Quando o afilhado aparece...

Quando o afilhado aparece...



Acordei cheia de dor.

POR MERLIN ,QUE QUE EU FIZ PRA MERECER ISSO?

Dor de cabeça, no ombro, no braço, na perna, no pescoço, nas costas...to parecendo uma velha!

Fiquei deitada na cama durante tanto tempo...não sei se foram minutos ou horas, sei que ainda estava meio escuro, e eu não consegui voltar a dormir.

Quer saber? Vou arrumar a casa.

Me levantei, vesti um robe bege e comecei limpando o meu quarto, que já tinha várias camadas de poeira nos móveis e no parapeito da janela. O único lugar menos sujo era a minha cama. Terminei com o quarto, desci as escadas. Só agora notei como o lugar estava abandonado. Enquanto pisava no tapete das escadas, a poeira subia...que nojo! Além da quantidade de teias de aranha nos cantos, mais poeira, alguns objetos que pareciam já estar se transformando em verdadeiros fósseis, mais poeira...

Fui até a cozinha, que estava um pouco melhor. Monstro pelo menos tinha algum senso de higiene!

Peguei um espanador ali ao lado, e espanei a mesa, os móveis da sala e da cozinha, até mesmo do quarto de Harry, tomando cuidado para não acordá-lo. Depois peguei uma vassoura e varri todos os cantos, matando aranhas e poeiras malditas. Depois me lembrei de algo tão idiota que fiquei me sentindo ridícula e retardada: eu era bruxa!

Peguei a varinha, e em segundos parecia que a casa receberia a rainha. Estava com os móveis lustrados e brilhosos, além do chão encerado e das panelas limpas. Ufa! Olhei num grande relógio na cozinha: 5 para as sete. Teddy só chegaria as 10. O que eu faria até lá?

O meu café da manha.

Não sou privilegiada como minha mãe com incríveis dotes culinários, mas sei me virar. Fiz algumas torradas, ovos fritos e um copo de leite. Até que não foi tão mal assim.

Subi as escadas com o copo de leite ainda na mão, e fui para meu quarto. Antes, dei uma espiada no quarto de Harry: o garoto ainda estava dormindo, sem camisa...nossa, que barriga perfeita! Quando arrumei o quarto dele, as cobertas cobriam tudo, mas agora...meu Deus, chamem as autoridades!

Fiquei olhando para ele durante um bom tempo, até que senti um cutucão em minhas pernas, e levei um susto enorme, por pouco não gritei.

- Que...? – olhei para baixo, e vi Monstro com uma bandeja em mãos – ah, bom dia Monstro.

- Bom dia, Srta Granger – ele respondeu, fazendo uma reverencia – o Sr Potter mandou que eu fizesse café da manhã para a senhora as oito horas. Mas percebi que a senhorita já tomou seu café da manha.

- Sim, Monstro, obrigada assim mesmo – sorri. Tadinho, odeio isso! Agora vou ficar me sentindo culpada pelo resto do dia...maldito Harry!

- Por nada – ele olhou para mim – eu ia acordar o Sr Potter, mas como percebi que a senhorita já ia fazer isso...

- Não, pode acordá-lo, é melhor assim.

- Sim, senhorita – ele deixou a bandeja no chão, fez uma reverencia e entrou no quarto.

Fiquei assistindo ele cutucar Harry, Harry resmungar, mandá-lo a merda, acordar, gemer, murmurar pragas, e finalmente levantar...mas estava só de cueca! Quando Monstro falou que eu o esperava do lado de fora, Harry olhou para mim, e em seguida para baixo, e em seguida para mim...e saiu correndo para o banheiro. foi hilário. Comecei a rir tanto, minha barriga (além dos outros membros doloridos) doía, e então fui para o meu quarto. Vesti uma blusa de alça rosa meio apertada e uma calça jeans surrada. Meu cabelo estava baixo, efeito de feitiço, e então fui para a cozinha.

Harry agora estava com uma camiseta verde e uma calça jeans, e comia ovos com bacons que Monstro havia preparado. Quando entrei, ele sorriu para mim, e meu coração acelerou brevemente.

- Bom dia – ele falou

- Bom dia, Harry – falei, indo ajudar Monstro com a louça.

- Madame,a Srta não precisa me ajudar... – Monstro começou. Tadinho, não me conhece mesmo!

- Eu insisto, Monstro! Sou convidada, e não quero dar trabalho... – respondi, já começando a lavar a louça

- Mas senhorita... – o elfo começou

- Monstro, não adianta discutir com ela. Se ela decide alguma coisa, não há santo ou bruxo que a faça mudar de idéia. Acredite – Harry sorriu – eu já tentei.

Monstro então se uniu a mim, e terminamos rapidamente com a louça.

- Ah, Hermione, adorei a limpeza que fez hoje – Harry comentou, e eu sorri – muito boa. Monstro...

- Obrigado, Srta Granger – Monstro fez uma reverencia para Hermione – a Srta me ajudou muito.

- Por nada, Monstro – respondi, secando minhas mãos e me sentando ai lado de Harry na comprida mesa preta da cozinha – então, quando Ted chega?

- A qualquer momento – ele consultou o relógio no pulso. Nem sei pra que tem aquela coisa ainda, há três anos que ela não funciona mais...inútil.

Ficamos conversando, até que ouvimos três batidas na porta. Harry foi até ela, e olhou pelo olho mágico.

- Quem é?

- Andrômeda Tonks, nascida em 29/07, com Teddy Tonks Lupin.

- Qual o nome pelo qual sua filha gostava de ser chamada?

- Harry – a voz abafada veio triste – já falei para mudar de pergunta...

Harry abriu a porta, eu estava atrás dele, e vi uma mulher extremamente parecida com Narcisa, mas os cabelos negros, os olhos também negros e as feições mais carinhosas. No seu colo, um garotinho de cabelo...seria verde? Ou azul? Acho que sou daltônica...ele...Metamorfomago! Tinha que ser! E ele é lindo! Tem os olhos cinza de Lupin, mas o rosto é o mesmo de Tonks!

- Olhe quem está aqui, Teddy! – Andrômeda falou – é o padrinho Harry! E... – ela olhou para mim – e a titia Granger!

- Olá Andrômeda – Harry cumprimentou-a – como vai? – ele pegou Teddy no colo. Teddy ainda era uma criança bem pequena, bochechas rosada e o cabelo azul (ou verdes?) ralos no topo da cabeça. Harry pegou-o com cuidado, mas ao mesmo tempo com segurança. Parecia já ter experiência - Que sexy...

- Hã? – Harry perguntou, e eu gelei. Falei alto de novo? Tenho que tratar disso!

- Ah...é que...bem...er... – me atrapalhei toda

HERMIONE CALA A BOCA PELO AMOR DE DEUS

- Andrômeda! – cumprimentei-a, me esquivando de Harry. Ufa! – quanto tempo!

- Pois é – ela falou, vindo para o meu lado – como vão seus pais?

- Muito bem, obrigada – eu respondi, levando-a para a sala. Harry brincava com Teddy, que havia acordado e ria das faíscas que saíam da varinha de Harry. Parecia uma criança com outra criança – Teddy está com quantos meses?

- Quatro – falou ela, sorrindo – e já está se transformando cada vez mais! Lembro da primeira trasformação de Nimphadora... - Andrômeda sorriu triste - ah, como foi engraçado! Eu e meu marido ficamos tão assustados que a levamos correndo para o st. Mungus, e lá descobriram que ela era metamorfomaga...

- Cadê o Ted? – Harry falava, tapando o rosto com as mãos – achooooou! – ele abriu as mãos, e Ted se acabava de rir. Gargalhadas gostosas, de criança, com o ar inocente e puro.

- ... e esse Harry só mima o afilhado! Parece babar cada vez mais em Teddy – Andrômeda olhou para Harry – muito engraçado, outro dia ele...

- Não! – Harry segurava Teddy no colo – ninguém quer ouvir isso, Andrômeda.

- Eu quero! – falei, sorrindo e olhei para Andrômeda, que parecia se divertir com a coisa toda – por favor, me conte!

- Claro – ela falou – Harry, eu e Ted estávamos no parque levando o Ted pra passear, quando um homem veio correndo em nossa direção. Ele parecia que ia trombar com o carrinho de Ted, e Harry então foi para frente dele e pulou no rapaz. Os dois caíram na grama, e então o homem ficou irado. “o que você ta fazendo? – Andrômeda contava, fazendo gestos co mas mãos – ta louco?” Harry respondeu que ele queria machucar o afilhado, e o homem mostrou os filhos que o esperavam atrás deles. Harry não sabia onde enfiar a cara – e nós começamos a rir, enquanto Harry começou a ficar vermelho.

- Ah, achei que ele fosse trombar com Ted! – Harry falou, se defendendo. Só depois percebeu que Ted dormira em seu ombro. Que cena linda...a cara de Ted era tão serena– e eu nunca deixaria essa coisinha linda se machucar, não é?

- Harry, começo a suspeitar de você – falei – acho que você deveria medir suas palavras. Posso segurar Ted?

- É... – ele me pareceu indeciso. Meu Deus, quanto ciúme! Eu não vou morder a criança – eu sei que você não vai morder...

- Pensei alto de novo, né... – falei, dando de ombros – anda logo, deixa eu segurar ele um pouco.

- Ta... – ele chegou perto de mim, e por um segundo, parecíamos marido e mulher passando o filho para o braço do outro. Andrômeda também deve ter percebido isso, porque perguntou:

- Como vai o namoro com Ginevra, Harry?

Santos, help me ¬¬

- Vai indo, Andrômeda – ele respondeu, nunca desviando o olhar de Ted.

- Harry, é sério, eu não vou morder o Ted – eu segurava aquela coisa pequenina nos meus braços, e me senti uma verdadeira mãe. Como era lindo, os dedinhos abrindo e fechando ao toque de qualquer coisa, a boca abrindo e fechando levemente...que lindo *---*

- Nunca se sabe – ele respondeu, sorrindo.

Odiei o comentário.

Andrômeda foi embora logo depois, e fomos almoçar. Ted dormia num Moisés trouxa, enquanto eu ajudava Monstro a preparar comida e Harry preparava a mamadeira de Ted.

- Desde quando aprendeu a trocar fraldas, limpar bebe, preparar mamadeira Harry? – perguntei, sorrindo.

- Desde que percebi que não queria que Ted fosse criado como fui. Quero que ele seja bem tratado – Harry respondeu, indo verificar em seguida se Ted estava bem coberto – Andrômeda me ensinou a cuidar e um bebe.

- Então dará um ótimo pai, Harry – respondi.

- Já sinto como se fosse um – ele respondeu, olhando para mim em seguida. Olhei brevemente para ele, e sorrimos um para o outro.

Dois bocós se olhando e sorrindo que nem...dois bocós.

HERMIONE, ACOOOOORDA!!!

- Srta Granger...? – Monstro parecia me chamar, mas nem ouvi.

- Srta Granger? – Monstro chamou mais uma vez, e então me cutucou – o arroz ta secando demais.

Olhei para a panela. A água á estava quase acabando...que droga, estraguei o arroz. Fiquei vermelha quando Harry riu. Odeio isso.

- Eu não gosto de arroz mesmo – falei, jogando o arroz na lata de lixo – o que você fez, Monstro?

- Batatas na manteiga e strogonoff de carne – ele respondeu. EBA, BATATAAA!!

Almoçamos, demos mamadeira para Ted, brincamos com ele, tiramos um cochilo, brincamos mais ainda com ele, ele vomitou na camiseta do Harry (morri de rir!) e depois voltou a dormir. Tirando a parte do vomito, foi tudo normal. Andrômeda veio mais tarde para buscá-lo, e então eu e Harry estávamos sozinhos de novo.

- Já tem o dinheiro? – Harry perguntou

- Sim – falei, me sentando no sofá da sala – tudo no Gringotes.

- Ah.

Ficamos num silencio incomodo durante um tempo, até que Monstro entrou na sala com duas Coca-Cola numa bandeja.

- Desde quando toma bebida trouxa, Harry? – perguntei, pegando uma das cocas.

- Eu comprei num armarinho ali perto – falou Harry, lutando para abrir a latinha – não sabia de que bebida você gostava, então comprei essa.

- Dá aqui, deixa que eu abro pra tu – peguei a latinha da mão dele, e abri o lacre – viu como se faz?

- Sim – ele respondeu, estendendo a mão para a latinha. Quando segurou-a, minha mão ficou presa entre a dele e a coca. Sua mão estava quente, e quando ele me tocou olhou para mim...e eu pare ele.

Ficamos nos olhando, até que percebi que ele se aproximava...os olhos verdes já ficavam desfocalizados, sentia o hálito quente dele sobre a minha boca. Eu queria morder os lábios dele, até sangrar, queria enterrar minhas unhas nas costas dele, queria apertá-lo contra mim.

NÃO, HERMIONE, NÃO DEIXA ISSO ACONTECER! NÃO! NÃÃÃÃÃO!

Tarde demais.

Eu o queria.


Espero que gostem do cap ;)

Carol~~> Pois é, um sufoco total para a nossa queria Mione...mas ainda vão ter tantos sufocos! XD Só esperando para ver o que vai acontecer...

Isabella~~> Que bom que está gostando!

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