Um não pode viver...
Em Hogwarts
Sirius coloca Narcisa atrás de seu corpo, esta luta é sua e, além disso, ele conhece a prima muito bem para saber que por mais raiva que sinta da irmã, ela nunca teria coragem de matá-la, isso não seria da sua natureza e mesmo que ela o fizesse Narcisa nunca seria capaz de se perdoar por isso. Ao contrário dele, Sirius já viu Bellatrix fazer maldades demais para deixar que ela saia ilesa agora, a única forma que ela tem de escapar seria matando-o, mas já deu pra perceber que ele é um cara duro de matar
Sim, ele é um cara duro de matar, mas isso não significa que Bellatrix não vá tentar com todas as suas forças, mas não sem antes brincar um pouco e dar vazão a toda a sua loucura e é por isso que ao invés de lançar a maldição da morte ela diz:
- Crucio!
Sirius tenta lançar um escudo protetor, mas ele não é rápido o suficiente, ele se lança no chão devido à dor. É como se milhares de agulhas ultrapassassem o seu corpo ao mesmo tempo, ele luta para manter a lucidez e continuar a respirar e quem sabe conseguir pensar em algo que tire a sua dor
- E então, priminho – Bellatrix gargalha – gostou disso? Você tem sorte que eu tenho que ajudar a tomar o castelo e não posso ficar brincando, caso contrário você teria um dia muito longo pela frente – e então ela se vira para a irmã – você é mesmo patética! Pra que serve a sua varinha, se você sequer consegue ter coragem para fazer algo comigo? Vamos, me atinja com algo, ou pelo menos tente!
Narcisa aponta a varinha para a irmã enquanto murmura um feitiço, mas antes que ele atinja Bellatrix, ela grita – império!
A mãe de Draco Malfoy tenta lutar contra a dominação por alguns instantes, mas neste momento ela só ouve a voz que lhe diz que deve atacar Sirius Black. Por alguns instantes ela fica indecisa, mas a voz está cada vez mais forte, é como se nada mais importasse a não ser fazer o que a voz lhe manda
E é com terror que Sirius vê a sua prima Narcisa apontando a varinha em sua direção...
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Na floresta
Draco, Hermione e Rony se aproximam de varinha em punho e respiração suspensa torcendo para que seja lá o que for que esteja acontecendo seja o suficiente para que consigam chegar o mais perto possível sem chamar atenção.
Hermione olha para os dois rapazes, nunca em sua vida ela imaginou que os veria caminhando juntos, ela não sabe direito o que fazer, eles estão prestes a enfrentar o bruxo mais poderoso e cruel que se tem notícia e que até o presente momento não pode ser destruído, eles sabem que provavelmente estão caminhando para o matadouro
Ela vê que Draco para e faz sinal para que fiquem em silêncio – me deem cobertura – ele sussurra – façam o possível para evitar serem vistos. O lorde está sozinho e focado no Potter e na ruiva, se eu tiver sorte...
- O que você vai fazer? – Rony o interrompe sussurrando
- Vou cumprir uma promessa – ele diz e se afasta
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De volta a Hogwarts
Narcisa ouve a voz em sua cabeça dizendo para que ela mate seu primo Sirius. Ela sabe que deve obedecer, mas algo está errado, afinal Sirius já não está morto? Como alguém pode morrer duas vezes? Ela quer obedecer, a sua mente lhe diz para obedecer, mas Sirius está morto, não está? Ela está vendo um fantasma? Como destruir um fantasma?
Bella olha para a sua irmã enquanto Sirius se contorce no chão, ela sabe que Narcisa não teria a força necessária para resistir a um império, mas a sua irmã ainda não conseguiu acertar e matar Sirius Black. Ela não entende o que está acontecendo e sabe que vai ter que terminar a sua brincadeira antes que apareça alguém para ajudar
- Império! – ela fala novamente dirigindo-se a sua irmã - você deve matar Sirius Black! Pegue a sua varinha, aponte para ele e diga as palavras!
Antes que Narcisa possa cumprir as ordens, Bellatrix vê que o seu cruciatus já não tem mais efeito em Sirius e ele está apontando a sua varinha para ela ao lado da sua irmã Andrômeda.
- Acabou, Bella – Andrômeda fala – a sua loucura já foi longe demais. Você não pode lutar contra nós todos, nós não vamos deixar você machucar mais ninguém
Bellatrix olha para as três varinhas apontadas em sua direção. Ela é louca isso é fato, mas ela nunca foi uma mulher burra e ela sabe que as suas chances são mínimas pra não dizer nulas. Ela pode conseguir acertar um ou dois, mas ao fazer isso ela sabe que os que restarem não terão a mínima hesitação em acabar com ela. Sim, acabou, mas vai acabar nos seus termos
Ela pode matar um deles e ser morta pelos restantes, mas Bellatrix não quer isso, ela não quer dar a nenhum deles o gostinho de tirar a sua vida. Não, isso não, ela só lamenta não poder estar ao lado do seu amado lorde quando o triunfo chegar, mas ela sabe que será reverenciada e lembrada para sempre e é por isso que ela pega a sua varinha e aponta para si mesma dizendo – incêndio máximo!
Em questão de segundos uma grande labareda toma conta do seu corpo. É tão rápido que não há tempo para que nenhum dos presentes faça alguma coisa, Bellatrix mostrou mais uma vez a que ponto a sua loucura poderia chegar
Sirius tenta recuperar o fôlego enquanto vê a sua prima soltar um grito agonizante e ser consumida pelas chamas que ela mesma criou. Ele se levanta com dificuldade e ajuda Andrômeda segurar Narcisa que tenta fazer algo para apagar as chamas
- Acabou, Cissa – Andrômeda diz – ela teve o destino que escolheu, agora você precisa sair daqui antes que seja ferida por um dos dois lados
- Sim – Sirius diz – você sabe que a família Malfoy não são exatamente pessoas leais à Hogwarts. Até que você consiga dar uma explicação já pode ter sido atingida
- Mas eu quero ajudar – Narcisa argumenta ainda sem acreditar nas próprias palavras, se em outra ocasião alguém dissesse que ela estaria lutando contra o lorde, ela não acreditaria, mas agora é exatamente o que ela está fazendo
- Vá para a enfermaria – Sirius fala depois de pensar um pouco – ofereça a sua ajuda por lá – ele respira fundo – lá pelo menos você terá a chance de explicar antes de ser atacada, vá com ela – ele diz a Andy – eu sei que vocês poderão ser úteis lá
Narcisa olha para a irmã e para o primo que até pouco tempo ela não sabia que estava vivo, ela sabe dos riscos que corre, mas há algo mais importante pra ela – eu preciso achar o Draco primeiro. Não se preocupe, eu vou tomar cuidado
Mas antes que ela saia Sirius a impede – praticamente ninguém sabe que ele está na escola, apenas as pessoas da ordem sabem. Se ele estiver na batalha vai correr tanto risco quanto você – ele olha para a prima – por favor, vá para a enfermaria e eu prometo que se tiver alguma notícia dele, eu deixo você saber
- Você promete? – ela diz vacilante e vê aliviada Sirius assentir com a cabeça
- Tudo bem – ela diz e vai com Andrômeda em direção à enfermaria Sirius dá um suspiro aliviado e parte para continuar a defender a escola
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De volta à floresta
Harry vê que Gina olha para ele com a varinha em punho, mas não é apenas isso que ele vê, ele vê Draco Malfoy caminhar em sorrateiramente direção à cobra. Harry não sabe o que está acontecendo, a única coisa que vem na sua cabeça é que Draco é mais louco do que ele poderia imaginar
Ele vê também que Voldemort agora está ao lado de Gina, é como se ele quisesse assistir de camarote a sua destruição. O sorriso viperino em sua face lhe diz que agora falta muito pouco e Harry sabe que não há chance para ele, ele não tem medo de morrer, mas a perspectiva de deixar Gina nas mãos deste bruxo asqueroso e o mundo bruxo a sua mercê lhe tira do sério de uma forma que ele não consegue conter o tremor em sua mão
- Isso, Gina... – Voldemort diz. Gina não olha para ele, mas consegue sentir seu hálito fétido muito próximo – você sabe o que tem que fazer, não é mesmo? Você sabe muito bem como manter o seu amigo feliz, nós vamos destruir aquele que te fez sofrer e depois você vai ser a minha serva mais fiel, seu poder vai ser o meu poder e nós vamos fazer do mundo bruxo o nosso reino
- Sim, Tom – ela diz de forma mecânica – eu vou fazer o que tenho que fazer
Harry segura a sua varinha. De alguma forma o feitiço que o mantinha preso foi desfeito, mas ele não sabe se isso vai adiantar. Harry nunca teria coragem de atingir Gina e neste momento ele se lembra de uma conversa que teve com Draco Malfoy onde o loiro afirmou com todas as letras que chegaria um momento em que ele talvez tivesse que acertar pessoas que ele preza, Harry estava tentando se preparar para isso, mas ele nunca pensou que esta pessoa seria aquela que ele mais ama no mundo. Então ele se prepara para se defender, no entanto para a sua surpresa a varinha de Gina não o atinge, a ruiva muito rapidamente vira-se para o lorde das trevas e lança um feitiço que o joga longe
- Sua vadiazinha! – Voldemort pragueja – como se atreve! Se você não fosse tão importante para os meus planos, eu faria Nagini te devorar no lugar do bichinho que você salvou. Então se não vai ser por bem, a gente vai fazer isso do jeito mais difícil
- Não tão rápido, Tom – Harry diz e pode ver que Voldemort olha para ele sem conseguir entender o que aconteceu – vamos resolver isso agora. Só eu e você, afinal um não pode viver enquanto o outro sobreviver
Demora alguns segundos até que Voldemort se recupere da surpresa de ver que Harry está livre do seu feitiço paralisante, e mal acontece isso ele é surpreendido pela presença de Minerva McGonagall ao lado de Gina. Em sua arrogância o lorde das trevas ficou apenas focado em conseguir a sétima filha e talvez não tenha prestado a devida atenção no que acontecia ao seu redor e agora ele percebe que não estava tão sozinho quanto pensava
Isso, no entanto, não o preocupa. O lorde das trevas sabe que nenhum deles é capaz de derrotá-lo, nem um exército composto pelos bruxos mais poderosos do mundo poderia feri-lo, então ele diz ironicamente:
-Trouxe amiguinhos, Potter? Então teremos platéia quando eu derrotar você! – ele olha para Minerva que empunha a varinha em sua direção – depois que eu terminar com ele, eu posso fazer você encontrar Dumbledore, é só ter paciência
Gina segura a varinha lutando contra o tremor em sua mão. Ela também viu que Draco está se aproximando da cobra. A ruiva só espera que ele saiba o que está fazendo e que o faça a tempo, pois neste exato momento lorde Voldemort atira um raio prateado em Harry Potter que felizmente já estava preparado e se defende com um feitiço escudo, e outro, e mais um à medida que os ataques a ele se intensificam. Harry só pensa que precisa resistir até que sabe se lá o que Draco está planejando aconteça...
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Enquanto isso
Draco segue em direção à cobra de lorde Voldemort, ele nunca soube entender direito o apreço que o lorde tinha por este bicho asqueroso até ter conhecimento do que eram as tais horcruxes. Neste momento ele soube o motivo do animal estar o tempo todo ao seu lado
Ele encara a cobra que já está pronta para se defender. Caso ele pudesse prestar atenção a sua volta, Draco veria que Harry e Voldemort estão se enfrentando neste exato momento e apenas por isso Nagini está desprotegida. Draco sabe que não tem muito tempo, ele sabe exatamente o que tem que fazer, mas ele não tem a mínima ideia de como vai conseguir, ele não pode tirar os olhos da cobra, pois fazer isso seria receber um bote na certa e ele também sabe que se não for rápido o bastante fatalmente será picado, talvez esse seja o seu destino morrer e ser devorado pelo bichinho de Voldemort como um castigo por ter feito a escolha errada. O loiro respira fundo, não há tempo a perder, ele pega a sua varinha e sussurra esperando que faça o efeito desejado
- Estupefaça!
Não, o efeito não foi o desejado, mas o feitiço serviu para atordoar a cobra por um momento, um momento ínfimo, mas talvez seja o suficiente...
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Ao mesmo tempo
Harry e Voldemort duelam sob o olhar de uma platéia inesperada, Gina se sente impotente neste momento, de que adianta ter todo o poder que Minerva lhe disse que tem se ela não pode usá-lo para ajudar Harry? Ela vê que Draco Malfoy está tentando acertar a cobra com alguns feitiços, ela sabe que isso não vai adiantar, pois uma horcruxe não pode ser destruída assim com tanta facilidade mesmo sendo um ser vivo. Ele só pode estar louco. Ela pensa quando vê que o loiro acertou a cobra com um feitiço estuporante e que agora se prepara para atacá-la com as próprias mãos
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Enquanto isso
Harry até o presente momento está mais preocupado em ficar vivo do que com qualquer outra coisa. Sim, ele treinou bastante, mas ele sabe que ainda não é páreo para alguém com anos de experiência e crueldade
Da outra vez em que enfrentou Voldemort em um duelo, Harry contou com a sorte e com a magia que uniu as suas varinhas e fez com que os espíritos dos seus pais surgissem, talvez essa seja a sua vantagem quem sabe assim ele terá uma chance. Então ele olha seu opositor nos olhos, neste momento Harry sabe exatamente qual será o seu próximo passo, é agora ou nunca, Harry levanta a sua varinha ao mesmo tempo em que Voldemort solta o grito:
- Avada kedavra!
Os dois feitiços, como já havia acontecido antes, se encontram no ar. Agora é uma questão de esperar para ver o que acontece, faíscas saem e iluminam o céu da floresta, uma grande explosão ocorre exatamente no instante em que Draco Malfoy acerta Nagini com um dente de basilisco...
NOTA DA AUTORA
Mais um capítulo em velocidade da luz em comparação aos capítulos passados. Como eu já falei estou priorizando acabar esta fic o mais rápido possível, antes que a paciência de vocês acabe. Espero que tenham gostado.
Antes de terminar a nota, uma consideração. O feitiço que a Bella usou em si mesmo foi uma versão do feitiço incêndio que eu inventei, nunca vi em lugar algum, leiam como uma licença poética ok (ou uma coisa louca desta autora que vos escreve).
Espero até o final do mês conseguir postar o próximo, e aos que leem as minhas outras fics, peço um pouquinho mais de paciência.
Bjos e até o próximo
Comentários (1)
Uaaaaaaau, ótimo capítulo!!! Muito empolgada para ver os desfechos desta história.
2019-02-20