NA SALA DO DIRETOR
Capítulo 16
– Na sala do Diretor –
– Existe uma forma, lógico – Disse Hermione. – Mas seria ilegal, imoral e potencialmente destrutiva.
Harry e Rony se entreolharam.
– Eu topo – Disseram juntos.
A garota revirou os olhos, e suspirou.
– Precisamos pegar um livro na Biblioteca. Na Seção Reservada – Começou ela. – Este livro possui a receita de uma poção poderosíssima, que pode nos transformar na exata aparência de uma pessoa. Qualquer pessoa.
Rony pareceu enojado com a idéia.
– Continuando – Disse ela, antes que alguém soltasse um comentário. – Nós três nos transformaríamos em Sonserinos, e nos juntaríamos a Draco. Fiz algumas pesquisas, e tenho três nomes aqui, o suficiente.
Ela exibiu um pedaço de pergaminho, mas não deixou eles verem.
– Infelizmente são duas garotas, e um rapaz. São as únicas pessoas que acho que Malfoy contaria alguma coisa. Logicamente que não podemos, sob hipótese alguma, deixar que ele perceba que somos nós. E, principalmente, não devemos chegar perto de Jack Blaze.
Harry elevou uma sobrancelha.
– Eu não confio naquele cara – Confessou a castanha. – Nem um pouco. E acho que ele conseguiria nos desmascarar.
– Certo – Concordou o moreno. – Nós ficamos longe dele. Melhor, eu o deixarei incapacitado de nos seguir.
– Harry!
– Mione, eu não vou fazer nada de grande. Um feiticinho, uma piadinha, e ele vai perder mais tempo me procurando que ficando perto do Draco. É fácil.
A garota pareceu meio contrariada, mas aceitou. Eles levantaram e seguiram para a aula, com as caras mais inocentes do mundo.
O professor Lockhart tinha uma maneira especial de dar aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas. Autor de algumas dezenas de livros sobre o assunto, que simplesmente envolviam sua pessoa em épicas batalhas contra as trevas, ele lia trechos dos seus livres defronte a sala, e os mandava fazerem redações sobre os métodos que utilizara em suas batalhas.
Normalmente ele chamava Harry para representar algum personagem de seu livro.
– Isso, Harry, um rugido poderoso! – Exclamou o professor, antes de fazer um longo e espalhafatoso gesto, e fingir que capturara Harry.
O sinal tocou naquele instante, e os alunos jogaram os livros sobre seus ombros e seguiram para o almoço. Harry sorriu, uma idéia lhe surgindo, e apanhou um pedaço de pergaminho, chegando perto do professor.
– Com licença, Prof. Lockhart, mas poderia me fazer um pequeno favor?
– Claro, Harry – Sorriu o galante professor. – Que meu aluno favorito deseja?
Harry sorriu, e Hermione sentiu que seus lados ruins estavam no limite, sob aqueles cabelos negros e desgrenhados.
– Eu me interessei muito pelos seus métodos de captura de bruxas com coadores de chá, e ouvi dizer que havia um livro ótimo sobre o assunto. Só que ele está na Seção Reservada, e...
– Claro, claro! – Riu o professor, tirando o pergaminho das mãos de Harry e assinando floreadamente. – Aqui está. Até mais!
Harry agradeceu, e arrastou Hermione e Rony para fora da sala.
– Pronto, Mione, agora vá buscar o livro.
Ela sorriu, encantada, e saiu rapidamente pelo corredor, esquecendo do almoço.
A professora Minerva o encarou do alto de seus óculos quadrados. Harry sentiu que havia algo errado.
– O professor Dumbledore deseja vê-lo, Potter.
A sala do diretor ficava um estranho corredor, quase despercebido. A professora falou “Sorvete de limão” defronte uma estátua de uma gárgula, e esta deu um passo para o lado, revelando uma escada rolante em espiral. Simplesmente empurrou Harry para os primeiros degraus, e saiu. Depois de algumas voltas, o garoto viu que a porta do escritório estava aberta.
– Com licença? – Disse, antes de entrar, mas se viu sozinho no lugar.
Mesinhas finas carregadas de estranhos objetos de prata. Uma mesa imponente, com duas cadeiras a sua frente. Quadros de velhos diretores, completamente adormecidos. Um jarro onde água caia fazendo um suave sonzinho de chuva.
E um poleiro, onde um velho pássaro dormitava.
Parecia que ele estava em suas últimas. Mas devia ser lindo, todo vermelho e um pequeno bico dourado, assim como suas garras. Mas agora suas penas pareciam opacas, e ele todo estava como se mal se agüentasse vivo.
Harry se aproximou do lindo pássaro, e isso fez a ave levantar sua majestosa cabeça. Piscou.
E entrou em combustão.
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Promessa cumprida. Agora, cadê os comentários? : D
Obrigado aos que comentaram, e até semana que vem com mais um pouco de V.V.
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