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Hermione estava com a cabeça deitada no colo do moreno, que brincava com os cachos do seu cabelo, de repente, ele para e se aproxima mais do rosto da garota dando um beijo bastante apaixonado em seus lábios.
- Eu te amo! – ela disse com um sorriso maroto nos lábios.
- Eu também! – respondeu da mesma maneira – Não acha que a nossa vida está bem melhor agora que o Rony não está mais aqui com a gente?
- Eu também acho! – se virou para poder olhá-lo de frente – Depois que ele foi embora podemos descobrir os nossos verdadeiros sentimentos um pelo outro.
- E nós podemos ficar sozinhos sem ninguém para atrapalhar! – deram um selinho rápido – Com o Rony aqui, teríamos que nos preocupar se ele podia nos ver.
- Isso é muito cansativo! – revirou os olhos impaciente – Espero que ele não volte nunca mais. Que fique seja lá onde estiver.
- Eu concordo com você! – passou a mão suavemente pelo rosto da morena – Mas agora, chega de falar daquele ruivo azedo, vamos aproveitar que estamos só nós dois dentro dessa barraca.
Ela sorriu concordando e os dois voltaram a se beijar, dessa vez mais profundamente. Levantaram-se, sem interromper o contato dos lábios e foram caminhando em direção a um das camas que havia lá.
Rony acordou com a respiração totalmente ofegante e com a testa molhada de suor. Não era possível, já havia tido sonhos parecidos na noite anterior. Será que alguém estava tentando mostrar a realidade? Não conseguia acreditar que seus melhores amigos poderiam fazer uma coisa dessas com ele, mas agora tinha começar a pensar nessa possibilidade.
Resolveu espantar esses pensamentos de sua cabeça e desceu em direção a cozinha para beber água.
- Está vendo, seus amigos não ligam para você! - ouviu uma voz que parecia estar ao seu lado.
- É claro que eles ligam para mim! – tinha um tom de convicção na sua voz, mas sua cabeça não parecia pensar a mesma coisa – Eu sei que tudo aquilo só pode ser mentira.
- Se você acredita que os dois continuam chorando por você ter ido embora, eu não posso fazer nada – continuou – Mas nós dois sabemos que, na realidade, eles estão nesse momento se agarrando em algum lugar e nem lembram que você existe.
- Isso é mentira! – gritou tão alto que ficou com medo de acordar o irmão e a cunhada que dormiam profundamente no andar de cima da casa – Eu sei disso, Harry e Hermione são meus amigos, nunca fariam uma coisa dessas comigo.
Saiu correndo em direção ao seu quarto. Dormiu o resto da noite com um travesseiro em cima do ouvido, evitando que falassem com ele novamente.

***

O moreno estava sentado na porta da barraca. Pensava em uma maneira bastante prática de descobrir onde está o restante das horcruxes de Voldemort e também destruí-las se que descobrissem, era uma tarefa bastante difícil, mas essencial para que saíssem vitoriosos dessa guerra.
- Ela está sozinha lá dentro! – alguém sussurrou em seu ouvido – Acho que você deveria ir até lá aproveitar isso.
- Quem está aí? – olhou para todos os lados com a varinha na mão – Apareça agora mesmo ou eu vou lançar um feitiço.
- Você não pode me ver – soltou uma gargalhada –Posso dizer que eu sou a sua consciência.
- Ótimo! – suspirou pesadamente – Agora eu estou ficando louco.
- Não tenha dúvida disso! – concordou – Mas, na verdade, você está louco de amor.
- Eu não quero ficar com a Mione, ela é a minha melhor amiga – na verdade, queria dizer que não podia ficar com ela, não naquele momento – Aquilo que aconteceu ontem à noite, foi apenas um erro.
- Sei! - tinha um tom de ironia em sua voz – Um erro que você está doido para cometer novamente.
Harry decidiu não pensar em mais nada. Queria muito retirar a amiga da cabeça, nem que fosse somente até o fim daquela estúpida guerra.

***

A garota estava sentada em uma cadeira e lia um dos vários livros que havia levado para aquela aventura. Agora que o ruivo havia ido embora, precisava de outro feitiço para a proteção de Harry.
Pegou-se mais uma vez pensando no seu melhor amigo, não pode deixar de sorrir. Colocou uma das mãos involuntariamente nos lábios e se lembrou do beijo.
- Que lindo, ela está apaixonada! – era uma voz que imitava a de uma criança – Em vez de você ficar só aí lembrando do que aconteceu, vai até lá e revive.
- Não é tão simples assim! – parecia não se importar por estar falando com uma voz da sua cabeça – E se ele não quiser?
- Tenha atitude! – disse bastante firme – Se for preciso agarra ele a força.
- Eu não vou fazer isso! – disse um pouco alto demais – Não sou maluca!
- Com quem você ta falando Mione? – o moreno aparece dentro da barraca bem nesse momento.
- Com ninguém! – ficou bastante vermelha com isso – Apenas pensava alto.
Os dois amigos ficaram se encarando por alguns minutos, parecia um momento bastante constrangedor para ambos.
- Beija logo! – ouviram a mesma voz ao mesmo tempo, mesmo não sabendo disso.
Seus rostos foram se aproximando até que seus lábios se tocaram. O beijo durou vários minutos, só se separaram quando precisavam de ar. Nenhum dos dois tinha coragem de olhar para o outro, estavam bastante vermelhos.
- Desculpe-me! – disseram ao mesmo tempo – Não foi sua culpa foi minha.
Começaram a rir descontroladamente. Foram se aproximando um do outro novamente, até que a distância entre eles ficasse a menor possível.
- Não sei quanto a você! – falaram juntos novamente – Mas eu quero repetir.
Não disseram mais nada, apenas voltaram a se beijar. Quando Harry percebeu já estava começando a retirar a blusa da amiga, que não vazia objeção, apenas fazia o mesmo com a dele. Quando as duas peças já estavam no chão, decidiram ir para um lugar mais confortável: a cama em que o garoto dormia.

***

-Como anda as investigações de Voldemort?-Perguntou o quadro de um velho de roupa roxa para um homem de vestes negras e cabelos oleosos na sua frente.
-Bem professor Dumbledore, até agora ele somente está sabendo que os garotos estão atrás de suas horcruxes, o Lord das trevas tem um plano, mas ate agora não me contou!
-Ele irá te contar em breve?
-Parece que quer ter uma reunião comigo para expor os planos que ele tem em mente.
-Bom Severo, isso é muito bom!E nesse plano ele ira te contar onde estão às outras?
-Creio que não professor!Parece-me que não!Ele quer somente a minha opinião sobre o que fazer!
-Severo eu sei o quanto deve estar sendo difícil para você esta nossa jornada, sei o quanto deve estar ruim para você ser sendo um dos homens mais procurados de todo o mundo, mas quero que saiba Severo que mesmo estando morto você me orgulha muito Severo Snape!
-Obrigado professor Dumbledore, o motivo também sempre será o mesmo!
-Severo, Severo, se o Tom soubesse o quão poderoso é o amor ele não subestimaria o Harry! Ele nunca teria ido atrás do garoto por causa de uma profecia mal feita!
-Eu me arrependo amargamente daquele dia!- Disse o homem de vestes negras não contendo as lagrimas- Se eu não tivesse ouvido atrás daquela porta e tivesse contido meus impulsos, ela estaria viva mesmo longe dos meus braços.
-Acalme-se homem, tenho certeza que Lily não tem raiva de você!Tenho certeza que ela em algum lugar está feliz por ver o homem que você se tornou!
-Eu sei disso professor, mas eu faço isso, não pelo Potter, mas pela mãe dele!Eu evito olhar nos olhos do Potter!Eu sempre evitei!
-Eu sei!Os olhos dele são os mesmos da mãe!Sem tirar e nem por nada!
-Vamos ao que interessa professor?-Disse Snape voltando ao seu ar durão de sempre.
-Sim Severo!Já tivemos emoção demais para hoje!Vamos começar a planejar também. Eu quero te informar que daqui a um mês vamos colocar a espada verdadeira perto do Harry!Devo avisar para o Fineus continuar de ouvidos atentos nas conversas dos garotos.
-Certo professor, e o que faço com o Lord?
-Escute-o e tente ajudá-lo!Arrume uma forma de atrapalhar os planos dele.
-Vou tentar professor!Vou fazer o melhor que eu puder!
-Confio plenamente em você Severo Snape!-Disse o velho estufando o peito de orgulho, mesmo sendo uma mera pintura.

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