No Beco Diagonal, tudo pode ac
Levantei-me rápido, lutando contra basicamente toda a minha vontade, falei algo tão sem sentido e retardado que nem me lembro, e subi as escadas correndo, deixando um Harry confuso na sala. Entrei no meu quarto e tranquei a porta.
O QUE VOCÊ FEZ? VOLTE LÁ AGORA E BEIJE AQUELE MORENO MARAVILHOSO!
Não, você fez a coisa certa. Se beijá-lo, como fica a Gina?
FODA-SE A GINA! ELE TE QUER!
Não, ele só está carente e parece que eu estou me aproveitando dele. Ele é seu amigo, imagine como o clima ficaria esquisito se...
Como se o clima já não estivesse esquisito agora. Além disso viu como ele fica sexy segurando o Ted? Como um marido e pai perfeito...
Contra isso não podia argumentar: ele realmente ficava sexy segurando Teddy. Era quando eu senti mais desejo.
HERMIONE, VOCÊS SÓ TEM 17 ANOS! ACHA QUE ELE VAI CASAR COM VOCÊ OU O QUE?
Bom, se...
NÃO RESPONDA.
Fui para o meu banheiro, tomei uma ducha fria, escovei meus dentes e destranquei minha porta, para em seguida me deitar e ficar olhando para a porta.
Será que eu queria que Harry aparecesse?
Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe. Vi quando a sombra de Harry se aproximou, e tratei de fechar os olhos. Ele deve ter entrado e me espionado, não sei. Sei que ouvi a porta se abrindo e se fechando. Agora ele havia ido dormir.
Parabéns, vacilou de novo, perdeu de vez.
Boa noite, consciência impulsiva
Boa noite, consciência boazinha
Estou ficando louca?
Sei lá.
Harry entrou pela porta, e se deitou ao meu lado. Olhou para mim, os olhos verdes pareciam brilhar no escuro, e falou alguma coisa. Não sei o que foi, ele só falou. Fiquei olhando para ele, e então ele foi se aproximando mais e mais...
- Tem certeza disso? – ouvi a voz dele.
- Com certeza – falei.
Senti a água gelada me molhando inteira, e me levantei na hora. Estava encharcada, Harry parado ao lado de minha cama com a varinha em punhos. Ele sorriu.
- VAI A MERDA, HARRY POTTER! – gritei – POR QUE MERDAS VOCÊ FEZ ISSO??
- Porque você deixo – ele sorriu – eu perguntei “Você vai acordar ou eu vou ter que te molhar?” daí você só respondeu sim. Eu perguntei “Tem certeza disso?” e você respondeu que sim. Então, aqui estamos.
- Raios que te partam, Harry Potter.
- De raio, só minha cicatriz – ele falou, e eu saí correndo atrás dele com a varinha jorrando água. Finalmente, quando nós dois estávamos encharcados, nos secamos com magia e fomos tomar café. O clima da noite anterior parecia ter desaparecido.
Para o meu azar
- Bom dia Monstro! – falei de bom humor.
- Bom dia, Srta – ele respondeu – Bom dia, Sr. Hoje teremos torradas, geléia, e panquecas!
- Ei, você nunca fez panquecas para mim! – Harry falou, e eu comecei a rir – não é justo!
- É porque, com todo respeito, Sr, o Sr nunca me ajudou na cozinha – Monstro levava uma panela para a mesa.
- É justo – Harry respondeu, e eu peguei algumas panquecas. Comemos, e em pouco tempo estávamos prontos para ir ao Beco Diagonal.
Aparatamos no Caldeirão furado, e Tom, o dono do bar, abriu a passagem para nós. Saímos numa enorme ruela, cheia de pessoas andando para lá e para cá, sacolas nas mãos, entrando e saindo das lojas apressadas.
Segurei o braço de Harry, para não perdê-lo, e ele ruborizou. Sorri.
- Vamos aonde, primeiro? – ele perguntou, olhando para algum ponto. Ri muito, ele tava ficando mais vermelho?
- Sei lá – respondi, ainda rindo – acho que no Gringotes, né?
- Pode ser – ele falou, me puxando.
Fomos empurrados, chutados, pisados e esmagados, mas finalmente chegamos ao Gringotes. Há uns dois anos, meus pais abriram uma conta pra mim, já que não queriam ter que enfrentar fila todos os anos para trocarem meu dinheiro. Eu e Harry fomos aos nossos cofres, e voltamos para o Beco.
- E agora? – perguntei – sua varinha já está boa...então, vamos ao Floreios e Borrões?
- Ah, mas você demora tanto! – Harry reclamou,e eu olhei para ele, fuzilando-o com os olhos – ta bem, vamos.
Entramos na loja, e eu logo fui para uma das seções de livros. Harry pediu ao dono os livros que precisaria para o sétimo ano, e comprou os seus rapidamente. Em pouco minutos, já estava me chateando de novo.
- Mione, vamo embora!
- Harry, peraí – eu estava examinando um livro muito massa, Guia dos corajosos: aventureiros e seus feitos. Se a gente não estivese nesse livro, não sei mais o que é aventura.
- Mioneeee – ele falava com a voz manhosa – to cansaado!
- A gente não está aqui há meia hora! – falei, olhando outros livros – relaxa, Harry...
- Mas Mione... – ele começou, mas parou bruscamente. A sineta da porta tocou. A loja não estava muito cheia, então deu para ouvir claramente o barulhinho de sino pequeno. Harry ficou quieto. Eu acho que podia ouvir uma tensão...pra você ver como tava foda lá dentro.
- Harry, você está bem? – perguntei, indo até ele com um livro qualquer nas mãos. Quando vi quem estava perto da porta, meu queixo caiu.
OH MEU DEUS, PORQUE?
- Ora ora, se não é o Potter e a Granger – a voz fria e arrogante ecoou brevemente na sala. Meu sangue pareceu gelar – cadê o outro, o Weasley?
- Isso não lhe interessa, Malfoy – Harry respondeu, olhando feio para Malfoy. Eu fiquei em estado de choque. Não conseguia acreditar. Malfoy? Numa loja de livros? NA MESMA HORA QUE EU ESTOU AQUI? Só pode ser brincadeira...
Não era.
- Se não interessasse, porque estaria perguntando, cicatriz? – ele respondeu, e olhou para mim. Os cabelos loiros reluziam o sol vindo de fora, os olhos cinza me analisavam de cima a baixo. Ele...parecia mais...sei lá...era estranho. Espera aí...ele estava se aproximando de mim? – E você, Granger? Perdeu a fala?
- Malfoy, a única coisa que foi perdida aqui é o senso de espaço – falei, enquanto ele se aproximava. Ele estava bem perto já, quando respondi ele parou. Ficou me olhando, e um sorriso bem irritante apareceu na sua cara – E pelo jeito, você quem perdeu.
- Ah, Granger, se eu ligasse para alguma coisa que você fala... – ele falou, ainda com aquele sorrisinho na cara. QUE VONTADE DE SOCAR ELE! Se bem que...
- Do que está rindo, doninha? – perguntei, me controlando MUITO para não socar aquela cara branquela – lembrou de alguma piada sem graça que o seu querido papai contou pra você?
O sorriso desapareceu. YES! Achei o ponto fraco...
- Granger, não me provoque... – ele começou, o rosto assumindo um ar sério. Eu nunca vi ele daquele jeito...parecia que estava com raiva e....magoado.
Não pode ser.
- Provoco o quanto quiser, doninha albina gordurosa. Não está na hora do seu banho mensal? – perguntei, rindo. Harry olhou para mim, tão pasmo quanto Malfoy.
- Cale a boca, juba de leão – ele revidou, os olhos se enchendo de desprezo – não ta na hora de você dar um trato no seu cabelo?
- Meu cabelo pelo menos tem jeito – respondi, não conseguindo me controlar. Estava para partir para cima daquele desgraçado...Harry pelo jeito percebeu, e foi para o meu lado, segurando meu braço direito – e o seu? Nunca deixará de ser gorduroso...
- Vem Mione – Harry puxou me pelo braço, mas consegui me desvencilhar saquei a varinha, apontando-a para aquela coisinha nojenta.
Malfoy apenas ficou me observando, o sorriso voltando ao rosto. Ao invés de usar magia, podia furar o olho dele com a varinha...seria bem divertido. Não, minha varinha ficaria com uma gosma muito nojenta, melhor não arriscar.
- Vem, Hermione – Harry me segurou novamente, e desta vez me deixei levar. Malfoy apenas ficou me observando, o sorriso estampado no rosto. Saímos da loja, e Harry me levou para a Madame Malkin. Experimentar roupas sempre me relaxava...
Comprei novas vestes, assim como Harry, e depois compramos o resto das coisas. Não vi mais Malfoy, graças a Deus, acho que se o visse novamente, meus próximo destino seria Azkaban. Terminamos as compras, e depois voltamos para o Largo Grimmauld. Monstro nos preparou um jantar delicioso, parecia de muito bom humor nesses dias. Terminamos de comer em silêncios, e eu me levantei rapidamente. Subia as escadas, quando sentia alguém me segurar.
- Espere... – Harry começou, e eu parei de subir. Porque ele estaria me segurando?
- O quê? – perguntei, ainda sem me virar para ele.
- Você está bem?
Geeente, espero que estejam gostaando da fic ;)
comentem q em breve vem os outros caps (:
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