Capitulo 23




Harry abriu os olhos. Uma incomoda luz fluorescente o havia despertado. Esse cheiro... Faz muito tempo que não sentia esse olor a hospital... Desde o dia em que um de seus companheiros do orfanato o golpeou tanto que tiveram que levá-lo para emergência. A diretora até se fez de preocupada diante do médico. Se incorporou.
Harry (tragou saliva): ...Ginny...
Doutor: Esse é o nome da sua esposa?
Harry olhou ao tipo que estava ao seu lado. Levava um jaleco branco, assim que, ao final das contas, sim estava em um hospital... Por que? Havia tido algum tipo de acidente durante a ressaca?
Harry: Onde esta?
Doutor: Onde está quem?
Harry: Ginny.
O doutor se acercou e o mirou compadecendo-o.
Doutor: Tenho entendido que se foi.
Harry lembrou tudo de relance e sentiu uma forte pontada na cabeça. A segurou com as mãos.
Harry (segurando a cabeça): Sim, não esta... Tenho que buscá-la (tentou parar-se de pé mas suas pernas não lhe respondiam).
Doutor: Calma, o senhor acaba de passar por um estado delicado, quase vai para o outro lado e agora se encontra sedado por causa da anestesia, não poderá mover seu corpo por pelo menos cinco horas e ainda assim deverá passar um tempo aqui até que se reponha.
Harry (exasperado): Não entende verdade? Não posso estar nem mais um segundo aqui, ela o sabe, sabe de tudo, esta com ele... Se não faço algo logo vou perdê-la para sempre... Não me importa nada agora, não me importa minha saúde, não me importa meu pai... A quero...
Doutor: Se quiseres podemos tentar contatá-la...
Harry: BOM QUE NÃO ENTENDE??? ELA NÃO VAI QUERER VIR, EU TENHO QUE BUSCÁ-LA, QUE EXPLICAR-LHE, LHE TENHO QUE ROGAR!!! (Harry estava gritando enquanto se retorcia em sua cama).
Entrou uma enfermeira com uma agulha e lhe buscou a veia, logo todas as luzes voltaram a se apagar.
Harry: ...Ginny... (adormeceu)
Enfermeira: Deve querê-la muito.
Doutor: Ela o deixou e ele quase morre alcoolizado, creio que sim, a quer muito, tente localizá-la mesmo que a criada tenha dito que se foi, talvez possamos contatá-la e saber onde esta, esse homem esta desesperado e se vê que não é nada dócil.
Já havia anoitecido, mas Ginny seguia na proa. Não havia nada mais belo que esse céu estrelado em mar aberto. Um sublime espetáculo que lhe recordava ao homem o quão insignificante era seu papel no universo e o quão maravilhosa era a criação. Somos pequenos, porém sofremos muito. Assim se sentia Ginny, como a mais pequena e sofrida de todas as criaturas enquanto caia a noite. Valentino se aproximou dela e a abraçou, nesse momento sobraram as palavras...
Valentino: Não te parece belo? Digno de alguém como você.
Ginny: Sabes algo? (se aferrou a seu corpo) Creio que não vou ter nenhum problema para apaixonar-me por ti uma vez que termine com meu passado.
Valentino: Pois então estou a tua disposição, necessitas algo para acelerar os tramites?
Ginny: Um bom advogado...
Valentino: Fácil, nem bem pisemos em terra e te arrumo um.
Ginny: Gostas de fazendas?
Valentino (apoiando seu queixo no ombro dela): Por quê?
Ginny: Porque dentro de muito pouco tempo vou ter várias e vou necessitar de alguém que me ajude a administrar-las.
Valentino: Com certeza, algo mais beleza?
Ginny: Sim, mas é complicado, vais ter que mover muito.
Valentino: Teus desejos são ordens.
Ginny: Quero que averigúes que passou realmente com James Potter.
Valentino: Duvidas de teu pai?
Ginny: Quero a verdade, antes de atacar quero saber que vou com a verdade, não com especulações nem nada pelo estilo.
Valentino: Será que podemos deixar o tema por um momento? Preparam-nos um belo jantar que já esta esfriando, vamos (pegou-a pela mão e a conduziu até um dos cômodos).

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