O Valor da Fama
Fazia um dia muito ensolarado naquela quinta-feira, véspera da semifinal da Copa Mundial de Quadribol, e Harry resolveu finalmente pôr um fim em sua preguiça. Acordou cedo para que pudesse pegar ainda os últimos ingressos vendidos apenas por bruxos que haviam comprado muitos para revendê-los. Com isso, resolveu ir ao Beco Diagonal para ver se encontrava algum, pois lá tinha certeza que poderia encontrar a maior parte das mercadorias mágicas existentes no mundo dos bruxos.
Chegando ao Caldeirão Furado, cumprimentou Tom, muito velho e acabado, com um aceno rapidamente ao que o mesmo o retribuiu com um gesto com a mão.
Assim que o Beco se abriu a Harry, depois do ritual feito, viu um velho homem vestindo um longo chapéu alviverde e um manto roxo. O homem possuía pelo menos cem ingressos com ele.
- São para a semifinal da Copa? – perguntou Harry, esperançoso.
- É claro, meu filho, é claro. Estou vendendo, quer comprar algum? – murmurava o velho homem, em um tom de voz quase inaudível. Harry logo soube que aquele tom era justificado, pois aquilo era ilegal.
- Sim. Preciso de quatro. Quanto custa? – Harry estava ansioso pra sair dali rapidamente, ainda tinha que ir à casa de Rony e Hermione para se desculpar sobre toda aquela confusão causada na semana passada.
- Vinte galeões cada. – respondeu o velho, prontamente.
Harry se assustou com o preço absurdo. Não tinha oitenta galeões para dar assim. Trouxera apenas 20 e achava que iria conseguir até por menos. Quando já estava preparado a ir ao Banco Gringotes pegar o dinheiro, o homem olhou para sua cicatriz.
- Vo.. você, você é Harry Potter ! – exclamou o homem, com uma expressão de orgulho e ao mesmo tempo assustada. – esquece o preço que te falei, esquece Harry Potter! Pra você faço de graça.
Harry não estaria disposto a aceitar a oferta em algum dia comum, mas como a preguiça estava o afetando seriamente nos últimos anos, preferiu aceita-la de uma vez e agradeceu ao homem pelos ingressos.
- De nada Harry Potter! De nada, sabe, eu sou seu fã número um! Sempre fui, sempre acreditei em você Harry! – exclamava o homem, ao que Harry se afastava rumo ao Caldeirão Furado, onde aparataria para casa de Rony.
Chegando lá, perguntou à Tom se poderia praticar a magia ali mesmo e o dono do bar concordou, porém pediu para que fizesse o feitiço com perfeição. Harry prometeu que faria e, depois de instantes com a sensação terrível que sempre o invadia, Harry se via novamente em frente a casa de Rony, uma semana depois do “barraco” em sua própria casa. Tocou na porta três vezes e um Rony com uma cara de exaustão atendeu. Era a hora de se explicar.
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