Batalhas muito esperadas



Em Hogwarts



Remo encara Fenir Greyback. Ele espera que o seu criador dê o primeiro passo, embora saiba exatamente o que tem que fazer, não é da sua natureza atacar primeiro, ele não se sentiria bem fazendo isso, mesmo que neste momento qualquer hesitação seja uma sentença de morte. Ele vê os olhos injetados de raiva de Greyback o encararem, Remo sabe que para alguém como ele uma varinha não é sequer necessária, ele poderia destruí-lo com seus próprios dentes em questão de segundos



- Então, Lupin? – Greyback vocifera – estou esperando. Você vai ou não atacar o seu papai? Vamos, eu quero ver se você tem coragem de tirar uma vida



Remo respira fundo enquanto tenta não deixar que a mão que segura a sua varinha trema. Sim, ele vai atacar, mas ele não quer matar, não que ele ache que alguém como Greyback mereça viver. Remo só acha que a morte é pouco para alguém que levou tantas vidas. Ele deve pagar por muito tempo, Remo quer que seu criador sinta cada lua cheia e saiba que nunca mais vai poder fazer mal a ninguém, Remo quer que ele se consuma em seu desejo de sangue e é por isso que ele diz:



- Expeliarmus!



Como se já estivesse esperando algo desta natureza seu oponente desvia com um sorriso de escárnio nos lábios, um sorriso de alguém que sabe que a sua presa está em seu caminho – boa, mas se isso for o melhor que você pode fazer, você não vai viver pra ver o lorde das trevas triunfar – e antes que Remo possa lançar outro feitiço ele ouve:



- Arteriuns!



Remo desvia do feitiço embora não rápido o suficiente, ele sente o ardor em seu braço esquerdo que felizmente não é o braço de sua varinha. No entanto, isso basta para que ele perca um pouco a concentração, o suficiente para que Greyback faça outra tentativa:



- Confrigo!



Greyback diz e antes que o lampejo dourado atinja a parede a seu lado, Remo Lupin ouve alguém dizer protego e imediatamente uma barreira de proteção impede que ele seja soterrado pelos destroços da parede desmoronando. Ele se volta e vê com horror que a pessoa que o ajudou foi a sua amada e que neste momento ela atraiu a fúria de Greyback para si



Lupin sente seu coração falhar uma batida quando vê que Greyback vai em direção a Tonks com um sorriso maligno em seu rosto e um brilho de fúria no olhar...



XXXXX



De volta à floresta proibida



Harry assiste Gina andar em direção a Voldemort sem saber direito o que pensar. Ele tenta se mover, mas o feitiço o impede. O menino que sobreviveu sente o coração falhar uma batida ao ver o semblante da sua amada, não há medo ou repulsa em seu olhar. Ao contrário, Gina está sorrindo



Ele vê Voldemort andar em direção a ela com um sorriso viperino em sua face – olá,Gina – ele diz – fico feliz que esteja comigo. Você será uma serva poderosa e fiel, a aquisição perfeita para meu reinado. Juntos, governaremos o mundo bruxo, nós seremos grandes, seremos tão poderosos que os outros bruxos sequer olharão para nós – ele olha para a ruiva – você me ajudará? Você ajudará seu amigo?



- Sim, Tom – Gina diz para horror de Harry – você é meu amigo e eu vou te ajudar, o que eu tenho que fazer?



- Você me ajudaria, Gina? – Voldemort diz usando um tom de voz calmo – mesmo que eu precise do seu sangue? Você me deixaria marcar seu braço para que todos saibam que você agora é minha? Você lutaria por mim, Gina?



- Sim, Tom – ela diz – eu lutaria. Você me ajudou, você é meu amigo. Eu lutaria por você, eu luto por meus amigos.



- Isso, Gina – Voldemort diz – primeiro você deve me dar seu sangue. Você pode fazer isso? Você teria medo?



-Não Tom, eu não tenho medo, você é meu amigo. Eu vou fazer o que você me pede – ela diz



- Gina! – Harry de alguma forma consegue gritar. Talvez o feitiço esteja perdendo o seu efeito, talvez o desespero tenha sido tão grande que conseguiu romper a barreira do silêncio – Gina! – ele grita novamente – não faça isso! Ele não é seu amigo!



Gina olha para Harry e o menino que sobreviveu se horroriza com o que vê, é como se a sua amada não existisse, ele não consegue ver Gina no olhar frio e impessoal que a ruiva lhe lança



- Você sabe quem é ele, Gina? – Voldemort pergunta com um sorriso de escárnio em sua façe viperina – você reconhece esse garoto?



- Potter – é a única palavra que a ruiva diz



- Isso, menina, Potter. Você se lembra como ele a fez sofrer? Como ele a desprezou? Como você me disse que ele não ligava pra você?



- Sim, eu lembro, Tom – Gina diz mecanicamente – ele não liga pra mim



- Isso, Gina. Ele não liga pra você, seus irmãos não ligam pra você. Eu sou seu único amigo.



- Você é meu único amigo – ela repete as palavras dele para horror de Harry



- Sim, Gina. Eu sou o seu único amigo, eu sou seu amigo Tom e você vai fazer o que eu disser – Voldemort sorri ao ver que a menina assente com a cabeça – lembra que o Harry nunca olhou pra você? Ele vai te fazer sofrer, nós precisamos dar um jeito nisso. Você quer dar um jeito nisso? Se a gente acabar com ele agora você nunca mais vai sofrer. Eu sou seu amigo e estarei sempre a seu lado.



Por um momento Gina parece vacilar, mas apenas por um momento. Logo a ruiva está se dirigindo a Harry Potter com uma expressão decidida e a sua varinha nas mãos...



XXXXX



No castelo



Narcisa encara a sua irmã enquanto segura a sua varinha com toda a sua força, neste momento ela não consegue ver a menina com quem passou a sua infância e boa parte da sua vida, neste momento a mulher que está em sua frente é a mesma mulher que junto com seu marido torturou e quase matou seu filho, a mulher que ela tem certeza que a mataria com uma simples ordem do lorde das trevas ou talvez nem precisasse de uma ordem dele para matá-la



- Ora, ora, irmãzinha – Bellatrix aponta a sua varinha para Narcisa e fala com desdém – finalmente a máscara caiu, finalmente você está se mostrando a mulher fraca que é. O lorde não merece uma serva assim, eu não mereço uma irmã assim



- O lorde não é meu senhor – Narcisa diz enquanto luta para que a mão que segura a sua varinha não trema – e você não é minha irmã, você é apenas uma louca que não consegue perceber que o seu amado lorde a mataria num piscar de olhos



- Você é patética, irmãzinha – Bellatrix diz com uma gargalhada insana – o lorde sabe que eu sou uma das suas servas mais fieis. Aliás, eu sou a sua serva mais fiel. Eu amarguei anos em azkaban por ele e assim que ele se reergueu meu lorde foi me resgatar. Nós seremos grandes juntos e você irá pagar junto com toda a escória



- Não, Bella – agora quem fala é Sirius – isso vai acabar pra você aqui. Você não vai mais ferir ninguém, a sua loucura tem que acabar. Você não tem como lutar com nós dois ao mesmo tempo, eu não vou deixar você ferir mais ninguém muito menos a sua irmã que ficou ao seu lado mesmo que você não merecesse



- Ah, então quer dizer que a família vai se juntar contra mim? – Bellatrix gargalha ao mesmo tempo em que empunha a sua varinha – vamos lá! Eu poderia lutar com dúzias de traidores do sangue como vocês e ainda ver o lorde das trevas triunfar. Vocês são patéticos! Eu me envergonho de ter este sangue e eu vou dizimar vocês da face da terra



E dizendo isso, ela lança uma luz prateada em direção a seu primo e sua irmã...



XXXXX



Na floresta proibida



Draco vê Gina andar em direção a Harry com uma varinha em punho. Ele sabe que algo está muito errado, não é preciso ser muito inteligente para perceber isso e não é preciso ser adivinho pra perceber que do jeito que as coisas estão a tendência é só piorar e ele percebe que isso é mais do que verdadeiro quando ele vê que a cobra do lorde das trevas encontrou uma nova presa, um gato com marcas nos olhos que ele viu a alguns instantes a professora se transformar



Um pio alto e estridente lhe dá o sinal. É a hora dele cumprir o que prometeu ou morrer tentando. O loiro respira fundo, empunha a sua varinha e segue em frente dizendo a Rony e Hermione – me deem cobertura e não perguntem, algo tem que ser feito antes que seja tarde



E neste momento não há mais desavenças entre as casas, não existem sonserinos ou grifinorios, apenas um grupo de jovens dispostos a dar a vida para que o mal não prevaleça...



XXXXX



Em Hogwarts



Remo olha Greyback se dirigir a Tonks com um sorriso ferino no olhar. Ele percebeu que neste momento o duelo que travavam não tem mais importância, a eminência de conseguir mais uma presa é tudo o que seu inimigo pensa no momento



Ele tenta ignorar a dor latejante em seu braço, enquanto pensa rapidamente no que fazer. O olhar assustado de Tonks lhe dá a força que precisa para atacar. Ele respira fundo enquanto segura a sua varinha, Lupin precisa pensar rápido, ele não queria matar, mas ele sabe o que precisa ser feito, ele sabe que talvez não ganhem essa guerra e cabe a ele garantir que este monstro não machuque mais ninguém e ele precisa ser rápido, um segundo de hesitação pode fazer com que a sua amada seja relegada a sua triste sina ou quem sabe a morte. Então ele diz com toda a força dos seus pulmões:



- Expeliarmus! Petrificus Totalus! Bombarda!



Dura apenas um instante e logo diante dos seus olhos ele vê o lobisomem transformado em pedra explodir em vários pedaços



Lupin mal dá um olhar para o que restou do seu inimigo, ele corre até Tonks que assiste a tudo – você está bem? – ele pergunta enquanto a abraça – por um momento pensei que fosse perdê-la



- Estou – ela diz recuperando o fôlego – por um momento eu também pensei que fosse perder você



Ele a interrompe com um beijo rápido, é o máximo que podem diante da batalha que continua – eu te amo – ele diz – se eu não sobreviver, saiba que meu último pensamento foi pra você



- Não – ela o interrompe – eu te amo e não vou deixar você escapar assim. Quando tudo isso acabar nós dois estaremos vivos e vamos ajudar a fazer um mundo melhor, um mundo onde as pessoas não sejam culpadas por algo como o que aconteceu com você – ela completa com lágrimas nos olhos



Sim, ambos lutarão por um mundo melhor. Mas neste momento a luta vai ser apenas para sobreviver e após mais um beijo apaixonado eles seguem na defesa do castelo



XXXXX



De volta à floresta



Harry vê Gina avançar em sua direção com a varinha na mão. Por um instante ela para e se volta, mas ela não olha para Voldemort ela olha para a horrível cobra que sempre está com ele e vê que ela está prestes a devorar um animalzinho. Sem pensar ela se vira para o ser asqueroso e lança um feitiço com a sua varinha que faz com que o animal solte a sua presa



- O que você fez! – Voldemort grita e logo se recompõe ao ver que assustou a garota – desculpe – ele sorri – eu sou seu amigo e amigos não gritam uns com os outros. Você deve fazer o que tem que ser feito, não se incomode com a Nagini ela é um réptil e precisa se alimentar. Enquanto as outras refeições não chegam nada melhor do que algo para matar o tempo, é só um animal



- É um gato – ela diz e neste momento parece que Gina esqueceu o que deveria fazer – eu gosto de gatinhos, eles são amigos



- Gina – Voldemort fala e Harry percebe que ele está se esforçando para não perder a paciência com a menina. Ele não é Hermione Granger e não possui a perspicácia da amiga, mas ele consegue perceber que de alguma forma Voldemort não pode machucar Gina, talvez se ele fizer isso ela não consiga o tal poder da sétima filha ou talvez ele precise dela viva para alguma coisa. Só o que ele pensa é em utilizar essa vantagem para alguma coisa e talvez salvar a ambos e quem sabe o animalzinho que por pouco não virou comida de cobra



- Eu também gosto de gatos! – ele diz tentando desesperadamente fazem com que Gina volte a ser ela mesma – eu também não deixaria a cobra matar o gatinho! Você fez bem, Gina, você salvou um animal. Os gatos são nossos amigos, ele não é seu amigo, ele queria deixar a cobra matar o gatinho!



Gina olha para Harry e Voldemort simultaneamente. Ela não sabe o que pensar de um lado o garoto que ela amou, do outro lado seu único amigo. Quem está falando a verdade?



- Não, Gina! Você não deve ouvi-lo, ele está te enganando – Voldemort fala agora um pouco mais exaltado – eu sou o seu único amigo. Você estaria sozinha se não fosse por mim



- Gina, me escute – Harry vai tentar ate o seu último suspiro – eu te amo e você me ama, lembra? Lembra de nós dois na sala precisa? Lembra dos nossos passeios? Lembra quando eu disse que iríamos nos casar?



Gina fica paralisada. Ela não sabe o que fazer, de um lado lembranças de um período em que ela esteve sozinha e que Tom foi seu único amigo, do outro lá longe a lembrança de um rapaz dizendo que a ama e que seria capaz de morrer por ela. A sua intuição diz que apenas um deles está sendo sincero, mas neste momento ela está confusa demais para tomar uma decisão



Então ela ouve uma voz em sua mente. Mas não é seu amigo Tom, é uma voz que ela não reconhece, mas algo em seu íntimo diz que ela já ouviu antes e essa voz diz – lute, Gina, lute. Você vai ser capaz, eu estou com você...



Gina aperta a varinha em suas mãos ela vai fazer o que tem que ser feito...





NOTA DA AUTORA



Capítulo postado mais rápido do que vocês esperavam, estou orgulhosa de mim mesma por um lado e chateada por outro já que estou deixando as outras fics um pouco de lado.



Espero que tenham gostado e se tiver alguém pra dar uma palavrinha eu vou ficar muito feliz.



Bjos e até o próximo que deve sair nos próximos dias


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Comentários (1)

  • Renata

    Ahhhhh!!!!! Por que parar neste momento amiga? Continuo firme aqui e mega curiosa para saber como esta fic vai terminar.

    2019-01-22
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