Ensaios
James estava indo para a aula de teatro e Hugh decidiu acompanhá-lo até a entrada da sala da professora Andersen.
- Não sei qual é o problema, a professora Andersen tem seios legais! – brincou Hugh tentando animar o amigo.
- Mentira! – respondeu James rindo do amigo.
James parecia entediado só por estar ali. Hugh estava tentando fazer o amigo encarar aquilo como uma brincadeira.
- Quero te ver de maquiagem, vai ser legal!
- Agente se encontra daqui à uma hora lá no salão comunal. – respondeu James, andando em direção a porta da sala.
- Ok. –Hugh gritou em resposta ao amigo já se afastando.
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- O musical deste ano é sobre paixões febris e metralhadoras. Escrito por Eddi e com letra e musica de Emmy O’Conner. É sobre a ascensão e queda de Tommy “metralha” da lei NY seca. Inspirada, é claro na sociedade trouxa. – A professora parecia muito emocionada ao falar da peça que seria apresentada. Mas parou seu discurso quando viu James chegando à sala – Senhor Potter, antes tarde do que nunca! Queria se juntar a nós.
- Claro – ele sentou-se na carteira vazia.
- Muito bem, vejamos. – a professora voltou a falar depois que James sentou-se – Emmy será nossa Alicia, a cantora de clube misteriosa, Sally será Carolaine e James será Tommy.
James que até então não estava prestando muita atenção no que era dito na sala, ganhou um susto quando escutou seu nome.
- Como? – ele se virou para a professora Andersen- Eu não planejo ser ator!
Mas isso não mudou a decisão da professora. James seria perfeito para o papel e ela não ia dar para outra pessoa.
James teve que se conformar e aceitar. Pelo menos seria apenas uma apresentação, talvez ninguém fosse assistir.
Eles se reuniram em uma roda e foram fazer a primeira leitura quente do texto. Eles teriam que ficar sentados, lendo o texto, mas interpretando.
- “Quando você soube Tommy?” – James estava contracenando com Sally nessa cena. Ele perdeu algum tempo tentando lembrar se já tinha visto ela alguma vez na sua vida. Achou que não.
- “Soube o que?” – perguntou ele visivelmente entediado.
- “Que estávamos apaixonados”. – Sally estava animada. Ela tinha ganhado um dos papéis principais e ainda ia atuar ao lado de James Potter. Aquilo era o sonho de qualquer garota!
- “Apaixonados? Querida, não queira se apaixonar por um cara como eu.” - James revirou os olhos. Aquela tal de Sally parecia muito animada.
- “Tarde demais, eu estou louca por você. E você?”
- “Eu não sei o que estou bebendo, querida, mas se isso é amor, eu quero que... encha o meu copo?”
James terminou de falar com desdém. Aquela peça era ridícula demais.
- Senhor Potter, você esta tentando fazer mal o seu papel? – perguntou à professora Andersen irritada.
- Não, sai naturalmente. – respondeu ele zombando.
A professora contou até dez. Não podia perder a paciência e se arrepender da decisão que tinha tomado ao por James naquela peça.
- Ok vamos passar para o final. – disse ela tentando manter a calma.
James estava saindo da aula e indo em direção ao corredor. Com os braços cheios de livros que a professora Andersen o havia pedido para levar até a biblioteca. Ele estava desconfiado que isso fosse uma espécie de punição por ele demonstrar tanto “interesse” pela peça. Ele percebeu que não estava sozinho no corredor e olhou para trás. Era Emmy.
- Você sempre faz isso? Anda por ai como se fosse um fantasma? - Provocou ele, meio desequilibrado.
- Você morreria se tentasse? – Emmy ignorou a provocação.
- Sim e eu sou jovem para morrer. – respondeu ele grosseiro.
- Você não gosta das aulas, mas gosta da escola porque faz sucesso e nunca mais o fará de novo. – disse Emmy fazendo uma análise dele.
- Isso é muito previsível. – respondeu ele se lembrando do que ela tinha dito.
- O seu show só funciona com platéia. –Emmy saiu do lado dele e adiantou os passos deixando James intrigado com o que ela havia dito.
Ele não pensou duas vezes e decidiu pedir ajuda.
James gritou para ela:
- Quer fazer uma caridade?- oferecendo os livros para ela.
Emmy se voltou para ele e analisou a situação, acabou concordando em ajudar James com os livros.
Eles andavam sem falar um com o outro.
- Quarenta e dois. – comentou ela.
James se virou para ela curioso.
- Quarenta e dois? O que é quarenta e dois?
- Quarenta e dois é ajudar alguém que eu não gosto. É uma lista de coisas para fazer na minha vida. – respondeu ela calmamente.
- Para assumir outra personalidade? – zombou dela.
Emmy ignorou o comentário dele e começou a dizer alguns itens de sua lista.
- Vinte e sete: fazer uma descoberta médica, seis: estar em dois lugares ao mesmo tempo, treze: fazer uma tatuagem...
- Qual é o numero um? – ele não pode evitar essa pergunta.
Emmy olhou para ele e deu um meio sorriso.
- Eu te contaria, mas eu teria que te matar!
James achou que aquilo era muita doideira concentrada numa pessoa só. Eles finalmente chegaram à biblioteca e entregaram os livros a bibliotecária.
Já estavam no corredor quando um grupo de alunos vinha em sentido contrário a eles. James percebeu que eram seus amigos.
Ele não podia deixar que eles o vissem com Emmy. Ele entrou na primeira sala que encontrou.
Emmy ficou parada na porta olhando para ele e não pode deixar de rir.
James Potter ia ser para sempre James Potter.
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James estava na sala comunal da Grifinória, tentando ensaiar suas falas com Hugh. Ele estava começando a ficar nervoso, pois estava percebendo que decorar aquelas falas seria muito mais difícil do que ele tinha imaginado.
- “Vim ver se está pronto” – começou Hugh.
- “Olha moça, só estou pronto para a morte” - James andava de um lado para o outro.
- “Olhe dentro de seu coração, Tommy, suas palavras foram ouvidas, não só por mim.”
- “Quando você entra... Droga! –James errou a fala e se irritou, ele nunca conseguia acertar essa frase.
- “Quando você saiu da chuva e encontrou no meu clube, não foi só coincidência, não é?”
- “Nada é coincidência” – respondeu Hugh desanimado. Ele largou o texto que ele estava segurando e encarou James.
- Vamos cara! Só tenho três semanas para decorar isso. A apresentação vai ser no ultimo dia de aula. –James tentou incentivar o amigo a ajudá-lo, mas Hugh tinha desistido.
- Nem que você tivesse três meses! – Hugh riu do amigo - Nem DeNiro faria essa droga ficar funcionar.
- Não fui eu que escrevi. – disse James tentando se justificar.
- Não, mas você vai fazer papel de idiota na frente da platéia, da escola, dos seus amigos... – Hugh enumerou as pessoas nos dedos.
- Eu não tenho alternativa. – explodiu James - Pode me ajudar por favor?
Hugh parou de brincar. Sabia que aquilo só estava acontecendo porque James foi pego no lago e assumiu a culpa sozinho.
- Só estou te enchendo. – disse ele com sinceridade - Vou estar lá na platéia, na primeira fileira... – ele sorriu para o amigo - Com tomates!
James riu para o amigo e o abraçou. Sabia que podia contar com Hugh à hora que ele precisasse.
- Valeu, cara! – respondeu James se afastando dele.
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No dia seguinte, no colégio, James tinha pensado numa pessoa que podia ajudá-lo com as falas. Na hora do almoço, quando todos os alunos estavam se dirigindo ao salão principal, ele foi atrás de Emmy.
Ele a encontrou arrumando a mochila que parecia ter rompido de tantos livros que ela levava, no segundo andar. Chegou perto dela e a cumprimentou.
- O que você quer Potter? – ela se virou e olhou para ele - Eu te conheço e você nunca me cumprimenta.
- Eu preciso de ajuda com as falas. – disse ele rispidamente.
- James Potter está me pedindo ajuda? –Emmy fechou a mochila com um feitiço e começou a andar. Não podia negar que estava se divertindo.
- Sim. – respondeu ele um pouco grosso.
- Ok. – ela parou de andar e voltou a olhar para ele - Eu vou rezar por você. – ela começou a andar de novo e James parou na frente dela, impedindo que ela continuasse.
-Emmy, sério... – começou ele.
- É obvio que você nunca pediu ajuda a alguém, não é? Para um pedido como esse, você precisa implorar, se humilhar... – respondeu ela segurando os livros que não couberam na mochila - Não tem que ser só por você. Tem que ser pelo bem de todos!
- É pelo bem de todos. O Eddi merece o melhor. Por favor! –James não reparou mais ele estava implorando para ela ajudá-lo. Emmy ficou surpresa por isso.
Ela olhou para ele e resolveu ajudar. Se ele tinha problemas, quem era ela para se negar a ajudá-lo?
- Esta bem, mas com uma condição.
- Qual? – perguntou ele esperançoso.
- Você tem que prometer que não vai se apaixonar por mim! – disse séria.
James se segurou para não rir na cara dela. Será que Emmy se achava tão atraente que ele seria capaz de se apaixonar por ela? Ela estava ficando louca se algum dia pensou que ele fosse se apaixonar por ela.
- Não será problema. – respondeu ele ainda segurando o riso.
- Certo, nos vemos depois da aula de poções na sala do meu pai. – disse ela decidida e convencida.
- Mas precisa ser realmente na sala do seu pai? – Ele perguntou desgostoso.
- Sim, vai ser lá. Se você realmente quiser minha ajuda.
Acuado James nada mais fez se não concordar.
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Emmy estava sentada em um canto na sala do pai lendo um livro sobre Runas. Sentiu que seu pai a estava observando. Ela parou sua leitura e olhou para o pai.
- James Potter está vindo aqui? Não dá para acreditar Emmy. – falou seu pai - Depois do que ele fez? – disse se referindo ao acidente com Derick.
- Pai, por favor, eu já expliquei ao senhor. Achei que tínhamos conversado que eu decidiria o que fazer com o meu tempo e a minha vida.
- É nele que eu não confio, não em você.
Emmy ia dizer alguma coisa, mas alguém bateu na porta. Ela olhou para o pai. Largou o livro e foi abrir a porta.
James havia dito aos amigos que O’Conner havia adiantado a detenção para essa segunda ( suas detenções com o professor eram as quintas depois das aulas).
- Olá – disse educado, quando Emmy abriu a porta.
- Oi.
- Vai me deixar aqui fora ? – ele brincou, fazendo Emmy dar um sorriso.
- Entre.
James entrou na sala. Esperou Emmy fechar a porta de novo e olhou para ela.
- O meu roteiro está na outra salinha, aqui do lado, eu já volto. – Emmy entrou por uma porta lateral- Fique a vontade.
- Meio impossível. – James comentou para si percebendo que o professor O’Conner o observava.
- Espero que você se saia bem na peça Potter.- falou ele maliciosamente.
- Estou me esforçando para isso senhor. – Respondeu em tom de desafio.
Emmy entrou na sala e percebeu o clima ali instalado.
- Bom vamos começar James?
Seu pai se levantou e retirou-se do aposento.
Bom galera é isso! Já temos um quantidade bos de leitores e pouquissimos comentários ( ou quase nada) sobre os capitulos. Bem agora vou dá uma folga dessa fic. (Acho que quase ninguém gostou da fic) e me dedicar mais a minha outra "O PAI DA NOIVA" .Mas como já diz a minha querida Bia " fic postada jamais abandonada"
Bjos e (autora implora) comentem por favor.
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