Capítulo Dois



 





Capítulo 2
ou The One When He Starts Calling Her By “The Name”


(...) E foi neste momento que o vi pela primeira vez.



Quem é ele?
Essa foi a primeira pergunta que surgiu na minha cabeça, porque nunca tinha visto ele pela mansão casa.


E a segunda, foi que ele era muito bonito. Muito mesmo. Ele era bem mais alto que eu, pelo menos àquela distância era o que parecia. Usava jeans surrados, All Star preto, e uma camiseta azul-marinho.


Ele parecia suado, mas o que me chamara mais atenção, além de seus cabelos escuros bagunçados e seus músculos maravilhosos, foram seus olhos.


Quero dizer, a princípio não podia vê-los, porque ele usava um Ray-Ban clássico preto.


E acho que ele percebeu que eu parara repentinamente no meio do caminho e o encarava, porque se virou pra mim.


Eu estava tão encantada incomodada com a presença dele ali, que nem me movi. Tinha algo nele, que eu não sabia o que era, que me atraía. Não sei se essa é a palavra certa, mas acho que não existe termo melhor para o que eu estava sentindo.


Enquanto continuávamos nos encarando, ele tirou seus óculos, para me olhar melhor (mas acho que não deu muito certo, porque o sol estava forte) .


E, de repente, eu senti arrepio passar por todo meu corpo. Não sei por quê. Talvez pelo fato dele me olhar daquele jeito, que estava me deixando muito constrangida.


E aí, eu reparei nos olhos dele, mas do que todo o resto, como eu disse. Eram azuis. Não um azul comum, mas sim um azul escuro, como uma noite sem estrelas, que poderiam ser facilmente confundidos com preto.


E aí, voltei à realidade, e voltei a andar em direção à casa. Não olhei para trás, mas tenho quase certeza, que ele me seguia com o olhar.


xxx


- Hey James, você sabe quem é aquele cara que ‘tá lá no jardim? - eu perguntei pra ele assim, que entrei no seu quarto sem bater na porta.


- Sabe, você precisa começar a bater na porta antes de entrar sabe? Eu poderia estar saindo do banho...


- Ah, por favor, você toma banho logo que acorda e antes de dormir. Eu te conheço muito bem, James. – eu retruquei revirando os olhos.


- E se eu quisesse mudar de rotina, hein? – eu o olhei com a sobrancelha levantada. – Okay. Eu não mudaria, mas ainda assim, Marlene, é questão de educação!


Eu comecei a rir: - Desde quando James Potter respeita regras de etiqueta?


- Desde que você foi embora. – Pera aí. Agora eu não entendi. James percebeu e começou a me explicar: - Aparentemente, tudo que a vovó poderia te ensinar de regras de etiqueta enquanto você estava na França, ela resolveu ensinar a mim. Acho que foi um modo d’ela descontar a raiva dela.


- Me desculpa, James. Por deixar você aqui enfrentando ela sozinho.


Ele fez cara de quem faz pouco caso:


- Relaxa, você estava seguindo o seu sonho, não estava? Indo estudar em Paris? – isso era verdade. – Então... Nada de desculpas! – E ele começou a guardar o livro que estava lendo quando o interrompi, mas ele parou e se virou para mim: - Pera aí, a sua primeira pergunta foi...?


Eu sabia que ele não tinha esquecido a pergunta, só queria que eu repetisse, para ter certeza, ou no mínimo tirar uma com a minha cara.


- Perguntei se você sabe quem é aquele cara que ‘tá no jardim. – ele fez uma cara confusa. – Sabe, alto, cabelo escuro, usando óculos escuros...


- Ah sim, ele trabalha aqui. Pra que você quer saber? – ele fez a última pergunta com um tom safado.


- Ora, por nada. Só que eu nunca vi ele aqui antes. - eu respondi inocentemente.


- Isso porque vovô o contratou há alguns meses. Vovó não concordou nem um pouco com isso. Ela diz que ele é “um moleque que irá trazer péssimas influências à nossa família”.


- Vovó é louca. – ele me olhou como se isso não fosse novidade nenhuma. E não é.


- Sim. Mas você ficou interessada nele, não ficou? – eu ri.


- Eu, James? Por favor, era apenas curiosidade porque nunca o tinha visto aqui antes. – eu dei uma breve pausa, e ele voltou a arrumar seus livros. – Você por acaso não saberia o nome dele, saberia?


James começou a rir. Ou melhor, gargalhar. Muito alto.


- Meu Deus, Lene. Você ‘tá mesmo interessada no cara!


- O quê?! James, não! Eu... – eu começava a sentir minhas bochechas ficarem vermelhas, e então saí do quarto irritada, enquanto James me seguia ainda rindo.


Descemos para almoçar, e, aparentemente, meus avós esqueceram do almoço, porque nenhum deles está em casa.


- Alfred, onde estão nossos avós? – perguntei para o nosso mordomo. Ele trabalhava lá há tanto tempo quanto Will.


- Eles pediram para avisar que eles não virão almoçar nem jantar hoje. Estão em uma reunião de negócios, e deverão chegar tarde, srt. ª.


Como vocês podem ver, ele é muito eficiente, espera eu perguntar pra me avisar. ¬¬


Então, James e eu almoçamos e jantamos sozinhos, e aproveitamos para comer enquanto assistíamos “Back To The Future 2” e vários outros clássicos na sala, afinal era provavelmente a única vez que poderíamos fazer isso.


Quando o filme acabou, percebi que James adormecera. Eu nem percebi, porque, por mais incrível que possa parecer, James não ronca. Não pensem besteira, pelo amor de Deus! Somos primos, crescemos juntos, e já vi ele dormindo, por isso sei que ele não ronca.


Deixei ele no sofá, peguei os pratos para levá-los à cozinha. Depois eu acordava James.


Se eu não morasse lá desde que era pequena, morreria de medo de andar por ela à noite. É tudo muito escuro, e até meio mórbido. Mas depois de tanto tempo você acha completamente normal.


Cheguei na cozinha, acendi a luz, e coloquei os pratos na pia. E fui até o armário pegar um copo para beber água.


- Eu achava que garotas como você dormiam cedo para manter a beleza. – uma voz quente e suave me atingiu. Era grave, não era assustadora, mas foi o suficiente para eu derrubar o copo no chão e quebrá-lo.


Me virei, e vi que era ele. Estava sentado à mesa grande da cozinha com um prato vazio à sua frente e um copo de suco de laranja. Ainda usava a mesma roupa de hoje à tarde, mas não estava mais suado. E os Ray-Ban pretos estavam na mesa, ao lado de seu prato.


- Não, porque garotas como eu não precisam fazer isso. A beleza é natural. – eu falei o encarando, enquanto levantava a sobrancelha esquerda.


Ela não disse nada, apenas deu um sorrisinho torto e levantou a sobrancelha direita.


Eu me abaixei e comecei a catar os cacos de vidro do copo quebrado, quando vi duas mãos grandes me impedindo. Levantei meu rosto:


- Por favor, suas mãos delicadas não devem fazer esse tipo de serviço. – Pera aí! Ele está debochando de mim? Eu não acredito nisso!


Dei um tapa forte na mão quente dele, e isso fez com que ele retirasse ambas rapidamente, me olhando como se eu fosse louca:


- Talvez minhas mãos não sejam tão delicadas quanto você pensa! – e recolhi todos os cacos de vidro sem a ajuda dele.


Joguei os cacos no lixo, e saí da cozinha, não sem antes fuzilar ele com o meu olhar super-poderoso.


E ainda tenho certeza que ouvi ele dizer:


- Até mais, Bonequinha de Luxo.


N/Mary: É ISSO AÍ, MARLENE! MOSTRE QUEM MANDA!
Aai gaby, eu gamei nesse capítulo *o* ficou perfeito amore :D
e... erm... eu quero esse Sirius pra juntar meus cacos! (?) –q
HAUSDHOIASHDASIUHDASUIDHSAIUDHSADHSAOUDHSAUIDSAHDUIASD
Enfim, deixa eu ir pensar na música antes que fale mais merdinha. HUAHAU :D


amo você :D
beijos beijos, vamo comentar em povo, que a Gaby merece! :D *-*

N/A: Gente! Quanto tempo! :O
Poisé, percebi que fazem mais de dois meses que não posto aqui. hm.
Me desculpem mesmo, mas estava completamente sem idéias de como escrever, assim como estou agora pra All Star. ._.
Espero que tenham tido um Natal legal, e desejo a vocês um feliz 2009! :}

Anyway, muuuito obrigada a todos vocês que me fizeram capas, eu simplesmente amo elas, sério.
E claro, um agradecimento enooooorme pra minha beta e amiga Mari, que me ajudou a escolher a música do capítulo, que por falar nisso eu amei, e me deu duas capas de presente de Natal. :D
E comentem, por favor!

Beijos,
Gaby

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    kkkkkkkkkkk James conhece a Marlene melhor que ela mesma...Amei o capitulo *-*

    2011-12-11
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