Capítulo 02
Lembrei na hora o que o meu irmão me contou sobre o interesse dele por mim e senti cócegas no estômago.
E é claro fiquei vermelha. (meu carma)
Mas a surpresa veio mesmo quando ele deu a volta no carro e abriu a porta para uma loirona de mini saia justa e com uma blusa mais decotada que a blusa da Raquel.
E olha que eu já achava o decote da Raquel um tremendo exagero.
O que não poderia acontecer pra piorar a situação acabou acontecendo. Ele me viu e ficou ali parado segurando a porta e me encarando, eu até diria que meio abobalhado.
Eu não sabia o que fazer então eu desviei o olhar e fingi que nem tinha visto.
Só que estava sendo um pouco difícil disfarçar com todos os seus amigos torcendo o pescoço pra olhar para ele.
Não sei por que, mas eu estava querendo que a terra me engolisse ali mesmo com aquele short surrado... Porque diabos eu não me arrumei direito!?
=X
Mas que droga, o que eu to pensando? Não me importo se ele me viu desarrumada.
Não quero nada com ele, e sem falar que ele estava acompanhado.
Então tome vergonha nessa cara Lílian!
Quando resolvi olhar para ele de novo ele já estava de costas entrando no restaurante ao lado da sorveteria de braços dados com a mocréia.
Quero dizer, a loirona.
Ele tinha ombros largos e o quadril estreito como meu irmão. Andava como um felino e seus cabelos eram bastante bagunçados, mas isso só o tornava ainda mais charmoso. Ele usava um jeans que não escondia as pernas musculosas e uma camisa que mostrava os braços fortes. Quase delirei. Quer dizer... ¬¬
Ahh dá um tempo! Não é porque não quero nada com ele que vou me tornar cega! O cara é um tremendo pedaço de mau caminho.
- Lily se não te conhecesse, diria que você estava secando aquele cara!!!
- Pare de falar besteira Fabrício! – Lancei meu olhar mais assassino para ver se ele parava de rir da minha cara.
- Só se você parar de ficar vermelha... Hey! Vocês viram só aquela DEUSA que estava com ele? Sério, estive no céu por um momento. – Todos reviraram os olhos.
- Gi!! – Isabella começou a acenar para a garota que vinha na nossa direção.
- Oi povo. – Ela sentou ao meu lado.
Gisele era uma garota que não tinha uma beleza física, mas chamava atenção de muitos homens com seu charme.
-Oi – Todos responderam em uníssono.
- Onde você se meteu? – Eu sabia que não era da minha conta mas eu sou xereta e a gente não tem essa de segredos. Nosso lema é “Tu segredo Mi segredo” haha.
Pelo menos o MEU lema é esse.
- Fui com a minha mãe comprar tinta para o meu quarto. Vou pintá-lo com um roxo claro.
- Acho que vai ficar legal – Eu disse.
- Assim espero. E ai? O que tem de novo pra contar?
- Você tinha que ter visto a desgraça que presenciamos na frente da casa da Lily! – Isabella começou.
- Uma gordona rolando debaixo do sol. Era banha pra tudo quanto é lado. – Theo deu sua opinião - Um pesadelo!
- Tivemos que segurar o Rufus porque ele estava querendo avançar na coitada achando que era um porco assado. – Raquel completou acariciando meu cachorro que estava se esfregando em todo mundo atrás de carinho.
Rimos e continuamos conversando. A turbulência tinha passado, mas eu estava em alerta para quando ele saísse da sorveteria. Não sabia o porquê da ansiedade, afinal ele estava com aquela mocréia
=X
Loirona. Foi isso que eu quis dizer.
Tanto faz. O importante é que nessa hora apareceu meu irmão no seu carro, seguido por mais um carro preto conversível. E pararam também na frente da sorveteria.
Mais uma vez todos pararam para ver a entrada espetacular das “celebridades”. Do carro preto saíram os outros dois amigos do meu irmão. O loiro era o Remo. E o de cabelos pretos e olhos claro, com certeza era Sirius. De acordo com o meu irmão, esse Remo era o mais sensato de todos, e o Sirius o pior deles.
Isabella se derreteu toda quando viu Jonas saindo do carro. Eu já avisei pra ela não ser tão transparente com os seus sentimentos, mas não adianta. Ela acaba do mesmo jeito quando ele aparece.
Eu sinceramente não quero passar pelo que ela passa. Ter um amor não correspondido dever ser bastante duro, pelo menos é o que parece quando vejo ela decepcionada toda vez que é ignorada por ele, ou a mágoa nos seus olhos quando ele aparece com outra mulher. O pior é que acho que ele faz isso de propósito. Pra mostrar pra ela que não esta nem ai. E vamos combinar, é totalmente cruel da parte dele.
Eu já tentei conversar, mas ele não se importa.
E pelo jeito ela também não se importa em sofrer, porque sempre vejo aquele sorriso bobo e os olhos brilhando quando é tocado no nome dele.
Todos eles entraram no restaurante0 também. E toda a concentração da turma se dissipou.
Raquel pelo jeito estava babando pelo Remo, porque a cada duas frases que ela dizia, uma era pra perguntar se a gente achava que ele iria demorar muito para sair de lá. E Gisele com certeza se interessou por um dos dois porque ficou totalmente calada.
E eu saco essas coisas.
Então já era o bastante pra mim. Não ia ficar ali enchendo o ego deles, por isso resolvi que já estava na hora de juntar minhas trouxas e voltar pra casa.
Como Isabella era minha vizinha ela me acompanhou. Nós viemos em silencio, e acho que foi por isso que ela ficou tão surpresa quando eu cuspi o que tinha para dizer.
- Por que você se humilha tanto para o meu irmão Bella? - Nós duas paramos uma de frente para a outra.
Ela ficou me olhando por um momento e depois abaixou a cabeça. Acho que estava tentando esconder a tristeza que transbordava de seus olhos, mas eu vi.
- É a mesma pergunta que eu me faço todos os dias antes de dormir. – Ela me presenteou com um sorriso triste e completou – Mas no dia seguinte já levanto com disposição para fazer uma nova tentativa. Você sabe como eu sou.
- Sei. Você é uma boba. – Devolvi o sorriso triste. – Um dia ele vai ver a garota incrível que eu vejo em você.
Os olhos dela se encheram de água, mas ela não deixou cair uma só lagrima. Isabella nunca chora. Não na frente dos outros.
Nem mesmo no velório de seu irmão há alguns anos atrás. A dor que se via nos seus olhos e feições era quase palpável. Mas ela se manteve firme até o fim.
Eu vi que essa atitude fez meu irmão olhar ela de um jeito diferente. Não era pena, nem solidariedade. Era admiração.
E eu já disse que saco essas coisas. Os olhos deles brilhavam.
E ele se manteve firme ao lado dela. Segurou sua mão o tempo todo e se assegurou para que ela se sentisse confortável.
Foi ai que eu vi. Talvez o amor de Isabella não fosse tão platônico assim. E mesmo numa época triste daquelas eu quase delirei de alegria.
Ela sempre me dizia que chorar era uma fraqueza, e que se você mostrasse suas fraquezas para outras pessoas, elas se aproveitariam e pisariam em você. E ela usou a situação dela com meu irmão como exemplo. Sua fraqueza era amar, e veja no que deu.
Nós resolvemos mudar de assunto e viemos fofocando e rindo o resto do caminho. Quando cheguei me despedi dela e entrei em casa.
Daí por diante segui minha rotina. Subi, tomei banho, coloquei minha calça moletom cinza que torneava bem meu corpo e uma blusa de alça azul clara.
Desci, deitei no sofá e fiquei assistindo tv. Meus pais como sempre estavam num de seus encontros românticos e não tinham horário para voltar. Não sei como depois de tantos anos juntos continuam agindo como se tivessem acabando de casar.
Quando estava quase pegando no sono ali no sofá mesmo, escutei a buzina do carro do meu irmão. Fui até a janela e quase cai pra trás quando vi que estavam junto dele, encostados no carro, Sirius, Remo...
E Thiago.
Sem a mocréia!
Quase soltei uma gargalhada quando imaginei as peruas do meu colégio se roendo de inveja se vissem aqueles deuses estacionados no quintal da minha casa.
Meu irmão me viu e acenou para que eu fosse lá.
Observação: Estava provavelmente com o cabelo em pé pela soneca no sofá e estava vestindo trapos.
O que diabos eu iria fazer???
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Valeu pelos coments genteeee! *__*
Eu sei que nao tah laaaa essas coisas a fic mas eu acho que mais pra frente vai melhor...sempre achei inicio de livro um saco...talvez o inicio desse seja tambem =]
mas vamos la gente...TENHAM FÉ!
Bjão!!
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