Capítulo IX
Após a mais fantástica noite de amor que uma mulher poderia desejar, Lily planejara acordar nos braços de James, para finalmente conversarem sobre os muitos pontos de interrogação que pairava sobre o relacionamento deles. Tinha esperança de que poderia contar-lhe toda a história sobre a contratação de Sirius Black, para atuar como seu marido durante a conferência em Hogwarts, e que, desta forma, acabariam se entendendo e dando boas risadas juntos. Afinal, como já lhe ocorrera antes, contratar um marido era uma situação no mínimo hilariante, ainda mais quando ao chegar à Carmel descobrira que, em vez de um, teria dois...
Abrindo os lábios num breve sorriso, ela lembrou-se de um adágio popular que poderia enquadrar-se perfeitamente a situação: um é pouco, dois é bom, três é demais! Felizmente, graças ao jogo de cintura do próprio James, os constrangimentos por causa do falso triângulo amoroso puderam ser evitados.
Depois de alguns segundos refletindo sobre todos os acontecimentos que vivenciara desde sua chegada a Carmel, Lily virou-se de lado e procurou pelo corpo másculo do único que era capaz de deixá-la ensandecida de paixão. Contudo, sua busca foi infrutífera, James não se encontrava mais ali.
Olhou para o relógio de cabeceira e confirmou que não era nem seis horas ainda. Desapontada, sentiu uma terrível sensação de vazio e, num reflexo, empurrou o edredom para longe do corpo, forçando-se a acreditar que logo James entraria pela porta do quarto e a tomaria nos braços, numa atitude carinhosa, mas nem por isto menos sensual.
No entanto, para sua infelicidade o tempo passou devagar. Cerca de meia hora mais tarde, Lily finalmente decidiu que estivera enganando a si mesma. Não significava nada para James Potter! Uma vozinha interior teimava em repetir-lhe que, para um homem experiente como ele, fora apenas mais uma garotinha tola, capaz de corresponder às suas necessidades biológicas momentâneas.
Como se permitira cair na teia da sedução com tanta facilidade!? Será que não poderia ter evitado o fiasco da noite anterior, se tivesse demonstrado um mínimo de amor próprio!?
Involuntariamente os olhos verde-esmeralda se dirigiram para o chão, onde o traje da Victoria’s Secret jazia amontoado ao lado da cama, como prova de que fora descartado às pressas.
Uma forte onda de calor espalhou-se por seu corpo, ao recordar-se de James dissera que não precisava usar o négligé para seduzi-lo, porque já havia nascido sensual.
“Mas que idiota que fui, isto é o que todos os homens dizem quando querem conquistar uma garota!”, recriminou-se, enchendo o peito de ar e exalando logo em seguida, num gesto que denotava impaciência.
Furiosa com James, consigo mesma e com Horacio Slughorn, que afinal fora quem iniciara aquela história toda, Lily levantou-se da cama e seguiu direto para o banheiro.
Contudo, nem o jato potente que escorreu da ducha foi capaz de acalmar-lhe o animo. Assim, vinte minutos depois, enxugou-se, vestiu um conjunto de moletom Pink e aproveitou para amarrar os cabelos num juvenil rabo-de-cavalo.
Por ultimo, mirou-se no espelho e julgou que estava bem para a missão que tinha em mente.
Sim, James Potter que a aguardasse, tão logo o encontrasse, iria lhe dizer tudo o que pensava a respeito de homens chauvinistas como ele, que fazem amor com uma mulher e depois desaparecem sem a menor explicação!
Sentindo-se terrivelmente satisfeito consigo mesmo, James rumou em direção à suíte, ao mesmo tempo em que se esmerava por equilibrar a enorme bandeja de café da manhã com a qual pretendia surpreender Lily. Tivera de esperar uma hora e dez minutos até o padeiro chegar com os croissants de Carmel, porem o aroma delicioso que inundou-lhe as narinas reafirmava que tal sacrifício valera à pena.
Fora preciso também uma certa dose de diplomacia para convencer o chefe da copa a ceder-lhe um pequeno vaso solitário, onde depositou um lindo botão de rosa vermelha, que iria ser dado a Lily com um longo e sensual beijo de bom-dia.
A noite anterior tinha sido estupenda, melhor ainda do que da primeira vez em que se amaram e, para provar a ela o quanto estava feliz, se esmerara para fazer a singela surpresa.
Da ultima vez que a vira, Lily estava adormecida sobre os travesseiros, com os cabelos avermelhados formado um verdadeiro halo de fogo em torno de seu rosto delicado. A cena chegara a ser até incongruente, porque a cor dos cabelos contrastava, em muito, com o ar infantil que o relaxamento do sono lhe imprimia.
Infantil!?, James ponderou com um leve sorriso, conforme adentrava na saleta. Ora, ninguém melhor que ele para saber que Lily Evans era uma mulher em todos os sentidos da palavra, e não uma criança. Sim, Lily era terrivelmente desejável, capaz de levá-lo ao prazer com um simples arquear do corpo feminino.
Tomado por sentimentos que mesclavam ternura e sensualidade, James abriu a porta que interligava os dois cômodos da suíte.
De repente, a surpresa: Lily não estava ali!
Franzindo o cenho intrigado, percorreu a ampla suíte em busca de sua feiticeira irlandesa e acabou confirmando o fato de que estava sozinho. Mas aonde, diabos, ela teria ido!?, questionou-se, depositando a bandeja sobre a mesinha do canto da ante-sala e tentando raciocinar com clareza.
Depois da noite anterior, em que tinham se amado da forma mais maravilhosa e completa que um casal pode sonhar, Lily adormecera em seus braços, e o sorriso que lhe dirigiu antes de fechar os adoráveis olhos verdes parecia confirmar que, por fim, as diferenças entre eles haviam terminado. Por que, então, agora não estava ali para esperá-lo!?
Será que não imaginara que após ter descoberto as sensações fantásticas que proporcionavam um ao outro, jamais a deixaria escapar por seus dedos!?
- Não vou ficar aqui parado e deixá-la aprontar mais uma de suas trapalhadas! – disse a si mesmo, antes de sair para o imenso corredor da pousada.
Naquele momento, tudo o que lhe ocorria era que, sentindo-se fragilizada por causa da noite anterior, Lily acabara por procurar refugio no chalé de Sirius Black, e isto não iria permitir!
Zangado e imerso nos próprios pensamentos, ele cruzou o hall de Hogwarts, antes de seguir pela trilha que levava ao chalé de pedras acinzentadas.
Com os punhos cerrados, bateu na porta do pequeno chalé, tão forte que dava a impressão de que estava prestes a derrubar a graciosa construção.
Minutos depois, um Sirius Black com olhar confuso e peito despido veio atendê-lo.
A simples visão do torso nu fez James explodir.
- Onde está Lily, seu cretino!? – gritou ele, segurando o jovem ator pelo pescoço, a ponto de quase enforcá-lo.
- Céus, não sei de Lily! O que há com você, Potter!? – Sirius balbuciou, obviamente aturdido.
- Não tente me enganar, calhorda. Lily não está na suíte, portanto, só pode estar aqui! Vou encontrá-la, quer você queira ou não.
- Escute, não vou deixá-lo invadir minha privacidade desta maneira e... – Black tentou demonstrar coragem, mais foi interrompido por um safanão.
- E como pretende me impedir!? – James estava fora de si, à simples idéia de que outro homem poderia ter abraçado Lily o transtornava.
- Pare, Sr. Potter! Sirius já afirmou que sua esposa não está aqui! – soou uma voz de mulher, vinda do quarto ao lado, pouco antes de Marlene McKinonn aparecer na pequena sala.
Com um autômato, James libertou seu refém e deu dois passos atrás. O bom senso o fez ver que fora inoportuno.
- Acho que exagerei – murmurou, envergonhado. – Lamento.
- Eu também lamento, Sr. Potter – Marlene voltou a falar. – Tem acontecido muita coisa estranha por aqui e começo a desconfiar que existe muito mais por trás desta história de conferencia sigilosa do que estão dizendo. Talvez minha tia devesse ficar a par dos acontecimentos – ameaçou-o, obviamente zangada.
- Escute, Srta. McKinonn – James procurou ser razoável – vamos fazer um acordo, eu não digo nada a sua tia que a encontrei no quarto de um dos hospedes da pousada, e a senhorita não me cria problemas. – Por mais que lhe desagradasse ter de ceder, sabia que se Marlene abrisse a boca, todo o esquema de segurança da Zonk’s poderia ir por água abaixo.
- Está bem – a moça capitulou. – Mas da próxima vez que brigar com sua esposa, procure ser mais cauteloso ao sair agredindo os outros por aí. Ninguém tem culpa de suas dificuldades matrimoniais.
“Era só o que me faltava! Um sermão a esta altura dos acontecimentos!”, James resmungou consigo mesmo, ao deixar o chalé.
Pisando duro, ele seguiu pela trilha que levava ao prédio principal de Hogwarts. Encontrava-se tão imerso em pensamentos que nem percebeu que estava prestes a esbarrar em alguém.
- Ei, olhe por onde anda! – bradou Lily, assim que o corpo musculoso de James chocou-se contra o seu, levando-a a perder o equilíbrio.
- Ah, aí está você, afinal! – resmungou James, segurando-a pelo braço, sem nem sequer pedir desculpas pelo incidente. – Diabos, por onde andou? – quis saber, assumindo o ar patronal que tanto a irritava.
- Pois eu faço a mesma pergunta! – Lily revidou, fuzilando-o com o olhar. – Quando acordei estava sozinha e sem a mínima pista do que tinha acontecido com o senhor!
- Ora, desci até a copa a fim de preparar uma bandeja especial para nosso café da manhã. Acabei demorando mais do que deveria, pois tive de esperar o padeiro chegar de Carmel – explicou com enfado. – Quando finalmente levei a bandeja para a suíte, você não estava lá!
- Ah, claro! Que convincente! – atalhou Lily, fazendo uma breve careta. – Do momento em que acordei, até o que saí da suíte, deve ter se passado, no mínimo, uma hora. Tempo demasiado para buscar uma bandeja, não concorda!? – ironizou.
James a fitou com o cenho franzido. Era obvio que ela estava aborrecida, mas por que, afinal!? Será que também descobrira que Sirius Black e Marlene McKinonn tinham passado a noite juntos!?
Bastou esta simples duvida para que o ciúme voltasse a corroê-lo como se fosse um monstro impiedoso, voraz...
- Ainda não me respondeu, Lily Evans. Por onde andou que não consegui encontrá-la!? – James teimou em saber.
- Não é de sua conta! – Lily declarou entre os dentes. Indignava-se com o comportamento de James. Onde estava a confiança que deveria ter florescido entre eles depois de uma noite de amor!? Que fim levara o homem maravilhoso que a fizera cruzar a fronteira do mero prazer carnal!? Seria verdade que com a luz do dia os príncipes encantados se transformavam em horríveis sapos verdes!?, questionou-se irônica.
- Não vamos recomeçar as discussões, está bem? – James disse, soltando-a, gesticulando que seguisse para o interior de Hogwarts.
- Para mim, tanto faz – Lily declarou, dando de ombros. – Mas quero deixar claro que vou tratá-lo da mesma maneira que me tratar, mister. Portanto, cuidado.
“Ah, este maldito gênio irlandês!”, James praguejou mentalmente, conforme seguiam juntos para o quarto. Ao que tudo indicava, teriam muitos pontos a acertar antes de serem capazes de vivenciar a plenitude dos sentimentos que nutriam um pelo outro.
- Ouvi dizer maravilhas a respeito do Aquário de Monterey! – Molly Weasley exclamou, quando James e Lily finalmente se reuniram ao grupo da Zonk’s, no terraço da pousada. – Estive pensando que poderíamos ir até lá, hoje, não concordam?
Não foi preciso muito mais que estas palavras para convencer o grupo. As outras três esposas concordaram de pronto. James, no entanto, tinha lá suas duvidas sobre o programa sugerido. Na verdade, queria ficar sozinho com Lily, para desfazerem o clima hostil que se instalara entre eles após o desencontro do principio da manhã. Mesmo assim, era sensato o bastante para reconhecer que as obrigações profissionais vinham antes do prazer.
- Se Lily não tiver outra programação para hoje – ele começou a dizer contrafeito – imagino que não será difícil atender a seu desejo Molly. Aqui mesmo, na recepção de Hogwarts, poderemos comprar os ingressos para o passeio.
- Bem, eu havia planejado um passeio pelo Parque Lobos, mas não vejo problema algum em deixá-lo para outra ocasião – Lily comentou, com polidez, ao sentir-se alvo dos olhares.
- Ótimo, então! – Molly anunciou, satisfeita. – James, por que você não providencia os ingressos para o Aquário, enquanto falo com Marlene McKinonn, para verificar se ela pode nos levar na Topic de Hogwarts!?
James hesitou ligeiramente. Os olhos castanho-esverdeados procuraram pelos de Lily. Antes de acertar qualquer detalhe do passeio, queria deixar claro para sua falsa esposa que pretendia transportar os dois em seu próprio carro. Em seu modo de ver, precisavam ficar sozinhos para resgatarem a cumplicidade e romantismo que haviam partilhado na noite anterior.
- Qual o problema, James? Por que não faz o que Molly sugeriu? – interveio Nora Moriarty, tirando-o do devaneio.
- Está bem, vou cuidar dos ingressos – capitulou, dando adeus a seus planos de privacidade. – Em seguida farei meu trabalho de inspeção diária, por isto, devemos marcar a saída para daqui à uma hora mais ou menos.
- Perfeito! – as mulheres assentiram em coro.
- Vem comigo, Lily? – convidou-a, esquecendo os demais e estendendo a mão para ela num reforço ao convite.
- Oh, não. Vou ajudar Molly a convencer Marlene a nos levar – respondeu Lily, evitando encará-lo.
“Ainda está zangada!” James pensou, dando um longo suspiro, antes de seguir para a recepção de Hogwarts.
Como ele previra, não foi difícil conseguir os ingressos para o Aquário. Assim, resolvida a primeira de suas duas missões, guardou os pequenos bilhetes cor-de-rosa no bolso e seguiu para a sala de reunião, com o intuito de fazer a inspeção matutina.
Assumindo um ar profissional, girou a chave na maçaneta de bronze e entrou na sala com olhos atentos. À primeira vista, tudo parecia absolutamente normal... Exceto... exceto a estranha sensação de perigo que o assolou.
Era como se, de repente, estivesse sendo levado apenas pela intuição. Entretanto, por mais estranho que pudesse parecer, James não teve a menor duvida de que havia algo errado acontecendo ali.
Minado pela desconfiança, fechou a porta atrás de si e acendeu todas as luzes do aposento rosa e cinza. Imediatamente seu olhar foi atraído por um quadro que havia na parede oposta à entrada.
Na noite anterior, quando trancara a sala de reunião, tinha cuidado para que o quadro ficasse perfeitamente alinhado, porque era atrás deste objeto de decoração que se escondia o cofre.
“Sim o cofre, claro!”, repetiu em pensamento, deduzindo o obvio, antes de cruzar o pequeno espaço que separava da parede.
Bastou apenas um segundo para que suas piores suspeitas se confirmassem.
- Trinta e nove! – exclamou perplexo, mexendo na combinação do cobre. Todas as noites, quando guardava os projetos e planilhas de trabalho em seu reduto de segurança, ajustava a combinação de maneira a acrescentar um grau ao numero utilizado. Em outras palavras, isto significava que agora a combinação para a abertura deveria ser quarenta, não trinta e nove como no dia anterior!
Prendendo a respiração, ele abriu a pesada porta de ferro maciço e esforçou-se para avaliar se algum documento importante fora roubado.
Aparentemente estava tudo como fora deixado na noite anterior. Todavia, James não era homem de se iludir com aparências. A vida lhe ensinara que nem tudo o que reluz é ouro. Para agravar ainda mais a situação, havia a certeza de que, quem quer que tivesse violado o segredo, sabia exatamente o que fazer.
Os anos de experiência em segurança industrial o faziam pensar na hipótese de estar lidando com um ladrão, ou seria melhor dizer espião!?, muito sagaz que, alem de possuir a chave da porta da sala de reunião, conhecia também a natureza dos documentos que estavam no cofre.
Uma onda de indignação percorreu o corpo másculo de James. Enquanto ele estivera mergulhado nas sensações maravilhosas que descobrira após fazer amor com Lily, algum espertalhão tinha cuidado de sabotar o projeto do novo brinquedo da Zonk’s. Isto era o que podia chamar de ironia do destino!
- Parece que os pessimistas têm razão, nem tudo é perfeito – murmurou consigo mesmo, conforme procurava pistas que o levassem ao culpado do crime.
No entanto, não tardou em perceber que apenas a equipe de projetistas poderia dizer se algum projeto ou planilha importante haviam sido roubados. Assim, sem alternativa, James sentou-se à cabeceira da mesa de reunião e esperou que a equipe chegasse para iniciar o trabalho do dia.
Para sua felicidade, não foi preciso esperar muito tempo. Logo os especialistas da empresa entraram no aposento, seguidos de perto pela elegante Cinthia Mason.
- Olá, James. Tudo bem por aqui? – saudou-o Arthur Weasley, antes de tomar seu lugar a mesa.
- Lamento informar que não está tudo bem, Arthur. Temos problemas – James anunciou em voz grave.
- Que tipo de problema!? – Weasley quis saber, franzindo o cenho marcado pelo passar dos anos.
- Só um minuto e ficará sabendo – respondeu James, voltando-se, então, para a única mulher do grupo. – Cinthia, você costuma ser a ultima a lidar com os projetos do dia. Ontem, notou alguma anormalidade nos papeis?
- Não – Cinthia negou, desconfiada. – Hal me passou os desenhos para que os finalizasse no tocante as cores, mas acabei não tendo tempo de concluí-los.
- O que fez com eles então? – James prosseguiu com o interrogatório.
- Deixei-os junto aos papeis que você deveria guardar no cofre. Caso tenha esquecido, meu caro, é o único que conhece a combinação – alfinetou-o. – Mas por que está fazendo tantas perguntas? O que houve?
- Sim, que diabos aconteceu por aqui, James? – impacientou-se Arthur.
- Por acaso deu por falta de algum projeto, James? – Patrick Moriarty quis saber.
- Não exatamente. Porém, ao chegar aqui descobri que alguém mexeu no cofre – revelou, correndo os dedos por entre a massa de cabelos.
- Não é possível! Slug nos dará um belo chute no traseiro se permitirmos que nos roubem o projeto! – Richard Lowe fez-se ouvir pela primeira vez.
- Ei, esperem um pouco! Vamos analisar os papeis com calma, antes de começarmos a fazer planos para viver dos porcos rendimentos do seguro desemprego – aconselhou Hal Martin, com senso de humor tipicamente americano.
- Hal tem razão, vamos dar uma boa olhada nos papeis – sugeriu James, tirando o conteúdo do cofre, em seguida dispondo um calhamaço de papeis sobre a mesa.
Sob o peso do silencio, o grupo avaliou os esboços gerais e os detalhes inerentes a cada projeto.
- Ora, mas não está faltando nada aqui! – Weasley declarou por fim.
Os outros membros da equipe foram unânimes em concordar com a avaliação do gerente de vendas da empresa.
- Não pode ser! Estou certo de que alguém mexeu na combinação do cofre! – teimou James, incrédulo.
- Vamos, Potter, não fique procurando fantasmas que não existem! Acabamos de dizer que não falta nada! – Lowe revidou, obviamente aborrecido.
- Talvez não em uma primeira analise, mas existem muitos truques de espionagem industrial... – James deixou a frase suspensa no ar. – Nem é preciso dizer o quanto este projeto é importante para a Zonk’s, e o prejuízo que teríamos se nossos concorrentes o pirateassem!
- E o que sugere que façamos? – Cinthia interrompeu, com uma nota de arrogância.
- Nada de muito difícil. De agora em diante, estejam atentos a tudo e a todos. Não usem o telefone celular, pois é mais fácil de se interceptar chamadas, nem comentem o andamento do projeto com suas esposas e marido. O resto deixem por minha conta.
- Está insinuando que um de nós, ou de nossas esposas, poderia ser o espião!? – indagou Hal Martin.
- Não estou insinuando nada, só pretendo fazer o meu trabalho da melhor maneira possível. E, num caso de espionagem industrial, todo cuidado é pouco.
- Ainda bem que pensa assim, James, querido – Cinthia escarneceu. – Porque, se coloca as esposas na lista de suspeitos, terá de iniciar a investigação pela sensualíssima Lily. Afinal, alem de você, ela é a única que tem a chave da sala de reunião.
James a retalhou com o olhar. Não pode deixar de pensar que Cinthia bem merecia a maneira descarada como Ed Mason estava assediando a jovem Mary Lowe. Nem mesmo um cretino como Mason poderia agüentar uma mulher tão venenosa!
- Acho melhor todos se concentrarem no trabalho – respondeu, controlando-se ao Maximo para ignorar o ataque. – Prometi levar as senhoras até Monterey, mas antes vou tomar algumas providencias para evitar que nosso espião volte a agir – declarou começando a deixar a sala.
No entanto, o que mais o aborrecia era que as palavras maldosas de Cinthia tinham atingido o alvo. Não conseguia deixar de pensar que, alem dele próprio, Lily era a única a possuir uma copia da chave da sala de reunião. Seria possível que fosse uma espiã!?
Não, claro que não! Não ela, a mulher Poe quem estava começando a se apaixonar perdidamente!, respondeu-lhe seu lado mais intuitivo.
Ainda assim, James não foi capaz de relaxar, a semente da duvida fora plantada, agora, para arrancá-la de seu coração, seria preciso descobrir a verdade sobre o relacionamento de Lily e Sirius Black, o mais rápido possível.
N/A: Oh, Pessoas mil desculpas por ter demorado tanto tempo e quando venho é pra postar um cap pequenino como esse... desculpe mesmo gente mais é q como eu disse no aviso eu comecei a trabalhar, fique 15 dias de treinamento no trampo aii qdo eu achei q o meu horaio ia se ajeitar e eu teria mais tempo, começou a minha semana de provas na facul q só acabou na semana passada, mais aii eu tive q trabalha o finde todo e só tive folga ontem,quarta, mais só tive tempo pra digita esse cap a noite mais num deu tempo pra posta.
Então estou hj eu aki postando o cap, pequeno diga-se de passagem, mais num vai dar pra responder os comentários... mais prometo que no proxmo eu respondo tudinho... e que eu num vou demora muito pra posta o próximo, acho q eu vou ter folga na quarta que vem de novo aii eu digito o próximo e posto ta legal...me desculpem mais uma vez...
Bom ta aí mais um capítulo... Falem aí o que vcs acharam...
Será que a Lily vai finalmente se acertar com o James?
Será que tem realmente um espião?
Quem é o espião?
E aí dêem suas opiniões...
Até o próximo capítulo...
Dá uma passada lá pra conferir
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Já tem mais de 200 Fic’s indicadas lá.
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