Revelações e confusões
Revelações e confusões
- James, onde esteve? – Scorpion cumprimentou o amigo que tinha acabado de chegar ao salão principal. James andava sumido desde que começou a ensaiar para a peça de Inverno e Scorpion sentia falta do amigo.
- Em lugar nenhum? – respondeu James brincalhão, dando um abraço nele.
- Vem cá! – Foi Hugh que puxou James para um canto longe dos amigos.
- O que houve? – perguntou James curioso.
- Nós somos amigo, certo? – Hugh queria confirmar se estava tudo bem entre os dois, já que ele quase não o via mais.
- Sim, claro! Muito mais que amigos: primos e irmãos. – James ficou surpreso com a pergunta e respondeu como se fosse algo obvio.
Hugh sorriu. Mas de repente ficou sério.
- Cara eu queria te devolver uma coisa! – ele parecia constrangido e tirou a capa da invisibilidade do bolso da veste.
- A capa! Estava com você todo esse tempo? Eu pensei que havia perdido. – James a pegou e guardou no seu bolso. – Como você pode Hugh? Todo esse tempo eu andei pensando como dizer ao meu pai que eu havia roubado a capa dele e a perdido, e ela estava com você.
- Cara foi mal! Eu tava desesperado lá no lago e a peguei! Eu fiquei com vergonha de te devolver antes. – ele parecia realmente envergonhado.
James pensou um pouco. Todos podiam errar talvez ele tivesse feito o mesmo.
- Ok cara! Deixa pra lá! A merda já foi feita mesmo!- falou James abraçando o primo – Mas da próxima vez eu te azaro. – Completou sorrindo.
O sinal tocou e eles foram juntos para a sala de aula.
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James estava indo de volta para o salão comunal da Grifinória. Era muito tarde. Já deviam ser meia noite e o professor O’Conner só o havia liberado agora da detenção.
Estava passando por um corredor no sétimo andar quando viu Emmy na outra extremidade, bem apressada.
Achou que ela devia fazendo alguma coisa importante para está essa hora perambulando pelo castelo. Era bem o feitio dela andar como se fosse um fantasma pelo colégio. Ele tentou ignorar isso. Mas estava curioso demais para deixar isso para lá.
Ele correu até ela e alcançou-a.
- Hey! –James gritou para que ela parasse.
Emmy se virou e esperou ele chegar até onde ela estava. Ficou surpresa com a presença dele ali. James Potter era a última pessoa que ela pensou que fosse encontrar.
- O que esta fazendo a senhorita perfeição a essa hora perambulando pelos corredores? – perguntou James quando alcançou ela.
- Eu te faço a mesma pergunta!
- Você sempre vem andar pelos corredores à noite? – perguntou ele sarcástico.
- Talvez. –Emmy deu um sorriso cínico para ele. Ela se virou e começou a andar de novo.
- Aonde vai?
- Venha ver.
Emmy andou por mais alguns minutos. James a seguia de perto, tentando imaginar para onde ela estava o levando. Emmy subiu umas escadas e James reconheceu o lugar. Eles estavam indo para a torre de Astronomia.
Emmy entrou em uma sala que dava acesso as ameias da torre. Ela foi até um armário alto e o abriu com uma chave. Com um floreio da varinha, ele fez um objeto grande sair de dentro do armário e se posicionar nas ameias.
- Legal, o que é isso? – perguntou James se aproximando. Ele deu a volta no aparelho e olhou os detalhes. Ele parecia meio rústico e mal acabado, mas não fazia idéia do que era.
- Isso é o meu telescópio! – disse ela orgulhosa – Construí aos doze anos. Dê uma olhada. Na verdade é um telescópio modelo trouxa.
James deu um passo e colocou o olho direito em cima do ocular.
- Saturno. – comentou. Afastou-se e olhou para ela - Muito legal!
- Quero fazer um maior para ver o cometa Hyakutake. – continuou ela empolgada - Ele virá na primavera, mas ninguém sabe quando ele vai voltar.
- Os milagres da natureza. Agora entendi...
- Entendeu o que? – perguntou confusa.
- Você gostar dessas coisas.
- Essas “coisas”? – Emmy ficou ofendida - Eu tenho minhas crenças, tenho fé, você não?
- Não. Tem muita coisa ruim nesse mundo. E isso é coisa de trouxa.
- Sem sofrimento não há compaixão.
- Diga isso aos que sofrem.
Emmy o olhou nos olhos e disse:
- Por que você é tão amargurado James?
- De onde você tirou isso? Eu não sou amargurado. – ele achou que aquilo era demais.
Eles ficaram calados contemplando as estrelas. Apesar de ser inverno e quase Natal, o seu estava curiosamente claro. Parecia até mentira.
James olhou para Emmy. Todas essas semanas ensaiando com ela foram interessantes. Ele pode conhecer uma Emmy diferente do que ele tinha imaginado. Ela era inteligente, decidida e muito legal. E também muito bonita. Ela era magra e tinha uma pele bem alva que contrastava perfeitamente com seus cabelos negros e longos, que ela conservava sempre com uma trança. Que loucura é essa? Pensou James, eu não posso pensar essas coisas. Emmy só é alguém que eu estou precisando e só. Depois que ela me servir vai tudo voltar ao que era antes.
- Por que você acredita nessas coisas de Deus, fé e bíblia? Quero dizer... isso é coisa de trouxas. – Perguntou James.
Emmy olhou para ele como se analisasse sua pergunta.
- E por que não? Os trouxas por acaso são menos que nós? Será que nossas crenças são melhores que a deles?
- Não foi isso que eu quis dizer ... – James se arrependeu do que havia dito.
- Pois saiba que os trouxas são superiores a nós, pois sem o auxilio da magia eles conseguem se manter! – ela falou em tom de desafio.
- Ok, desculpa! Não está mais aqui quem falou! - ele se desculpou.
- Desculpe, acho que me empolguei, – Emmy parecia sem graça – é que... Minha mãe era trouxa. Ela me criou como trouxa enquanto papai viajava pelo mundo a trabalho. Depois que ela morreu, quando eu tinha dez anos, papai decidiu ensinar em Hogwarts e cuidar de mim.
James não sabia o que falar. Emmy parecia perturbada por aquela revelação. Ela começou a guardar o telescópio e James ficou parado observando.
- Boa noite James e até amanhã! – ela falou séria e saiu, deixando James perdido em pensamentos.
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James estava no corredor do colégio com seus amigos. Faltava apenas uma semana para a peça e finalmente férias. Ele já sabia quase todas as falas. E nessa semana começariam os ensaios finais com o figurino.
Eles estavam parados em um corredor esperando começar a aula de poções quando Emmy se aproximou.
- Olhem só a virgem Maria. – disse Lanna se referindo a Emmy que tinha acabado de entrar no corredor que eles estavam.
Emmy parou na frente deles e se virou para falar com James.
- Oi Potter, a gente se vê depois da aula? – ela queria confirmar se eles iam ensaiar as falas dele.
- Vai sonhando. – respondeu ele ríspido e grosseiro.
Emmy ficou olhando para ele, mas não se deixou alterar pela grosseria dele. Virou-se e entrou na sala de aula, enquanto escutava os amigos dele rindo dela.
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Emmy estava na sala da professora Andersen ensaiando sua música da peça no piano, quando sentiu alguém atrás dela. Era James. Ela o encarou e começou a guardar suas coisas na mochila.
- Vamos, Emmy. – James pediu- Você não pode me ignorar!
Ela terminou de guardar suas coisas e levantou-se do piano com raiva. James se afastou assustado. Nunca tinha visto Emmy daquele jeito. Ela o encarou.
- O que você quer? – perguntou ela impaciente.
- Você esta de mau humor...
- Você é observador! – respondeu ela irritada.
-Emmy, eu queria passar as falas com você.
- Mas sem que ninguém saiba, certo? – perguntou ela.
- É que eu queria surpreender todos com minha atuação. – disse James sorrindo.
- Como se fossemos amigos secretos? – perguntou ela dando um sorriso também.
- Certo. Você leu os meus pensamentos. – disse ele feliz por ter ajeitado as coisas entre eles.
- Ótimo. Então leia o meu. – ela tirou o sorriso do rosto e o encarou com tanta raiva como antes. James ficou mudo com a reação dela.
- Emmy, eu não posso ser seu amigo. – ela estava indo em direção a saída, mas ele a segurou pelo braço.
Emmy se desvencilhou dele.
- James, eu achei que tinha visto alguma coisa boa em você –Emmy o encarou seriamente - Mas eu me enganei! – ela saiu deixando James sozinho na sala. Ele sabia que tinha vacilado e feio dessa vez.
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Estava noite e James não conseguia se concentrar em nada. Tinha que se distrair com alguma coisa e parar de pensar no jeito que Emmy tinha falado com ele.
Deitou na cama e ficou olhando para o teto. Era melhor ele ler alguma coisa. Ele foi até sua mochila e pegou um caderno que lhe chamou atenção. Era o livro de formandos deste ano de Hogwarts, que Rose havia lhe emprestado mais cedo. Com certeza ele e seus amigos estariam ali.
Passou os olhos rapidamente nos rostos conhecidos e se deparou em uma determinada página com a foto de Emmy. Ela não estava muito diferente do que era hoje em dia, apenas usava uma faixa branca no cabelo. Olhou para a descrição da foto e começou a ler em voz alta.
Emmily: cruz vermelha, estrelas e planetas, clube do teatro e coral.
Ambição: presenciar um milagre.
Ficou um tempo ainda olhando a foto. Definitivamente Emmy era uma garota única!
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- Você sabe a resposta? Eu sei que sabe!
James estava em mais uma aula de orientação aos alunos do primeiro ano. Estava tentando fazer Brendon aprender alguma coisa de Astronomia, mas parecia que todos seus esforços não adiantavam em nada.
Brendon estava distraído segurando uma goles de quadribol e não dava atenção a James. Este estava começando a perder as esperanças de conseguir ensinar alguma coisa ao menino quando olhou para a janela que dava para a quadra de quadribol. Ele então teve uma idéia.
- Somos eu, você e o gol. –James tinha levado Brendon lá fora na tentativa de incentivar o estudo dele. Podia perceber que ele gostava de quadribol, então ia fazer isso ao seu favor - Nós três formamos os ângulos do triângulo estrelar. Dê um passo à frente. – Brendon deu um passo e James fez o mesmo. Ele olhou para o garoto - Continuo no mesmo ângulo que você e o gol?
- Sim – respondeu ele hesitante.
- E você?
Ele fez sim com a cabeça. James sorriu para ele o encorajando-o.
- Então o que somos?
- Um triângulo semelhante? – respondeu Brendon em dúvida.
- Sim! Um triângulo semelhante. – James ficou animado com o resultado. Emmy tinha razão, ele só precisava descobrir um jeito diferente de fazer com que Brendon entendesse a matéria. - Agora me transforme num isóscele!
Brendon deu uns passos para o lado e se virou para ver se a resposta estava certa.
- Certo, dois lados iguais! –James estava realmente feliz, tinha conseguido o que há semanas ele tentava sem êxito, agora tudo parecia muito mais fácil - Agora chega, vamos jogar! – Brendon que estava segurando a goles o tempo todo, jogou a bola para James enquanto esse corria em direção ao outro extremo do campo.
Emmy de longe via essa cena. Apesar de está irritada com James, não podia deixar de ficar feliz pelo modo que ele estava explicando Brendon. Esse tipo de atitude era tipicamente de James Potter!
Emmy encontrava sempre James nos corredores, mas nunca mais falou com ele. Nem nos ensaios da peça, nem nas aulas durante o resto da semana.
Algumas vezes James tentou falar com ela, mas ela sempre saia de perto. Com o tempo ele desistiu de fazer contato com a garota.
James ainda se sentia mal pelo modo que tinha tratado Emmy na frente de seus amigos. Sabia que ela tinha toda a razão em não querer falar com ele, mas preferia que ela não o fizesse.
N/A:
Está ai galera! Mais um novo capítulo! Nossa eu estou postando feito louca! Essa fic fica mais fácil de postar por ela está praticamente pronta (como vcs sabem estou me baseando na fic da Binks Granger Potter) então eu só faço adaptá-la. Mas O pai da noiva sai da minha cachola mesmo, então demora um pouquinho mais que essa.
Quero agradecer aos comentários (que por sinal é pouquíssimo):
Carol Black : Obrigado pela força e não, a Emmy não é Emmeline. Aliás, eu não sei quem é essa garota! Continue comentando, por que é muito bom OK? Bjos!
Stela Black Wolf: Valeu pelo incentivo e que bom que vc gostou da fic! Eu também adoro finais felizes e estou morrendo de pena de matar a Emmy. Talvez,quem sabe, eu não a mate? E sim, o Harry é sim casado com a Gina. Eu vou tentar descrevê-lo como um pai meio negligente e ausente da vida dos filhos (coisa difícil). Então está aí à causa da rebeldia do James e a magoa em relação ao pai. Continue comentando, eu gosto muito! Bjos!
Bem galera eu vou começar um esquema de aviso quando eu postar novo capítulo. Quem comentar será avisado. Isso não é privilégio, simplesmente não tem como saber o nome de todos que lêem a fic, então é preciso comentar para eu saber quem está acompanhando e poder avisar.
È só isso. Bjos a todos!
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