Epílogo
A semana passara rápida e os burburinhos sobre o ataque a Hogwarts planejado pelo Lord das Trevas haviam desaparecido, assim como todos os comensais. Apenas espalharam-se rapidamente, como rastilho de pólvora, aos quatro ventos, que o Lord estava no momento planejando uma reciclagem de seus conhecimentos mágicos. Andava raptando bruxos anciãos de sangue puro e nas raras ocasiões em que um desses conseguia sobreviver e voltar ao seio da sociedade bruxa voltava com graves traumas, síndromes do pânico, e afirmavam que eram expostos a todos os graus de legilimancia que o Lord pudesse realizar, e sabiam que ele estava em busca de novos conhecimentos mágicos. Corriam também boatos de que o lord estava planejando viajar pelo mundo, recrutando novos comensais, e que agora seria mais rígido quanto a seleção. Queria bruxos mais eruditos, especializados em determinadas áreas de estudo da magia das trevas.
Seja como for, constatou-se bem rápido que o Lord desistira mais uma vez de seus planos de tomar Hogwarts, o que aliviou a todos.
Julivan Corblocket, apesar de alegrar a todos ao se juntar definitivamente à Ordem da Fênix, precisou se despedir e voltar aos seus afazeres na França.
Na festa de encerramento do ano letivo, no salão principal, depois do célebre discurso do diretor, algo muito diferente aconteceu. Claro que tudo já estava previamente esquematizado entre esses dois marotos e o diretor de Hogwarts. E Lógico também que eles tremiam que nem vara verde e suavam em bicas, de tanto nervoso e timidez. Mas estava decidido. Iriam levar isso até o fim.
O diretor dirige o olhar dele aos dois, Tiago e Frank, com uma singular expectativa em seu olhar e, apesar de tomados por toda espécie de frios e calafrios, os dois acenam positivamente para o diretor, que então pronuncia.
_Este ano, em que tenho o prazer de entregar o diploma a uma turma brilhante de alunos e alunas, tenho o prazer de chamar dois deles, que sem dúvida se destacaram durante toda sua vida escolar, para tomarem lugar aqui à frente, e falarem algo importante. Tiago, Frank. Fiquem a vontade:
E diante de todo aquele mar de alunos, tímidos, a voz sumindo na garganta, situação sanada pela perspicácia do diretor que tão logo notou que os garotos não se fariam ouvir, amplificou o sou de suas vozes com um encantamente, começaram a falar:
_É com orgulho que chegamos ao fim desse ciclo de nossas vidas. –diz Tiago.
_Também com orgulho que dizemos que fomos muito felizes em compartilhar esse tempo e essas experiências com todos vocês, amigos verdadeiros, sinceros, fiéis. – emenda Frank.
_E é por isso – continua Tiago – que agora, quando decidimos, eu e Frank, darmos o maior e mais importante passo de nossas vidas, decidimos fazê-lo diante de vocês, para que testemunhem nossa alegria, e se alegrem com a gente.
_Claro que temos consciência de que é uma atitude precipitada, - diz, um tanto acanhado, mas com firmeza e decisão, Frank- e que teremos que correr muito, comer o pão que o trazgo montanhês amassou, para conseguirmos fazer o que vamos nos propor agora.
_Mas para fazermos o que queremos, o que precisamos fazer, e sem o que não sabemos se vale a pena continuar a existir, precisamos que duas pessoas venham também aqui na frente, compartilhar esse momento com a gente. – diz, já não mais contendo a emoção, Tiago – Lily, Alice. Por favor, venham se juntar a nós.
As garotas, ambas sem entender nada, ambas vermelhas de vergonha, ambas não se contendo em si de curiosidade, se erguem sem jeito de seus assentos e seguem por entre as mesa. Quando estão suficientemente próximas, os garotos , Frank primeiro, seguido de Tiago, ajoelham-se, tiram do bolso um pequeno embrulho:
_Lilian. Quer se casar comigo?
_Alice. Quer ser a minha noiva?
As garotas desabam a chorar. Pegam as caixinhas e as abrem. Vêem a aliança e confirmam, como já haviam notado, não é brincadeira, não é pegadinha, não á traquinagem, não é marotice. É verdade e é real.
Respondem chorosas, ao mesmo tempo, em coro.
Sim.
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