Conversa, tem certeza?
Quando Gina entrou em Hogwarts, esqueceu de tudo e todos, se sentiu completa novamente e pode suspirar tranqüila: Estava em seu mundo, seu lugar, o único onde ela se sentia completa. Já estava sentada em sua mesa quando a seleção do primeiro ano começou. Ela estava conversando com Parvati Patil, só para passar o tempo, já que ela detestava a menina, quando seu olhar se demorou na mesa dos professores: No lugar onde Dumblodore ocupava, encontrava-se Snape. De um salto Gina se levantou, esquecendo totalmente que o salão estava cheio. Todos da mesa da Grifinória a olharam e a garota enrubesceu, ao som dos risinhos de Parvati. Sentou-se novamente e começou a fuzilar Snape com o olhar, o qual se entretia em falar com um homem gordinho, baixo, carrancudo e feioso. Gina presumiu ser o novo professor. Ao seu lado estava uma mulher com as mesmas feições e parecidíssima com o outro professor, só que com cabelos longos, negros e maltratados. Gina pensou se poderiam ser irmãos e se seriam bons professores. Estava alheia às conversas até que Snape se levantou e com um aceno de varinha ampliou a voz.
- Silêncio! Todos vocês alunos queiram dar as boas vindas a Amico e Aleto, seus novos professores de defesa contra as artes das trevas e estudo dos trouxas. Uma salva de palmas!
A parte do salão que pertencia a Sonserina irrompeu em aplausos e assobios enquanto o restante do salão deu palmas baixas e curtas. Os dois estavam de pé muito pomposos e olhando fixamente para a mesa da Grifinória e Gina se perguntou se a sua casa seria a mais afetada na entrada desses dois.
- Muito bem, já chega! – disse Snape – Este ano teremos novas normas em Hogwarts: Nenhum aluno deverá andar nos corredores após o toque de recolher, ninguém deverá andar na floresta proibida desacompanhado e quem for eu garanto que terá uma morte sombria!
O salão todo voltou a falar. Alguns assustados, outros curiosos e outros cautelosos. Enquanto todos os alunos tentavam descobrir o que poderia ter de tão perigoso, Gina já sabia. Tinha andado muito por aquela floresta e nem sempre ela poderia ser tão perigosa. A única coisa que a preocupava era o jeito como Snape tinha dito aquilo, estava muito sombrio, misterioso e Gina temia que alguns dos “amiguinhos” de Snape pudessem estar por lá e quem sabe até mesmo, o cara de cobra. Gina olhava para Snape, no que seus olhares se encontraram e o homem que Gina odiava tanto a olhou com desdém e nojo. Gina não ficou atrás e o fuzilou com o olhar, sem desviá-lo dele. Snape fez uma careta de quem vomita para Gina e voltou sua atenção a todo o salão.
- Silêncio!
Ninguém parou de falar.
- Alunos, eu estou dando uma ordem, silêncio!?
Poucos foram os que pararam agora.
- Silêncio seu bando de cachorros imundos e imprestáveis!
Agora o salão todo se calou e a mesa inteira da Grifinória o olhou chocado, para depois passarem para a indignação.
- Ahrñ...Voltando às regras...Todos os alunos que desobedecerem às normas antigas receberam detenções severas, aplicadas nas aulas de D.C.A.T pelo professor Amico. Os alunos que escolheram a detenção aos colegas e na maioria das vezes deverão aplicá-las. Os que se recusarem, receberão a mesma detenção. Os que tentarem proteger os “amiguinhos” terão detenções, também, então pensem mil vezes antes de saírem por ai fazendo besteiras! – disse Snape terminando a frese olhando diretamente para Gina. A menina fez a cara mais marota que pode. Não teria medo de nada, muito menos do sujo e hipócrita do Snape. – Ah e agora a ultima: Sejam discretos nos namoricos – disse ele com um ar de superioridade -, não queremos ninguém de agarros nos corredores e muito menos, meninas grávidas! Agora sim, todos podem comer! – terminou ele com a maior simplicidade.
Ninguém falou. Engravidar?? Snape era louco, só podia. As mesas se encheram de comida boa e quentinha e todos logo se esqueceram da indignação e começaram a comer e conversas. Parvati havia deixado Gina só e a menina agradeceu internamente por isso.
“Bláh, que menina mais chata! Não suporto as risadinhas dela e ainda por cima ela se axa “a tal”, que tosca. O que eu daria por uns bons bofetes nessa garota. Se um dia ela mexer comigo eu juro que a esgano e faço isso com todo o prazer. Ainda bem que ela me deixou só! Preferia a companhia do seboso a dela”.
Continuou a comer sua refeição sem muito ânimo, estava pensando em como seria aquele ano sem seus amigos ali com ela. “Ah, seria tão bom ter a Mione aqui comigo! Eu poderia falar com ela sobre o Expresso e sobre o Dra... GINA O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO, OU MEHOR EM QUEM VOCÊ ESTÁ PENSANDO SUA DOIDA!”
Gina quase teve um treco quando os seus “sensores anti-malfoy” dispararam. Ela estava pensando nele desde a hora em que se separaram no expresso. O que estava acontecendo. Ela preferiu não saber e só foi interrompida e retirada de seus pensamentos com os risinhos de seus “colegas de casa”. Todos riam das caretas que ela fazia enquanto pensava e a mais histérica era Parvati. Revirou os olhos e voltou a atenção à comida. Estava sem fome, o que precisava mesmo era algum remédio para parar de pensar em coisas erradas e absurdas. Porque ela estaria pensando nele? “Porque você o odeia demais Gina, obvio não é?” Nem tanto, um lado seu queria acreditar nisso, mas outro lado que até hoje a tarde ela desconhecia obrigava-a a pensar em Draco. E o pior, ele produzia cenas constantes de Draco, fazendo a ruiva enlouquecer, digo, enrubescer. EM TODAS ELE ESTAVA SEM CAMISA! Gina não sabia se detestava ou se adorava, aquele tipo de dupla personalidade a estava deixando doida. Deveria parar, até que o lado “Gina pervertida e quem amo o errado, ou seja, o Draco” reapareceu com força total. 1X0. Do nada Gina fingiu um espirro e se virou para a direção da mesa da Sonserina, procurando-o sem sucesso. Virou-se para a mesa e praguejou baixinho. Novo “espirro”. Achou-o e dessa vez virou-se mais rápido ainda. Estava vermelha e com olhos enormes arregalados. Havia o achado, mas isso não era nada, o que a fez enrubescer e ficar toda “animadinha” foi o fato de ele estar olhando-a com desejo e sem sequer piscar. Mais uma vez o lado “doido” de Gina entrou em ação e ela mudou a face de assustada para marota, virando-se agora para olhá-lo sem cerimônias. Ele deu um sorriso safado de canto de boca e percebendo que ela não se intimidou, piscou para a ruiva que fez cara de nojo e revirou os olhos. Ele sorriu ainda mais. Eles se olharam no fundo dos olhos e Gina expressou raiva e ódio, sinal de que o lado são e consciente de Gina havia retornado. Voltou-se para a sua mesa, mas sentiu-se incomodada, sabia que ele ainda a observava. Estava nervosa e aflita, queria sair dali, queria encerrar logo aquela tortura que estava sendo ficar ali sem fazer besteiras na frente de Draco. Como não mais comeria, decidiu-se por sair dali, iria para o quarto. Levantou-se e lançou um olhar rápido para o lugar de Draco, que ainda a devorava com os olhos. Sentiu-se nua, desprotegida por sobre aquele olhar. Quem ele pensava que era para olhá-la assim? Será que ele não se tocava de que alguém poderia perceber para quem ele estava olhando. Na hora em que foi começar a andar, acabou caindo, sobre os risos de todos da mesa da Grifinória e Corvinal. Sentou-se enrubescida de vergonha. Será que ele havia visto? “Que mico!”
- Não vê por onde anda Gina. Mais cuidado querida!
Nem se deu o trabalho de responder a Parvati, não gastaria seu tempo com coisa a toa. Levantou-se rápido do chão e seguiu para os grandes portões, onde lançou um olhar a Draco que ainda a olhava rindo. Ele havia visto. Lançou um olhar mortífero ao loiro e deixou o lugar, seguindo pelas escadas. Quando estava em sua terceira escada, eis que uma voz surge bem perto de si:
- Fugindo de mim Weasley?
Ela congelou e após alguns instantes virou-se com a maior cara de raiva.
- Por quê? Eu deveria fugir de uma barata como você Malfoy?
- Hum, não sei, é que você me pareceu um pouco nervosa esse jantar enquanto eu te olhava. Estava sentindo-se incomodada?
- Claro que sim! Você estava me engolindo com os olhos! Não é nada legal isso sabia? Ah, mas não se pode esperar nada bom vindo de um Malfoy! - disse ela olhando ainda para ele, mas subindo um degrau bem devagar para ele não perceber, o que foi exatamente o oposto, já que ele viu e subiu os degraus que faltavam entre eles, ficando um abaixo apenas.
- Não, não, você não vai fugir!
- Fugir, eu?? – disse ela fazendo-se de desentendida– Imagina que eu ia fugir de..EI, O QUE RAIOS É AQUILO? – disse ela apontando para algum lugar atrás de Draco.
- O que? – perguntou o loiro virando-se para olhar, no que não encontrou nada. Gina já estava no corredor. – Ora, sua... VOLTE AQUI WEASLEY, NÓS NÃO TERMINAMOS! – gritou ele correndo o mais rápido que pode na direção em que Gina havia desaparecido. Correu o mais rápido que pode dois corredores e alcançou a escada. Gina corria, estava em sua metade, mas Draco era mais rápido. Parou no pé da escada para olhá-la e em um segundo já estava nos calcanhares da garota. “Droga!” Do nada a escada começou a se mover e Gina, que corria, caiu para trás, no que Draco a pegou. Ela enrubesceu e praguejou para ele ouvir.
- Mas que droga Malfoy, me deixa em paz!
- Weasley, Weasley, parece que o destino quer que eu te encontre. Até as escadas estão ajudando! E você que disse que não estava fugindo de mim...
- Mas eu não estou! Eu só sai correndo porque a sua companhia não me agrada e porque eu tenho deveres a fazer.
- Que desculpa mais esfarrapada!
- Olha Malfoy se você não quiser acreditar não acredite, o problema é seu!
- É, realmente eu acho que vou acreditar, porque se você estivesse tentando fugir de mim você estaria se importando pra caramba pelo fato de estar em meus braços!
Ela ficou mais vermelha que os cabelos e ele riu gostosamente, no que ela se enfezou.
- Com licença Malfoy, eu tenho mais o que fazer do que ficar ouvindo um palhaço ridículo como você! Péssima noite para você! – disse ela ajeitando a capa e virando-se rapidamente, rezando para ele não a impedir de novo, mas pelo jeito, seu Santo não estava forte aquele dia, já que ele fez o oposto do que ela queria, mais uma vez, o que só a fez irritar-se ainda mais.
- Oh Gininha, vai com calma, se eu te irrito tanto era só falar... Apesar de que eu não iria parar, afinal quem você pensa que é para me dar ordens? – falou ele olhando-a nos olhos. Desafiando-a.
- Sou com certeza uma pessoa melhor e mais humilde que você! Vê se entende uma coisa: Você não é, nunca foi nem nunca vai ser dono do mundo! Você é só o filinho de um comensal podre e besta, que acha, mas só acha que pode. Você não é ninguém para fazer o que faz com as pessoas, muito menos comigo que sou de boa família e sou boa pessoa, modéstia a parte. Mas acho que você não sabe o que é ser bom ,muito menos sua família não é Malfoy?! Me diz, você já fez alguma coisa boa na sua vida? Você sequer sabe o que é amar e respeitar? Eu acho que não... UM COMENSAL NÃO TEM SENTIMENTOS!
Draco estava vermelho de raiva da ruiva, queria matá-la, esganá-la. Como ela ousava falar aquelas coisas sem nem o conhecer direito?! Que ruiva mais abusada! Mas, ele não entendia o porquê de estar sentindo-se mal, não entendia por que estava ligando para aquelas palavras estúpidas e sem nexo. Sua face expressava fúria, assim como todas as outras partes do corpo, que estavam contraídas, menos seus olhos... Eles realmente expressavam o que o loiro sentia e ele temia que fosse neles que Gina se fixasse. Por sorte ela estava tão vermelha quanto ele, a única diferença era o olhar que estava severo e furioso. Sem deixar-se intimidar, Draco subiu para o mesmo degrau de Gina, olhando-a agora de cima, como deveria ser.
- Sua nojenta estúpida! Ta se achando né? Podre é o que você é! Não passa de uma sangue ruim!
- Sou mais pura que você, o que não é nada difícil!
Draco subiu a mão em direção ao rosto de Gina, como se fosse batê-la, desistindo no mesmo instante. Não conseguiria. A ruiva sequer piscou, apenas continuou olhando-o nos olhos. Ele sentia-se muito desprotegido por sob aquele olhar, mas não o desviaria.
- AAh, vai me bater vai Malfoy? Anda, continua seu covarde! Ou você não é homem o bastante para isso? - disse a ruiva, incitando-o a fazer o que queria. E foi exatamente o que ele fez.
No segundo seguinte, Gina estava a berrar escada acima, em direção ao sétimo andar, o andar dos “amassos”. Ao invés de batê-la, Draco fez sim o que queria, tomou-a nos ombros, carregando-a como um saco de batatas e agora levava-a por corredores escuros em direção às salas de aula vazias do sétimo andar. Ela veria se ele era ou não homem.
- MALFOY SEU TROXA, ME PÕE NO CHÃO AGORAAAA! OU VOCÊ ME LARGA OU EU JURO QUE TE MATO!
- Ai, ui, estou morrendo de medo. Você não mata nem uma mosca sua fraca! E eu tenho certeza que você vai gostar da nossa “conversinha”...
Gina paralisou nos braços de Malfoy. O que ele faria. Ela preferia nem imaginar, mas estava enrascada e dessa vez, sem a varinha REALMENTE. Havia deixado-a em seu quarto para jantar. Não imaginava correr perigos em Hogwarts, mas a partir daquele dia não mais a soltaria. Não falou mais nada, já estavam no sexto andar e todos, provavelmente estariam indo em direção aos dormitórios, num falatório insuportável. Ninguém a ouviria. Precisava urgente de um milagre. De repente, assim, do nada mesmo, o lado “Gina saidinha” surtou e venceu o lado que odiava o Malfoy e obrigou-a a fixar- se na circunferência traseira de Draco. “ E que circuferência, meu Merlim! Ele deve ganhar do popozudo do Johan Carter, aquele corvinal. Ai que vontade apertar...” Gina estava com a mão a meio caminho quando o lado “certo” voltou a funcionar e a impediu de fazer uma das maiores besteiras da vida dela. Corou ao perceber o que ia fazer. O que diabos estava acontecendo com ela? O que ela pensava estar fazendo? Ele era o arrogante e sem escrúpulos do Malfoy! Novamente o lado “errado”... “Mas tenho que admitir que ele seja bem forte e gostosão... Pose de malandro realmente boa! Ai, eu não poderia ter escolhido melhor meu arqui inimigo rival! Já penso se toda vez que a gente brigar ele me levar para o sétimo andar?! Nossa, todo dia eu arrumaria um barraquinho básico com ele...” Foi interrompido de seus pensamentos ao sentir seu gostoso, digo, inimigo, colocá-la de forma não tão gentil no chão e segura-la pelo braço, andando por um corredor.
-Malfoy você está me machucando! Ai, para, solta meu braço! AAAAI!
- Daqui a pouco eu solto Weasley, mas te garanto que você vai implorar para eu pegar não só no seus braços, mas como em todas as outras partes...
-Ahahahaha, só por que você quer seu, seu... IDIOTA! – disse a menina já nervosa com o que seguir-se-ia. – Malfoy eu já te disse o quanto...
Foi interrompida com um alto barulho. Draco havia aberto a porta de uma sala com violência e arremessado-a para dentro. Ela enrubesceu ao ver a cena que se passava. Ele riu. Um casal, provavelmente do quarto ano agarrava-se com vontade. Ela, loira e sentada em cima de uma mesa e ele moreno, de pé em frente a ela, puxando-a cada vez mais para perto de si. Gina agora riu baixinho e Draco a olhou, frio. Ela logo se recompôs, para enrubescer novamente.
- Não ria, daqui a pouco será sua vez, se você comportar-se direitinho! – disse ele sensualmente em seu ouvido, no que ela se arrepiou.
Draco pigarreou alto e o casal separou-se, com a boca vermelhíssima. Enrubesceram tanto que Gina pensou que fossem explodir.
- Bonito hein? Se seus pais vissem isso! Que pouca vergonha! Caso vocês não saibam isso é uma escola! Espero nunca mais presenciar tal cena vergonhosa! Vocês deveriam estar brincando de carrinho ou boneca e não fazendo tudo isso! Vão já para suas respectivas casas antes que eu lhes dê uma detenção! – disse Draco severo e fazendo-se de Santo, no que Gina segurou-se para não gargalhar. Ele fazia a mesma coisa naquela idade e tinha a cara-de-pau de dar broncas. Francamente!
O casal ia saindo rapidamente de mãos dadas e cabeça no que Draco, mais uma vez, incorporou o papel “ sou -santo -e -estou -chocado -com –essas -atitudes -inadequadas”:
_ E nada de mãos dadas e agarros durante o caminho! Fechem a porta ao saírem, tenho que explicar uma matéria à minha linda colega – disse sorrindo para Gina que estava sem fala. Que desculpa mais esfarrapada! Que cara-de-pau.
Após a saída do casal e deles terem fechado a porta, Gina descambou a rir feito doida, até ser colocada em uma carteira única (N/A³: Imaginem uma carteira de uma única pessoa, tipo uma cadeira e uma mesinha na frente!) por Draco, que colocou a mesa bem rente à garota para ela não ter escapatória. Sequer pôde colocar os braços para cima. Ele a olhou bem nos olhos e ela não pode sustentar o olhar, era demais para ela. Estava ficando doida e aquele olhar estava colaborando muito.
- Em primeiro lugar Weasley, eu quero esclarecer algumas coisas! Não sou metido, dono do mundo ou todas as asneiras que você disse, sou apenas realista – disse ele olhando-a com os olhos semicerrados.
- Ora Malfoy vê se... - disse Gina olhando-o agora. Ou melhor, dizendo... Dizia Gina, já que Draco lançou-lhe um feitiço que capturou sua voz. Ela empurrou a carteira com força e cruzou os braços, no que ele riu com o canto da boca. O lado de Gina achou isso muito... Sexy... Definitivamente estava louca.
- Continuando... Não sou nada disso! Sobre você ter dito que eu tenho uma família realmente má, eu tenho que concorda, mas não sou como eles! Sim, já quis ser um comensal, mas logo desisti isso não é para mim, posso não parecer bom, mas tenho a cabeça no lugar. Minha família não presta e eu sou assim por causa dela – disse ele descontrolando-se. Sua voz já falhava e Gina ouvia a tudo, horrorizada. Nunca pensou em uma cena como aquela. – Posso parecer um monstro, mas isso é medo das pessoas, é medo de tudo, é medo do mundo! Nunca fiz uma coisa boa por alguém e me envergonho por isso, de verdade Weasley! Obrigada por me fazer sentir a pior pessoa da face da Terra! – terminou ele, com cara entre nervosa e triste. Gina estava se sentindo um monstro, tinha machucado um Malfoy, o que não era nada fácil. E ela pensando que ele a beijaria ou coisa pior...
O moço chutou uma carteira que tombou no chão, com um grande barulho. Gina que estava de pé assustou-se e arregalou os olhos. Ele agora estava ajoelhado no chão com a face enterrada nas mãos. Gina aproximou-se dele com cautela, estava amedrontada e sentindo-se o pior e mais perverso dos seres. Ajoelhou-se ao lado do loiro e olhando para o chão com olhar e voz arrependida, disse:
- Malfoy, eu sinceramente não queria te fazer sentir-se assim! Eu só queria, só queria...Ah- suspirou a ruiva- que você me deixasse, afinal nós somos meio que inimigos, mas quero que você saiba que mesmo te odiando, sei que você tem alguma coisa boa, você não quis seguir sua família e isso o faz bem melhor que eles! Bem, eu queria te pedir, bem você sabe, te pedir..
- Desculpas? – disse ele tirando a face das mãos e olhando-a com ar maroto e sorriso mais ainda.
Ela olhou-o indignada. Ele estava fingindo só para ela sentir-se mal! Ele gargalhou na cara dela e disse:
- Ahahaha, Weasley você precisava se ouvir ahahahahah! Que coisa mais ridícula! Bom, pelo menos você caiu, o que prova o meu dom para atuar e o meu charme irresistível!
Gina estava realmente irritada agora. Levantou-se bruscamente e foi em direção á porta, mas Draco, recuperado da crise de riso, girou-a pelo braço, forçando-a a ficar de frente para ela.
- Ainda não terminamos Weasley, agora sim eu vou te falar o verdadeiro motivo da conversa. Senta aí! – e jogou-a em uma cadeira, conjurando cordas e a prendendo. Gina estava possessa. – Bom, o que eu quero te dizer é o seguinte: Desde que o testa-rachada...
- É Harry, Harry Potter!
- Sillêncius! Assim está melhor! Continuando...nunca te ensinaram que interromper as pessoas é falta de educação? – se pudesse falar, Gina diria um palavrão bem feio – Então, desde que ele se foi e te deu um pé na bunda e te trocou pela Cho, pensei em te dar um presentinho, só para você se divertir um pouco. Com isso, eu também sairia lucrando, afinal o presente é uma ficada comigo Weasley. Mas só faço isso por você estar bem gostosa e atraente, o que não é normal de uma Weasley. Então eu vou te soltar e deixar você vir me beijar que eu sei que você está louca para isso – e assim o fez.
Gina, que ouviu a tudo perplexa, levantou-se e foi em direção ao loiro que tinha encostado-se a uma mesa e estava de braços cruzados esperando-a. Ela se aproximou e ele abriu os braços, para logo ser esmurrado por todos os lados por uma ruiva que dizia:
- Você...é...um...perfeito....arrogante...e...IDIOTAAAAA!
- Olha aqui garota, muitas meninas de Hogwarts estariam loucas por eu estar falando isso e dando esta oportunidade única. Então vê se entende que você vai sim ficar comigo! – retrucou ele segurando-a mais uma vez pelo braço e forçando-a a olhá-lo nos olhos. Ela não poderia odiá-lo mais.
- Só por cima do meu cadáver! – falou a ruiva vermelhíssima e com os dentes serrados com força. Deu-lhe um belo pisão no pé, daqueles para deixar a unha torta.
-Sua Vaca! – gritou ele pulando em um pé só, enquanto ela abria a porta. Percebendo que ia perdê-la, ele corre e a pega por trás na metade do corredor. Já comentamos o quanto ele é rápido? Bom... – não vai escapar de mim tão rápido assim, não antes de eu conseguir o que quero!
E jogou-a na parede. Ela soltou um gemido de dor, tamanha a força que ele havia jogado-a. Ela ia cedendo aos poucos até que ele a pegou e a prensou com o corpo na parede, prendendo as mãos dela. Gina tentou gritar, mas não conseguiu, devido à ação de Draco: Ele a puxou pelos cabelos e começou a distribuir beijos no pescoço de Gina, a qual ria e se arrepiava. Tinha cócegas. Eles estavam extasiados demais com o momento que não perceberam a porta se abrir. Draco continuou a beijá-la e ela estava totalmente mole em seus braços. Começou a subir a trilha de beijos até chegar perto do nariz e roçá-lo ao da ruiva que estava esperando de olhos fechados pelo beijo. Pouco se importava que fossem inimigos. Na verdade, nem se lembrava de mais nada a não serem eles naquele momento magnífico até que quando ela já sentia os lábios dele perto de sua boca, ouvem um pigarro. Risinhos alterados e um pigarro. Separaram-se vermelhos e irritados, até verem quem estava na porta. Embranqueceram.
N/A³ COMENTE PLIS!
Por favor pessoal..comentem!
Bjao pra vcs!
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