Fim do 5º ano...



Os exames foram moleza para as meninas e mais ou menos para os meninos, que apesar de serem inteligentes, não prestava muita atenção. Acabado os NOM’s, Daniel saiu reclamando, como sempre em fim de provas.


-Exploraram minha inteligência. Abuso educacional. Não podem fazer isso, só colocaram perguntas difíceis, em que eu tinha que apertar minha cabeça para lembrar. Nem com obliviate faria minha cabeça esquecer tudo como eu esqueci, isso é impossível! Me deu um branco na hora!

-E olha eu você ainda é Black! – zoou Lucy. O menino olhou-a com o cenho franzido, demorou captar a piada, mas no fim, riu de menina.

-Não se preocupe, cara Lucy, logo você será Black também, depois do nosso casamento. - A menina bufou e não respondeu, o que fez Daniel dar um sorriso maior.

-Para mim foi muito fácil! – exclamou Mione.

-Você é um caso a parte, Mione. – brincou Teddy.

-Esses meses passaram tão rápidos, não? – comentou Gina. – Vou sentir falta… - mas Harry não deixou ela terminar.

-De mim? Ah eu sabia que você me amava! – ele sorriu e ela revirou os olhos. – você vão passar as férias em casa, não? Todos vocês! – exclamou o menino.

-Eu não/vou. – As meninas disseram não e os meninos, vou.

-Ah credo! Só homem na minha casa? Assim não dá, e alias, todo o ano vocês passam as férias em casa, não preciso nem perguntar… tinha me esquecido desse detalhe.

-Ahh sem graça! – retrucou Daniel. – quem vê, pensa que eu gosto de homem, ainda mais moreno que fede mais…

-CALA A BOCA DANIEL! – todos repreenderam o moreno.

-E você é moreno seu tosco, o que você quer falar!? – retrucou Harry,

-CHEGA! – gritaram todos, menos Harry e Daniel.

O ultimo dia de escola chegou. Todos já estavam com as malas prontas e iam tomar o café da manha, o ultimo café da manha do ano.

-Ah não acredito que eu vou ficar dois meses sem comer essa comida... – comentou Rony pesadamente.

-Credo, Rony você só pensa em comer é? – perguntou Daniel. – uma pena que eu vou ficar dois meses sem beijar essas meninas da escola. Apenas se uma morena quiser passar as férias na casa do Harry, eu posso beijar bastante nas férias… - e olhou malicioso para a menina.

-Caro Black, sinto muito em dizer, mas mesmo que eu fosse na casa de Harry, eu não iria satisfazer suas necessidades galinháticas, desculpe. – retrucou a menina maliciosamente também.

-Sei que você me ama, só basta você admitir para sermos o casal mais belo de Hogwarts, Lucy. – todos reviraram os olhos do menino.

-Pensei que gostasse de mim, porque se gostasse não falaria para eu amar você. – retrucou ela tentando fazer uma cara magoada.

-É uma dádiva divina me amar, McCain. –retrucou o menino

-Uma proeza que muitas meninas de Hogwarts conseguem. Gostar de você não é um milagre, Black, um milagre seria não suportar você perto, e pode crer que esse milagre eu consegui. – terminou a menina bufando e logo saiu para os jardins.

Os marotos e as meninas terminaram de tomar café e saíram para os jardins também, mas Daniel iu uma cena que ele já tinha desacostumado de ver: Lucy se agarrava com um menino forte do 7º ano da Corvinal. Por um momento, Daniel ficou estático, mas veio a reação e as palavras pularam de sua boca.

-O que aquele idiota está fazendo com ela? – rugiu entre os dentes. As meninas sorriram e os meninos sorriram marotos.

-Talvez ela esteja beijando o menino, por isso aquele “idiota” está com ela. – retrucou Gina, marota.

Os meninos gargalharam e Teddy iniciou as provocações.

-Vi uma pontinha de ciúmes? – riram, menos Daniel. – quem diria, Daniel Black, com ciúmes de uma garota que só dá fora nele. – terminou pesarosamente.

-Eu disse para você que esse joguinho que vocês estavam fazendo, ia dar merda. – retrucou Harry risonho. Rony olhava para Mione e estava alheio à conversa.

Ninguém sabe como, mas Daniel foi automaticamente para cima dos dois.


Arrancou o menino do 7º ano da Corvinal, falou umas poucas e boas para o rapaz, agarrou o braço de lucy e arrastou-a para junto de seus colegas, que observavam a cena atônicos. E não eram só eles, atônicos, algumas pessoas que também aproveitavam o ultimo dia de Hogwarts no jardim. Tá bem, a escola toda observava atônica.

-Me solta Black, você está me machucando. – ordenou Lucy.

-O que você pensa que estava fazendo? – brandiu o menino. – Se agarrando com um cavalo do 7º ano que só faltava te engolir! Ele é tarado, ia pegar nas suas partes intimas se eu não fosse te socorrer, sua doida! – rosnou o menino.

-Pelo menos ele não estava me machucando como você está agora! –gritou a menina com os olhos cheios de lágrimas por causa do menino estar deixando seus dedos dormentes. Ele aliviou a pressão, mas não soltou-a. –Me solta! – ela rangiu entre os dentes.

Ele ergueu uma sobrancelha e soltou-a, que passou a outra mão na parte em que o menino segurava, esfregando, para ver se passava a dormência.

-Seu idiota, por quê me tirou de lá? Não gostou de me ver agarrando outro e ferindo ainda mais seu orgulho maroto? – ela não perdia chance de desmoralizá-lo, mesmo que ela estivesse machucada.

-Não sei o que deu em mim, mas se eu pudesse, eu dava um Crucio naquele palhaço que nunca mais ele ia encostar o dedo em você. ELE IA SE APROVEITAR DE VOCÊ McCAIN! – O menino berrou de raiva.


-E DAÍ? VOCÊ ACHA QUE EU DEIXARIA? –ela também gritava, de dor e raiva. –MAS NÃO, VOCÊ QUIS DAR UMA DE HERÓI! NÃO PRECISO DE VOCÊ PARA ME DEFENDER, MUITO BEM, OBRIGADA, SOU MENINA MAS SEI ME DEFENDER SOZINHA. AGORA VÊ SE ME ERRA E DEIXE EU SEGUIR A MINHA VIDA E SIGA A SUA SEM SE INTROMETER NA VIDA DOS OUTROS, SEU METIDO, ARROGANTE E INSUPORTÁVEL! – ela saiu correndo para o dormitório feminino da Grifinória e esperaria lá até dar a hora de voltarem para a casa.


Daniel ouviu as ultimas palavras da menina. Já estava acostumado à ouvir esses adjetivos depreciativos que a menina lhe dava, mas dessa vez, não sabendo como ou porque, aquelas palavras o machucaram. Harry e Teddy, percebendo que as ultimas palavras não fizeram bem à moral do amigo, decidiram levá-lo para a torre também, Rony apenas acompanhou os amigos. Ana, Mione e Gina olharam Daniel, e entenderam o que se passava com ele. Elas agora sabiam que o menino estava apaixonado pela amiga, mas ele ainda não sabia, ou não queria admitir. Elas também decidiram voltar para a torre, junto da amiga.

-Lucy! – chamou Gina. – LUCY ONDE VOCÊ ESTÁ? –perguntou a ruiva, alterando a voz.

-TOMANDO BANHO!- a voz da amiga soou magoada.

-Deve estar afogando as magoas... – Ana era delicada, mesmo nas horas mais difíceis. – Deixe-a tomar banho o tempo que precisar, e se ela não sair antes de vinte minutos para partirmos, nós a chamaremos. – continuou sussurrando para as amigas.

-Certo. – responderam Mione e Gina.

Depois de uns dez minutos, Lucy saiu do banheiro, com a toalha enrolada na cabeça. Respirou fundo ao ver a cara de preocupada das amigas.

-Estou bem, meninas, não se preocupe. – disse ela com um tom ainda magoado.

-Lucy, eu queria apenas dizer uma coisa… - disse Ana. Elas tinham combinado de Ana falar sobre Daniel, pois era mais calma e Lucy nunca estourava com a menina, pelo motivo de a menina ser doce. – Daniel ficu chocado com suas ultimas palavras… - e pausou para ouvir a resposta da outra

-Black nunca ficou chocado com as coisas que eu já disse para ele. El sabe que não o amo e eu sei que ele não me ama. Tudo isso que fazemos é um jogo, vocês sabem disse, e o vencedor é aquele que não se apaixonar. – respondeu ela secamente.

-Sim, sabemos, mas… - começou Ana novamente. Gina e Mione escuatavam de cabeça baixa. – Daniel saiu tão mal, que os meninos quase precisaram carregá-lo. Seus olhos não tinham foco, pareciam estar viajando nas palavras que você disse. Parecia estar cheios de lágrimas e a dor transparecia. Só isso que eu queria dizer… - e terminou sentando na propria cama.

Lucy olhou-a com os olhos cheios de lagrimas também. Depois de um tempo, ela foi falar alguma coisa.

-Eu percebi que toda a vez que eu chegava perto dele esse ano, ele se arrepiava, e toda a vez que eu lhe beijava o canto da boca, um brilho anormal passava em seus olhos. – ela ficou pensativa. –Nós fazemod esse joguinhos desde o fim do 3º ano, e nunca ele se comportou assim… - ela se levantou. – Pode ser que ele goste de mim, mas ainda vai sofrer um pouco para conseguir ser feliz, pois já faz dois anos que eu o amo e sempre tive que vê-lo com outras. Agora é a vez dele sofrer. Eu era forte, aguentava firma e fingia que não o via com alguma menina, e se ele viesse comentando, eu ignorava. Agora nós vamos trocar de papel. Ele verá que uma poção é bom para tosse. – seus olhos brilharam estranhamente.


As meninas se entreolharam assustadas, mas não comentaram mais nada.



No dormitório masculino do 5º ano…



Os meninos subiram e colocaram Daniel em sua cama. Ele ainda estava com os olhos sem foco. Ainda estava ouvindo as palavras cortantes de Lucy ecoan do em seus ouvidos. Como aquilo doera.

-Calma cara, não é a primeira vez que ela te chama de metido, arrogante e insuportável, isso vai passar e logo vocês estão fazendo joguinhos de sedução novamente. – disse Rony, que apesar de ser um bobo, tinha entendido o que estava se passando.

-Você não entenderia Rony… - disse o menino, de cabeça abaixada e com voz magoada. – dessa vez doeu aquelas palavras. Nunca liguei de ela ficar com ninguém, mas me deu uma furia quando a vi ficando com Mibson. Me deu ódio daquele infeliz, e no fim, fiz besteira. Machuquei-a e ainda por cima briguei com ela. Ela deve estar me odiando agora, justo agora que percebi que a amo… - as ultimas palavras foram quase um sussurro, mas o meninos ouvira.

-O QUÊ? –perguntaram Teddy e Rony.

-eu sabia que isso não iria durar muito tempo, Daniel, eu sabia que você ia se apaixonar. Foi assim com seus pais… - disse Harry.

-Como você sabe do meu pai e eu mesmo não sei? – perguntou Daniel um pouco mais animado.

-Meu pai me contou. – respondeu o moreno de oculos, simplesmente.

-Pois é, agora sou eu… - comentou o outro moreno.

-Mas não faça como seu pai… - disse Harry. – ele não parou de galinhar, e eu aconselho você a parar, pois assim, ela lhe perceberá logo e ficará com você mais rápido do que sua mãe e seu pai.

O menino assentiu. Teddy e Rony ainda estava estáticos.

-Harry, - começou Teddy.- tenta fazer as meninas irem à sua casa pelo menos na ultima semana de férias, porque aí eu vou tentar falar com Ana… - Teddy quase suplicou. Harry sorriu

-Farei o possivel Teddy, você vai ver. Mas nós ainda temos que nos tornar animagos antes de convidá-las para ir em minha casa.

Os outros assentiram. Daniel levantou da cama e olhou pela janela, os jardins e os montes lá no fim, no horizonte.

-Mesmo que eu sofra, esperarei por ela… - murmurou consigo mesmo.
Os meninos ouviram e se entreolharam. O 6º ano seria tão mais longo quanto esse.

A volta para casa foi totalmente separada. Sempre na volta, as meninas davam um jeito de voltar com os meninos, ou vice-versa, sempre conversando e relembrando do ano que passou. Mas dessa vez foi diferente. As meninas foram num vagão bem longe dos meninos. Daniel estava anormalmente calmo e calado, o que era estranho, pois os meninos relembravam de tudo, e Daniel nem para sorrir das lembranças. Estava sentado na janela e estava alheio de tudo e de todos. As palavras de Lucy ainda ecoavam em sua cabeça: “seu metido, arrogante e insuportável”. Aquilo doía cada vez que ele lembrava, mas não ia entrar em depressão por isso, conquistaria nem que precisasse rola, se fingir de morto, e outras mais coisas.


-Tenho uma idéia para saber o que as meninas fazem e conversam nesse momento! –sugeriu Daniel

No outro extremo do trem, Lucy estava olhando pela janela, se lembrando das palavras de Ana: “Daniel saiu tão mal, que os meninos quase precisaram carregá-lo. Seus olhos não tinham foco, pareciam estar viajando nas palavras que você disse. Parecia estar cheios de lágrimas e a dor transparecia.” Respirou fundo. As meninas diziam algo sobre o pergaminho dos meninos sobre as siglas dos nomes deles e delas, e lembravam também das conversas por pergaminho que os meninos diziam sobre elas. Lucy não queria escutar, por isso estava olhando pela janela. Não queria lembrar do Black tão cedo. A porta da cabine se abriu, mas não entrou ninguém. Mione, que estava perto da porta, levantou-se e fechou-a novamente.


-Acho que foi o balanço do trem… -ela murmurou para as outras. Esbarrou em algo macio, olhou bem, mas não tinha nada. Resolveu deixar quieto e mudou de assunto. -Acho que se Harry me chamar para passar as férias na casa dele esse ano ainda, eu vou. – disse Mione. – Não é tão mal assim, eu sempre passava com eles só não deu para passar ano passado, porque eu fui para França com meus pais. Porque você não vai Gina? Seu irmão sempre está lá!

-Talvez eu vá esse ano… - Gina ficou pensativa.

-Se Harry me convidar mais uma vez, eu vou, porque eu tenho que conversar com Teddy… - terminou Ana sonhadora. Mione e Gina se entreolharam risonha, mas logo se desfizeram o sorriso.

-E você, Lucy? – perguntaram as três para a morena.

-Eu não sei… - a menina não desgrudou os olhos das paisagens para responder, por mais que não quisesse participar da conversa, ela estava ouvindo. Depois uma lampada iluminou sua mente, ela se endireitou no assento rapidamente. – claro que eu vou, se ele me convidar, claro. Não perderia a oportunidade de ficar perto do Black e fazê-lo sofrer mais ainda. – seus olhos brilharam maquiavelicamente, novamente as meninas se enteolharam nervosas com a intensidade do olhar da morena.

-Tenho medo desse seu olhar! – comentou Gina, apreensiva.

Mas o que elas não sabiam, era que os meninos estavam na porta da cabine, ouvindo tudo, sob a capa de invisibilidade do Harry.

Daniel tremeu ao ver o olhar maligno da morena. Teddy sorria ao saber que sua loirinha também queria conversar com ele. Rony sorria ao saber que ele iria passar as férias com Mione ao seu lado e enfim, talvez pudesse falar com a menina. Harry sorria também, imaginando que poderia se acertar com sua tão amada ruivinha.



Kings Cross como sempre estava cheio de pais e mães loucos de saudades e todos vinham tratar seus filhos como bebês. Harry era bajulado por sua mãe, Tonks, Lene e Molly. Era incrível, parecia ter três mães aos mesmo tempo. E não era diferente com Teddy, Daniel e Rony.


-Roniquinho-o! –chamaram Fred e Jorge. – Os irmãozinhos estavam com saudade, Roniquinho.

-Não enche! – retrucou Rony, sendo abraçado por Lily.

-E aí Fred, Jorge! – disseram Teddy, Daniel e Harry. –Como anda a loja de logros? – completou Daniel.

-Ah estamos faturando! – exclamou Fred. – Graças à ajuda dos pais de vocês, não temos palavras para agradecê-los.

-Disponha, você sabe que nossos pais também são marotos! – disse Daniel. – eles fariam isso por qualquer um que quisesse abrir uma loja de logros tão repleta de produtos tão bons como o de vocês. Ah, e se abrirem uma em Hogsmeade, a Zonko’s vai perder muitos fregueses!

-É o que faremos nessas férias! –disse Jorge. – Alugaremos um comercio lá!

-Ótimo! –exclamou Harry. – Pode contar com a gente na loja, iremos comprar vários produtos, sempre que formos a Hogsmeade.

Os gêmeos sorriram e cada uma foi para seu respectivo bairro via pó de floo, menos, é claro, Hermione.



*espero que gostem.!! e obrigado à todos que comentarma.!!*

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