Algo além de Rosas?
"Eu te amo,
Daquele que não te pode ter"
Foi ao lado dessas palavras escritas em um pergaminho um tanto velho e rabiscado, incluso em um buquê de rosas vermelhas, que Hermione acordara em certa manhã de outubro. Surpreendeu-se logo de cara ao ver aquele mar de flores em sua escrivaninha e agradeceu a coruja que comprara a cinco anos atrás, Mepp, por ter trazido a encomenda. Ficou confusa com aquelas lindas, porém dramáticas palavras, e logo escondeu tais flores, para que Rony não pudesse vê-las. Imaginava a reação do marido ao ver as rosas e, principalmente, o bilhete.
Não sabia o que pensar, nada lhe fazia sentido, pois não tinha ninguém com real motivo para lhe mandar flores, de início pensara ser apenas um engano, porém viu o destinatário da carta e concluiu que realmente a encomenda era pra ela. Sentiu um embrulhar em seu estômago e tentou lembrar de algum momento próximo que alguém teria por acaso olhado para ela diferente. Poderia ser ele? Aquele menino de olhos verdes que ela sempre tivera como um amigo? Seria aquele menino que ela guardava um sentimento especial e muito secreto?
- Não – exclamou em voz alta, - não pode ser ele, ele nunca olhara pra mim de um jeito diferente, ele ama a esposa. Não é possível, com certeza não é ele, deve ser alguém que eu tenha conhecido a algum tempo, mas quem?
Logo se lembrou de um homem de meia idade, que conhecera em Hogsmeade enquanto fazia compras para o Natal do ano anterior. Vermon Dellaric era seu nome, mas ela nunca nutrira nada de especial por ele, tanto que não o vira mais de três vezes. Porém era a única explicação plausível para aquele presente. Decidiu não joga-las fora pois achava um grande desperdício, eram tão belas e cheiravam tão bem, então diria a Rony que ela mesmo recolhera ali perto, onde realmente haviam algumas rosas, porém não tão belas quanto essas. O bilhete escondeu em um cofre que era encantado para nenhum feitiço de abertura funcionar contra o mesmo. Ainda tinha muitas perguntas em sua mente, porém decidiu esquecer aquele assunto.
Harry estava sentado no parapeito da janela de sua casa, pensando sobre o que fizera. Perguntou a si mesmo se a atitude que tomara fora a mais correta e sensata a tomar. Concluiu que não e deu uma risada sem graça, pensando o quão louco era.
- Pelo menos ela não irá saber quem é, e eu me sinto aliviado por isso. – pensou Harry e segundos depois adormeceu encostado na madeira.
Gina o observava da cozinha, ela detestava quando Harry se perdia em seus próprios pensamentos, sabia que estava distante dali e que não estava pensando nela. Gina ainda o amava muito e perguntava se ele ainda sentia o mesmo. Isso só o tempo diria.
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