Detenção e muita confusão...



Capítulo 3: Detenção e muita confusão.







No capítulo anterior...







Pouco se importava que fossem inimigos. Na verdade, nem se lembrava de mais nada a não serem eles naquele momento magnífico até que quando ela já sentia os lábios dele perto de sua boca, ouvem um pigarro. Risinhos alterados e um pigarro. Separaram-se vermelhos e irritados, até verem quem estava na porta. Embranqueceram...



Gina olhava estarrecida para a porta e Draco tinha um sorriso frio nos lábios, afinal, sabia estar em vantagem. Quem os observava era o Professor Snape, na verdade, o diretor Snape. Ele vinha com quatro alunos terceanistas, dois meninos e duas meninas, que riam abertamente da cara dos dois. “O que diabos esse seboso faz aqui?”, pensava Gina entre amedrontada e irada. “Quem ele pensa que é para entrar assim em uma sala e quebrar o clima”?



- Eu, Ginevra Weasley, sou seu diretor e trate-me com respeito sua traidora do sangue nojenta! – respondeu Snape aos pensamentos de Gina, no que ela lembrou-se de seu tão odiado diretor ter o poder da legilimência. Draco soltou um risinho. – Se fosse você, Sr. Malfoy, não daria um pio sequer se soubesse o que tal escória da humanidade - e apontou para uma vermelha Gina – pensa a seu respeito.



Neste momento o queixo da ruiva caiu e sua fúria chegou ao máximo. Não pode controlar-se e deixou a raiva aflorar contra o diretor, uma raiva reprimida que a fazia delirar. O que mais queria no momento era estrangular o diretor por tudo que ele havia a feito passar. Por tudo que ele havia feito a seus familiares e amigos, por tudo que ele havia feito até hoje, por ser um comensal nojento e asqueroso, sem escrúpulos, que havia matado Dumbledore, por tudo! Por ele ser ELE!



- Seu trasgo nojento e abominável, sua barata ridícula e estúpida, seu... Seu COMENSAL DE MERDA! (N/a3: Maals gente pelo palavrão, mas eu tava precisando...) Quem você pensa que é? O diretor? Pois eu tenho uma novidade para você: O diretor de Hogwarts È, SEMPRE FOI E SEMPRE SERÁ ALVO DUMBLEDORE! Seu assassino bruto, frio, seboso! Você não passa de uma possa nojenta e fedida de óleo de mandrágora! Você é um... - mas Gina não pode continuar. O irado professor a havia calado com um feitiço.



Quando Gina percebeu que sua voz alta e imponente de fúria não mais ecoava pela sala dirigiu a mão à garganta, até que percebeu que havia sido silenciada pelo professor. Lançou-lhe um olhar mortífero e sem pensar nas conseqüências de seus atos, partiu para cima do diretor, ou pelo menos tentou, porque logo sentiu braços fortes a retiraram do chão pela cintura dizendo-lhe, na verdade, gritando com ela:



- Ginevra, dá para calar sua matraca gigante que você vai ser expulsa?!



Gina estava ainda mais brava por ter sido impedida por Draco, mas, sabia como livrar-se daqueles braços: Deu-lhe um pisão no pé com força, exatamente onde ela havia pisado um pouco antes de Snape chegar. O loiro logo a soltou com um uivo de dor. Ela correu em direção ao professor até sentir um baque forte contra seu peito e ver que uma mesa havia sido colocada entre ela e o seboso. Com toda a sua fúria não se deixou parar e empurrou a mesa para o lado, com a força de um urso das montanhas. Mal deu um passo e sentiu-se ser arremessada longe, batendo com força as costas em uma parede. Caiu sobre uma carteira, que cedeu e caiu junto com a ruiva. Não conseguia respirar devido ao baque e já estava ficando sem ar. Uma dor horrível se abateu por seu corpo, devido à queda e ao poder do feitiço. Estava ficando vermelha pela falta de ar e seu pescoço estava arroxeado. Não conseguia se mexer e estava caída com o resto no chão, as pernas esparramadas e de barriga para baixo. Ouviu alguém chamá-la e a única coisa que conseguiu fazer foi um ruído de alguém que puxa o ar a todo custo. A pessoa estava agora a seu lado. A virou e a segurou nos braços, olhando aflito para seus olhos amendoados e castanhos. Assustou-se ao encontrar a íris azul de Malfoy, ainda mais com um olhar preocupado. Nunca pensou que veria o mínimo de preocupação naqueles olhos a não ser que fosse pelo próprio traseiro. Sinceramente, aquele olhar não estava ajudando nada na falta de ar.



- Gina, você está bem?- perguntou a sentando de frente para ele e percebendo que ela estava com falta de ar. A chacoalhou.



- Gina!



Finalmente o ar invadiu os pulmões de Gina e ela sentiu um alívio extremo. Ficou mole, deveria ser pela falta de oxigênio. Se Draco não a estivesse segurando pelo braço, certamente deitaria de novo, como se caísse sentada. Após o susto e a recobra dos sentidos, Gina percebeu que não era a única a transparecer alívio.



- ISSO, sua insolente suja e indigna, é para aprender que comigo não se brinca! Entenda de uma vez por todas que EU estou no comando e faço o que bem entender. Nunca se refira á mim como um de seus familiares estúpidos. Você ainda não entendeu que essa é uma batalha perdida? – a voz de Snape ecoou na sala, fazendo Gina lembrar-se da presença asquerosa. Estava perplexa em como alguém poderia ser assim tão estúpida. Seus olhos enchiam-se de lágrimas, não por medo, mas por raiva e desgosto. - Será que você não vê que está completamente só? Onde está seu amigo cicatriz, sua amiguinha sabe-tudo e seu irmão burro? Ande menina, me responda, onde eles estão? – Gina não pode responder, estava ferida, magoada. Queria mais que nenhum outro saber deles, ter uma notícia, mas nada. Apenas a sombra e a lacuna que aquelas pessoas haviam deixado, levando consigo a felicidade e a esperança de muitos. Tudo era silencio na sala, até que Snape proferiu o que ela temia ouvir, o que ela negava-se a entender, o que ela não queria ver, mas já sabia – Oh, me esqueci que você não sabe que você era só a sombra dos três! Esqueci-me que você é só mais uma idiota que lambe o chão por ode eles passam, esqueci que eles só falavam com você por PENA, que eles sempre foram o TRIO perfeito e em um trio não há espaço para uma sem talento, suja e insignificante como você! Você foi abandonada, esquecida e jogada. A caçula mulher, a esquecida pela família, amigos, ignorada por seu grande amor. Agora me diz: quem é a que mais deveria ter vergonha aqui? Eu, que sou o DIRETOR dessa escola, ou você que é uma fracassada estúpida e nojenta?

Pronto, Gina estava acabada, não pode sustentar o olhar mais, apenas abaixou a cabeça, tentando segurar as lágrimas. Snape estava mais do que certo. Ela tinha milhares de verdades para jogar na cara dele, mas não pode fazer isso, estava destruída. Com toda a dignidade que reuniu levantou-se e correu para fora da sala, mas foi impedida com um feitiço de Snape que a paralisou. O diretor encaminhou-se até a menina com um sorriso jocoso em seus lábios e postou-se de frente para Gina, que mesmo paralisada não pode controlar as lágrimas. Sentia-se fraca, mal, inútil. Ainda mais por estar chorando na frente de seu odiado diretor, de duas crianças e do Malfoy. Mesmo assim, estava impossível impedir as lágrimas de correrem por suas alvas faces.

- Você realmente pensou que eu iria me satisfazer com apenas aquele sermão e aquele feitiçozinho? Nunca! Detenção Weasley, sem sombra de dúvidas! Detenção por três semanas com o Sr. Malfoy...

- O QUE? – urrou o loiro que estava me mirando com feições indecifráveis.

- Isso mesmo que o Senhor Ouviu! Onde já se viu um Malfoy agarrado a uma Weasley nojenta? Você deve pagar por isso! E agradeça por eu não contar a Lucius o que o filinho dele anda fazendo em salas escuras, ainda mais com uma Weasley!

Draco gelou e Gina, que ainda estava paralisada devido ao feitiço, quase riu da cara dele. A ruiva ainda chorava de raiva e desgosto, mas sabia que era ridículo chorar pela verdade que, por sinal, ela já sabia. Tudo o que Snape havia dito, sem exceção, era verdade e a menina se enfurecia ao perceber que eu não era a única a ter notado o quanto era insignificante.

- Enfim, amanhã eu quero você – e apontou para Gina desfazendo o feitiço – na torre de astronomia às 9 horas em ponto e o Sr. Esteja lá dez minutos antes.

Quando enfim se virou e saiu do corredor com as quatro crianças, a ruiva pode finalmente gritar. Foi alto, agudo e ela só parou quando ficou muito vermelha e sem ar. Ainda inspirando com ódio, Gina chutou a parede e deixou-se cair ao chão. Lágrimas rolaram novamente por sua face. O motivo? Tudo o que tinha passado naquela noite estranha e turbulenta.

- Viu o que você fez? – perguntou Draco que estava encostado na outra parede observando o ataque de Gina.

A ruiva levantou a cabeça com um olhar assassino e uma cara de puro ódio e repugno.

- Como é que é? – perguntou tentando fazer a voz soar o mais firme e ameaçadora o possível. – Você, essa doninha nojenta, me traz até aqui, me faz passar por tudo isso e ainda me culpa? Ora seu... – disse a ruiva enquanto ficava de pé e andava ameaçadoramente para cima de Draco. O menino sequer moveu-se, até que Gina o acertou bem no meio das fuças, com um soco que fez o nariz dele começar a sangrar.

Draco, recuperado do susto que levou no instante em que foi esmurrado, pegou o pulso de Gina e virou-o com força, até que a menina gritou alto e virou-se de costas para ele, a fim de acompanhar o pulso que era fortemente torcido.

- Sua nojentinha traidora do sangue! – murmurou ele em seu ouvido, fazendo-a esquecer-se momentaneamente da dor e arrepiar-se – Quem você acha que é para me bater hein?! Sua vaca! – gritou ele empurrando-a de cara na parede.

Com o baque, Gina se sentiu desnorteada e caiu aos pés do loiro, que a ficou observando com raiva. Até que, mais uma vez aquela noite, ele surpreendeu a ruiva: Abaixou-se enquanto ela se contorcia de dor por ter batido a testa na parede e a pegou no colo com cuidado. Gina, que ainda estava tonta e sem rumo, o deixou fazer isso sem protestos. Sua cabeça girava e girava, até que ela percebeu um calombo na testa e resolveu ficar bem quieta naqueles braços fortes. Aconchegou-se e olhou para ele, no que viu um pequeno sorriso em seus finos lábios de gelo. A ruiva atribuiu essa visão louca à pancada na cabeça.

Sentiu ser levada por ele por um longo caminho, o qual ficou de olhos fechados e com a mão na cabeça. Quando chegou a certo lugar, onde ele parou, resolveu abrir os olhos e pode perceber que estava em frente a um retrato. A entrada da Grifinória. Sua cabeça ainda girava, até que ela sentiu seus pés no chão e alguém ainda sustentando-a. Não conseguia se manter firme, a pancada havia sido muito forte. Aquele desgraçado! Foi o primeiro pensamento de Gina quando conseguiu lembrar o que havia acontecido e por que tinha esse estado de tontura.

- Weasley, diga a senha para eu colocar você ai dentro – disse o loiro que a sustentava de maneira mandona.

- Não mesmo seu loiro! – disse ela com uma careta. – Pode deixar que eu entro sozinha!

- Você não está nem em condições de ficar de pé, quer ir só até lá dentro?! – perguntou ele se impacientado.

- Vaza daqui doninha! – falou ela com raiva. – Se você me soltasse seria uma maneira de eu te mostrar que eu estou bem! – falou a ruiva com feracidade na voz.

Malfoy a soltou e ela cambaleou um pouco, no que ele cruzou os braços e deu um sorriso torto que fez a ruiva cambalear mais ainda. Quando por fim se sustentou, isenta da tontura, mandou-lhe embora no que ele ficou a mirá-la sem expressões. Gina gritou com ele e, ainda rindo, ele virou-se e foi andando de maneira arrogante pelo corredor. Gina o olhou com os olhos cerrados e quando ele contornou o corredor ela disse a senha para a mulher gorda. Ela se apoiava no quadro e quando disse a senha e ele se abriu, Gina caiu para dentro do salão. Já enrubescendo, ela olhou para cima para ver quantas pessoas havia presenciado o tombo e o “mico” e se assustou ao ver apenas um menino do terceiro ano que ela conhecia por nome olhando-a assustado. Ela respirou fundo e se arrastou para o sofá ignorando as feições confusas do menino. Subiu com dificuldade no sofá e ali se deitou. Quando conseguiu se ajeitar, sentiu a latente dor na cabeça e fechou os olhos, a fim de dormir.

- Será que dava para parar de olhar ô pirralho?! – murmurou com raiva e pode ouvir o menino subindo apressado para o dormitório.

Finalmente respirou fundo, colocou a capa por cima de si, como um cobertor, pegou uma almofada e a fez de travesseiro. Estava pronta para descansar e adormecer sem pensar em nada, apenas relaxar e tentar se livrar da dor.

No dia seguinte, Gina acordou com várias risadas. Sua cabeça latejava de dor ainda e ela não entendia de onde vinham todos aqueles risinhos estúpidos. Levou a mão à cabeça e grunhiu de dor quando percebeu o galo que ali havia se formado. Foi abrindo devagar os olhos que foram inundados pela claridade. Tentou se concentrar em focalizar-se em algo e quando viu o tanto de pessoas que a observava dando risinhos, se levantou rápido, a raiva borbulhando dentro de si. Cometeu um grande erro com isso, já que cambaleou e caiu ao chão, com uma explosão nada agradável de risadas como coro. Ainda no chão, ela tentou se lembrar de onde estava e como essas pessoas poderiam estar em seu quarto, até que se lembrou da noite anterior e que não estava em seu quarto e sim no salão comunal. Fechou os olhos percebendo que estava com as vestes amassadas, toda feiosa, com um galo na cabeça e ainda por cima, no chão, bem no meio do salão comunal no primeiro dia de aulas. Ficou irritadíssima com isso e decidiu que tentaria se levantar mais uma vez, sem pressa, para ai sim encarar a realidade. Até que ouviu a voz de um anjo, na verdade, de um Neville:

- Gina! O que aconteceu? – perguntou o moreno abaixando-se para a amiga e a ajudando a se levantar. Percebeu o hematoma em sua testa e fez uma careta de susto e preocupação.

Gina se limitou a murmurar um “me tira daqui, por favor,” no que Neville esbravejou com os alunos que a olhavam rindo e levou-a para um canto isolado. Ajudou-a a sentar-se e perguntou o que havia acontecido. Gina disse que explicaria depois, mas que agora precisava de um favor dele. Como o amigo fiel e prestativo de sempre, Neville ouviu aos pedidos da menina e não deixou de corar quando ela pediu, por fim, que a ajudasse a ir para o quarto. Ainda cheio de embaraço, ele a ajudou a ficar de pé e foi guiando-a para a escada. Quando chegou ao começo da mesma, ficou extremamente vermelho quando pegou Gina no colo. Os alunos ali presentes soltaram gritinhos insinuantes como “Dá-lhe Neville” ou “ Ui Ui, olha o casal!”.

O moreno os ignorou e levou a amiga até seu quarto. Abriu a porta e colocou-a em sua cama. Foi logo pegar as roupas da menina e lhe deu. Saiu apreçado do quarto e foi procurar alguém que o pudesse ajudar. Em pouco tempo, Gina estava trocada, com o material arrumado e sendo levada no colo de Neville para a enfermaria. Emily, uma menina do quarto ano o acompanhava. Ela que havia ajudado Gina a se trocar e agora acompanhava Neville até a enfermaria, onde deixariam Gina e rumariam para suas respectivas aulas.

Quando chegaram ao destino, Neville colocou Gina em uma maca, no que Madame Pomfrey já correu para a menina. Os dois murmuraram um “depois nós voltamos” para Gina e saíram. No mesmo momento a enfermeira colocou algo na testa de Gina que a fez abrir a maior boca para gritar, o que foi abafado quando Madame Pomfrey jogou uma poção goela abaixo em Gina. A ruiva tossiu e logo se sentiu melhor. A enfermeira ficou ali com ela, fazendo um curativo em Gina, cobrindo o “galo” com gase e passando algumas pomadas. A mulher disse a Gina que ela estaria novinha em folha para ir a terceira aula do dia. Saiu então e dirigiu-se para algum lugar que Gina não se importou. Logo a ruiva ressonava tranqüila e sem dores. Mal sabia que certo loiro que estava sendo atendido antes de sua chegada a mirava inconsciente...





Gina foi acordada mais uma vez naquele dia por Madame Pomfrey. Ela já não sentia mais nada e estava realmente novinha em folha. A mulher a entregou uma bandeja com torradas, geléia, um pedaço de bolo e suco a Gina, a qual agradeceu e começou a comer, com um sorriso. Quando terminou a refeição, perguntou que horas eram no que a Senhora lhe respondeu que ainda teria tempo de se arrumar direito antes de ir para a aula. Gina se levantou e foi ao banheiro da enfermaria, lavou o rosto, tomando cuidado para não molhar a grande gase que ocupava desde o meio de sua testa até o canto esquerdo. Escovou os dentes com uma escova dada por Madame Pomfrey e penteou os cabelos com os dedos. Pediu um prendedor para a mulher que a deu. Gina prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e foi pegar os materiais que se encontravam ao lado de sua maca. Agradeceu brevemente a Senhora e quando ia sair, a mulher se pronunciou.

- Senhorita Weasley? – chamou ela, no que Gina voltou e virou-se para ela.

- Sim? – perguntou a ruiva.

- O Senhor Malfoy me pediu que a avisasse que não se atrasasse para a detenção.

- Como? – perguntou a atordoada Gina.

- Ele esteve aqui, problemas com o nariz, e me pediu para avisá-la isso.

- Ah sim. Obrigada Madame Pomfrey, mais uma vez – disse Gina saindo e sorrindo. Ele teve problemas com o nariz. Bem feito!

Ainda sorrindo, Gina seguiu para a sala de astronomia, onde mais tarde teria que aturar o Malfoy em uma tediante detenção. Nem um dia em Hogwarts e ela já tinha três semanas de detenção! Enfim, decidiu que se preocuparia com isso depois. Foi correndo agradecer a Neville, o qual a questionou do que estava acontecendo. Quando Gina ia começar a explicar, a aula começou e ela teve que adiar as explicações.

A aula voou, assim como todo o dia. No almoço, engoliu a comida e correu até o salão comunal, onde pegou os livros certos e pode se arrumar melhor. Quando voltou às aulas, Neville ainda a questionava. Só pode lhe dizer o que houve quando estavam na aula de História da Magia, onde se comunicaram por bilhete. O menino ficou irado quando soube e disse que falaria com Malfoy, dar-lhe-ia uma lição. Gina o pediu para deixar com ela, que ela saberia o que fazer se ele fizesse tudo aquilo de novo. É óbvio que Gina ocultou algumas partes, na verdade ela ocultou a maioria e só contou a parte da história onde ela esbarrou no Malfoy e eles brigaram, o que a fez levar uma detenção. Contou também que eles haviam se machucado daquele jeito brigando. Neville riu alto, sendo repreendido pelo professor, quando soube que Gina havia batido em Malfoy e era esse o verdadeiro motivo para ele estar com o nariz “enfaixado”.

Quando o dia terminou, Gina teve que jantar correndo de novo e se despediu brevemente de Neville e Luna, dizendo que iria para a torre de astronomia cumprir a “tortura” com o Malfoy. Correu apressada até lá e chegou quando faltava apenas um minuto. Respirando fundo para regularizar a respiração, bateu à porta no que a voz de doninha irritante que ela tanto odiava respondeu que entrasse. Com a maior cara de desgosto que pode, Gina entrou e logo começou a fazer o que ele dizia. Sua detenção consistia basicamente arrumar papéis, limpar os telescópios e o chão, que estava imundo. Isso tudo sem a varinha. Em quatro horas. Gina suspirou cansada só de ouvir e logo se afundou em papéis. Ficaram em profundo silêncio, onde Draco a olhava com um sorriso e Gina fazia a tudo carrancuda. Até que Gina viu uma luz no fim do túnel e perguntou se levantando suada e descabelada:

- Ô doninha? – chamou.

- Sr. Malfoy Weasley! Respeite os seus superiores! - disse ele se levantando.

- Doninha, eu não posso ficar aqui até a uma da manhã! – disse a ruiva cruzando os braços e dando um sorriso.

- E eu posso saber por que não? – perguntou ele se inclinando na mesa.

- Porque o toque de recolher é as dez, ou seja, daqui a cinco minutos, o que quer dizer que eu tenho que ir para o meu salão.

Ele riu abertamente e respondeu satisfeito:

- Lamento te desapontar, ou melhor, adoro te desapontar! Isso só serve para ralés como você! EU sou maior de idade, monitor chefe e tenho autorização do Snape para ficar aqui até que você termine, ou seja, se você não cumprir no prazo, eu posso prolongar a noite. Agora, tire esta expressão de idiota da cara e volte ao trabalho! – disse sentando-se feliz em sua cadeira.

Gina bufou e voltou a arrumar os papéis. Passou mais de meia hora para terminar e quando os organizou na estante, foi limpar os telescópios. Malfoy ficava a encarando, o que a estava incomodando. Odiava quem a ficava olhando. Ficava toda atrapalhada. Foi por esse motivo que deixou o mesmo telescópio cair três vezes. Draco só ria da cena, com gosto.

- Mas que saco! Quer parar de me encarar e ir caçar alguma coisa para fazer seu imprestável! – esbravejou Gina quando quase deixou o aparelho cair pela quarta vez.

- Não não! Está bom ver você constrangida aqui! Sabe que você fica ainda mais bizarra quando está irritada, vermelha, toda suada, suja e descabelada?

- Oh, Jura? – perguntou a menina com sarcasmo – Então porque você não tira uma foto? Eu juro que dura mais!

- Ahahaha, fica quieta e trabalha vai Weasley, eu tenho mais o que fazer em uma noite como essas! – disse ele rindo e com muita, MUITA MALICIA na voz.

- Você é nojento Malfoy! – disse Gina voltando a passar um paninho no aparelho, com os risos altos dele em seus ouvidos.

Mais uma hora até que Gina estava no fim: Só precisava limpar o chão. Na verdade, teria que varrer, lavá-lo e depois secar. Já eram 11 e meia. Ela suspirou cansada e foi pegar a vassoura. Começou a varrer o local e quando se aproximou de Draco, pedindo para que ele colocasse os pés para cima para ela poder varrer, ele simplesmente a devorou com os olhos. Gina se concentrou para não corar, mas foi impossível. Enquanto varria, Draco a observava, até que sorriu maroto e decidiu irritá-la:

- Sabe Wesley, você daria uma boa empregada! Daquelas fáceis que a gente vê em filme sabe?! É bem tentador o jeito como você limpa as coisas...–disse ele olhando-a sugestivamente.

- Sei sim e sabe de uma coisa? Eu sei que você não saberia dar conta de uma empregada como eu, não é “Litlle Malf”? – disse a menina sarcástica e mega irritada com o comentário.

Ela queria iniciar uma discussão para poder jogar a raiva que acumulava nele. Mas ele começou a rir feito louco e sem parar. Gina o olhou desgostosa e voltou irritada para o trabalho. Tinha terminado de varrer e estava pronta para jogar o balde de água na sala quando alguém murmurou em seu ouvido, muito perto:

- Você sabe que eu dava conta e muito mais não é? – disse ele perto demais dela, fazendo-a arrepiar-se e se assustar.

Não deu em outra: Com o susto que tomou Gina, que tinha um balde cheio de água na mão, jogou o mesmo para cima e me molhou por inteiro, no que Malfoy rolou de rir. A ruiva estava tão vermelha que era quase possível ver a água evaporando de tanto que ela estava irada. Estava toda molhada, com as roupas grudando, o cabelo grudado na cara, a gase ensopada e com uma raiva incontrolável. Olhou furiosa para Malfoy, que tinha se deitado de tanto que ria. Gina quase se descontraiu com a risada de meninão que ele tinha. Quase.

No segundo seguinte, Malfoy gritava palavrões e Gina rolava de rir. Ele pingava por completo, justamente como a ruiva. Ela ainda tinha a arma do crime, digo, o balde em mãos. Ele a olhou com raiva e ela riu ainda mais alto.

- Sua nojenta traidora! – berrou ele, vermelho de raiva.

Gina se levantou e passou saltitante por ele, indo pegar a vassoura e o rodo dizendo marota e sapeca:

- Não era isso o que você estava falando agora a pouco, CHEFINHO! – disse ela ainda rindo sarcástica.

- Não me tente sua pequena louca! – disse ele tentando parecer bravo. Gina riu.

Antes de se virar e ir se secar com a varinha, Draco riu baixinho. Gina começou a arrumar tudo, lavar e secar. Quando terminou exausta e molhada, eram quinze para uma da manhã.

- Hum... Terminei – disse ela em frente à mesa de Draco, o qual olhava distraído pela janela.

- Ok, então pode ir. Esteja aqui amanhã as nove em ponto de novo. Sua detenção ainda não acabou – disse ele sorrindo daquela forma chata e arrogante. – Ah, sua varinha! – disse ele, tirando-a das vestes.

- Adeus – disse ela e se virou, saindo da sala.

Gina vagou pelos corredores escuros e ia em direção à enfermaria para trocar os curativos, quando ouviu vozes e ficou parada, estática.

- Hahahá, é mesmo Lancy! Ela era bem gostosinha mesmo! Cara! – disse alguém.

Gina continuou andando apreensiva. Estava só, era de noite. Tinha sua varinha e tudo o mais, mas tinha uma sensação ruim em seu estômago. Quando virou o corredor, encontrou com cinco meninos, sonserinos pelo que pode perceber, que a olharam marotos. Gina gelou quando recebeu os olhares desejosos dos cinco. Engoliu em seco e continuou andando. Quando ia passar por eles, um menino alto e de cabelos castanhos se postou em sua frente. Ela o olhou assustada. Quando olhou ao redor, viu que estava no meio de uma rodinha de meninos.

- Com licença! – murmurou tentando parecer calma, mas sua voz falhou. Pelo menos ela estava em Hogwarts e tinha a varinha. Que mal poderia lhe ocorrer?

Até que se lembrou que o diretor era o Snape, não havia mais o Filch para olhar pelos corredores e ela estava no meio de cinco SONSERINOS. Engoliu em seco mais uma vez e olhou em volta. Sentiu um cheiro horrível de álcool e percebeu que eles estavam bêbados. Mais um motivo de encrenca na certa.

- Lancy, tem certeza que os monitores estão bem desacordados e a barra está limpa? – perguntou o menino de cabelos castanhos que estava em frente a Gina, a qual recuava de medo.

O que ele quis dizer com aquilo?

- Está sim Brad! – respondeu um risonho menino de cabelos negros e olhos verdes.

- Ótimo – respondeu o tal de Brad, dando um passo na direção de Gina, que foi para trás, mas não pode continuar porque estava cercada. – Então eu finalmente poderei provar o sabor grifinório! – disse ele pegando Gina pelo cotovelo, a qual se desesperou e tentou gritar.

Foi tudo muito rápido: Quando Gina ia gritar por socorro alguém tapou sua boca e carregou-a para uma sala, jogando-a lá dentro. Os cinco entraram e Gina, que estava apoiada em uma carteira com uma cara de puro pavor, arregalou ainda mais os olhos quando o tal de Brad começou a desabotoar a camisa e tirar a gravata. O coração de Gina disparou. Ela sabia exatamente o que ele quis dizer com aquilo. Sem pensar em nada ela gritou alto, pedindo socorro, no que os cinco riram. Brad chegou perto dela e a agarrou com força, colando-a a seu peito nu. Gina reagiu na hora, com a coragem Grifinória vindo à tona, junto com o espírito de sobrevivência: A menina gritou alto o feitiço estuporante, que acertou em cheio o menino, que voou toda a sala.

Quatro pares de olhos cheios de raiva a fitaram e Gina se preparou para o ataque, mas um deles foi mais rápido: a varinha de Gina voou longe e um outro menino, loiro de olhos castanhos e muito alto e forte a pegou com um sorriso. Logo Gina estava sendo segurada por um menino, o tal de Lancy. Gina o mordeu com força na mão, no que ele a largou no chão e o último menino lhe deu um chute bem na barriga, fazendo-a perder o fôlego.

- Sua vadiazinha ruiva! Agora você vai ver! Carlo pegue a nossa amiguinha grifinória para que a gente a mostre o poder sonserino! – disse um malicioso Lancy.

Gina arregalou os olhos, mas foi pega pelo Tal de Carlo, que lhe tapou a boca e a prendeu em um abraço de urso. O loiro de olhos castanhos deu um tapa na perna de Gina e arrancou-lhe a meia. Rasgou-a na verdade. Lancy passou a mão nos cabelos de Gina a qual derrubou uma lágrima, fazendo a todos rir. A menina estava apavorada e indefesa. Ela tentou espernear e gritar, mas foi impossível. Carlo a soltou e jogou para Lancy, que a pegou e lhe deu um beijinho na bochecha, junto uma puxada em sua capa. Gina, que estava ainda molhada, sabia que eles a olharam daquela maneira quando ele puxou sua capa porque sua blusa estava transparente e seu sutiã era vermelho. A menina lhe deu um tapa na cara, tentando se defender do que ele iria fazer. Ele se irritou e lhe deu um tapa, também na cara, com toda a força que tinha. Gina caiu ao chão com um grito. Foi pega pelos cabelos e ficou de pé. A boca sangrava.

- Vaca! – sussurrou Lancy em seu ouvido e os outros três riram da quase inconsciente Gina.

Foi quando Lancy deu-lhe outro tapa na cara, com mais força ainda, que Gina caiu sem forças de cara no chão. Antes de perder os sentidos, ela ainda ouviu alguém entrar na sala e estuporar uma pessoa. O que se seguiu foi um duelo de onde uma única pessoa saiu vitoriosa. Além do duelo de varinhas, houve uma briga feia, onde Gina ouviu murros, tapas, chutes e joelhadas. Com muita dificuldade ela gemeu baixinho, com medo de quem fosse que estivesse parado a sua frente.

- Gina? Gina fala comigo? Gina, por favor!

A menina ouviu a voz de seu inimigo mor, mas nunca se sentiu tão feliz em ouvi-la. Era como a voz de um anjo. Era como a voz de seu salvador. Ela pode perceber que ele estava apavorado e que sua voz falhava. Gina forçou o Maximo que pode, mas a única coisa que saiu foi outro gemido. Só o que sentiu foi ser virada com todo o cuidado e alguém segurava sua cabeça com cuidado.

- Por Merlim! – exclamou ele. Gina conseguiu abrir os olhos e viu a expressão preocupada de Draco. – Gina, você vai ficar bem eu prometo, eu prometo! Eles já eram, eu juro para você! Calma, eu vou te tirar daqui, eu vou cuidar de você, eu vou... – mas Gina não pode ouvir mais nada.

Perdeu os sentidos e a voz de certo loiro ficou longe, como a voz de um anjo que se afastava lentamente. Mergulhou mais uma vez na tontura e na inconsciência.

Malfoy, que a olhava assustado, de repente soube o que fazer: Sem tirar os olhos da face borrada de sangue da menina e dos roxos, pegou-a com todo o cuidado que tinha e rumou rápido para a Sonserina. Murmurou a senha e correu escada acima, ignorando os olhares curiosos de seus amigos e os gritos de Pansy com ele. Ao invés de ir para o seu quarto, foi para o quarto dos monitores. Entrou rápido e colocou Gina na cama de casal, com muito cuidado, A raiva consumiu cada espaço dele e, mais uma vez, ele correu ligeiro porta afora. Antes de descer as escadas, ele ainda voltou e olhou para a desacordada Gina murmurando para ela:

- Eu já volto ruivinha, não saia daqui! Por favor, fique bem, eu PRECISO DE VOCÊ... – e deixou uma lágrima solitária rolar. Enxugou-a e correu escada abaixo, rumando encolerizado e preocupado para a enfermaria.




(N/A³: GNTTT DEMORO MAS TA AI, DE PRESENTE DE NATAL PRA VCS!! BJJJ E BOAS FESTAS PRA TDOOOS, MTOOOS PRESENTES E ALEGRIAAA! AAAH, FALANDO NISSO DEEM OS NOSSOS PRESENTES E A NOSSA ALEGRIA: COOOOOOMEEEEEEEENTEEEEEEEEEEEEMMMMMMMM!!!!!!!! BJBJ!! aTEH MAIS, ISA, VICKY E SASA!!

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