Saudades um tanto pattys
Jasmine acordou rapidamente, antes de todas as garotas. Foi até o banheiro, lavou os cabelos castanhos com um xampu que roubara de sua mãe antes de vir para Hogwarts. Botou o uniforme e, quando apareceu no quarto, haviam 3 meninas na fila de espera para o banheiro.
- Qualé, acaba de chegar e fica inrolando como se fosse a dona do nosso chuveiro? – perguntou agressivamente uma morena cheia de sardas.
- Seu chuveiro? – perguntou Jasmine, audaciosa
- Sim, meu, nosso chuveiro – respondeu uma garota loira, a única por sinal.
- O nome de vocês esta escrito lá? NÃO. Então não encham a paciência, suas metidas a pattys.
Enquanto realizava uma de suas saídas triunfais ensaiadas, lembrou-se do primero garoto que a chamara assim: Patty
Flashback
- Caramba, tu é muito gata – falou Ramon, um garoto que era 2 anos mais velha que ela na época (1 anos atrás)
- Eu sei - falou ela, convencida
- No entanto, é um pouco patty.
- Como?
- Você usa essas pulseiras rosa-choque, colares rosa-choque, batom rosa-choque. Só falta as meias e a roupa intima serem rosa-choque também!
E o pior é que eram.
-Adoro ser patty, me sinto bem melhor do que ser uma apagada miserável – falou a menina, arrogante
- De boa, gata – falou Ramon, se aproximando – isso não vai nos atrapalhar.
- E nem vai ajudar – falou ela, se esquivando do garoto – já falei: está tudo acabado!
Fim do FlashBack
Ela adorava ser chamada de patty, pois isso mostrava que ela era diferente, era única, não era a mesmice. Desceu as escadas de nariz empinado, e encontrou Otto tendo uma discussão violenta com Johnny, que estava acompanhado de Ian e Adam
- Como se você fosse homem o bastante para ousar sacar a varinha! – falou Johnny, arrogante
- Sou homem o suficiente para socar essa sua cara idiota e ainda azarar você! Com as mãos amarradas!
- Você não foi homem o suficiente nem para salvar o seu relacionamento com Isabel!
- Ora, seu... – e Otto já ia pulando em cima de Johnny, quando Jasmine interferiu
- Calma aí, amigo – falou ela, segurando firmemente o braço de Otto – o que ta rolando aqui?
- Bom dia, flor! – falou Johnny, mudando de expressão na mesma hora – apenas mais uma discussão familiar, nada de mais.
- Estou vendo, tanto que Otto quase pulou em você, mas é claro que era só para proferir ofensas contra a progenitora.
- Hã? – perguntou Ian.
- Xingar a mãe, Ian – explicou Adam, impaciente,
- Vou tomar café, e você – falou ela, puxando Otto consigo – vem comigo rapazinho.
- A gente se encontra depois, Jazzie – falou Johnny, piscando para a garota
- Tchau Min! – falaram Adam e Ian.
- Otto! – começou Jasmine, enquanto desciam as escadas – porque essa briga toda?
- Não quero falar sobre isso – ele falou friamente
- Mas...
- Não quero e pronto! – ele pegou-a pelo pulso e a levou para o Grande Salão
- Ai, está machucando meu pulso! – falava a garota
- Desculpe – pediu o menino, se sentando a mesa – perco o controle quando falam de... – e se calou rapidamente.
- Coma alguma coisa, hoje você tem que me guiar pelo castelo! – falou a menina tentando animar Otto.
- Uhul – falou ele, mais desanimado que nunca.
O dia passou rapidamente, e Jasmine cada vez era apresentada a mais e mais garotos. Otto, quando um se aproximava, virava-se de costas e ignorava completamente, até que Jasmine voltasse a falar com ele. Os meses se passavam, e o Natal se aproximava cada vez mais. Ela encontrava Johnny, Ian e Adam todos os dias, aceitando somente 2 vezes o convite de ir ao dormitório, tomando as preucauções necessárias para não ser pega de surpresa.
A menina agora conhecia toda Hogwarts, tinha uma ótima memória para mapas, e com a chegada do Natal, tinha que usar os atalhos disponíveis, pois a toda hora apareciam garotos com cartões de Feliz Natal. Ela pedia que só entregassem quando ela estivesse na Sala Comunal da Grifinória, assim não se desconcentrava e podia conversar melhor com Otto. O garoto estava diferente, estava mais gentil e legal, além de olhar cada vez mais para a garota. Ela corava ao perceber os olhares do garoto, mas tinha algumas habilidades para esconder isso, e assim nunca era pega vermelha.
Ela resolvera passar o dia de Natal na escola, junto com Otto, Ian, Johnny, Adam e outros garotos. Mas sentia falta de seus queridos pais e das melhores amigas e amigos que tinha em Beauxbatons, e então resolvera mandar um cartão para todos. Enfeitiçara vários cartões, e mandando para a família e os amigos. Recebera vários cartões de volta, além dos recebido em Hogwarts. Na véspera de Natal, havia um passeio ao vilarejo ao lado, Hogsmead.
Ela conseguiu dispensar Os Pop e iria com Otto à vila. Prometeram um ao outro que trocariam presentes, comprando os mesmos fora da vista do outro.
- Vamos na loja de roupas, estou precisando de novos cachecóis, os meus estão todos desfiando! – falou Jasmine, mostrando ao amigo o cachecol cheio de fios saindo
Entraram na loja, e a menina logo viu um cachecol que, ao botar no pescoço, aparecia o nome da pessoa que o usava. Ela pediu para experimentar, e quando botou no pescoço, o nome Jasmine apareceu, desenhado em prata no tecido macio.
- Infelizmente não posso levar, não trouxe dinheiro – disse a menina devolvendo o cachecol ao dono. Ela saiu da loja, e Otto demorou um pouco mais, saindo com uma sacola da loja.
- O que comprou?
- Luvas de Dragão novas. As minhas estão detonadas.
A menina viu na loja Floreios e Borrões um livro magnífico de poesias, e resolveu compra-lo para Otto como presente de Natal.
Foram à Dedosdemel e compraram montanhas de doces e tomaram uma boa dose de cerveija amanteigada, ficando meio bêbados em seguida. Jasmine se separou de Otto no caminho, e encontrou Johnny.
- Gata, você por aqui. Você está bêbada? – peguntou ele, vendo a garota andar em ziguezague.
- Nõõõ, iiu to beeeeimm! – falou a menina, mas se agüentando em pé. Ela, então, caiu nos braços de Johnny e, acidentalmente, o beijou. Ele a beijou mais e mais, mas então percebeu que a menina estava muito parada...ela havia dormido em seus braços!
Ele a levou para a Sala comunal, onde Otto os recebeu, preocupado com Jasmine
- DêêÊxa quii iiu léévu – falou ele, estendendo os braços para um vaso de flores
- Vá para o quarto, você está tão bêbado quanto ela! – e Johnny subiu as escadas, pedindo permissão das outras garotas para entrar. Quando entrou as garotas pareceram paralisadas com a cena. O gato mais gato carregando aquela estrangeira idiota! Ele a carregou, a botou na cama, cobriu-a com o lençol e deu um beijo em sua testa, para em seguida se retirar da sala.
- O que será que aconteceu? – perguntou a morena de sardas
- Deve ter tomado um porre federal! – falou a loira – espera até a escola inteira saber que ela bebeu até não agüentar mais!
Jasmine ainda estava acordada quando as garotas falaram isso. Ela estava com raiva e com medo do que os outros iriam pensar. Aquela novata tomou um porre? Mas que não tomou um porre na vida? E então a menina adormeceu imediatamente.
Naquela noite, ela sonhou com Otto, que a carregava gentilmente num jardim de jasmins, suas flores favoritas. Ele falava algo, mas ela não compreendia, percebeu que eram palavras doces, seus olhos estavam cheios de amor, quando no lugar de Otto aparece Johnny, tentando beija-la a qualquer custo.
A menina acordou no meio da noite, encharcada de suor, e se lembrou vagamente de um beijo que dera naquela noite: em Johnny. Estava morrendo de dor de cabeça, viu no relógio: já eram 5h. Levantou-se, tomou um banho, e foi buscar um remédio para enxaqueca. Era Natal, lembrou ela, desceu as escadas e encontrou uma enorme montanha de presentes embaixo da árvore na Sala comunal. Recebera presentes apenas dos pais e do irmão que estava no Egito estudando as esfinges. Mas logo quando seus pensamentos voltaram para Otto, o garoto desce as escadas com um pacote embrulhado em papel celofane rosa. A menina se vira rapidamente em sua direção e abre um lindo sorriso – um sorriso sincero, e não um falso – que é retribuído por um sorriso também maravilhoso do garoto.
- Bom dia! – falou ela, se levantando e abraçando o amigo – ta com enxaqueca também?
- Bom dia – falou ele, abraçando-a também com o pacote ainda em mãos – só um pouquinho, tomei um remédio milagroso e estou muito bem – ele sorriu novamente, os olhos escuros estudando a garota cuidadosamente – levantada tão cedo porque?
- Tive um pesadelo – sorriu triste – tomei um banho e vim abrir meus presentes. Falando em presentes – ela tirou a varinha do bolso e gritou [i]Accio![/i], um pacote envolvido num papel de presente roxo saiu voando e veio parar nas mãos da garota – Feliz Natal – ela entregou o presente a Otto.
- Feliz Natal! – ele entregou o pacote e os dois abriram os presentes, rasgando o papel sem piedade.
- É...o cachecol! – ela retirou o cachecol e o colocou em volta do pescoço, para logo em seguida aparecer a palavra Jasmine prateado no cachecol – obrigada Otto!
- O Livro de poesias do Jonas Shnizzer! – ele estendeu o livro a sua frente, olhando com adoração – estava atrás desse volume há meses!
Os dois se abraçaram, a felicidade exalando deles como raios de sol. Os dois sentiam o calor um do outro, e como estava frio, não se soltaram por um tempo. Até que viram o sol nascer juntos e se sentaram nas poltronas, conversando sobre a noite passada.
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