Brigas, Brigas,... e Beijos!
N/A: Aviso rápido para que vocês não se percam! Todos os comentários que aparecerem em itálico são da garota misteriosa ok?! Este capítulo é meio que narrado sob a visão dela. E não, vocês não estão enganados, há sim um pouco de Gossip Girl na história... Eu disse um pouco? Vejamos, temos um jornal que conta toda a vida dos mais populares de Hogwarts, temos uma garota misteriosa... É, esqueçam o “um pouco” e encarem da seguinte forma: A autora é viciada na série, e achou que seria legal “apimentar” um pouquinho a história.
Agora chega de enrolação e vamos ao capítulo
Brigas, brigas,... e Beijos!
Hello everybody!
Garota misteriosa na área!
Ontem, a noite pra nossa Elite foi bastante agitada na festa, e como todos vocês sabem, eu amo festas! A pobre Alice foi beijada pelo cafajeste Robert e não gostou nem um pouco disso.
Alvo Potter, em mais um de seus momentos heróicos, defendeu a mocinha, e esse foi um gesto realmente nobre...
Mas o que realmente chamou a nossa atenção foi o que o casal mais popular da escola não deu as caras! O que será que aconteceu? Mais uma briga talvez?! Oh, então devemos esperar pra mais um pedido de desculpas, acompanhado por um lindo e caro presente!
Mas será que dessa vez, o invejado Scorpius Malfoy vai conseguir o perdão da doce e popular Rose Weasley?!
E as conseqüências da festa da noite anterior? Talvez Alvo queira explicar detalhadamente o que aconteceu!... É como eu disse, adoro festas, ainda mais se elas são acompanhadas de acontecimentos inesperados e confusões quentes!
- Parece que o Alvo se meteu em uma encrenca na festa do Connor, ontem à noite! – disse Rose, entrando no quarto do irmão e se sentando a beira da cama – A propósito, bom dia maninho! – sorriu, puxando o edredom de cima do rosto do ruivo.
- Será que não se pode nem mais dormir? – vociferou Hugo, sentando na própria cama e encarando a irmã – Que horas são?
- Já passa das 9, e como eu vou à casa do Alvo, vim aqui te perguntar se quer ir comigo?!
- Pode ser, sei lá... – Hugo passou a mão nos próprios cabelos, e pegou o pergaminho que a irmã segurava – Uhhh, mais uma edição do nosso querido jornal! E olha, que emocionante, seu nome está aqui, pra variar... – sorriu debochado.
Rose sorriu, levantou-se da cama do irmão, caminhou em direção as janelas e com um movimento rápido, abriu as cortinas, permitindo que a claridade invadisse o ambiente.
- Essa é realmente uma grande novidade... Meu nome no “Elite de Hogwarts” é uma coisa que realmente me assusta! – ela fingiu espanto e em seguida começou a rir junto com o irmão – Não se empolga, que seu nome também saiu aí! – ela puxou o pergaminho da mão do irmão e começou onde o nome de Hugo foi citado – Vejamos, onde está... Eu tenho certeza que li... Ah sim! Aqui! – leu em voz alta – “Parece que não foi apenas o casal Teen que não quis dar as caras, Hugo Weasley e Lilian Potter também não apareceram na festa... Será que combinaram ou foi apenas uma coincidência, parte do grupo popular da escola não aparecer?”
Hugo gargalhou, enquanto se levantava da cama. Já estava mais do que acostumado em ouvir notícias a seu respeito, principalmente quando as notícias se tratavam de festas. Agora com 15 anos, o rapaz estava tão alto quanto seu pai na época de escola, e parecia que não ia parar de crescer tão cedo. Seus cabelos ruivos eram o que mais chamavam atenção e seus olhos castanhos como os da mãe também lhe davam um charme especial. Hugo Weasley, assim como os primos, havia se tornado um dos objetos de desejo das meninas de Hogwarts, e assim como Alvo, já sabia lidar perfeitamente com essa situação.
- É hoje que você vai ver o que falta pra sua festa? – Hugo perguntou de costas pra irmã, enquanto pegava suas roupas no guarda-roupa.
- Sim... Scorpius disse que iria comigo, mas depois da nossa briga, acho que não rola... – ela suspirou triste.
- Ah, qual é! Se ele disse que ia com você, não vai desmarcar! – o ruivo sorriu, encorajando a irmã a mudar de ânimo – Agora vamos, me dê licença, preciso tomar um banho e arrumar essa bagunça antes que a mamãe suba e comece um de seus magníficos discursos! – ele revirou os olhos, rindo.
- Ok, te espero lá embaixo então! – Rose disse, saindo do quarto e encostando a porta.
Na casa dos Potter, Lily já estava de pé e muito animada para desperdiçar aquela manhã dormindo. Assim que saiu do banheiro, completamente arrumada para o café da manhã, olhou para amiga que dormia profundamente. Pensou em acordá-la, mas antes disso, decidiu que precisava ter uma conversinha com o irmão mais velho.
Alvo ainda estava deitado em sua cama, mas não dormia! Aliás, dormir não foi uma de suas preferências naquela noite, já que cada vez que fechava os olhos se via naquela praça, com Alice, e se sentia muito culpado em ter a jovem em seus sonhos.
- “Merlin, se eu parar de pensar na Alice, prometo que nunca mais beijo garotas inocentes na vida!” – ele pensou e logo riu. Sua “promessa” era completamente sem sentido, já que ele realmente não saía por aí atacando meninas indefesas. Assim que ouviu a porta do quarto se abrir, fingiu que estava dormindo, coisa que não impediu sua irmã, de se jogar em cima dele e dar um beijo em seu rosto.
- Bom dia, flor do dia! – ela disse animada – Cruzes, essa foi brega! Mas enfim, hora de acordar, os pássaros cantam, o dia está nublado e você precisa me explicar porque saiu no “Elite de Hogwarts” espancando Robert Levesque!
- Bom dia pra você também! – Alvo respondeu sorrindo – Acordou animada hein?! Me deixa ver esse “jornal” – ele puxou o pergaminho da mão da irmã e começou a ler com um ar entediado – Ual, eu pratiquei um ato heróico não deixando a Alice ser beijada pelo Robert! – riu do próprio comentário – Ah sim, e não podemos esquecer que você, Hugo, Rose e Scorpius, privaram a festa de mais popularidade, por não estarem presentes, e... – parou para ler mais um pouco o pergaminho – Claro, estamos todos na expectativa, curiosos pra saber qual vai ser o novo presente que Scorpius dará como pedido de desculpas a Rose! – ele jogou o pergaminho no chão e sentou-se na cama – O dia que essa tal “Garota Misteriosa” parar de escrever sobre nós, estaremos diante de um milagre.
- Verdade... – Lily deu de ombros – Então, vai me explicar o que houve? – ela encarou o irmão séria, esperando uma explicação.
- Nada! – Alvo disse – Aconteceu exatamente o que está escrito aí! Esse jornalzinho pode até nos irritar, mas pelo menos quem escreve não costuma mentir sobre os fatos!
- Então você realmente defendeu a Alice? – a ruivinha perguntou esperançosa.
- Sim! – Alvo disse, se levantando da cama e indo em direção as janelas pra abrir as cortinas – Ela é como minha irmã, não poderia ficar quieto, vendo ela nas mãos de um cara como o Levesque!
“Flagrado: Alvo Potter mentindo para a irmã caçula a respeito dos acontecimentos de uma festa! Parece que ele ficou realmente mexido...”
- Então quer dizer que se fosse outro garoto, você não se importaria? – Lily perguntou rapidamente – Se visse a Alice com outro cara, você não a defenderia como fez ontem?
- Se o cara fosse legal, não e... – Alvo parou pra pensar e ao ver em sua mente, Alice beijando qualquer outro garoto, sentiu seu estômago saltar e seu humor ficou extremamente azedo – E quer saber?! Essa conversa é completamente sem sentido! – disse rápido – Vamos, vamos, saia do meu quarto que preciso me trocar e com você aqui não dá! – ele convidava a irmã a se retirar.
- Ihhh, pra que esse mal-humor todo?! – a menina ia saindo do quarto lentamente – Estresse dá ruga viu e eu não perguntei nada demais, cruzes! – ela saiu rápido, e ouviu a porta do quarto do irmão bater atrás de si – Mal educado! – gritou rindo, e logo correu para seu quarto. Se Alvo não ia lhe contar o que havia acontecido, Alice teria que explicar com detalhes, a noite anterior. Mal entrou no quarto, e já saiu abrindo as cortinas, e pulando em cima da amiga, na intenção de acordá-la.
Dor... Essa era a única coisa que Alice conseguia distinguir em meio aquela claridade, e os pulos que Lily dava em sua cama. Sua cabeça parecia que ia explodir a qualquer instante e aquela sensação de enjôo não iria parar tão cedo.
- Fala baixo! – Alice pediu num sussurro.
- Ahn?! – Lily encarou a amiga, mas logo entendeu do que se tratava – Xiii, ressaca daquelas hein! – ela falou baixo e riu – Foi por isso que você chegou dormindo aqui em casa ontem!
- O QUE?! – a castanha exclamou alto, mas logo se arrependeu, pois a dor na sua cabeça parecia ter dobrado – Merlin, eu não consigo lembrar de nada...
- Ah não, espera aí! – a ruiva disse indignada – Quer dizer que você vai pra uma festa, bebe horrores e não se lembra de absolutamente N-A-D-A?! Definitivamente Alice, você não pode sair sozinha! – ela riu do próprio comentário – Bom, eu vou lá embaixo buscar pra você um copo D’água e procurar uma poção pra dor de cabeça. Enquanto isso fica deitada, não se mexe e tenta se lembrar! – Lily disse e saiu rápido do quarto, em busca de um remédio pra amiga.
- Merlin, eu sou um vexame em forma de menina! – Alice se lamentava – Bebi tanto que não lembro de nada... Ótimo, se antes eu já era vítima das fofocas, agora eu tô ferrada! Acho que vou mudar de cidade, país, quem sabe planeta! – disse chorosa – Que vergonha! – a castanha mergulhou embaixo das cobertas, a fim de se esconder pro resto da vida.
Lily estava na cozinha, pra ser mais exata, na frente do armário, onde seus pais costumavam guardar algumas poções pra dores. Procurava por um pequeno frasquinho com a poção para dor de cabeça, mas não conseguia encontrar.
- Procurando algo? – Harry apareceu na cozinha, e perguntou a filha.
- Credo pai, você me assustou! – a ruiva disse sorrindo – E não, eu não tô procurando nada!
- Não?! Então o que faz parada em frente ao armário com as poções? – o moreno perguntou, erguendo uma das sobrancelhas.
- Nada, eu apenas gosto de admirar os frasquinhos e os conteúdos, para ver se está tudo em ordem! – ela respondeu descontraída – E veja, está tudo em ordem!
- Eu realmente fico contente em ver que você gosta de admirar os fracos de poções, e admito que faz isso como ninguém! – Harry respondeu irônico – Agora que eu fingi que acreditei na sua mentira, você poderia dizer qual poção está procurando?
- Pra dor de cabeça! – Lily disse rápido.
- E quem está com dor de cabeça?
- Eu!
- Você não parece que está com dor de cabeça! – Harry disse, erguendo novamente uma das sobrancelhas e encarando a filha com um ar curioso.
- E quando a gente tá com dor de cabeça, precisa ficar com cara de quem está com dor de cabeça? Porque assim, eu nunca parei pra analisar a expressão de alguém que estava com essa dor...
- É impressão minha ou você está tentando me enrolar?
- Estou, e aí, tô conseguindo?
- Talvez, mas deveria ter explorado mais a argumentação! – Harry riu e pegou o frasquinho da poção que a jovem queria, que estava bem escondido atrás dos demais – Toma! Dê apenas uma colher pra Alice que logo a ressaca dela vai passar e diga que depois Gina quer conversar com ela, beber desse jeito não é legal pra meninas da idade de vocês!
- Ok, e... – Lily pegou o frasquinho de poção e parou abruptamente – Como você sabe que é pra Alice essa poção?
- Filha, acredite, enquanto você pensa em elaborar uma mentira, eu já descobri toda a verdade... E além do mais, vi pela janela do meu quarto, Alvo chegando com Alice no colo ontem à noite, e como sabia que eles tinham ido a uma festa...
- Ual, você é realmente rápido! Quando crescer quero ser igual você! – Lily disse divertida.
- Senti uma pontada de ironia nessa frase! – Harry brincou.
- Não foi ironia papai! Eu realmente quero ser como você, mas sem toda aquela história de terrorismo que viveu na adolescência! – Lily riu e saiu da cozinha, carregando o como com água, uma colher e o frasquinho da poção.
Harry sorriu ao ver a filha sair da cozinha, e seu sorriso aumentou, quando viu a esposa entrar no local.
- Bom dia! – Gina disse sorridente – O que houve com a Lily? Ela passou por mim tão rápido que mal deu tempo de falar!
- Bom dia! – Harry se aproximou da esposa e lhe deu um selinho – O que aconteceu com a Lily? Aconteceu, que sua filha, cada dia que passa se torna mais parecida com você! Ela estava tentando me enrolar pra conseguir uma poção para dor de cabeça!
- Que bom! Pelo menos algum dos três tinha que se parecer comigo né?! O Alvo é a sua cara e tem a personalidade do seu pai, segundo você! O Tiago puxou ao Rony... Pelo menos a Lily tinha que ter algo meu! – ela disse divertida, e logo foi arrumar a mesa para o café da manhã, com a ajuda do esposo.
Scorpius levantou aquela manhã, desanimado. Havia dormido muito mal aquela noite, e pra completar, estava gripado, por ter passado tanto tempo embaixo da chuva. Caminhou mal-humorado até o banheiro e depois de fazer sua higiene pessoal e tomar um banho frio para despertar, desceu para o café da manhã. Na sala de jantar, sua mãe e seu pai já o esperavam.
- Bom dia! – Scorpius falou seco e se sentou.
- Bom dia filho! – Astoria respondeu sorridente – Algum problema?
- Não nenhum! – mentiu.
Acho que encontramos mais um mentiroso, e esse atende pelo nome de Scorpius Malfoy... O que será que anda acontecendo com nossos queridos jovens populares? Parecem muito destinados a inventar mentiras sobre qualquer assunto!
- Que bom! Porque hoje, caso não se lembre, temos um almoço marcado com meu sócio! E já disse que levaria você, já que ele levará os filhos também! – Draco disse sério, enquanto se servia de um pouco de chá.
- Ir a um almoço de negócios, era tudo que eu precisava! – Scorpius comentou sarcástico e bebeu um pouco de seu suco.
- Escute filho, eu também não gosto dessas reuniões e desses almoços, mas é preciso se eu quiser manter a imagem!
- Eu sei, eu sei... Mas porque a mamãe não vai também?
- Ah eu vou! Mas não ao almoço, levarei a esposa do Sr. Craig para um belo passeio pela cidade! – Astoria respondeu, ainda sorrindo – Vamos, anime-se meu pequeno, você está com uma expressão tão triste!
- É impressionante que não importa o quanto eu cresça, a senhora ainda insiste em me chamar de “meu pequeno”! – Scorpius riu – Ah, não esquenta comigo, vai passar!
- Passará assim que você e a Rose se acertarem, tenho certeza! – Draco comentou, enquanto lia o jornal.
- E quando isso acontecer, Merlin dançará lambada! – Scorpius disse rindo, e se levantou – Vou à casa do Alvo!
- Certo, mas não se esqueça do seu compromisso! – Draco alertou.
- E correr o risco de levar uma bronca de Draco Malfoy? Jamais! – rindo, o rapaz se despediu dos pais, foi para fora da mansão e aparatou.
“Vejamos: almoço, pai, resfriado, briga! Tudo isso parece perturbar o ‘pobre’ rapaz, mas e onde fica a Rose e a sua festa de aniversário?... Uhhh, o todo poderoso Scorpius Malfoy esqueceu de algum compromisso em sua agenda tão apertada...”
A dor de cabeça de Alice já havia passado e agora a jovem se sentia ótima, embora envergonhada. Não tinha idéia de como ia encarar os familiares da Lily, quando saísse do quarto. Mas nada, NADA, a perturbava tanto, quando a idéia de ter bebido e precisar ser carregada pelo moreno até o quarto da amiga.
- Eu quero me enfiar dentro de um buraco e desaparecer! – a castanha comentou, enquanto penteava os cabelos.
- Ah não exagera! Você só exagerou um pouquinho, nada mais! – Lily tentava consolar a amiga.
- Nada demais? Ah claro que não é nada demais! Seus pais me viram ser carregada por Alvo, eu não lembro de nada do que aconteceu ontem à noite, e parece que toda Hogwarts sabe mais da minha vida, nesse momento, do que eu! – ela dizia, debochando da própria situação – Mas como você disse, isso não é nada demais!
- Você é totalmente dramática! – Lily disse, revirando os olhos – Tá pronta? Estão nos esperando para o café da manhã!
- Eu não vou descer! – a castanha disse de maneira firme.
- E pretende fazer o que? Ficar aqui em cima até completar 17 anos?
- Na verdade eu pensei em ficar até o dia de voltar à escola, mas essa também é uma boa opção!
- HÁ-HÁ, engraçadinha! Eu acho que... – a ruiva foi interrompida, por leves batidas na porta de seu quarto – Entra! – ordenou e assim que a porta se abriu, ela viu Alvo – Ah, olá senhor mal-humorado!
- Olá senhorita chata, que não me deixa dormir! – ele respondeu divertido – O café está na mesa!
- Ok, eu vou assim que convencer a Alice a vir comigo!
- Não sabia que a Ali era o tipo de menina que se precisa convencer a tomar café! – Alvo disse sorrindo.
- Eu também não sabia que era do tipo de pessoa que vai a uma festa e fica “trêbada”, mas veja só, aconteceu! E pra melhorar a situação, parece que todo mundo sabe mais da minha vida que eu! – Alice falou mal-humorada.
- Espera, você não se lembra do que aconteceu ontem à noite? – o moreno perguntou.
- Só de como eu cheguei à festa, agora a parte da briga e de como vim parar aqui sendo carregada por você, sinceramente não! – a garota respondeu desanimada.
“Às vezes lamentamos sobre as coisas que nos aconteceram, outras apenas ignoramos... Mas o que acontece quando queremos esquecer algo que nem lembramos? Não se preocupe pequena Ali, em breve sua memória irá voltar, e estaremos aqui para presenciar todo escândalo!...”
- Al, você poderia ajudar ela, e contar o que aconteceu na noite passada! – Lily sugeriu “inocentemente”.
- Ótima idéia! – Alvo, milagrosamente, concordou – Enquanto eu explico a ela o que houve, você vai descendo e avisando a mamãe que já vamos!
- Ok, já entendi, conversa em particular! – a ruiva sorriu e começou a caminhar em direção a porta, mas antes de sair, se virou novamente para os dois – Mas não demorem, o café não pode esperar e minha curiosidade também não, já que eu dependo da Alice para me contar tudo que você, maninho, vai contar a ela agora!
- E quem disse que eu vou contar algo a você? – Alice perguntou divertida.
- Ninguém, mas isso é o que as melhores amigas fazem, e além do mais, se você não me contar, eu tenho meios que posso usar pra te chantagear, e acredite que farei isso caso se recuse a dizer qualquer coisa! – Lily respondeu de forma sombria, mas logo gargalhou ao ver a cara de espanto da amiga, e saiu do quarto.
Por uns instantes, o silêncio se instaurou no quarto de Lily. Alvo e Alice apenas se encararam, como se tentassem descobrir o que estava acontecendo. Até que o moreno quebrou o contato visual e decidiu acabar com o silêncio.
- Então, do que exatamente você não lembra?
- Tudo?! – Alice respondeu – E é por isso que conto com sua ótima memória para me dizer as burrices que fiz!... Vamos Alvo, pode começar a falar, o que eu aprontei na festa?
- Nada! – Alvo disse de forma simples – Você bebeu algo que acreditava ser Whisky de Fogo, mas o Levesque te enganou e te deu uma mistura maluca de bebidas, que te deixou bêbada no 3° copo... Então ele te beijou, e quando vi o que tava acontecendo, fui te ajudar, e acabei brigando com ele... Depois saímos da festa, você ainda estava tonta e bêbada, e devo lhe dizer que você é uma figura quando tá bêbada!
- Merlin, que vergonha! – ela cobriu o rosto com as mãos, rindo.
- Ah, nem esquenta, foi até divertido! Você bebeu todo meu cappuccino, correu pela rua, brincou num balanço...
- Em um balanço?! – ela o encarou confusa.
- Sim, na volta passamos em frente a uma praça que tinha um parque e você quis ir até lá... E daí...
- Daí...?
- Bom, daí eu vi que estava um pouco tarde, começou a chover e eu te trouxe pra casa, só isso!
“Será que hoje é o dia da mentira, e esqueceram de me avisar? Ou acham que mentindo as coisas podem se ajeitar mais fácil? Cuidado Al., certas mentiras podem ter conseqüências...”
- Hum, entendi!... Mas... Por que você me defendeu? – Alice perguntou, tentando disfarçar o máximo que podia.
- “Porque eu acho que estou apaixonado!... Hei, o que eu tô pensando? Consciência maldita, pare já de dizer essas coisas!” – Alvo pensou.
- Alvo?!
- Sim! – respondeu distraído, enquanto ainda brigava com sua consciência.
- Você não respondeu minha pergunta!
- Ah sim... desculpa, eu te defendi porque você é como minha irmã e não poderia deixar você nas garras de um cara como o Levesque! – o moreno respondeu.
- Claro, não podia ser diferente não é?! Eu sou como uma irmã pra você, não teria outro motivo pra que me defendesse...
- Você queria que fosse diferente?
- Não, é claro que não! – agora foi a vez de Alice mentir – Melhor a gente descer antes que comecem a nos gritar... E eu ainda preciso ter aquela conversa sobre beber demais com a tia Gina!
- Ah, sobre isso não se preocupe! Eu expliquei aos meus pais o que aconteceu ontem, e eles não pensam que você é uma jovem que precisa ir pra reabilitação de bruxos adolescentes, ou algo do tipo! – Alvo comentou rindo.
- Que bom! Pelo menos com essa fama não preciso me preocupar! – Alice riu – Vamos descer?
- Vamos! Até porque se demorarmos mais, o Tiago acaba com o café! – o moreno brincou e rindo, os dois saíram do quarto e desceram para a sala de jantar, onde todos já os esperavam para o café.
Durante o café, nada foi comentado sobre os acontecimentos da festa, e o único assunto discutido foi o trabalho e o jantar que reuniria parte da família Weasley/Potter. Não demorou muito, para logo depois do café, a casa praticamente se esvaziar, já que Teddy, Harry e Tiago foram às pressas pro Ministério, e Gina foi se encontrar com Hermione.
Mal metade da família saiu, e Scorpius chegou a casa de Alvo, aparentemente exausto e com cara de poucos amigos.
- E aí cara! Tudo bem? – Alvo cumprimentou o amigo.
- Nem tanto, mas eu sobrevivo! – Scorpius disse sarcástico – E aí meninas! – o loiro cumprimentou as meninas que estavam na sala junto com Alvo.
- Oiee! – as duas responderam em uníssono.
- Soube da confusão que meu irmão arrumou na festa do Connor? – Lily perguntou divertida.
- E quem não soube? Foi uma espécie de manchete pro nosso tão amado jornal! – o loiro riu – E é incrível que mesmo quando não comparecemos, as pessoas ainda falam de nós!
- Sim, vocês privaram a festa de mais popularidade, e... – Alice foi interrompida por duas vozes que ecoaram pelo jardim da casa dos Potter.
- O Hugo e a... Rose! – Lily exclamou assustada. A visita da prima seria excelente se não fosse o fato de Scorpius também estar no local. E como os dois estavam brigados, deixá-los tão próximos não poderia dar em boa coisa.
- Alvo, Lily, Ali... – Rose cumprimentou os três sorrindo, assim que entrou na casa, mas ao ver o namorado, sua expressão ficou completamente séria – Scorpius!
- Bom dia pra você também, Rose! – ele disse em ironia.
- Que lindo! Família reunida, isso é realmente comovente! – Hugo disse, pra quebrar o gelo. Rose e Scorpius ainda se encaravam. Apesar da ruiva estar de óculos escuros, era visível que seus olhos faiscavam de raiva naquele momento – Lily e Ali, que bom ver vocês!
- Bom ver você também! – as duas responderam.
- Bom ver elas vendo você ver elas! – Alvo disse – Ok, isso foi confuso! – todos riram.
- Pra que esse gelo todo? Scorpius e eu estamos brigados, mas ainda não pensamos em nos matar! – Rose disse com um ar irônico, enquanto retirava seus óculos escuros e os colocava sobre a cabeça.
- Por enquanto né?! – Lily disse divertida – Hugo venha comigo e com a Alice que precisamos te contar umas coisas...
- Certo! – Hugo concordou e saiu da sala com a prima e a amiga. Mais uma vez o silêncio reinou na casa dos Potter. Alvo, Rose e Scorpius apenas se encaravam, sem saber o que dizer. Era óbvio que o moreno estava perdido no meio daquela situação. Sua prima e seu amigo sempre que brigavam estabeleciam aquele clima de guerra, e por incrível que pareça, ele sempre era obrigado a apartar as brigas.
- Então, vão começar a brigar ou preferem esperar até a hora do almoço? – Alvo perguntou debochado.
- Já disse, não vim aqui pra brigar, aliás, eu nem sabia que ele estaria aqui, e não vejo motivos pra discussão! – Rose disse, se sentando no sofá.
- O que é um milagre, já que você sempre vê um motivo pra discussão, em tudo! – Scorpius alfinetou.
- O que quer dizer com isso?
- Acho que você entendeu bem!
- NÃO OUSEM COMEÇAR UMA BRIGA! – Alvo gritou e ao ver os dois o encarando sorriu – Ótimo, assim está bem melhor! Fico até feliz por vocês dois estarem aqui, pois há uma coisa que preciso lhes contar, e com os dois juntos, fica mais fácil, pois eu não preciso repetir a história!... Posso contar ou vocês vão começar uma briga no meio da história?
- Conte! – os dois disseram.
Alvo sorriu e começou a contar tudo que havia acontecido na noite anterior. A festa, a briga, o passeio e... O beijo! Ele explicou detalhadamente o que sentiu enquanto beijava a menina, e quando terminou de contar, ficou furioso ao ver que a prima e o amigo riam da situação.
- Que graça vocês vêem nisso? Eu aqui desabafando e vocês dois rindo!
- Desculpa Al, mas é realmente engraçado! – Rose dizia entre risos.
- Alvo Potter, o pegador, sem saber o que sente! Isso é hilário! – Scorpius gargalhava.
- Com amigos como vocês, eu tô feito! – Alvo disse mal-humorado – Querem parar? – sem saber o motivo, ele acabou rindo junto com os dois – É sério, desde ontem eu não consigo parar de pensar nela, e isso tá me matando! Me sinto um pervertido!
- Pervertido? Alvo, por favor, pensar em alguém depois que você beijou é uma coisa normal! – Rose revirou os olhos.
- Normal pra você que só beija o Scorpius desde os 14 anos! Agora pra mim não! Eu nunca pensei em ninguém durante uma noite inteira! Nem dormi direito!
- Obrigada por lembrar a parte do Scorpius viu! – Rose lançou um olhar assassino pro loiro a seu lado.
- Te incomoda tanto só ficar comigo? – Scorpius perguntou seco.
- Olha, não é por nada, mas será que essa conversa pode sair do foco “briga de casal” e voltar para o foco “ajude o amigo”? – Alvo sugeriu – Eu realmente preciso de ajuda!
- Certo! – Rose respondeu, ignorando os olhares mortais de Scorpius – Me diga, quando você a beijou ou pensa nela, sentiu ou sente alguma coisa revirar no seu estômago?
- Sim, eu sinto! – Alvo respondeu assustado.
- Algo parecido com animais voando ou brigando? – Scorpius perguntou tentando manter a seriedade.
- Aham!
- Tipo, borboletas? – a ruiva sugeriu.
- Isso!
- Céus, você tá apaixonado! – Scorpius respondeu rindo.
- Espera, só porque tem um zoológico fazendo a festa no meu estômago, significa que eu estou gostando dela?
- Parece que sim priminho! É o que geralmente acontece quando estamos apaixonados. Borboletas voam no estômago, calafrios tomam conta do seu corpo, essas sensações malucas, saca?! – Rose explicava pacientemente.
- Rose e Scorpius, me escutem bem! Vocês sabem que eu respeito todas as criaturas criadas por Deus, mas essas borboletas ou sei lá o que, precisam morrer! – Alvo disse sério – Ela é a melhor amiga da minha irmã, só tem 15 anos, e...
- Quem vê até pensa que você nunca beijou uma menina de 15 anos! – a ruiva disse.
- Mas a Alice é diferente, e... Merlin, eu não posso magoá-la!
- E porque você acha que vai magoá-la? – Scorpius perguntou sério, ao perceber a preocupação do amigo.
- Por quê? Vejamos: eu sou um cafajeste, que não pára com ninguém por mais de uma semana, não valho nem um pão dormido, e você ainda me pergunta o motivo pelo qual acho que vou magoá-la?
- Nossa, você tá se descrevendo ou tá descrevendo um vilão de uma daquelas novelas trouxas que a mamãe costuma assistir? – Rose perguntou – Al, você só é assim porque nunca tinha se apaixonado antes... Se deixar o sentimento falar mais alto, vai ver que pode mudar!
- Bom saber que alguém ainda tem esperanças que eu mude – Alvo debochou – Eu preciso dar um jeito nessa situação!
- Cara, se é isso que quer, vá em frente, mas te dou um conselho: Não tente esquecer um amor, com outro amor, isso nunca dá certo!
- Lindo conselho, Scorpius! Agora me diga, você sabe disso por que já tentou?
- Te respondo isso, assim que você me responder se te incomoda o fato de só ficar comigo desde os 14 anos!
- E lá vamos nós pra mais uma briga! – Alvo disse cansado – DÁ PRA VOCÊS DOIS CALAREM A BOCA? POR MERLIN, QUE DUPLA DE MATRACAS!
- Desculpa! – Rose e Scorpius responderam em uníssono, e voltaram a ouvir o desabafo do amigo.
No andar de cima, precisamente, no quarto de Lily, sem nenhuma animação, Alice contava aos amigos, o que Alvo havia lhe dito sobre o ocorrido na festa.
- Então foi isso, o Alvo disse que ao me ver beijar o Levesque, foi me defender porque se sentiu na obrigação de “irmão”! – a castanha suspirou cansada.
- Ninguém tira da minha cabeça que isso foi ciúmes! – Hugo disse, enquanto acariciava os cabelos da prima, que estava deitada com a cabeça em seu colo – Tudo bem que eu também defenderia vocês, se isso acontecesse, mas só se eu visse que vocês estavam tentando reagir! E como as próprias fotos da festa mostram, a Ali parecia indiferente!... Tudo bem, você tava bêbada e incapaz de qualquer reação mais grave, mas pra quem tá de fora e não sabe disso, parecia até que você tava gostando!
- Hugo tem razão! Tipo, a não ser que meu irmão seja bom em legilimência, não daria pra saber se você era a favor ou não daquele beijo! – Lily disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Acho que ao ver você com outro, ele finalmente percebeu que você não era mais uma menininha, e foi lá te tirar das mãos do Levesque!
- Sim, pois nós homens, geralmente, só damos valor a alguma coisa quando a perdemos!
- Tá agora que vocês já viajaram e tentaram me animar, vamos nos ater aos fatos ok?! O próprio Alvo me disse que só fez isso porque queria me proteger e que sou como a irmã dele! Como vocês podem perceber, não tem a mínima chance da atitude dele ser ciúme! E querem saber mais? Eu cansei! Realmente cansei de gostar dele e esperar que um dia me note!
- Isso aí Ali, mas e agora, o que você pretende fazer? – Lily perguntou, em apoio a amiga.
- Não tenho a mínima idéia! – Alice disse desanimada, se jogando na poltrona em frente a cama que a amiga e Hugo estavam.
- Começar a sair com outras pessoas é uma boa opção! – Hugo sugeriu – Se o que ele sentiu foi ciúmes, ele vai demonstrar novamente se te ver com outra pessoa!
- É... Pode ser!
- Ah, vamos lá Alice! Pare de tristeza, chega desse drama de “Alvo não me quer” e bola pra frente! – Lily levantou a cabeça do colo do primo e foi para perto da amiga – Esquece o Alvo por enquanto! Se for pra vocês ficarem juntos, isso vai acontecer!
- Isso aí! Por enquanto te aconselho a curtir muito, afinal, temos 15 anos, estamos de férias e isso nos dá o direito de aprontar muito! – Hugo disse e os três sorriram.
No andar debaixo, Scorpius, Rose e Alvo ainda conversavam sobre a situação do moreno. Ele sempre detestou a idéia de se apaixonar por alguém, principalmente se esse alguém fosse a melhor amiga da sua irmã.
- Ah eu realmente cansei desse assunto! Pronto, não estou apaixonado! Essa coisa de amor não é pra mim, e acho que posso mandar nos meus sentimentos! – o moreno concluiu.
- É claro, assim como você mandou neles quando praticamente espancou o Levesque! – Rose revirou os olhos.
- Então, o que vão fazer hoje? – Alvo ignorou a última frase da prima e resolveu mudar de assunto.
- Ah, o programa mais legal do mundo... – Scorpius começou a dizer, e por um minuto, Rose pensou que estivesse falando do compromisso deles de ver os preparativos para seu aniversário – Tenho um almoço de negócios, com o sócio do meu pai e os filhos... Aff, detesto ficar fazendo “sala” pra essa gente!
- Você tem um almoço de negócios hoje? – Rose perguntou, se controlando.
- Sim! – ele respondeu de forma simples – Por quê?
- Não, por nada! Só achei que você tivesse lembrado que hoje sairia comigo pra ver o que falta pra minha festa de aniversário! – a ruiva respondeu sarcástica. Alvo, ao ver que os dois começariam uma nova discussão, saiu da sala para deixá-los a sós.
- Merlin, era hoje? – Scorpius deu um tapa na própria testa – Me desculpa amor, eu...
- Esqueceu? – ela sorriu irônica – Claro, assim como esqueceu do nosso jantar quando marcou de ir com meu primo e meu irmão para o jogo de quadribol! Não sei por que ainda me surpreendo...
- Rose, escuta – Scorpius se aproximou da namorada, se sentindo culpado – Eu posso ir até lá e sair bem rápido, ou você pode ir comigo, e...
- E deixar metade dos organizadores esperando? Não, obrigada! – ela respirou fundo – Olha, faz o seguinte, vai pra esse almoço tranqüilo, que eu vou me encontrar com eles, não esquenta!
- Mas...
- Você já confirmou com seu pai! Vá e almoce, a gente se vê mais tarde ou amanhã! – Rose disse seca, e se virou, na intenção de ir embora.
- Rose, espera! – Scorpius pediu, a segurando pelo braço – Eu sinto muito, não sei onde ando com a cabeça, não queria te magoar...
- Mas já magoou... Olha Scorpius, tá tudo bem ok?! É só a organização da festa, vai almoçar com seu pai e o sócio dele, e depois a gente se encontra! – a ruiva tirou os óculos escuros que estavam sobre a cabeça e os colocou novamente no rosto – Agora eu realmente preciso ir! – ela se desvencilhou da mão de Scorpius e dizendo alto um “Tchau Alvo!”, foi para os jardins da casa dos Potter e aparatou.
“Ai, ai... Parece que as coisas não andam bem pro casalzinho ‘pop’... Scorpius creio que agora você vai precisar caprichar no pedido de desculpas!... Eu já comentei que adoro os pedidos de desculpas dele? Sempre acompanhado de belos presentes e belas declarações... Eu mesma já tive a oportunidade de publicar uma dessas no ‘Elite de Hogwarts’ uma vez...”
Flashback
5º ano em Hogwarts. Manhã de fevereiro. O frio ainda castigava os alunos da escola que se viam obrigados a andarem completamente cobertos pelos corredores. Luvas e cachecóis pareciam não ser suficientes pra aquecê-los, e a única coisa que desejavam era poder voltar para suas salas comunais e se aquecerem frente a lareira.
Rose havia acordado aquela manhã com cara de poucos amigos. Sua vida não andava fácil com a proximidade dos N.O.M.s, e todas as obrigações de monitora, e agora que estava brigada com Scorpius as coisas pareciam ainda piores.
Caminhava pelos corredores completamente séria, e nem percebia os comentários que estavam fazendo. Vários alunos, e principalmente alunas, apontavam para ela e cochichavam, apontando para os pergaminhos que tinham em mãos.
- Weasley, você é uma menina de sorte! – uma aluna do 3º ano arriscou a dizer, assim que viu a ruiva se aproximar.
- Ah sim, com certeza! Eu tenho que cuidar dos corredores da escola, tenho exercícios pra fazer, N.O.M.s pra me preocupar e ainda, como todos sabem, briguei com meu namorado... Eu realmente sou muito sortuda! – a ruiva disse sarcástica.
- Espera, você ainda não viu o “Elite de Hogwarts” hoje? – a menina insitiu.
- Claro que não! Tenho mais coisa pra fazer do que ficar lendo esse jornalzinho de fofoca!
- Você deveria ler, tem algo que realmente lhe interessa, e...
- Ah vamos, me dê logo isso! – de forma nada educada, Rose interrompeu a frase da menina e puxou o pergaminho. Murmurando as palavras que faziam o conteúdo do jornal se revelar, ela pôde entender o que a jovem estava falando. Se surpreendeu ao ver o que continha.
Eu sei que é estranho você ver uma declaração minha aqui, justamente nesse jornal que todos detestamos, mas foi à única forma que encontrei pra ter sua atenção, já que tem me evitado durante todos esses dias.
Olha, ultimamente temos errado muito e brigado por coisas tão pequenas e sem importância, e que a culpa dessas desavenças não é só minha ou só sua... Nós dois temos deixado coisas insignificantes interferirem em nossas vidas...
Mas sinceramente cansei disso! Cansei de todas as brigas, cansei de ficar longe de você, cansei de tudo, e o que mais quero agora, é que você saiba que te amo como nunca amei ou vou amar outra pessoa em minha vida, e que você, Rose Weasley, sempre vai ser a coisa mais importante pra mim!
Me desculpe por tudo...
Te amo,
S.Malfoy.
Pequena Rose, se fosse você sairia correndo e ia de encontro a seu príncipe encantado, afinal, ele merece!
Agora que já foi dado o recado do apaixonado Scorpius, vamos a outra fofoca que tem mexido muito com o grupo popular da...
Fim do Flashback
Scorpius se jogou no sofá da sala, completamente arrasado. Havia prometido na noite anterior que não a magoaria novamente, e agora isso... Precisava recompensá-la de alguma forma! Só não tinha idéia de como faria isso…
- A Rose já foi? – Hugo perguntou, entrando na sala com Lily e Alice.
- Já! – Scorpius respondeu seco – E eu também preciso ir, se não quiser me atrasar pro almoço com meu pai, o sócio e os seus tão adorados filhos! – ele se levantou do sofá.
- Cara, eu ouvi a “conversa” de vocês lá da cozinha, e sinto muito! – Alvo apareceu na sala.
- Que nada! Eu mereci... – disse desanimado – Agora com licença, vou indo logo, antes que meu pai comece a dar ataques! – assim que se despediu dos amigos, ele saiu da casa e aparatou.
- É tão triste ver os dois brigando... – Alice comentou.
- Eu já nem me emociono mais, daqui a pouco eles voltam mesmo! – Hugo deu de ombros – E aí, o que vamos fazer?
- Hugo, que insensível você é! – Lily disse rindo – Não só você, como todos os homens da família!
- Desde quando sou insensível? – Alvo fingiu-se de ofendido. Alice e Hugo riram.
- Ah sua fama já fala por você ok?! – a ruiva respondeu rindo. – Não se importa com ninguém, não tá nem aí se vai partir os corações das meninas... Se isso não é ser insensível, mudaram o nome e esqueceram de me avisar!
- As meninas com que saio dispensam esses rituais de afeto ok?! E além do mais, não iludo ninguém! Todas sabem que eu não me apaixono e não vou mudar meu jeito, então acho que elas se conformam... – o moreno disse descontraído, mas ao olhar para o rosto de Alice, que ria da conversa que ele tinha com a irmã, sentiu um grande remorso. Afinal de contas, mesmo que ela não se lembrasse, eles saíram juntos e Alvo, em nenhum momento, pensou em magoá-la ou deixá-la pra lá. Muito pelo contrário, desde que saiu com a menina, a única coisa que vinha em sua mente era ela e em como a queria por perto.
- Esse foi o discurso mais canalha da semana! Conseguiu superar o Hugo! – Lily disse, fingindo espanto.
- Não por muito tempo, daqui a pouco eu supero os limites da canalhice do Alvo e assumo o posto de mais cafajeste! – Hugo ria abertamente – E aí Alice, o que vai fazer mais tarde?
- Ihhhhh, nem vem! Me deixa fora dessa disputa de ego aí ok?! – a castanha disse divertida. – E a questão não é saber o que eu vou fazer mais tarde, e sim o que todos vamos! Olha, vem vindo 5 corujas pra cá! – Alice apontou para janela. Lily assim que viu, correu para o local e abriu, permitindo que as corujas entrassem na sala e largassem cinco convites sobre a mesa de centro.
- São convites! – Hugo pegou o dele e começou a ler – É a festa de aniversário da Caroline Craft... Mas quem é essa menina?
- É da Lufa-Lufa, e faz aulas de História da Magia e Transfiguração conosco. Aqui diz que os convites são individuais e somos convidados de honra! – Lily estava confusa. Nunca havia conversado direito com essa menina, e do nada recebeu convites pra sua festa de aniversário, e ainda era uma das convidadas de honra? Definitivamente, a popularidade que tinham em Hogwarts era maior do que eles imaginavam. – Quem vai à festa?
- Eu vou! – Hugo se manifestou – Não tenho nada pra fazer mesmo, e se a... – ele parou pra ler o nome da menina que estava no convite – Ah sim, a Craft diz que somos convidados de honra, acho que não podemos fazer essa desfeita! E olha, ela mandou um convite pra Rose também!
- Qual é Hugo? Ela só nos quer na festa pra ter popularidade e sair por aí espalhando que nós fomos ao aniversário dela! – Alice revirou os olhos – E acho que de festas eu tô um pouco farta. – Nessa hora, Alvo riu. – Do que está rindo?
- De você! Merlin, não pode ficar traumatizada com festas, só porque uma não foi legal!
- Diz isso porque não sabe o que senti quando aquele idiota do Levesque me beijou! – a castanha disse levemente aborrecida.
- Talvez não! Mas você não deveria dar importância pra essas coisas! – Alvo disse de forma simples.
- Ali, eu nem acredito que vou dizer isso, mas concordo com o Al! Você não pode se privar de diversões, com medo do que pode acontecer... E além do mais, estaremos todos lá! – Lily encarava a amiga – E tem mais, hoje a noite haverá um jantar reunindo metade da família! Provavelmente a Vic virá e começará com seu discurso meloso sobre seu casamento... Então você tem duas escolhas: pode ir com a gente se divertir na festa dessa tal Craft, que tenta a todo custo ser popular, ou então, pode ficar aqui e ouvir a Vic dizer os motivos de não querer que Rose e eu coloquemos vestidos rosas, pois a cor não combina com nosso cabelo!
- Onde é a festa? – a castanha disse com um sorriso.
- Aeee, sabia que ia concordar! Nada como o assunto “casamento da Vic” pra convencer qualquer um a sair fora! – Lily disse, e os quatro riram.
Enquanto na casa dos Potter todos estavam se divertindo, em um restaurante, localizado em um bairro bruxo nobre, Scorpius e Draco chegavam para se encontrar com o sócio.
- Não é por nada, mas não acha que é um pouco cedo pro almoço não? – Scorpius disse tedioso.
- Nesse restaurante eles servem brunch, por isso que o escolhi! Dessa forma não precisamos nos preocupar em ficar pedindo almoço! – Draco respondeu – Algum problema filho? Não me parece estar muito bem!
- Ah, brigas com a Rose! A encontrei hoje na casa do Alvo e nos desentendemos mais uma vez...
- Agora qual foi o motivo?
- Eu me esqueci que hoje iria com ela ver os organizadores da festa dela na sexta, e confirmei presença nesse almoço...
- O que ainda faz aqui? Se marcou com ela, deveria estar lá e não aqui!
- É, mas daí o senhor iria se irritar porque faltei!
- Não, iria entender! Vá logo atrás da Rose e eu justifico sua ausência.
- Agora não dá mais! Ela tá zangada e não é uma boa tentar conversar com a ruiva nesse estado... E além do mais, adoro brunch! – Scorpius sorriu para o pai e juntos entraram no restaurante, a procura do sócio. Não demorou muito pra Draco avistar um homem, aparentemente alto, com os cabelos negros um pouco grisalhos e aparência séria. Jeremy Craig estava sentado em uma mesa um pouco afastada da entrada do restaurante, e em sua companhia estava o filho de 10 anos e de costas para os demais, uma menina de longos cabelos negros.
- Ora, ora, ora, se não é Draco Malfoy e seu filho Scorpius! – Jeremy os saudou com um sorriso simpático – Quanto tempo não? A última vez que o vi, seu filho ainda não tinha entrado em Hogwarts!
- Que coincidência! A última vez que o vi, seu filho caçula ainda usava fraldas e tomava mamadeira! – Draco respondeu rindo – Filho quero lhe “apresentar” meu sócio, Jeremy Craig! Você não vai se lembrar dele, pois era muito pequeno, mas um dos cavalos alados que você tem na nossa fazenda, foi presente dele!
- Prazer em revê-lo, Sr. Craig! – Scorpius estendeu a mão e cumprimentou o senhor.
- Aquele pequeno sentado ao lado dele, é Luke e essa jovem aqui, é...
- Maris! Marisa Craig, mas me chame de Maris! – a bela jovem interrompeu e se apresentou – Não sabia que o sócio do meu pai tinha um filho!
- Estamos empatados então, pois eu não fazia idéia que o Sr. Craig tinha uma filha! Quando meu pai disse que eu iria conhecer os filhos de um amigo, imaginei crianças correndo de um lado pra outro, ou adolescentes fanáticos pelos ídolos de quadribol! – Scorpius respondeu sarcástico. Por algum motivo, ele havia sentido uma pontada de arrogância nas palavras da menina.
- Ora, sentem-se os dois e vamos conversar! Elizabeth disse que nos encontra aqui mais tarde. Ela estava muito contente com a expectativa de rever Astoria, depois de todos esses anos! Nesse momento as duas devem estar fazendo compras e colocando todo o assunto em dia! – Jeremy comentou simpático, e assim que Draco e Scorpius se sentaram, iniciou-se uma longa conversa dos tempos em que os amigos se conheceram e os motivos que os levaram a ficar distantes por tanto tempo. Scorpius apenas ouvia tudo fingindo interesse. Já Maris não era nem um pouco discreta ao fazer cara de tédio, diante da conversa que os adultos travavam.
Naquele mesmo bairro nobre, uma ruiva andava por lojas e livrarias, a procura de acessórios e novos livros. Rose Weasley, apesar de muito estudiosa, também era uma jovem muito vaidosa, e agora com a proximidade do seu aniversário de 17 anos, essa vaidade parecia aumentar. Era notável sua tristeza, apesar de sorrir para as pessoas que a reconheciam e a cumprimentavam. Queria estar com Scorpius, e não fazendo compras sozinha, em uma rua movimentada de um bairro bruxo. Seus pensamentos tristes foram completamente varridos, quando passou em frente a uma livraria e viu que a vitrine exibia um novo livro de poções, intitulado como “Os segredos e os modos mais eficazes nos preparos de Poções, por Albert Shawdon e Melissa Windchester”. Não demorou nada pra ruiva entrar no local e começar a analisar o conteúdo do livro.
No restaurante, a família Malfoy e a família Craig, ainda conversavam animadas. Scorpius se perguntava se toda aquela simpatia era verdadeira, ou era apenas uma forma de amenizar o clima, pra começarem a falar de negócios.
- Então, você estuda em Hogwarts, certo? – Maris perguntou, encarando o loiro a sua frente com muito interesse.
- Sim, é meu último ano! – Scorpius respondeu de forma educada, e bebeu um pouco do hidromel que estava em seu copo – E você, estuda aonde?
- Na Academia de Magia de Beauxbatons – ela respondeu – 6º ano! – sorriu.
- Legal! – foi a única palavra que o loiro encontrou aquele momento.
- Então jovem, como anda sua vida? – Jeremy se virou para Scorpius e perguntou – Namorando muito? Estudando bastante? Soube que você tem um futuro promissor com o quadribol, e que vários times já estão de olho em você!
- Minha vida é... Digamos assim, um pouco atrapalhada! – o loiro riu – Sim, estou namorando, ou pelo menos estava até essa manhã, tô no último ano em Hogwarts, e quanto ao quadribol, prefiro deixar as coisas acontecerem do que me gabar antes mesmo de terminar os estudos.
- Rapaz responsável, isso é muito bom... – Jeremy disse – Disse que tem uma namorada, por que não a trouxe para que pudéssemos conhecê-la?
- Digamos que nesse momento minha relação com minha namorada está um pouco... confusa!
- Isso quer dizer que brigaram? – o senhor Craig perguntou.
- É...
- Nada que um belo presente não resolva! – Maris exclamou, enquanto era servida pelo garçom.
- Acho que presentes não vão resolver meu problema! – Scorpius falou de forma educada, embora não gostasse do atrevimento da garota a seu lado.
- Como não? Presentes são sempre bem-vindos! – ela insistiu – Ainda mais se vierem acompanhados por uma linda declaração e um bom pedido de desculpas... Sabe, costumam dizer que os diamantes são os melhores amigos das mulheres!
- No caso da minha ruiva, os melhores amigos são os livros, e... É isso! – Scorpius disse animado.
- É isso o que? – Draco e Jeremy perguntaram juntos.
- Se não me engano, é hoje que chega em todas as livrarias de Londres um livro de poções que a Rose vem comentado bastante!
- Ótimo, compre-o e dê a ela! Se a sua namorada é uma nerd, tenho certeza que vai adorar e vai te perdoar! – a morena disse, enquanto levava um pedaço de torta a boca.
- Nerd não é a definição correta, ela é apenas estudiosa! – Scorpius falou levemente aborrecido – Se me derem licença, eu vou dar uma saída e volto em 30 minutos, no máximo!
- Posso ir com você? – Maris se ofereceu, e o loiro não gostou nem um pouco da idéia – Se o papai e o Sr. Malfoy não se incomodarem, é claro!
- Claro que não! Vá com meu filho, e conheça um pouco a cidade! – Draco disse de forma simpática.
- Pode ir minha filha, tenho certeza que estará em boas mãos, andando com o menino Scorpius! – Jeremy autorizou.
- Vamos então! – Scorpius falou seco e saiu, sendo seguido pela bela morena.
- Não é muito educado sair, e deixar uma visita pra trás, sabia?! – Maris comentou, assim que alcançou Scorpius.
- Também não é educado se oferecer pra ir a locais que não foi convidada, e ainda por cima chamar a namorada dos outros de nerd! – Scorpius retrucou sem olhar pra ela e agora já não fazia questão de ser educado.
- Não precisa se ofender! Foi apenas um comentário inocente!
- Ah claro, de comentários inocentes minha vida já está bastante cheia! – o loiro disse sarcástico – Olha, já que você veio, não precisa fazer questão de manter uma conversa simpática comigo ok?! Podemos caminhar em silêncio, daí você me poupa de seus comentários “inocentes” e eu lhe poupo do meu “humor cativante”!
- Nossa... Me desculpe! – Maris disse – Meu gênio realmente não é dos melhores, mas não quis parecer grossa ou mal-educada! – ela estava arrependida.
- Tudo bem... Eu também não estou sendo nem um pouco educado, minha cabeça tá a mil, e... Vamos fazer o seguinte, a gente compra o livro e depois te levo pra conhecer parte da cidade! – Scorpius sugeriu.
- Ótima idéia! Se quiser, posso te ajudar a escolher um belo cartão para você mandar junto com o livro, pra sua namorada! – a morena disse sorrindo.
- Isso! Olha, vamos àquela livraria! – Scorpius apontou para a livraria do outro lado da rua – É uma das favoritas da Rose, e tenho certeza que já deve ter o livro!
Para felicidade ou desespero de Scorpius, Rose estava na livraria e havia acabado de comprar, não só o livro que havia visto na vitrine, como mais outros dois. Pegou suas sacolas de compras, e ao sair trombou com alguém que ia entrando no local.
- Me desculpe, eu... Scorpius?! – a ruiva exclamou surpresa – O que faz aqui?
- Eu vim...
- Veja Scorpius, aqui tem o livro! – Maris parou ao lado de Scorpius e o segurou pelo braço. Rose encarou aquela cena, totalmente chocada.
- Ainda estou esperando sua resposta, Scorpius! – Rose disse séria, encarando o namorado, mas foi a morena que respondeu:
- As pessoas costumam ir às livrarias pra comprarem livros, não é óbvio?!
- Claro que é óbvio, querida! Mas, se não se importa, gostaria de ouvir a explicação da boca do meu namorado!
- Amor, essa aqui é a Maris, acabei de conhecê-la, é filha do sócio do meu pai, e... – o loiro começou a explicar, mas foi interrompido pela ruiva.
- Acabou de conhecê-la e já a chama pelo primeiro nome?! Interessante, prossiga! – os olhos de Rose pareciam faiscar de raiva e Maris não parecia se intimidar nem um pouco.
- Ah, então você é a namorada do Scorpius?! Que bom! Prazer em conhecer você! – Maris estendeu a mão para cumprimentar a ruiva.
- O prazer é só seu, tenha certeza! – Rose respondeu de forma ríspida e não correspondeu ao cumprimento da jovem – Vejo que os dois estão se divertindo bastante, então vou privá-los de minha companhia e me retirar.
- Não, espera Rose! – Scorpius segurou a namorada pelo braço e a encarou – Não é nada disso que você tá pensando!
- Frase típica de alguém culpado! O que vai me dizer agora? Que veio aqui por que se interessa por livros?
- Na realidade ele veio comprar um presente pra você! – Maris disse sorrindo, e isso deixou Rose ainda mais furiosa.
- Um presente? Que coisa meiga! – a ruiva debochou e encarou o loiro – Olha, eu até entendo que você tenha que desmarcar nossos compromissos pra sair com seu pai, mas não sabia que isso incluía você ter que sair com a filha do sócio!
- Rose, eu não a convidei, ela se ofereceu... E eu realmente vim aqui comprar um presente pra você, queria me desculpar! – Scorpius se justificou.
- Então por que não fez isso? Scorpius, eu não preciso que me dê presentes a cada vez que brigamos! Eu não me importo com seus belos presentes e com seus lindos cartões... Eu nunca pedi isso! A única coisa que venho te pedido é um pouco da sua atenção, mas você parece ocupado demais com outras coisas – ela lançou um olhar assassino pra Maris – pra notar isso!
- Rose, eu...
- E quer saber do que mais? Eu tô realmente cansada de tentar fazer com que você me dê atenção! Sinceramente pra mim chega! – ela disse e seu tom de voz era de alguém completamente magoado – Fique aí com a sua nova amiga, e se divirta bastante... E ah, também não precisa se incomodar com a festa na sexta!
- Está me desconvidando da sua festa de aniversário? – ele perguntou incrédulo.
- Não! É claro que não! Mas é provável que você esqueça e marque outros compromissos no lugar, então já digo que não me importo!
- Rose, não seja injusta! – Maris se intrometeu mais uma vez – Scorpius só queria se desculpar e como ele sabe que você é, hum... como eu diria... uma... uma... Ah já sei! Uma amante de livros, ele veio atrás de um lançamento! Seu namorado é realmente um fofo! – ela terminou e encarou a ruiva sorrindo, e isso foi a gota D’água pra que a menina explodisse.
- Namorado? Que namorado? Ah não, deve estar havendo algum engano, já que eu não tenho namorado algum! – Rose disse com a voz embargada.
- Espera, o que você quer dizer com isso? – Scorpius perguntou assustado.
- Exatamente o que você ouviu! Acabou Scorpius! Pra mim chega! – a ruiva gritou e antes de ir embora, lançou sobre Maris um último olhar de desdém e disse – E pra você, menina, é Weasley! – ela se virou e com um giro de calcanhares, aparatou.
Scorpius ficou arrasado. Brigar com Rose era uma coisa, mas terminar... A única vez que terminaram durante todos esses anos, foi quando Sophie havia o beijado, e só Merlin sabe o quanto ele sofreu naquela época. Não conseguia pensar em nada, estava completamente perdido, sentia sua garganta seca, vontade de chorar e de acabar com qualquer um que passasse no seu caminho.
- Céus, ela realmente entendeu tudo errado! – Maris disse se aproximando de Scorpius – Que exagerada!
- Exagerada? Escuta aqui garota, você não me conhece, por isso vou avisá-la de uma coisa! – Scorpius encarava a jovem de modo ameaçador, e dessa vez Maris se sentiu intimidada – Aquela que você viu sair daqui é a mulher da minha vida, e acabou de terminar comigo, por isso, meça suas palavras ao se referir a ela, pois nem que nascesse de novo, conseguirá chegar aos pés de Rose!
- Merlin, eu só quis ajudar! – Maris exclamou ofendida.
- Pois dispenso ajudas como a sua!
- Já chega! Ser ofendida por uma tudo bem, mas por dois, já é demais! Vou voltar pro restaurante! – Maris disse, mas antes de ir embora se virou novamente pro loiro e completou – E não se preocupe, não contarei a eles o porquê de ter voltado sem você, e nem do término do seu namoro!
- Que isso, vá em frente e conte! Amanhã todos saberão mesmo, já que o “Elite de Hogwarts” fará questão de publicar! – Scorpius sorriu irônico, e ao ver a morena se afastar, sentou-se na beira da calçada e apoiou a cabeça nas mãos. De repente, sua vida tinha se tornado um inferno, e ele precisava dar um jeito nisso o mais rápido possível.
“É isso mesmo querido Scorpius, amanhã todos saberão do fim do relacionamento do casal modelo, e eu já tenho uma ótima manchete pra isso: CASAL ROMPE PELA PRESENÇA DE UMA GAROTA MISTERIOSA, que nesse contexto, não sou eu!”
Rose aparatou no quintal dos Potter e correu para o interior da casa, a procura do primo. Chorava sem parar e precisava de um ombro amigo. Assim que encontrou Alvo, sentado na sala na companhia de Hugo, Lily e Alice, correu a seu encontro e o abraçou.
- O que foi Ro? – Alvo perguntou assustado, enquanto acariciava os cabelos da prima.
- Scorpius e eu... Ah Alvo! – Rose chorava sem parar, com a cabeça encostada no ombro do primo.
- Brigaram? – o moreno arriscou a perguntar. Alice, Lily e Hugo olhavam pra menina preocupados.
- Não, nós... Nós terminamos! – Rose disse soluçando – Eu terminei, Merlin, eu o odeio!
- Mas terminaram por quê? – Alvo perguntou, encarando a prima.
- Não... Não quero falar sobre isso agora! – a ruiva disse, entre lágrimas.
- Tá bom, tá bom! Mas tenta se acalmar ok?! – o moreno disse de forma compreensiva e deu um beijo na bochecha da prima.
- Ah mana, não chora! Detesto te ver assim! – Hugo se aproximou da ruiva e a abraçou.
- Nós também! – Lily disse, e junto com Alice, se aproximou da prima pra abraçá-la também.
Rose sorriu. Sabia que por pior que estivesse, sempre teria o irmão e os primos para apoiá-la no que fosse preciso.
- O que é isso? – ela apontou para um envelope com seu nome que estava sobre a mesa de centro.
- Um convite para festa de aniversário da Craft! – Alice disse – Somos convidados de honra!
- E por acaso conhecemos ela? – a ruiva perguntou confusa.
- Não, mas ela, assim como todos em Hogwarts, nos conhece e pediu para que fôssemos! – Hugo respondeu divertido.
- E vocês vão?
- Talvez, mas se você quiser, podemos ficar aqui com você! – Alvo respondeu de forma carinhosa.
- Não, não! Todos nós vamos a essa festa! – Rose disse decidida.
- Todos nós?! – Lily perguntou confusa – Você também vai?
- É claro! Não vou perder meu tempo chorando pelos cantos! – ela enxugou o rosto com as mãos e sorriu – Se Scorpius pode sair por aí passeando com as novas amigas dele, eu posso sair com os meus!
Lily, Hugo, Alice e Alvo se entreolharam confusos, mas não disseram nada. Afinal, contrariar Rose, quando estava irritada, não era uma boa idéia. Logo eles mudaram de assunto, e decidiram não comentar nada a respeito de Scorpius ou da festa que compareceriam.
A noite chegou, e junto com ela trouxe metade da família Weasley para casa dos Potter. Os adultos estavam reunidos na sala, enquanto os mais jovens estavam no jardim.
- Crianças, eu não acho que seja uma boa idéia vocês saírem justamente hoje, que vai ter o jantar! – Hermione falava encarando os filhos, o sobrinho e Alice.
- Mamãe, em primeiro lugar, não há crianças aqui! E em segundo lugar, ninguém merece ter que ficar ouvindo a Vic discursar sobre um casamento que só vai acontecer final do ano! – Hugo disse tedioso.
- Ah Mione, vamos lá! Nós já passamos por isso na época que o Gui e a Fleur iam se casar, e até onde eu lembre, daríamos qualquer coisa pra fugir dos discursos da nossa cunhada! – Gina disse divertida.
- Bom, vendo por esse lado... – Hermione riu – Está certo, vão todos a essa festa e nós daremos uma desculpa para a ausência de vocês!
- Aeeeeeee, tia Mione, sabia que a senhora não ia implicar com nossa fugidinha! – Alvo disse rindo.
- Claro que não! A mamãe é a melhor! – Rose disse sorrindo.
- Ótimo, o papo tá bom, mas nós precisamos ir a festa não é?! – Lily chamou – E precisamos fazer isso logo, antes que comecem a nos chamar lá embaixo!
- Certo, eu vou distrair o pessoal e vocês usem a lareira do escritório para chegarem à festa está bem? – Gina disse e ao ver o olhar curioso da cunhada completou – Eu sabia que você não ia proibi-los de ir, e tratei logo de convencer o Harry a fazer a conexão da nossa lareira com a da casa da menina! – sorrindo a ruiva desceu, acompanhada por Hermione.
- Vamos então? – Alice chamou.
- Vão vocês, eu vou até meu quarto rapidinho e os encontro lá! – Alvo disse, e assim que ficou sozinho no quarto, conjurou seu patrono e enviou uma mensagem a Scorpius, avisando que Rose estaria na festa.
Scorpius tinha acabado de sair do banho e se jogado na cama, apenas de toalha, quando um patrono, em forma de Cervo, entrou em seu quarto, trazendo a seguinte mensagem:
Scorpius, eu sei que assim como nós recebeu um convite para festa de aniversário da Craft, por isso vá, pois Rose estará lá e achei que precisasse saber!
- Mais que m...! – Scorpius esbravejou se levantando da cama – Termina comigo e vai pra uma maldita festa? Rose Weasley, você conseguiu me irritar!
Rose, Lily, Alvo, Hugo e Alice, mal chegaram a festa e foram cumprimentados pela aniversariante, que parecia muito empolgada em tê-los na festa.
- Ah, obrigada por terem vindo! – Craft disse sorridente.
- De nada! Obrigada você por ter nos convidado! – Rose disse educada.
- Foi um prazer! Agora se me dão licença, vou receber os outros convidados! – Craft se afastou e logo eles se separaram.
Não demorou muito para Scorpius aparecer na festa, com uma expressão furiosa no rosto. Pouco se importava com as pessoas que o cumprimentavam, ou com as garotas que praticamente se jogavam na frente dele, seu olhar apenas vagava pela grande sala, a procura de certa ruiva, que com certeza lhe devia explicações. Assim que seus olhos encontraram Rose, caminhou até ela decidido.
- Festa animada, não?! – Scorpius perguntou sarcástico.
- Não sei, ainda não tive tempo de curtir! – Rose respondeu no mesmo tom.
- Ah, então você quer curtir a festa? Que interessante, termina comigo e vai se divertir, bela forma de sofrer!
- O que queria? Que ficasse em casa chorando por tudo que aconteceu?
- Não sei... Talvez isso compensasse o tempo que EU fiquei em casa preocupado com VOCÊ! Mas pelo visto parece não se incomodar com isso! – Scorpius praticamente gritava, pra que sua voz sobressaísse em meio ao som alto que tocava.
- Eu percebi sua preocupação hoje, enquanto se divertia com a sua nova amiguinha! – Rose disse irônica – Por falar nisso, cadê ela? Se perdeu no caminho foi? – mal a ruiva falou, e Maris apareceu, em meio aquela multidão de convidados, segurando uma taça de coquetel na mão e acenando para Scorpius – Uau, ela não perde tempo!
- Do que...? – a pergunta de Scorpius foi respondida, assim que a morena parou a seu lado.
- Não sabia que vocês foram convidados!
- É, mas fomos! – a ruiva respondeu seca.
- Ahhh, que bom ver vocês juntos novamente! Olha, sobre hoje mais cedo, eu realmente sinto muito tudo que aconteceu! – Maris tentava se desculpar, mas a música alta e o falatório praticamente impediam sua voz de ser ouvida.
- Ah, eu sei que sente! Você realmente se importa! – Rose debochou.
- Maris, você pode nos dar licença?! É uma conversa particular! – Scorpius falou sério.
- Não me parece particular algo que vocês conversam aos berros, no meio de uma festa cheia de gente... Enfim, divirtam-se! E qualquer coisa, estou com minha amiga Caroline Craft!
- Conhece a aniversariante? – Rose perguntou confusa.
- Claro que sim! Somos amigas de infância, ela sempre passa as férias na minha casa! – Maris sorriu – Vou deixá-los a sós para a conversinha em... como foi que Scorpius definiu? Ah sim, conversa em “particular”! – rindo, a morena se afastou, deixando o casal para trás.
- Não vai atrás da sua nova amiga? – Rose perguntou, ainda sustentando o ar irônico.
- Não, caso não tenha notado, eu saí da minha casa e vim parar nessa festa idiota, com pessoas que nunca vi na vida, só pra vir atrás de você! – Scorpius respondeu já irritado – Vem, vamos conversar em algum lugar que eu não precise gritar tanto!
- Não quero!
- Não perguntei se você quer, eu disse pra vir! – segurando Rose pela mão, Scorpius a arrastou para um local menos barulhento. De longe, Alvo, que estava acompanhado por uma garota que atendia pelo nome de Samantha, acompanhava a cena sorrindo. A idéia de colocá-los juntos na mesma festa, parecia ter dado certo.
- O que você quer? – Rose perguntou irritada, assim que Scorpius a soltou. Estavam na varanda da casa sozinhos, já que todos estavam na sala, magicamente ampliada, comendo, bebendo e dançando.
- Ainda não sabe? – ele respondeu com outra pergunta.
- Se soubesse não estaria perguntando!
- Você termina comigo, vem a uma festa com seus primos, e ainda pergunta o que eu quero? Por Merlin, onde você tá com a cabeça, menina?
- Onde eu tô com a cabeça? Scorpius quem fez todas as besteiras essa semana foi você! Quem me deixou esperando, quem desmarcou compromissos, quem saiu por aí andando com novas amigas, não fui eu!
- Mas eu já pedi desculpas!
- Não, não pediu, já que você não teve tempo de comprar um cartão e me enviar com belas palavras! – Rose riu de forma seca – Você já parou pra pensar que eu não preciso de presentes caros pra aceitar suas desculpas? Eu só preciso que você chegue até mim e seja sincero, nada mais!
- É isso que tô tentando fazer! – Scorpius falou, já cansado daquela discussão – Eu fiquei desorientado quando você terminou comigo daquele jeito, e quando soube que viria a essa festa fiquei completamente irritado! Rose... Sei que tenho errado com você, mas não duvide do amor que sinto! – ele a encarou e se aproximou dela – Me desculpa se fui grosso, se esqueci dos nossos compromissos e o principal, por ter te magoado...
Naquele momento Rose baixou a guarda. Assim que encarou o namorado nos olhos, pôde ver toda tristeza e o principal, sinceridade. Não resistiu e o abraçou forte.
- Temos brigado tanto! – Rose disse ainda abraçada a ele.
- Eu quero corrigir isso, mas preciso que me dê uma chance! – Scorpius sussurrou no ouvido da ruiva.
- Não sei... – ela se afastou e encarou o loiro a sua frente, visivelmente triste.
- Rose, não importa o que você diga ou faça, eu não vou desistir de você! Pode dizer que terminamos, pode se recusar a me dar outra chance, mas eu sou um Malfoy, e se tem uma coisa que aprendi com meu pai é nunca aceitar um não quando esperamos um sim... – Scorpius disse sorrindo, e acariciando o rosto da menina – Só essa semana! Me dê só mais essa semana pra provar que eu quero mudar e fazer a gente voltar a ser como antes!
- Scorpius, eu...
- Não fala mais nada! – com um movimento suave, Scorpius colocou a mão na nuca da ruiva e pressionando levemente para frente, a beijou. Naquele momento, todas as brigas e mágoas foram esquecidas e a única coisa que importava era aquele beijo quente e calmo que trocavam.
Enquanto Rose e Scorpius aproveitavam do lado de fora da festa, Alvo estava completamente transtornado com a visão que tinha do centro do salão. Alice estava dançando com um rapaz que ele reconheceu como aluno do 6º ano da Lufa-Lufa. Sentiu as borboletas em seu estômago voarem e darem saltos ferozes, ao ver a proximidade que os dois estavam.
- “Controle-se Alvo, controle essas borboletas voadoras do seu estômago e o principal, controle essa vontade de ir lá espancar o pobre garoto! Ela não significa nada pra você, nada!” – ele repetia mentalmente, na esperança de se acalmar.
- Alvo? Alvo, está me ouvindo? – Samantha perguntou, despertando o moreno do transe.
- Oi?! O que? Diga! – ele disse confuso.
- Em que mundo você tá?! – a menina perguntou rindo.
- Nesse, eu acho...
- Vamos dançar? – o convite de Samantha não poderia ser melhor. Dançando com ela no meio do salão ele poderia ficar próximo a Alice e assim, tentar intimidar o garoto que estava com a castanha.
- É claro! – Alvo nem esperou a menina se mexer direito, e já a arrastou para o meio do salão, parando próximo ao local que Alice estava.
A castanha só foi perceber a presença de Alvo perto de si, quando propositalmente, ele esbarrou no garoto que estava com ela, e este, quase caiu.
- Moss, você está bem? – Alice perguntou preocupada e contendo a vontade de rir. Jayden Moss, quase caiu no meio daquela multidão. – Alvo, tente tomar cuidado!
- Foi sem querer, tá cheio aqui! – Alvo deu de ombros e mentiu de forma descarada.
- Eu tô bem, eu tô bem, não foi nada! Vamos voltar a dançar! – Jayden fingiu que nada aconteceu e Alice voltou a dançar com ele animada. Alvo não estava gostando nada disso...
As músicas mudavam constantemente. Ora tocavam músicas agitadas, e ora lentas. E foi durante um ritmo lento, que Alvo viu e ouviu coisas que não esperava.
- Alvo... – Samantha sussurrou, com a cabeça encostada no ombro de Alvo.
- Sim?!
- Sabia que você é uma pessoa muito especial?! – ela dizia de forma sedutora, na esperança de conquistar o moreno.
- Aham, sempre me dizem isso, em especial, os parentes! – ele respondeu distraído. Seus olhos estavam sobre o casal que dançava mais a frente.
- Interessante... E sabia que eu me sinto atraída por você?
- Isso é um pouco óbvio, já que está aqui dançando comigo e falando essas coisas!
- Nossa... Você é tão espontâneo, tão... Sexy! – Samantha sussurrou e levemente, tocou seus lábios no pescoço do moreno.
- Obrigado pelos elogios, mas eles não me comovem!
- E o que te comove?
- Aquilo... – Alvo disse sem pensar, ao ver Alice sorrir e beijar Jayden Moss, sem nenhuma vergonha. Desde quando ela havia se tornado o tipo de menina que beija os outros? Até ontem ela nunca havia beijado ninguém, como de uma hora pra outra havia tomado coragem pra sair beijando outros rapazes?
- O que disse? – por sorte, Samantha não havia entendido sua última palavra.
- Nada! Pra que falar se posso agir? – movido pela raiva e pelo ciúme, Alvo passou as mãos no cabelo de Samantha, puxou para trás, fazendo a menina inclinar a cabeça e tomou seus lábios de forma nada discreta. Todos os olhares recaíram sobre aquela cena.
- E o Alvo ‘Pegador’ Potter ataca novamente! – uma voz gritou em meio a multidão de pessoas e aquilo chamou atenção de Alice, que quase imediatamente se separou de Jayden e virou para ver do que estava falando. Seu mundo desabou por completo, ao ver Alvo e Samantha trocarem um beijo tão provocante, sem nenhuma vergonha.
“Ele nunca vai mudar!”, a castanha pensou e sem dar nenhuma explicação deixou o salão, sendo seguida por Jayden. “Preciso esquecê-lo! Tenho que deixar isso que sinto de lado, ele sempre vai ser esse galinha e eu não posso mais perder meu tempo gostando de alguém assim!”, ela se censurava mentalmente.
- Alice, aconteceu alguma coisa? – Jayden perguntou.
- Não, eu só... Só fiquei incomodada com tanto barulho, nada demais! – mentiu.
- Ah sim... Olha, eu não sei se esse é um bom momento mas...
- Bom momento pra que? – ela perguntou curiosa.
- Pra dizer o que sinto por você! – pronto! Essa frase de Jayden foi o suficiente pra tirar Alice completamente do eixo.
- Como assim?
- Eu sou apaixonado por você!
- Apa... A... Apaixo... Apaixonado? – ela perguntou assustada.
- Sim, há um tempo já! Você sempre foi uma menina doce, simpática, e eu sempre admirei muito isso em você e...
- Não diga mais nada Jayden! Eu também... – essa era a hora. Ou Alice tomava uma atitude ou sofreria pra sempre por Alvo – Eu também sou apaixonada por você! – mal terminou de dizer essas palavras, e o rapaz a beijou da forma mais carinhosa do mundo. Ao contrário do que uma garota apaixonada sentiria, Alice se sentiu extremamente culpada ao receber aquele beijo carinhoso, mas não tinha outra solução. Precisava esquecer Alvo, e aquela foi a maneira mais prática que encontrou.
- Quer namorar comigo? – Jayden perguntou, assim que se separaram.
- Namorar?
- Sim, por quê? Algum problema?
- Não, nenhum! É claro que quero namorar com você! – Alice sorriu, embora por dentro seu coração chorasse. Afinal esse, ela acreditava, era o adeus que dava a tudo que sentia por Alvo Potter.
Afastados de toda confusão que acontecia na pista de dança, Lily e Hugo bebiam suas Cervejas Amanteigadas tranqüilos. Aquela noite os dois estavam decididos a se comportarem, já que a festa em questão era a de aniversário, e como “convidados de honra”, eles precisavam se comportar.
- Nossa que tédio! – Hugo comentou.
- Demais! Vamos dar uma volta? Tô cansada de toda essa bajulação e toda essa música alta! – Lily sugeriu.
- Só se for agora! – Hugo puxou a prima pela mão e atravessou todo o salão com ela, em direção a porta de entrada. Depois de vários empurrões e pisadas, os dois conseguiram sair da Mansão Craft e ganharam as ruas do bairro.
- Você por acaso viu meu irmão, sua irmã e a Alice depois que chegou aqui? – a ruiva perguntou divertida.
- Não! Parece que os convidados de honra desapareceram... Nós éramos as últimas esperanças daquela festa...
- Sim, e as “últimas esperanças da festa” acabaram de sair pela porta de entrada! – Lily disse e os dois riram – Você ao menos sabe quantos anos a Craft está completando?
- Não tenho a mínima idéia! – Hugo disse descontraído e passou um braço por cima dos ombros da prima – E aí, pra onde vamos?
- Sei lá! Eu dei a idéia para nós sairmos, agora você decide pra onde vamos! – Lily disse sorrindo, enquanto estava abraçada ao primo.
- Ah, espertinha! A parte mais difícil sempre fica comigo! – Hugo fingiu-se de indignado, mas logo riu e beijou o rosto da prima.
Os ruivos caminharam pelas ruas do bairro enquanto conversavam e riam. Se tinha uma coisa que ninguém poderia negar, era que aqueles dois eram, acima de tudo, grandes amigos.
- Não sabia que por aqui tinha uma praça! – Lily exclamou ao ver o ambiente deserto, cercado de árvores e bancos, e com um belo lago mais a frente, que refletia o luar.
- Vamos lá pra ver? – Hugo perguntou e ao ver a prima fazer um sinal positivo com a cabeça, caminhou com ela até o local.
- Eu não entendo porque as pessoas não gostam de parques e praças durante a noite! São tão lindas! – Lily disse, olhando pro lago.
- Acho que elas preferem o local quando podem enxergar melhor, sabe?! – Hugo debochou.
- Ah pára, vai me dizer que não acha lindo? Isso me lembra a Hogwarts... – a ruiva disse, se sentando no gramado.
- É lindo sim! – Hugo concordou e se sentou ao lado da prima. Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes, apenas admirando o reflexo da lua no lago, até que Lily recostou a cabeça no ombro do primo, e ele começou a acariciar seus cabelos devagar. Sem querer, a ponta dos dedos de Hugo tocou o pescoço da jovem e ela se arrepiou, e ao perceber isso, ele riu. – Desculpa!
- Tudo bem, mas sua mão está fria! – ela disse rindo e sem querer, também tocou o pescoço do primo, que também se arrepiou. – Acho que estamos dando choque! – brincou.
- Sim! – Hugo riu – Mas eu sei de um jeito pra fazer isso parar!
- E qual é?
- Esse! – o ruivo começou a fazer cócegas na prima, que ria descontroladamente.
- Hu... Hugo, pá... pára! – ela pedia entre risos, enquanto se contorcia.
- Não tô com vontade! – disse, ainda fazendo cócegas na jovem. Estava se divertindo ao ver ouvir as risadas animadas da prima.
- É sério Hugo, pára! – pediu novamente, enquanto caía deitada na grama – Minha barriga tá doendo de tanto rir!
- Não! – ele disse rindo tanto quanto a prima.
- Por favor! – Lily suplicou, enquanto gargalhava. Nem percebeu que Hugo estava por cima dela naquele momento.
- Ok, ok, eu paro só porque sou legal! – Hugo disse rindo – Te deixei toda descabelada!
- Que ótimo! – a ruiva disse divertida, enquanto passava a mão no rosto, pra tirar os cabelos de cima.
- Espera, deixa eu te ajudar! – Hugo tocou a face da prima delicadamente, e retirou uma mecha de cabelo que lhe caía próximo aos lábios. Não sabia se era o efeito da lua ou das brincadeiras, mas ele nunca havia visto Lily tão linda. Os longos cabelos ruivos da prima se espalhavam pela grama, e sua pele estava ainda mais branca com o reflexo da lua. Sentiu-se mal quando o desejo de beijá-la tomou conta de si.
Lily não sabia o que dizer ou o que fazer naquele momento, coisa que antes nunca havia acontecido. Sempre foi uma menina espontânea, que sempre teve resposta pra tudo, mas ao ver o primo ali, por cima dela, a encarando com um olhar tão puro e ao mesmo tempo tão provocante, sentiu-se envergonhada e ao mesmo tempo desejada. Sempre havia estado com Hugo, mas nunca tinha reparado em quanto ele era bonito e em quanto podia fazer se coração bater mais forte. Sustentou o olhar, ao ver o primo se aproximar lentamente de seu rosto e roçar os lábios nos seus devagar.
- Posso...? – Hugo perguntou num sussurro.
- Uhum... – foi a única coisa que Lily conseguiu dizer naquele momento, antes de Hugo a beijar.
O amor em si é um sentimento puro, agora quando descoberto por duas almas inocentes, que sempre se amaram com respeito e amizade, ele torna-se ainda mais forte e verdadeiro... Aquele beijo entre Hugo e Lily não tinha apenas o sabor do desejo ou da brincadeira... Tinha o sabor de um amor tímido se despertando, era doce e calmo, como nenhum outro jamais seria.
Quanto tempo ficaram ali se beijando? Não importa! Pra que falar de tempo, quando o que vale é o sentimento e o valor que aquele momento tinha... Pouco a pouco os dois foram se separando... O que era um beijo profundo, se tornou um longo selinho... O que era um longo selinho, se resumiu apenas em uma troca de olhares cheias de medo, confusão e paixão.
- Eu...!
- Eu também...
“É isso aí... Esse foi um dia longo! Desentendimentos, reconciliações, pessoas conhecendo novos sentimentos... Ai, ai, o que acontecerá agora que a pequena Lily e o pequeno Hugo descobriram esse amor inesperado?
E o todo poderoso Scorpius vai conseguir arrumar as coisas com a pobre Rose?
E essa Maris... Meu sexto sentido informa que muitas confusões ainda irão acontecer...
E claro, não podemos esquecer, como Al reagirá ao saber que sua doce Ali está namorando outro rapaz???
Bom, essa é a vida da Elite de Hogwarts! Várias coisas acontecem, e quando menos esperamos, somos pegos de surpresa!
Nos vemos em breve...
Xoxo,
Garota Misteriosa.
Ahhh... a propósito, bem vindos à continuação da fic “O amor fala mais alto que o Sangue!”
N/A: E aí gostaram? Gente, eu tô desde cedo escrevendo isso, se não ficou bom, não me matem ok?! Eu ia atrasar mais o capítulo, por causa da semana de provas, mas consegui escrever tudo hoje e já vim postar!
Sobre o capítulo, o que acharam da tal Maris? Olha, preciso dizer que estou dividida. Pq tipo, a Maris real (minha grande amiga) é uma pessoa incrível, mas essa da fic, MELDELS, como me irrita kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Gostaram da Lily e do Hugo? Decidi acatar a sugestão de uma leitora, pra ver no que dava, e até que achei bem fofo os dois juntos!
E o Alvo e a Ali hein?! Confesso que quase bati no Alvo quando beijou a outra menina, mas nada me irritou tanto, quanto a Ali aceitar o pedido de namoro do Jayden ¬¬
Bom amores, é isso aí! Semana que vem (se Deus quiser), eu tô de volta com um novo capítulo! E ahhh, não me matem por ter mentido sobre a continuação da fic ok?! E muito obrigada pelos comentários que deixaram!!!! Adorei! Semana que vem tentarei responder todos ok?!
Agora COMENTEEEEEEEEEM, se não eu atraso com o cap. 3 ok?! u.u kkkkkkk
Ahhh amores, antes que eu esqueça, a partir de agora só vou informar as atualizações por aqui ok?!
Amo vcs!
Xoxo,
Mily
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Comentários (1)
que demais meu nome é marisa ameiiiii
2013-04-27