Dica nº 2



CAPÍTULO II


Dica nº 2
“As amigas são ótimas para dar conselhos... errados!”


Na manhã seguinte, Hermione se demorou em um banho relaxante. Sentia-se preparada para mudar o rumo de sua vida.
Enrolou-se na toalha e ficou parada na entrada do quarto, olhando para suas limitadas opções de roupas.
Do lado esquerdo estavam pendurados cinco uniformes de trabalho. Na prateleira, logo abaixo, guardava dois pares de botas pretas, limpas e engraxadas.
O armário ao fundo do corredor do closet estava vazio, exceto por seu casaco de lã preto, pouco usado, pois tempestades de neve eram raras no Texas.
Do lado direito ficavam os vestidos. Eram quatro, todos fora de moda, um para cada domingo do mês. Na prateleira havia um par de sandálias de salto baixo e duas calças compridas: a branca para o verão e a azul para o inverno. Estas, ela usava nas horas de lazer.
Sorrindo, vitoriosa, pegou as calças e as colocou dentro da sacola a ser dada para instituições de caridade. Onde estava com a cabeça quando as comprou? Pior: onde arrumara coragem de usá-las?
Os vestidos de domingo logo se juntaram às calças, na sacola.
Não era à toa que os homens não lhe davam um segundo olhar. Nenhuma das garotas das revistas que havia comprado se vestiam desse jeito. Mesmo uma publicação para senhoras não ousaria tamanho ridículo.
Sorriu ao fitar a sacola no chão do quarto. Paul a ajudaria com as habilidades sociais, mas talvez pouco contribuísse na escolha das roupas ou no penteado.
Deitando-se na cama, tratou de pôr a cabeça para funcionar. Ninguém em New Hope usava mais maquiagem do que Sue Ellen. A propósito, a senhora de quarenta e cinco anos, divorciada três vezes, também tinha cabelos lindos.
Talvez pudesse iniciar o dia tomando café da manhã no restaurante dela, para conversar a respeito de cosméticos. Quem sabe até recebesse algumas dicas sobre roupas...


— E Hermione disse que, quando era pequena como eu, usava uma roupa de índia de verdade, toda feita de couro.
— Devia morrer de calor no verão, não acha?
Harry parou de lustrar a caminhonete e olhou para Dustin. O menino estava quase grudado em seus cotovelos, tagarela à exaustão e, é claro, exaltando sem parar as virtudes da vizinha. Se ouvisse o nome dela mais uma vez, Harry perderia a cabeça.
— E Hermione disse que me faria uma roupa igualzinha, com franjas e tudo. Será o máximo, papai! — o garoto falou, exultante, deliciado com a perspectiva de brincar vestido tão a caráter. Passando a mãozinha de leve sobre a superfície polida do carro, comentou: — Mas este ano serei Gasparzinho, o fantasminha. Hermione falou que essa fantasia é mais fácil de fazer. Só faltam oito dias para o Dia das Bruxas e Hermione disse... — Dusty deixou a frase pela metade ao ver a vizinha se aproximar. — Lá está ela, papai! — Saiu correndo e se jogou em seus braços, feliz. — Hermione!
— Olá garotão! — ela disse, desmanchando-lhe os cabelos e deixando-se conduzir para perto da caminhonete.
A camisa de manga curta de Harry estava suja, assim como a calça jeans. Apesar disso, o rapaz tranqüilamente poderia participar de um comercial de televisão, tal o charme irresistível que a aparência desleixada salientava. Por isso que tinha tanto sucesso com relacionamentos amorosos...
Hermione ficou parada durante alguns momentos, apreciando o corpo firme e a pele morena sob o sol de outono. Deleitava-se.
Bem sabia que nunca conseguiria atrair Harry, e curiosamente essa era uma das coisas que mais gostava nele. Só assim podia se sentir relaxada na presença de alguém tão marcante.
Não se importava com o fato de não lhe despertar interesse, ele também não era bem o que procurava para marido. Não. Queria uma pessoa preparada para se estabelecer, para assumir um compromisso sério. Alguém disposto a abandonar a farra para constituir uma família.
— Papai, posso perguntar a ela?
Harry parou de polir e endireitou o corpo.
— Dusty, deixe a pobre Hermione respirar um pouco, está bem? - Ele enxugou a fronte na manga da camisa e olhou seriamente para o filho.
— O quê? — Hermione inquiriu, olhando para ambos.
— Queria saber se poderemos fazer logo minha roupa de fantasma em sua máquina de costura. Só faltam oito dias para o Dia das Bruxas.
— É claro! — Ela sorriu e olhou para Harry.
— Não tem de fazer isso. Já temos tomado demais seu tempo. Posso comprar uma fantasia pronta.
Os lábios de Dusty começaram a tremer.
— Mas, papai, não quero algo igual ao dos outros garotos. Quero que Hermione me faça uma roupa de fantasma. Ela disse que nós poderíamos costurar algo muito mais bonito, não é, Hermione?
O menino voltou os límpidos olhos verdes para ela.
— Acho que fazer a roupa de fantasma será ainda mais divertido do que construir a tenda na sala de estar. Ouça — ela falou, dando uma olhadela no relógio —, tenho algumas coisas a fazer na cidade. Por que você não pede a seu pai que o leve à minha casa à tarde? Podemos começar a fazer a fantasia.
— Legal! — foi a resposta feliz, antes de uma corrida desenfreada rumo à bicicleta.

— Ei, Beth, o que está fazendo aqui? — Hermione perguntou para a linda adolescente loura ao sentar-se em um banquinho, junto ao balcão. — Achei que trabalhasse com Gina na butique para bebês.
Beth sorriu e lhe estendeu uma xícara de café fumegante.
— E trabalho. Apenas estou ajudando Sue Ellen aos sábados. Desde que Kathy foi para o colégio, ela tem passado por apuros para atender a freguesia.
Hermione bebericou o café.
— Harry também tem sentido falta da garota. Ainda não encontrou outra babá para Dusty.
Deu uma olhadela ao redor. O cheiro de bacon frito era tentador, e a casa estava cheia.
— Sue Ellen está aqui? — perguntou.
— Foi até o salão dos fundos mas volta logo. Gostaria de pedir seu café da manhã? Ainda dá tempo.
Hermione optou por panquecas pequenas. Quando a garçonete voltou com a comida, trouxe Sue Ellen consigo.
— Olá, Hermione! O que a traz à cidade em uma manhã de sábado?
Sue estendeu-lhe uma garrafa com calda doce e se debruçou sobre o balcão. Todas as pessoas já haviam sido servidas. Podia dar-se o luxo de conversar um pouco.
— Na verdade, tenho um favor a lhe pedir. E a você também, Beth.
As duas trocaram olhares curiosos.
— Fale, querida — Sue disse.
Munindo-se de toda a determinação que pôde reunir, decidiu não fraquejar em hipótese alguma.
— Bem, li este artigo — disse, colocando uma revista sobre o balcão.
Ambas folhearam a reportagem.
— E qual é o problema? — Beth perguntou.
— Farei trinta anos no dia primeiro de dezembro. — Hermione as fitou, insegura.
— Ohhhh... — elas murmuraram em coro.
— Sei que preciso de algumas mudanças em minha... aparência — admitiu, baixando o olhar para as mãos nervosamente entrelaçadas. — Também comprei a Metropolitan deste mês — continuou.
— Aquela cuja manchete fala em como agarrar um homem?
Hermione fez um gesto afirmativo.
— Ohhhh... — repetiram as outras duas, trocando olhares.
— Minha meta é ficar noiva no casamento de Russo.
Observando a expressão estupefata das amigas, ela quase se arrependeu da confiança que lhes depositara. Seu plano subitamente lhe pareceu muito estranho, até infantil.
— Mas Russo não se casará no final de semana da festa de Ação de Graças? — Sue Ellen indagou, surpresa. — Querida, estamos a pouco mais de um mês dessa data.
— Eu sei. É o final de semana que precede meu aniversário — comentou Hermione, desolada. — Esqueçam. Não vai funcionar. Foi uma idéia tola.
Sue Ellen pegou-lhe a mão.
— Não diga isso, querida. Adoro desafios — falou, voltando-se para o calendário pendurado na parede. — Eu sempre disse que com alguns truques você ficaria linda. Já tem uma boa base... só precisaremos adorná-la — complementou, pegando Hermione pelo queixo e voltando o rosto dela para a luz.
Linda? Será que Sue Ellen estava falando sério? Hermione olhou ao redor, para ver se havia mais alguém, uma pessoa com potencial para se tornar bonita, mas estavam apenas as três ali.
— Teremos tempo suficiente para deixá-la do jeito ideal para conquistar um homem. — Sorrindo, Sue lhe deu uma batidinha de leve nas costas e uma piscadela. — Acho que conheço bastante do assunto. Já consegui isso algumas vezes, não é? Mas... — Subitamente, franziu a testa. — Poderíamos começar de imediato. Temos meia hora. O que acha de eu ir para casa pegar meu estojo de maquiagem? Quanto a você, Beth — Sue virou-se para a adolescente —, por que não leva Hermione para umas compras? Encontrarei vocês duas na casa dela à uma e meia da tarde.
— Perfeito — Beth concordou. — Você nem vai se reconhecer. Venha, vou lhe mostrar minhas lojas preferidas.

— Sou um desastre com essas tinturas. Então, precisa ter paciência comigo — Sue Ellen explicava, enquanto misturava o conteúdo de algumas bisnagas nos cabelos de Hermione. — Nunca fiz tingimento antes. Isso sempre me apavorou. — A mulher parou por instantes, olhando, incerta, para os produtos sobre a mesa da cozinha. — Quer ficar com aparência de mulher fatal ou de garota boazinha? Bem... acho que um pouco das duas.
— Não está me passando muita confiança — Hermione se queixou, não ousando mexer um milímetro a cabeça besuntada de tinta.
Estava apavorada. As duas trocavam olhares e ela nem sabia o que Beth estava fazendo com um de seus uniformes de trabalhar no correio.
A adolescente a havia conduzido a inúmeras lojas, indicando-lhe as mais estranhas roupas para experimentar. Hermione sorria, nervosa com o tamanho de sua próxima fatura de cartão de crédito.
— Sue Ellen?
— Sim?
— Por que nunca trabalhou em um salão de beleza?
— Fui expulsa da escola para formação de cabeleireiros.
— Por quê?
— Acidentalmente usei água oxigenada de volume muito alto na cabeça de uma cliente, deixando-a quase careca — disse, gargalhando. — Foi engraçado vê-la sair correndo do salão de beleza da escola...
— Oh! — foi o único murmúrio que saiu dos lábios enregelados de Hermione. Seus cabelos castanhos não eram bonitos, mas certamente o efeito era melhor do que ficar careca! — Ei, Beth — começou a dizer, mais para se distrair do que por curiosidade —, como vai Gina?
Grávida de oito meses, Gina era dona da butique onde a garota trabalhava meio período. Beth parou de costurar por um momento e sorriu.
— Maravilhosa. Mal pode esperar que Amélia Rose nasça.
— Amélia Rose? Então ela sabe que será uma menina?
— Não. E só um palpite.
— E se for um garoto?
Sue Ellen parou de massagear-lhe os cabelos para observar, maliciosa:
— Bem, se ela escolheu um nome como Amélia Rose para a menina, o do guri seria bem durão, com jeito de cowboy.
— Ela será uma boa mãe — Hermione falou com firmeza, ansiando pelo dia de colocar seu próprio bebê no mundo.
Uma pequena criança para chamar de sua. Alguém como Dusty.
— Sim — Beth concordou. — Ninguém sabe quem é o pai - murmurou por entre os alfinetes que segurava nos lábios.
Hermione ficou preocupada. Tentou se lembrar se Gina estivera na casa de seu querido vizinho há oito meses. Era pouco provável. Ele podia ter uma vida social ativa, mas seria incapaz de não assumir a paternidade se soubesse que a criança era sua.
A gravidez de Gina era o mistério da década em New Hope. Hermione sabia que a especulação sobre a identidade do amante da moça corria na língua afiada do povo. E, para desespero das senhoras conservadoras, parecia não haver casamento à vista.
O som de passos na sala de estar a tirou de seus devaneios.
— Olá — Harry chamou, indo com o filho para a cozinha. — Achei que já estaria de volta a essa hora.
— Olá, Hermione! — Dusty aproximou-se, olhando perplexo para o rosto coberto por uma máscara de beleza e os cabelos empastelados de tinta. — E isso que vai usar no Dia das Bruxas?
Harry tossiu e deu um tapinha nas costas do garoto.
— Filho — começou a explicar, tentando evitar uma sonora gargalhada —, isso é o que as senhoritas fazem para ficar bonitas.
— Mas eu acho que Hermione é bonita do jeito que é — Dusty defendeu.
— Bem, sob certo aspecto você tem razão. — Harry olhou, desalentado, para a vizinha. — Acho que entenderá o que quero dizer quando for mais velho.
— Você sempre diz isso — o pequeno queixou-se. O pai cobriu o sorriso com uma das mãos.
— Porque é verdade — respondeu, louco para mudar de assunto. Sue Ellen pediu que saíssem do caminho.
— Ei, Harry, Dusty, por que não vão mais para lá? Estou tentando misturar essas coisas e não gostaria que espirrassem em vocês.
— Mas Hermione vai costurar minha roupa de fantasminha agora! — Dustin explicou educadamente.
— Meu amor — Hermione argumentou, estendendo a mão para o menino preocupado —, isso está demorando só um pouquinho além do previsto. — Harry ia interrompê-la, mas ela o impediu com o olhar. — Por que não volta em algumas horas? Assim, tudo estará limpo e poderemos nos dedicar à sua roupa. Vocês e papai poderiam vir para o jantar. O que acha?
— Promete? — o pequeno perguntou, sério.
— Juro. Pode confiar em mim — Hermione falou solenemente. — Dê-me um beijo.
Ignorando a máscara de beleza, Dustin plantou-lhe um sonoro beijo na bochecha. O gesto do filho causou um dolorido nó na garganta de Harry.
— Vamos comprar algo pronto para o jantar, pois você provavelmente não terá tempo de cozinhar — comentou ele, olhando para o laboratório de química em que o ambiente havia se transformado. — Gosta de comida mexicana?
Dusty deu pulos de felicidade.
— Muito.
A máscara verde no rosto de Hermione estava seca, tornando impossível um sorriso, mas seus olhos lhe agradeceram convenientemente.


Hermione estava em pé em frente ao espelho do quarto, surpresa com o que via.
— Oh! — foi tudo o que conseguiu pronunciar.
Podia captar o olhar de aprovação que Beth e Sue Ellen trocavam. Detestava desapontá-las, uma vez que haviam trabalhado arduamente, mas nunca se sentira tão mal em toda a sua vida.
— É tão...
— Radical! — Beth completou.
— Deslumbrante! — Sue Ellen elegeu.
Hermione concluiu que só havia um jeito de encarar a questão. Aceitar que as madeixas castanhas, que durante intermináveis anos ficaram presas em coques, eram parte do passado. Agora, seus cabelos estavam na altura dos ombros, bem repicados, com fios dourados e avermelhados avivando o tom castanho.
Sue Ellen havia usado um tubo de fixador e outro de gel paxá conseguir domar as mechas mais rebeldes. Durante um momento, Hermione achou graça no fato de Harry estar reformando a agência dos correios. Quem sabe pudesse lhe pedir que colocasse vidros extras, para escondê-la o máximo possível...
Demorara quase o dia todo apenas para se vestir. Tentou piscar. Obviamente não estava se adaptando aos cílios postiços, e as lentes de contato cor de água que comprara pela manhã faziam seus olhos arder. Mas Sue Ellen lhe garantiu que valeria a pena, essa era a cor preferida de noventa por cento dos homens.
Não estariam se empenhando demais? Nenhuma das beldades da revista Metropolitan parecia usar um arsenal de maquiagem como aquele. Nem aquela roupa minúscula.
O olhar inquieto de Hermione fixou-se na renovação que Beth havia feito em seu uniforme. O que originalmente era um conjunto sisudo de blusa e calça comprida tornara-se algo quase indecente. A calça estava tão justa que ela mal podia respirar; a blusa amarrada na cintura deixava parte de sua barriga à mostra.
Havia funcionárias do correio que optavam por não usar o uniforme, ou que procuravam lhe dar um ar mais moderno, mas... isso? Olhou para Beth, que sorria, certa da maravilha que havia criado.
— Este sutiã realmente salienta suas curvas. Ninguém mais vai deixar de notá-las — a adolescente falou, entusiasmada.
— Oh, sim — Sue Ellen concordou. — Com a calça comprida bem justa e os sapatos com salto plataforma, você ficará moderna e sensual. Perfeita.
Hermione mordeu os lábios. No afã de se superar a cada invento, Beth tinha atacado todos os cinco uniformes. Como no domingo as lojas ficavam fechadas, não teria escapatória a não ser ir trabalhar daquele jeito na segunda-feira.
Sorriu ao se lembrar da mãe a repreendendo quando, no início da adolescência, havia comprado calças justas com o dinheiro que ganhara como babá. Na ocasião, a sra. Granger simplesmente dera a roupa para uma amiga,
Já havia perdido uma oportunidade no passado. Faria a mesma coisa nesse momento?
Deu alguns passos para trás, na tentativa de "enxergar o todo", conforme orientação da dupla de amigas. Concluiu que, embora detestasse o que via, poderia ser essa a ponte rumo a seus sonhos. E era isso que importava. Afinal, parecia a irmã gêmea de Ann.
Diziam que tudo era válido na guerra e no amor. Então, talvez valesse a pena dar a esse novo visual uma chance. Teria de ser ousada, se quisesse atingir seu objetivo.
— Vocês realmente acham que o ideal é usar toda essa parafernália?
— Querida, você está perfeita — Sue Ellen garantiu.
— Arrasadora! — Beth complementou.
Respirando vagarosa e profundamente, Hermione gritou;
— Prepare-se, New Hope! Hermione Granger chegou à cidade!


— Olá, Hermione! Há tacos mexicanos para o jantar — Dustin gritou. — E eu trouxe minha lancheira, para copiar o desenho do fantasminha.
Harry aproximou-se e apontou para a touca de banho que cobria os cabelos dela.
— Adorei o penteado! — falou ironicamente, para provocá-la. Hermione afastou-lhe a mão e pegou a sacola com a comida.
— Vou pôr a mesa.
Atrás dela, Harry sorria ao observar o robe antiquado. E o que dizer do creme branco que lhe cobria o rosto? Era ainda pior do que a máscara verde.
Felizmente, Dustin fez a pergunta engasgada na garganta do pai;
— Por que agora você está com a cara branca?
Hermione levou a mão ao rosto. Havia se esquecido de tirar o creme. Pelo menos servia para cobrir o rubor que a deixou acalorada.
— É uma máscara de limpeza, querido. Serve para purificar a pele, a fim de deixá-la fresca e com aspecto mais jovem. E a touca faz os produtos hidratantes ficarem em contato com meus cabelos, tornando-os macios e brilhantes. Sue Ellen passou a vender produtos de beleza, comprei diversas coisas.
Harry fez o possível para não demonstrar ceticismo, mas não agüentou.
— Não sei, não. Para mim, você parece pior do que antes de começar com essa bobagem.
— Está bem — ela admitiu. — Sue me falou sobre o acidente nos cabelos de uma cliente, mas acho que essas coisas acontecem com principiantes.
— Aposto que sim — ele continuou provocando.
— Espere e verá, seu brutamontes! — Hermione falou, furiosa. E, pegando um guardanapo, retirou o creme do rosto. — Estou progredindo — frisou, mais irada ainda. — Venha me pegar na segunda-feira e nem me reconhecerá!




Obs: Bjux a todos!!!!!!

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