grifinória
CARACTERÍSTICAS: Absurda inteligência, amor pelos livros, cabelos castanhos muito cheios, normalmente presos por um pequeno pente negro.
MATÉRIA FAVORITA: Transfiguração
MATÉRIA ODIADA: Ainda nenhuma
SEGREDO: Ama chocolates desesperadamente.
PROBLEMA: Medo de errar, ou de falhar em alguma matéria. O novo medo é que Harry se machuque ou vire completamente maligno.
FRASE: "O conhecimento é o único tesouro que não perde o brilho"

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NOME: Ronald "Rony" Billius Weasley
IDADE: 12 anos
CLASSE: VAMPIRO-COMPLETA
MESTRE: Nenhum
ELEMENTO: Fogo
PAIS: Molly Weasley & Arthur Weasley (Vampiro X Vampiro)
LAR: Mora numa típica casa Vampira, perto dos campos e longe dos Humanos.
CASA: Grifinória
CARACTERÍSTICAS: Grande senso de humor, adora irritar Hermione, grade admiração por Harry e seus cabelos muito ruivos.
MATÉRIA FAVORITA: Elementos
MATÉRIA ODIADA: Poções
SEGREDO: Gostaria de superar os feitos de todos os irmãos.
PROBLEMA: Tem grande medo de decepcionar os amigos, e a falta de dinherio de sua família o faz sentir-se inferior.
FRASE: "Não há dia melhor que o hoje"



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Até!

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