Capítulo 22

... Busca-me em outro corpo... busca-me em outros braços... busca-me em outra pele e se preciso busca-me em outros olhos... Mas nunca me encontraras, nem sequer em mim, porque a mulher que buscas tu mesmo se encarregou de matá-la...

Ginny estava concentrada mirando como o sol se metia atrás do horizonte. Assim como se perdia o sol sua alma se havia ido, nem sequer essa, na verdade haviam arrancado-a. Mas bom, isso já era passado. Enquanto o luxuoso iate avançava Ginny se perguntou qual o próximo passo a seguir. Se algo havia aprendido na detestável preparação era isso: quando um estava em guerra e vinha de perder era melhor retirar-se por um tempo, reorganizar as tropas, armar estratégias e voltar para atacar com força total. Ele havia tido muito tempo para pensar em sua vingança, agora ela planejaria a sua com cuidado, com detrimento. Valentino lhe acercou e a abraçou pelas costas.
Valentino: Em que pensas querida?
Ginny: No futuro, nas coisas que tenho que fazer.
Valentino: Te referes ao que vais fazer com ele? Por que melhor não abandonas essa história?
Ginny: Não posso, não posso seguir adiante sem acertar contas com ele, entende, o que me fez foi sem nenhum motivo e por isso cada centímetro de meu corpo, necessito acabar com ele.
Valentino (a da um beijo na bochecha): E que pensas em fazer?
Ginny: Por agora ir-me contigo a Europa, ali terei tempo para pensar.
Valentino: E será que ficará tempo para mim?
Ginny (o mirou): Quando termine... Todo meu tempo vai ser para ti, mas por agora não me peças nada, eu quero dar-te um amor verdadeiro porque isso é o que tu merece e até que não tire todo esse ódio que tenho aqui dentro (tocou no próprio peito) Não posso fazê-lo.
Valentino: Entendo, mas estas comigo não? Por agora me conformo com isso, por agora (a beijou nos lábios e se foi a seu quarto).
Esse beijo para Ginny significava o mesmo que nada. Valentino era um homem bonito, doce e realmente beijava bem, porém agora, nesse momento ela não sentia nada.
Ginny (pensando): Maldito Harry!!! Ainda não se apagaram teus beijos... Mas pagaras, lágrima com lágrima, desprezo com desprezo, ódio com ódio... Isso tu merece infeliz!!! Por agora tenho que conseguir-me um bom advogado... Mauricio Landetta és um homem muito rico, extremamente rico... O quero tudo!!! Vou te deixar sem essas fazendas que tanto queres... Teu inferno se aproxima Harryzito, agora vou embora, mas logo voltarei e vais lamentar o dia que decidisse se vingar de mim.
Mas o inferno de Harry havia começado no mesmo momento em que ela atravessou a porta. Harry voltou devastado e se trancou em seu quarto. Ela havia ido... Não voltaria... Como sempre Harry se refugiou no álcool. Passou o dia inteiro chorando e bebendo até cair em um sono profundo. Horas eternas de lamentações se afogaram em um copo. Quando entrou Conceição o mirou assustada, havia tomado tanto que pensou que estava morto. Rapidamente chamou ao médico.
Conceição: O vê doutor, não raciocina.
Doutor: Esse homem padece de uma severa doença no fígado... É preciso levá-lo ao hospital, tem família? Esposa talvez?
Conceição: Tem, porém... Ela o abandonou.
Doutor: Entendo, deve ser por isso que esse homem se pôs assim, será melhor levá-lo na ambulância, se não o estabilizamos logo talvez o quadro possa se complicar.
Conceição: Que dizer que ele pode morrer?
Doutor: É uma possibilidade... É melhor levá-lo logo (se encaminhou a porta junto com dois enfermeiros que levavam Harry na maca).
Conceição: Pois que Deus me perdoe, porém se morre bem merecido o tem.

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