O aniversário de Rose



N/A: Talvez seja besteira avisar, mas como pode haver crianças que lêem isso aqui, informo que tem uma cena mais “hot” narrada em flashback! Não é nada que possa chocar ninguém, mas é sempre bom informar né?!... Enfim, espero que gostem do cap. ;*






Cap. 3

O aniversário de Rose




Na manhã seguinte a festa de aniversário de Caroline Craft, a única que parecia animada era Rose. Apesar de ter brigado com Scorpius no dia anterior, aquela festa serviu para aproximar os dois, que depois de uma nova briga, acabaram se acertando e ao invés de voltarem para o salão da festa, desapareceram e só foram vistos novamente no horário que Alvo havia combinado com os demais, para se reunirem e voltarem para casa. Naquela confusão toda, e como já estava tarde, Scorpius, Rose e Hugo, acabaram dormindo na casa dos Potter.

- Bom dia meninas! – Rose exclamou feliz, assim que saiu do banheiro da prima.

- Cala a boca, Rose! Eu quero dormir! – Lily vociferou e virou para o lado, mal-humorada. Alice nem se moveu, pois dormia profundamente.

- Quanto mal-humor, cruzes! – a ruiva disse para si, saiu do quarto da prima e foi para o quarto em frente, acordar os rapazes.

Rose abriu a porta do quarto devagar, e prendeu uma gargalhada ao ver a bagunça que estava o quarto e o estado em que Hugo, Alvo e Scorpius se encontravam. A única coisa que eles se preocuparam em tirar antes de dormir, foram às camisas e os tênis. Alvo dormia esparramado em sua cama, enquanto Hugo e Scorpius estavam jogados em cima de colchonetes, cada um em um canto do quarto. Pé por pé, a ruiva entrou no aposento, e o primeiro que tentou acordar foi seu primo, Alvo.

- Alvo! – a ruiva sussurrou, enquanto sacudia de leve os ombros do moreno.

- Seja lá quem for, eu não acordo antes das 9! – ele resmungou e se virou.

- Já passa das 10, e nenhum de vocês quer colaborar comigo e acordar! – ela disse, ainda com a voz baixa. Alvo se virou, ainda de olhos fechados, e ao invés de responder, puxou Rose pelo braço, e a fez cair deitada a seu lado. – AIIII – ela gritou rindo, e isso acabou despertando o namorado e o irmão.

- Alvo, não sabia que sua voz afinava enquanto dormia! – Scorpius disse divertido, enquanto se sentava no colchão. Ao ver a namorada caída na cama do amigo, fingiu seriedade – E não sabia que costumava se agarrar com minha namorada, enquanto eu durmo!

- Desculpa, mas a Rose é minha e você já devia saber disso! Aviso desde que tínhamos 14 anos, que essa ruiva é só minha e ninguém tira! – Alvo também fingia seriedade, e pra provocar mais ainda, passou seu braço, que aos 17 anos estava mais forte e musculoso, pela cintura da prima e a puxou para mais perto de si – Conforme-se com os fatos cara, ela me ama!

- Vocês querem parar de falar isso da minha irmã? – Hugo entrou na brincadeira – Se não for pedir muito, eu gostaria de ter apenas um cunhado!

- E você tem Hugo... Eu acho! – Rose riu – Alvo me larga!

- Eu não! – o moreno respondeu rindo.

- Quer largar a minha namorada? Tô me sentindo corno já! – rindo, Scorpius se levantou e foi em direção a ruiva.

- Cara você não pretende deitar aqui né? Explicar a Rose deitada na minha cama ainda vai, mas imagina tentar explicar a Rose e você deitados na minha cama? Pra onde vai minha fama?

- Eu posso responder se quiser! – Hugo disse divertido.

- Eu agradeceria se todos vocês parassem de falar de mim, como se eu não estivesse aqui! – Rose falou, e inutilmente tentou se soltar dos braços de Alvo – Ok, desisto a gente pode ficar deitado aqui o dia inteiro, pra mim não tem problema nenhum!

- Mas pra mim tem, já que eu fiquei de sair com minha namorada... E pra eu sair com minha namorada, eu preciso que ela não esteja deitada na cama do primo, sabe?! – Scorpius riu e pra irritar Alvo, deitou na beira da cama.

- Que isso? Fizeram um sanduíche... E o recheio sou eu! – Rose dizia indignada, enquanto o irmão ria abertamente.

- Um recheio muito gostoso, diga-se de passagem! – Scorpius sorriu maroto.

- Hugo, quer fazer alguma coisa, por favor?! – a ruiva pediu.

- Eu não! Quem manda ter dois maridos? Se vira aí, enquanto isso vou tomar meu banho! – ele respondeu e correu pro banheiro.

- Me larguem já ou... – Rose foi interrompida, por Tiago que entrou no quarto.

- Que isso? Montinho na Rose? Quero participar! – o moreno disse divertido.

- Ah não, outro não! Eu tinha a esperança de que você me tirasse das garras desses dois!

- Em briga de maridos e mulher, ninguém mete a colher! Já diz o ditado trouxa! – Tiago riu – Bom, só vim aqui pra avisar que tô saindo pra encontrar com a Claire, – nessa hora, Rose revirou os olhos – e que a mamãe vai demorar a voltar, já que foi fazer umas compras! – ele explicou – Vou indo nessa, tô atrasado! E por favor, fechem a porta antes de voltarem pra farra! – o moreno saiu do quarto rindo, pois com a última frase, Rose corou de tal forma, que ficou da cor dos cabelos.

- Eu vou gritar se vocês não me largarem! – a ruiva ameaçou.

- Vá em frente! – Scorpius riu e em seguida sussurrou no ouvido dela – Se o Alvo não estivesse aqui, eu acho que você não estaria tão ansiosa pra sair de perto de mim!

- Scorpius! – a ruiva exclamou rindo – Meninos, eu sei que vocês me amam, mas eu quero tomar café! Me soltem!

- Agora que a cama ficou quentinha, eu não te largo tão cedo prima! – Alvo sorriu maroto.

- Nossa que cena mais pervertida! – Lily exclamou, assim que apareceu na porta do quarto do irmão. Tinha acabado de acordar, e depois de fazer sua higiene pessoal, foi até lá ver o motivo de tanta falação. Ainda vestia seu pijama e seus cabelos estavam um pouco bagunçados – Eu esperava uma coisa dessas do Alvo, mas não de você Rose! Estou chocada!

- O maluco do seu irmão e esse loiro oxigenado, não querem me soltar! – Rose tentou se defender.

- Olha, nem venha com desculpas esfarrapadas, porque nós duas sabemos que você se encontra em uma situação privilegiada! Deitada na cama com dois homens lindos, e ainda fingindo que não gosta... Ai, ai, contra outra Ro! – Lily disse divertida, enquanto se sentava na beirada da cama. (N/A: daqui a pouco essa cama desaba!).

- Eu não disse que estava incomodada, eu disse apenas que quero me levantar! – Rose protestou, embora risse muito da situação – Loiro, caso você não lembre, Sophie e Vincent chegam hoje de viagem, e combinamos de almoçar com eles!

- Ah é... Mas eles podem esperar não?! E tenho certeza que vão entender perfeitamente os motivos que nos levaram a chegar atrasados! – Scorpius sorriu maroto. Alvo e Lily gargalharam.

- Eu tô feita mesmo... – a ruiva revirou os olhos – HUGO, PELO AMOR DE MERLIN, VENHA SALVAR SUA IRMÃ! – gritou rindo.

- Tô indo, tô indo, não precisa fazer escândalo! – o ruivo respondeu, enquanto saía do banheiro. Vestia apenas sua bermuda, deixando a mostra, todo seu peitoral e braços musculosos. Como era praticamente uma tradição na família, Hugo também era jogador de quadribol, e isso contribuía para manter a ótima forma. Sua toalha estava em volta do pescoço, pois ele enxugava os cabelos – Vocês dois, larguem minha irmã e... Lily?! – ele disse surpreso.

- Sim, Lily, minha irmã! – Alvo respondeu como se estivesse apresentando sua irmã a Hugo pela primeira vez – Do jeito que falou, parece que nunca viu a pestinha!

- Ah, cala a boca! Eu achei que ela tava dormindo ainda! – Hugo disfarçou – Bom dia, baixinha! – disse, bagunçando os cabelos da prima.

- Baixinha é a ‘vó’! – ela retrucou.

- Sim, nossa avó é realmente muito baixinha, não sei como papai conseguiu ser tão alto! – Hugo debochou – Então vocês dois, larguem logo a minha irmã! – ordenou – Alguém precisa zelar pelo nome da família, e como eu não tenho mais esperanças, deixem ao menos a Rose carregar a fama de boa moça!

- Eu não sei se te agradeço ou se te azaro! – Rose disse perplexa.

- Agradeça! – disse Lily – Afinal de contas, eles te soltaram!

- Ah, é mesmo! – Rose exclamou e saiu do meio dos dois.

- Tá vendo?! Reclamou, reclamou, reclamou, e quando finalmente a soltei, não se deu conta... Sinal que tava gostando! – Alvo disse com um ar canalha, fazendo a prima corar – Agora Scorpius, faça o favor de sair daqui também né?! Com a Rose no meio da gente, eu até aceitava o fato de estar deitado na minha cama, mas assim não dá!

- Ah Alvinho, vai me dispensar agora?! – Scorpius brincou, passando a mão no cabelo de Alvo.

- Rose, sinto lhe informar, mas todo esse triângulo amoroso, era pra disfarçar o grande amor que existe entre Scorpius e eu! – Alvo disse, fingindo seriedade.

- Durante todo esse tempo, eu achando que traía um com o outro e olha... Quem sempre teve chifres aqui fui eu... – Rose falou, fingindo tristeza.

- Talvez isso explique suas crises de dor de cabeça Ro! – Hugo deu palmadinhas leves no ombro da irmã.

- Olha Ro, se serve de consolo, isso passa viu... Você vai superar! – Lily encarou a prima séria – Talvez precise fazer terapia por uns 10 ou 15 anos, mais os remédios e as poções, mas não esquenta, pois vai passar e nós estaremos aqui para lhe apoiar! – nessa hora todos gargalharam.

Scorpius se levantou da cama, puxou a namorada pela cintura e a beijou na frente de todos.

- Alvo, desculpa partir seu coração, mas eu sempre tive uma queda por ruivas! – ele brincou.

- Tudo bem, eu supero! – Alvo suspirou – Além do mais, não daríamos certo, eu não gosto de loiros!...

- De loiros não, mas com as loiras você faz a festa! – Lily disse divertida.

- É claro... Bom, vou tomar meu banho! – Alvo anunciou, já indo em direção ao banheiro.

- Eu vou tentar acordar a Alice! – Lily revirou os olhos – Aquela ali adora uma cama, cruzes! – ela saiu do quarto.

- E eu vou lá embaixo ver o que sobrou pro café da manhã! – Hugo anunciou, e também saiu.

Scorpius e Rose se entreolharam por uns instantes e logo caíram na gargalhada.

- Parece só restou a gente aqui nesse quarto! – Scorpius disse sedutor, se aproximando da ruiva – Ah claro, e a cama do Alvo!

- Sim, a cama do Alvo! – Rose riu, e envolveu os braços em volta do pescoço do namorado – E também o Alvo, que está dentro do banheiro!

- Verdade... Mas isso não me impede de te beijar! – ele sussurrou próximo ao ouvido dela, e beijou levemente seu pescoço, a fazendo arrepiar.

- Não, não impede... – ela disse sorrindo, enquanto acariciava a nuca do namorado, com a ponta dos dedos.

- Que bom! – ele a encarou sorrindo e a beijou com paixão. Não demorou muito para os dois caírem deitados em cima da cama de Alvo, e começarem um ritual de amassos que só foi interrompido pelo mesmo, que tinha acabado de sair do banho.

- HAN-HAN! – o moreno fez um barulho com a garganta tão alto, que assustou o casal – Respeitem minha cama, por favor! – ele disse sério – Ou pelo menos esperem eu sair! – riu.

- Eu... Er... Bom, vou ao quarto da Lily tentar acordar a Alice! – Rose respondeu completamente corada.

Assim que a ruiva saiu, Alvo caiu na gargalhada. Definitivamente, ele escolheu uma péssima hora pra sair do banheiro.

- Então, o que há com você e a Rose? – o moreno perguntou, enquanto procurava uma camisa no guarda-roupa.

- Como assim o que há? – Scorpius fingiu-se de desentendido.

- Qual é?! Não disfarça! Vocês namoram desde os 14 anos, e tenho certeza que entendeu bem a minha pergunta!

- Sim, entendi... Mas pra ser sincero, não há nada! – Scorpius deu de ombros – E nem pense em rir disso!

- Não, eu não ia rir! – Alvo respondeu sério – Acho legal isso! Pra ser bem sincero, eu admiro o amor de vocês... Apesar de todas as brigas, tá na cara que se amam, e fazem certo esperar o momento adequado para terem a primeira vez!

- Nooooossa, não sabia que Alvo Potter tinha um lado sensível! – Scorpius debochou – Brincadeiras a parte, eu respeito a Rose, e enquanto ela não estiver pronta pra dar um passo adiante, não vou forçar nada!

- Acho bom mesmo, se não seria obrigado a te azarar, e depois te entregar pro tio Rony! – Alvo brincou.

- Ok, já entendi a ameaça! – Scorpius ergueu as mãos pro alto, como se estivesse se rendendo – Agora deixa eu tomar meu banho, já que todo mundo tomou e eu ainda nada! – rindo, Scorpius foi para o banheiro, enquanto Alvo ainda tentava achar uma camisa, em meio a bagunça que seu guarda-roupa de encontrava.

No quarto em frente, Lily ainda lutava pra fazer a amiga se levantar. A castanha virava de um lado para outro, sem a mínima intenção de sair da cama.

- Desisto, fique aí deitada, enquanto todos tomam café! – Lily disse zangada. Rose apenas riu e se aproximou da castanha.

- Alice... – a ruiva mais velha começou a falar em voz baixa – Levante querida, já está na hora, todos já estão de pé! – ela continuou a falar no mesmo tom – Não queira ser do contra, pois pessoas que me contrariam, me deixam irritada, e sabe o que acontece quando eu fico irritada?

- O que? – a castanha perguntou sonolenta, com o rosto enfiado no travesseiro.

- EU GRITO! – Rose falou tão alto, que até Lily, que prestava atenção na conversa, se assustou – ENTÃO TRATE DE LEVANTAR LOGO, SE NÃO QUISER QUE EU CONTINUE COM ESSE RITUAL DE BERROS! E NÃO PENSE QUE EU VOU ME CANSAR, POIS SOU FILHA DE HERMIONE WEASLEY, E ACREDITE, ELA NUNCA CANSA!

No mesmo instante, Alice se levantou, sem ao menos protestar. Pegou uma roupa no armário da amiga e correu para o banheiro, com medo de Rose começar a gritar novamente. Em 15 minutos, a menina já estava vestida, penteada e com cara de quem havia acordado há horas.

- Uau, seus gritos realmente tem um ótimo efeito! – Lily exclamou, ao ver a amiga sair do banheiro.

- Eu sei! Sempre uso essa técnica pra acordar o Hugo, e funciona! – ela riu – O que houve Ali? Parece triste!

- Rose tem razão! Aconteceu alguma coisa? – Lily perguntou preocupada.

Ao ouvir a pergunta das amigas, Alice suspirou triste e sem saber o porquê começou a chorar.

- Eu fiz a pior coisa da minha vida! – ela falou, enxugando as lágrimas.

- Céus, o que aconteceu? – Lily foi em direção a amiga e a abraçou.

- Ontem eu... Estava dançando com Jayden Moss e daí o beijei... – a castanha começava a explicar. Rose apenas ouvia tudo com atenção, preferia não dar opinião naquele momento.

- Tá, mas isso não é tão ruim, e...

- Não, eu ainda não terminei de contar, Lily! – Alice interrompeu – Enquanto o beijava, ouvi um grito de alguém falando a respeito do Alvo, e quando fui ver o que era, ele estava lá, aos beijos com uma menina, que pelos traços, parece ser aluna do 7º ano.

- Sinto muito Ali! – Lily agora havia compreendido a tristeza da amiga, embora ainda não entendesse o motivo dela ter dito que havia feito uma grande besteira.

- Espera um pouco... – Rose se meteu pela primeira vez no assunto – Você gosta do Alvo?

- Sim! – Lily respondeu pela amiga – Mas, por favor, não conte nada a ele!

- Não vou contar, não se preocupem! – a ruiva disse. “Merlin, essa história não tá me cheirando bem!”, Rose pensou, encarando as meninas.

- Obrigada Ro!... Mas continuando, depois que vi Alvo aos beijos com outra menina, eu saí do meio do salão e o Jayden me seguiu e...

- E...? – Lily e Rose perguntaram juntas.

- Disse que era apaixonado por mim, e eu... – ela respirou fundo – Bom, eu disse que também era apaixonada por ele e começamos a namorar!

- Merlin, você não devia ter feito isso! – Rose disse paciente.

- Eu... Eu sei que não! Mas foi a única forma que encontrei de tentar esquecer o Alvo de vez! Ele nunca vai mudar, sempre vai ser esse mulherengo que não se importa com ninguém, e eu preciso seguir minha vida! – a castanha disse triste.

- Verdade... – Lily disse compreensiva – Bom, quem sabe assim você consiga esquecer meu irmão.

- Talvez... – Alice respondeu – Mas chega desse assunto, vamos descer, os meninos daqui a pouco vão subir atrás de nós!

Rose e Lily se entreolharam, e silenciosamente decidiram não tocar mais nesse assunto com Alice, pelo menos por enquanto. Logo as três desceram, e foram para a cozinha, onde os meninos já estavam tomando café. Em silêncio, as três jovens se sentaram em seus lugares e começaram a comer. Os meninos apenas se entreolharam, mas preferiram não perguntar o que tinha acontecido.

Depois do café, e de arrumarem a cozinha, os pais de Alice apareceram na casa dos Potter para buscar a filha caçula, para que ela comparecesse a um almoço em família que aconteceria na casa da mãe da Sra. Huntington. E só conseguiram levar a menina embora, quando, diante dos protestos e reclamações de Lily, prometeram que em 3 dias a trariam novamente, para que passasse o restante das férias com ela.

Logo após a partida da castanha, Rose e Scorpius também saíram, alegando que não queriam se atrasar para se encontrarem com Vincent e Sophie no restaurante que haviam marcado. Novamente, a casa dos Potter ficou praticamente vazia, a não ser pela presença de Hugo, Lily e Alvo.

- Eu vou lá em cima arrumar aquela zona que tá meu quarto! – Alvo disse tedioso.

- Merlin, você às vezes esquece que é bruxo ou o que? Use magia! – Lily disse, revirando os olhos.

- Eu usaria maninha, mas não se esqueça da política dos nossos pais, de que só devemos recorrer a magia em último caso, e além do mais, não tô com pressa! Não tenho nada pra fazer mesmo! – Alvo riu – Vou subindo, qualquer coisa me chamem!

- Ok, eu tô lá fora! – Lily avisou – Você não vem Hugo?

- Vai indo, eu... Eu vou pegar um copo D’água e já te encontro lá! – o ruivo mentiu. Na verdade, ele sabia que tinha uma conversa pendente com a prima sobre o acontecimento da noite anterior, mas queria adiar essa conversa ao máximo, pois não tinha idéia de como se justificaria.

Lily apenas concordou, se virou e foi para os jardins da casa Potter. Assim como o primo, ela também estava confusa com o que havia ocorrido, mas preferia agir naturalmente, pois não queria levantar suspeitas. Seus olhos percorreram todo jardim, até que enfim, decidiu subir até sua antiga casa da árvore, para refletir.

Pouco tempo depois, Hugo também foi para o jardim. Dessa vez, decidido a se explicar ou ao menos tentar. Não demorou muito para descobrir onde a prima estava, já que sempre que se chateava ou queria ficar sozinha, ela corria para sua casa da árvore. Então, sem pedir permissão, foi até o local.

- Será que a princesinha quer ficar sozinha na torre, ou aceita companhia? – Hugo brincou, assim que entrou na casa.

- A princesinha hoje não está se sentindo parte da realeza... – ela comentou.

- E o que isso quer dizer?

- Não sei! Acho que estou filosofando demais!

- Ou então o chá que Alvo fez te deu algum efeito colateral! – ele brincou e os dois riram – Quer que eu te deixe só?

- Não precisa, pode ficar! – ela respondeu sincera.

- Certo! – o ruivo falou, mas logo o silêncio reinou naquele ambiente. Lily olhava o céu, através da pequena janelinha que a casinha da árvore tinha, enquanto permitia que a leve brisa batesse em seu rosto. Mil e um pensamentos passavam em sua mente naquele momento, mas ela não sabia como expressá-los de forma que não assustasse o primo.

- Então...? – Lily falou, sem encarar o primo.

- Então...? – Hugo repetiu a frase da prima, mas logo se virou para encará-la – Essa situação tá estranha!

- Sim! – ela disse rendida, e encarou o primo – Eu só queria entender o que...

- Está acontecendo com a gente? – ele completou – É, eu também gostaria, mas desde ontem eu tenho me perguntado se há o que entender!

- Agora quem filosofou foi você! – os dois riram – Mas eu entendi o que disse... Tentar explicar ou entender o que houve ontem é como, explicar o inexplicável!

- Tô pensando seriamente em perguntar ao Alvo o que colocou naquele chá! – Hugo fingiu espanto – Eu gosto de você Lily, mas não sei explicar como e quanto... Quero dizer, eu realmente te amo e você sabe só que...

- Não sabe de que forma! – agora foi a vez de Lily completar a frase – É eu também me encontro na mesma situação! – riu – Mas, as coisas não vão mudar entre nós por causa do que aconteceu ontem, vão?

- Claro que não! Você continua sendo a favorita, a número 1, minha parceira no crime! – Hugo brincou e segurou as mãos da prima – Hei, eu sempre vou amar você, independente do que vá acontecer daqui pra frente ok?!

Lily sorriu e se sentiu mais confiante com a afirmação do primo.

- Eu também sempre vou amar você! – disse e abraçou o primo – Mas não se aproveite dessa afirmação pra sair me agarrando por aí!

- Poxa... Acabou com minha alegria! – ele brincou e novamente os dois riram.

- Eu sei, adoro fazer isso! – ela disse divertida e o encarou séria – Hugo, e... E se a gente descobrir que não foi só um momento, e que...

- Estamos apaixonados? – Hugo completou – Até onde me lembro, essas coisas nunca foram motivos pra nos assustarem!

- Mas somos primos!

- Nossos avós também eram, mas se casaram e tiveram 9 filhos... – ele disse pacientemente, mas ao ver o olhar assustado da prima, completou – Não que eu esteja dizendo que quero ter 9 filhos com você, foi apenas um exemplo!

- Que bom, até porque eu não pretendo ser mãe de 9 crianças! – ela riu.

- Dá um desconto, naquela época eles não tinham tanta distração! – os dois gargalharam.

- A gente nunca leva nada a sério! – Lily comentou.

- Não mesmo! – o ruivo concordou – Só tem uma coisa na vida que eu levo a sério!

- E o que seria? – ela perguntou, ainda sorrindo.

- Você! – ele disse tão sério, e encarou a menina a sua frente de forma tão profunda, que Lily se viu perdida em meio aquele olhar – Eu posso não saber o que está acontecendo comigo ainda, posso não ter idéia do que esteja sentindo, mas Lily... – Hugo segurou o rosto da prima com uma das mãos – Seja lá o que for, eu quero que saiba que é sincero, e que aquele beijo de ontem foi muito especial pra mim.

- Pra mim também! – ela concordou com um sussurro e abaixou a cabeça.

- Hei... O que foi? – ele acariciou o rosto da prima e a beijou na testa.

- Eu acho que tô assustada...

- Quer esquecer o que aconteceu ontem e pensar que tudo não passou de um sonho? – ele sugeriu.

- Não... É isso que me assusta, eu não quero esquecer o que aconteceu, e também...

- Também o que?

- Acho que gostaria que acontecesse sempre! – Lily fixou novamente o olhar para a janela da casa da árvore.

- Quer que eu seja sincero? – ele perguntou.

- Uhum! – a ruiva respondeu, ainda sem encará-lo.

Hugo se aproximou mais da prima e sussurrou em seu ouvido: - Eu também gostaria!

Ao ouvir a frase que o primo acabara de lhe dizer, Lily se virou e seus olhos se encontraram com os de Hugo. Eles se encaram por alguns instantes e esquecendo-se completamente que estavam no quintal da casa da jovem, e que qualquer um poderia subir ali a procura dos dois, eles se beijaram. E assim como na noite anterior, o beijo foi calmo e carinhoso, como se quisessem, através dele, responder todas as perguntas que tinham e acabar com todas as dúvidas que restavam. Lily acariciava o rosto de Hugo enquanto o beijava, enquanto ele a abraçava carinhosamente. Os dois se amavam, só precisavam de tempo para aceitar o que era inevitável...



***




Distante da casa dos Potter, onde o clima romântico estava a solta, Rose e Scorpius estavam em um restaurante bruxo, bastante famoso, a espera dos amigos Sophie e Vincent. Enquanto o casal de amigos não chegava, aproveitaram para conversar e beber cerveja amanteigada, coisa que os fazia lembrar incrivelmente dos passeios que faziam a Hogsmeade.

- Já estou com saudades de Hogwarts, acredita?! – Rose comentou, enquanto tomava mais um gole de sua bebida.

- Amor, entramos de férias há duas semanas e você já quer voltar? – Scorpius fingiu espanto – Não sei por que isso não me surpreende! – riu.

- Não, eu não disse que quero voltar pras aulas! Só disse que estava com saudade do ambiente acadêmico! – a ruiva se explicou.

- E como andam os preparativos pra sua festa? – Scorpius perguntou, acariciando o rosto da namorada.

- Está praticamente tudo pronto! – Rose sorriu e deu um breve beijo nele – Acho que a única coisa que realmente falta é fazer a prova do meu vestido! A costureira precisou fazer alguns ajustes da última vez, estava um pouco largo.

- Espera... Uma festa bem organizada, prova de vestido... Rose Weasley tem certeza que está organizando sua festa de aniversário ou vou me surpreender na sexta e descobrir que estou indo pro meu casamento? – Scorpius fingiu seriedade, mas logo riu ao ver a expressão da namorada.

- Hei, como descobriu? – ela fingiu tristeza – Era pra ser surpresa, você chegaria e só assinaria os papéis, e pronto, eu me tornaria a Sra. Malfoy! – suspirou.

- Ok... Preciso preparar tudo pra ter uma fuga rápida, na próxima sexta...

- Scorpius! – a ruiva exclamou e os dois riram abertamente – Você está pensando em fugir do nosso casamento? Embora não seja nosso casamento!

- Estava, mas como contei meus planos, agora vou ter que me casar! – rindo, Scorpius beijou a namorada antes que ela pudesse responder a sua provocação.

Enquanto os dois trocavam beijos, Vincent e Sophie chegavam ao local de mãos dadas e com sorrisos estampados no rosto. Haviam passado duas semanas incríveis fora do país, e agora tinham muitas novidades para contar aos melhores amigos.

- Mas esses dois não perdem tempo mesmo... Se agarram em qualquer lugar, dupla de pervertidos! – Vincent comentou em voz alta.

- Estão atrasados! – Rose disse encarando os amigos, quando se separou do namorado.

- Aeee, também sentimos sua falta Rosecreide! E aí, como vão as coisas? Ah, com a gente tá tudo ótimo, obrigado por perguntar! – Vincent respondeu debochado, e todos riram. Scorpius e Rose logo se levantaram de seus lugares para abraçar os amigos.

- E aí cara, como foi a viagem? – Scorpius perguntou ao amigo.

- Dessa vez, graças a Merlin, o irmão da Sophie não tentou devorar meu estômago ao me ver com ela... Estamos evoluindo! – o moreno fez uma engraçada comemoração levantando as mãos, arrancando mais risadas dos amigos – E vocês dois, como estão? Não vou perguntar se sentiram nossa falta, porque é óbvio que sentiram!

- Como perceberam, o Vin não perdeu a mania de ser convencido! – Sophie revirou os olhos e riu.

- Amor, isso é um dom, e não posso me livrar tão fácil assim! – o moreno deu de ombros.

- Bom, vocês perguntaram como Scorpius e eu estamos... Então, nós terminamos ontem! – Rose começou a dizer descontraída.

- Sim, terminamos ontem à tarde... – Scorpius concordou. Vincent e Sophie olhavam dele pra Rose, com expressões confusas – Mas a noite nós voltamos, não se preocupem!

- Sim, pois Scorpius não vive sem mim! – a ruiva respondeu rindo.

- Vin, acho que vou adotar esse relacionamento agitado para nós! Um dia a gente briga, no outro termina, e à noite fazemos as pazes! – Sophie disse divertida.

- Ah sim, esse relacionamento “entre tapas e beijos” é algo realmente emocionante! Podemos tentar isso um dia! Você fica com a parte dos tapas, e eu com a dos beijos, e assim todos viveremos felizes pra sempre! – o moreno concluiu.

- Tá vendo ruiva?! Estamos lançando moda! – Scorpius disse e todos riram.

Logo em seguida, os rapazes chamaram o garçom e fizeram os pedidos. Em questão de poucos minutos eles foram servidos e começaram a se deliciar com a comida maravilhosa feita no local.

- E sua festa, Ro? Tudo certo pra próxima sexta? – Sophie perguntou.

- Sim, está tudo quase pronto! Finalmente 17 anos, nem acredito! – Rose respondeu animada.

- Aeeee, Rosecreide vai virar gente! E nós seremos obrigados a prestar o dobro de atenção nas palavras que usamos... Sabe como é, ruiva estressada, podendo fazer magia fora da escola... É bem capaz deu andar pela rua como humano, brigar com a ruiva, e virar a esquina em forma de sapo... – Vincent comentou sombrio, mas logo caiu na gargalhada junto com os demais.

- Cruzes! – a ruiva disse entre risos – Quem escuta até pensa que sou tão malvada!

- Que isso! Que injustiça! Você não é má! – o moreno dizia sério – Você é cruel!

- Vin, tadinha da minha amiga! – Sophie encarava o namorado – Só porque ela não é o que podemos chamar de Miss Simpatia e doçura, você não deve falar desse jeito!

- Merlin, vocês têm certeza que são meus amigos? Tô começando a duvidar! – Rose os encarava perplexa – Scorpius, fale alguma coisa!

- Não! Se eu falar você vai querer me bater por concordar com eles... Enfim, melhor permanecer calado! – o loiro disse divertido.

- Depois dessa eu vou até sair e ir ao banheiro viu! – Rose anunciou se levantando.

- Rosecreide, não é porque dissemos a verdade, que você precisa ir bancar a murta que geme e chorar no banheiro!

- Ah, cala a boca Vincent! – Rose disse rindo – Vem comigo Sophie?

- Sim! – a loira se levantou – Já voltamos!

- Certo! – os rapazes responderam.

Rose e Sophie se encaminharam até o banheiro conversando coisas sobre a viagem e a visita que fez ao irmão. Assim que entraram, a loira se sentiu a vontade para comentar algo de especial que havia acontecido.

- Ro, aproveitando que aqui tá vazio eu posso te contar! – Sophie disse ansiosa.

- Contar o que? – a ruiva perguntou curiosa.

- Vincent e eu... Dias atrás... Nós... – a loira tentava explicar, mas do jeito que estava corada, Rose logo entendeu do que se tratava.

- Nãoooooooo! – a ruiva exclamou sorrindo – Vocês dois...?

- Sim! – Sophie finalmente confirmou – E foi tão lindo! O Vincent foi um fofo... Foi maravilhoso!

- Ah, que tudo! Eu quero saber com detalhes... Tá, você não precisa contar todos os detalhes, mas eu quero saber do mesmo jeito! – Rose dizia sorrindo. Estava feliz pela amiga.

Não precisou falar duas vezes para Sophie começar a contar, não tão detalhadamente, como foi sua primeira vez com o namorado. Pela forma que os olhos da loira brilhavam, Rose pôde notar que havia sido realmente especial, e tinha certeza que quando sua vez com Scorpius chegasse, ficaria tão feliz quanto a amiga estava.

- E foi assim... Ai Rose, eu tô tão feliz e o amo tanto...

- Eu sei!!! – Rose respondeu sincera – E fico muito feliz por você também!

- E você e o Scorpius hein?! – Sophie perguntou com um sorriso sapeca.

- O que tem a gente? – Rose se fingiu de desentendida.

- Ah, não finja que não me entendeu Rose Weasley! Quero saber como vocês estão!

- Eu sei, sua boba! – a ruiva riu – Bom, nós dois ainda não tivemos nada...

- Ah sim! Mas um conselho te dou: só faça quando você estiver segura!

- Pode deixar! – Rose sorriu – Agora vamos voltar, antes que eles venham atrás de nós!

- Verdade, Vincent deve achar que estamos presas! – Sophie concordou e juntas saíram do banheiro feminino. Conversavam distraídas, e não perceberam que na mesma direção que elas, vinha um rapaz alto, moreno, com uma expressão fechada, típica de quem não tinha o costume de sorrir por qualquer motivo. Apesar de sua expressão séria, era bonito. Ele estava se aproximando do banheiro, quando Rose, sem querer, o esbarrou.

- Acho que precisa de óculos, menina! – o garoto disse de forma nada delicada.

- Desculpa, eu acho que não entendi bem! – Rose foi educada, embora tivesse vontade de dar uma boa resposta.

- Entendeu perfeitamente! Não olha por onde anda, não?! Ou será que olha, mas gosta de esbarrar nas pessoas por diversão?

- Escute aqui seu mal-educado, minha amiga não viu você! – Sophie começava a se irritar.

- Se não se importa, meu assunto é com ela, e não com você! – ele retrucou.

- Em primeiro lugar, eu não costumo esbarrar com ninguém por diversão! E em segundo lugar, mesmo que costumasse, com certeza não escolheria alguém tão estúpido como você! – Rose disse pausadamente, na tentativa de não explodir em pleno restaurante.

Scorpius e Vincent, que antes conversavam, ao perceber o pequeno desentendimento que acontecia entre suas namoradas e o rapaz, se levantaram e caminharam em direção as jovens.

- Algum problema? – Scorpius perguntou, enquanto abraçava Rose pela cintura e encarava o rapaz com que as meninas discutiam.

- Embora saiba que a pergunta não tenha sido pra mim... – o rapaz começou a falar – Eu respondo dizendo que não há problema algum! Só, por favor, ensine a essa garota... – ele apontou pra Rose – Que é educado olhar por onde anda e se desculpar após esbarrar em alguém! – assim que terminou a frase, o moreno se retirou, deixando os quatro amigos para trás, visivelmente irritados.

- Mas que sujeitinho irritante! – Rose disse furiosa, enquanto voltava para mesa – “Precisa de óculos, menina” – ela fez uma imitação barata da voz do rapaz – Antes cega do que sem educação! Francamente!

- Concordo com a Rose, garoto estúpido! Não temos culpa se ele também não olha por onde anda! Tenha paciência viu! – Sophie falava irritada.

- Deixem esse imbecil pra lá! Já passou! – Vincent dizia de forma tranqüila.

- Verdade, pessoas assim não merecem atenção, embora se ele tivesse ficado mais uns minutos ali, ia ter a atenção da minha varinha, lançando uma azaração nele ou quem sabe da minha mão, socando seu nariz! – Scorpius disse – Nós já pagamos a conta, que tal darmos uma volta? – sugeriu.

- Ótima idéia amor! – Rose concordou e beijou o rosto do loiro.

- Então vamos! – Sophie falou, e saiu puxando o namorado pela mão. Rose e Scorpius foram logo atrás, os seguindo.

No restaurante, o rapaz que havia esbarrado e discutido com Rose, agora voltava para mesa onde almoçava com os pais e o irmão mais novo.

- Garota insuportável! Detesto os ingleses! – ele esbravejava.

- Filho? O que houve? – a mãe do jovem perguntou curiosa.

- Nada mãe, nada! Essa cidadezinha irritante e seus moradores insuportáveis! Como odeio esse lugar!

- Adam Krum, nós já explicamos mil vezes os motivos que nos mudamos para Inglaterra! E além do mais...

- Além do mais eu não estou perdendo os amigos que conquistei na Bulgária, estou apenas acrescentando novas amizades! É mãe, eu já conheço seu discurso, não precisa perder seu tempo repetindo! Mas uma coisa eu lhe garanto, nem que passe mil anos aqui não vou me dar o trabalho de fazer amizades! Gostaria ao menos que tivessem respeitado minha vontade e permitido que terminasse a escola em Durmstrang!

- Adam, não se comporte como um garoto mimado e briguento, pois não foi essa a educação que lhe dei! – Vítor Krum brigava com o filho – Viemos pra Inglaterra para passar apenas um ano, e depois voltaremos pra Bulgária, se você gostou ótimo, se não gostou, lamento, mas terá que ficar! Ainda somos seus pais e ainda decidimos o que deve ou não fazer, portanto, pare de bancar uma criança insuportável e aceite os fatos. Você vai para Hogwarts esse ano, cursará seu 7º ano lá, e quando terminar, voltaremos ao nosso país! Meus negócios dependem que eu esteja aqui, e eu preciso que minha família esteja comigo!

- Desculpa pai! – Adam disse envergonhado – Mas vou precisar de tempo para me acostumar com esse lugar e o costume de seus habitantes!

- E terá todo tempo do mundo! Agora chega desse assunto, nosso almoço chegou! – Vítor encerrou a conversa de maneira enérgica.

A família Krum era uma das mais poderosas da Bulgária. Os Krum eram bastante felizes e apesar das diferenças de gênio e personalidade, se entendiam bem. Adam, o filho mais velho de Vítor, sempre foi um rapaz que o encheu de orgulho. Era um excelente jogador de quadribol, e estava cotado para ser um dos novos nomes da geração futura de craques! Sua personalidade forte contrastava perfeitamente com sua inteligência absurda. Sempre foi o melhor aluno de Durmstrang e por isso, o queridinho dos professores. Tinha paixão por duas matérias em especial: Aritmancia e Defesa Contra as Artes das Trevas, e pretendia cursá-las em Hogwarts, embora a idéia de que seria obrigado a cursar seu último ano em outra escola o deixasse furioso. Queria ficar onde seus amigos estavam, e onde sua fama de ótimo jogador e aluno, faziam as pessoas o respeitarem e invejarem... Mas agora, com a sua mudança pra Inglaterra e sua ida para outra escola, tudo parecia desmoronar e seu gênio estava mais difícil do que nunca.

- Então Adam, agora que está mais calmo, vai nos contar o motivo dessa sua revolta contra os ingleses? – Vítor perguntou sorrindo.

- Uma garotinha irritante esbarrou em mim e não se deu o trabalho de pedir desculpas! – Adam revirou os olhos.

- E como sabe que ela era inglesa? – o pai perguntou.

- O sotaque irritante e aquele nariz empinado esbanjando superioridade... Aff, espero nunca mais vê-la! – Adam respondeu irritado, e seu pai apenas sorriu.

- E você ao menos sabe o nome da garota que te tirou do sério em questão de segundos?

- Não, e também não me interessa saber! – o jovem finalizou o assunto – Ryan, largue isso! – brigou com o irmão de 3 anos, que levava o guardanapo de papel a boca.

- Quem sabe ela também não é aluna de Hogwarts, e...

- Mamãe, não repita isso! Já não basta eu ter que ir pra lá, cruzar com essa garota será no mínimo... Um caos! – Adam dessa vez deu o assunto por encerrado. Ele não sabia, mas Hogwarts era o local que mais veria a jovem causadora de tanta raiva: Rose Weasley.

Enquanto Adam almoçava com a família e tentava esquecer o acontecido no restaurante, Rose, Scorpius, Sophie e Vincent, se divertiam nas ruas da cidade, como adolescentes livres e loucos. Assim que avistaram um fotógrafo bruxo, tirando foto de um casal e no instante seguinte, entregando a fotografia, decidiram fazer o mesmo, mas em poses loucas e divertidas.

- Senhor, se incomoda de tirar fotos nossas? – Vincent perguntou ao velho, que segurava a câmera fotográfica e o encarava bondosamente.

- É claro que não meu rapaz! – o senhor respondeu sorrindo – Vão tirar fotos individuais?

- Não, não! Tiraremos fotos juntos! – Scorpius respondeu sorrindo.

- Certo, então se posicionem ali, e quando estiverem prontos, me falem! – o senhor disse, e logo os quatro amigos estavam de frente pra câmera, fazendo caretas e poses divertidas, para que ficassem registradas na fotografia mágica. – Lá vai! – o velho anunciou e começou a tirar as fotos.

Os quatro amigos se divertiram bastante, pulando, brincando, gargalhando em frente à câmera. Até o fotógrafo, que estava acostumado a tirar fotos de jovens apaixonados que gostavam de guardar fotos sorrindo e em seguida trocando beijos carinhosos, se divertiu com a animação dos quatro, que pareciam não se importar em ter suas imagens eternizadas em fotos, fazendo palhaçadas pra lá de engraçadas. Algumas pessoas que passavam, até paravam pra ver a animação dos amigos, e acabavam rindo junto com eles.

- Pronto, aqui estão! – o senhor entregou as fotografias para Rose, que no instante que as viu, começou a rir.

- Quanto lhe devemos? – Scorpius perguntou.

- Nada! Vocês quatro alegraram meu dia, e só isso basta para pagar o trabalho! – ele respondeu bondosamente.

- Não, isso não é justo! – Sophie disse séria – O senhor fez seu trabalho muito bem, e merece receber por isso!

- Minha jovem, se todos os dias eu recebesse pessoas divertidas e amigas como vocês para fotografar, sem dúvida nenhuma minha vida seria mais feliz! – o senhor sorriu, para os quatro, que ficaram comovidos com suas palavras.

- A parada é a seguinte, tio! – Vincent se aproximou do senhor – Nós somos malucos, e se não aceitar o pagamento, iremos chorar e espernear aqui, por não pagar uma dívida! Então é melhor o senhor aceitar isso, – ele colocou o dinheiro na mão do velho – se não quiser ver quatro jovens fazendo o senhor passar a maior vergonha! – o senhor riu e finalmente aceitou o pagamento. Vincent piscou para ele em sinal de aprovação.

- Muito obrigada! – Rose agradeceu – As fotos ficaram lindas!

- De nada, minha jovem! – ele fez uma breve reverência. Os quatro amigos se despediram do senhor e felizes, continuaram sua caminhada pelas ruas, agora analisando as fotos.

- Nooooossa, por pouco eu não engoli meio quilometro de cabelo aqui! – Vincent apontou pra foto – Ficarei eternizado na foto como o garoto que quase comeu os cabelos ruivos da Rosecreide! E olha que sem vergonha, ela ainda ri da minha desgraça depois!

- Bobo! – Rose gargalhava – Olha essa aqui, Sophie e eu estamos prontas pras propagandas de Shampoo trouxas que passam na TV! – a ruiva ria da foto em que ela e a amiga jogavam os cabelos pra trás, depois riam e obrigavam os meninos a fazerem o mesmo.

- A mais bonita é essa! – Scorpius anunciou, pegando a foto.

- Claro, pois nessa, nós mostramos o quanto somos machos, e pegamos nossas namoradas de jeito para um beijo! – Vincent dizia de forma convencida.

- Pena que depois elas nos batem! – Scorpius fingiu-se de triste.

- Verdade, mas isso não apaga nosso feito! - os quatro riram.

- Eu quero uma cópia de todas as fotos pra colocar no meu quarto! – Sophie disse.

- Ah, isso é fácil! Com um feitiço simples podemos fazer isso! – Rose pegou sua varinha, e quando fez menção de utilizá-la, Scorpius segurou sua mão e beijou seu rosto.

- Ainda não ruiva! Só quando completar 17 anos! – Scorpius disse de forma carinhosa – Deixa que eu faço isso! – ele sacou a própria varinha e com um simples feitiço, fez cópias das fotos para os quatro. – Pronto! – entregou cada um a sua cópia – Agora que já fizemos a zona na rua, que tal irmos lá pra casa? Podemos sentar no jardim e jogar conversa fora enquanto não tem ninguém por lá, e depois que minha mãe chegar podemos tomar chá com ela! A Sra. Astoria estava sentindo falta de vocês!

- Opa, chá com a tia Astoria e conversas nada construtivas nos jardins da mansão Malfoy é um programa irrecusável! – Vincent disse sorrindo – Vamos todos fazer a zona na casa Malfoy, e quando o tio Draco aparecer, a gente some e deixa o Scorpius receber a bronca sozinho! – todos riram do comentário do moreno e juntos aparataram.



***




Na casa dos Potter, Harry havia chegado mais cedo do Ministério e entrava em sua casa, carregado de pastas. A primeira coisa que fez foi correr para o escritório, colocar toda a pilha que estava em seus braços, em cima da mesa. Parou durante uns minutos para observar a bagunça que estava em cima de sua mesa e a quantidade de trabalho que teria para fazer e levar no dia seguinte. Passou a mão nos cabelos, e decidiu que iria começar o trabalho já, mas antes precisava de um copo de suco. Deixou o escritório e caminhou até a cozinha, onde encontrou seu filho, Alvo, sentado a mesa, olhando pro nada, perdido em pensamentos.

- Wow, se eu fosse pagar pelos seus pensamentos, iria à falência! – Harry disse à porta da cozinha, despertando o filho de seus devaneios.

- Tão cedo em casa? Achei que fosse chegar mais tarde hoje! – Alvo disse, encarando o pai.

- Como sua mãe foi às compras com Hermione, e deixou vocês em casa sozinhos, decidi vir terminar tudo aqui... Eu sei que não temos crianças em casa, mas conheço bem meus filhos, então decidi me prevenir! – Harry riu – Mas, onde está a Lily? Não a vi quando cheguei!

- Ah, deve tá lá fora com o Hugo, provavelmente na casa da árvore, sei lá! – Alvo deu de ombros.

- É impressão minha ou algo está te incomodando? – o pai perguntou, enquanto caminhava até a geladeira para pegar a jarra de suco – Conheço bem você, e sei que não perderia um dia lindo, trancado dentro da cozinha, aparentemente contando quantos azulejos têm o chão!

Alvo sorriu triste e encarou o pai. Pensou em inventar uma desculpa, mas não iria adiantar. De fato, Harry o conhecia como ninguém, e não haveria mentira mais bem contada que o faria acreditar que estava tudo bem. Respirou fundo, passou a mão nos cabelos, e decidiu desabafar.

- Pai, talvez o senhor não acredite... Eu no seu lugar não acreditaria no que vou dizer agora, mas...

- Por que não tenta? Talvez eu acredite! – o pai incentivou.

- Certo... É que... Pai, acho que estou apaixonado!

Harry não se surpreendeu. Aliás, teve uma reação totalmente diferente da que Alvo imaginara. Ele apenas sentou-se em frente ao filho e o encarou com um sorriso bondoso.

- Isso é ótimo filho! Mas uma coisa me intriga... Quando estamos apaixonados, nós sabemos disso, e não “achamos”! Me diga, por que você acha que está apaixonado?

- Vou dizer, mas antes preciso te contar tudo que aconteceu!

- Certo, me conte e tentarei te ajudar.

Alvo respirou fundo. Aquela situação era mais difícil do que imaginava. Não que tivesse vergonha de seu pai, na verdade, se sentia bem à vontade para conversar esse tipo de coisas com ele. O único problema é que ele não fazia idéia de como explicaria uma coisa a seu pai, que nem ele mesmo conseguia entender. Passou a mão nos cabelos, em sinal de nervosismo, e encarou novamente a figura paterna a sua frente.

- Na noite da festa em que eu fui com a Alice...

- Uau, será que estou prestes a descobrir o que realmente aconteceu àquela noite? – Harry perguntou divertido.

- Mas eu não menti sobre o que houve! – Alvo apressou-se em se defender.

- Não disse que mentiu, mas tenho certeza que omitiu diversos fatos... Mas vamos, prossiga, não vou mais lhe interromper.

- Certo... Como ia dizendo, na noite em que fui à festa com a Alice, como é de costume me reuni com meus amigos, fiquei com várias garotas e disse a ela que qualquer coisa poderia me procurar, pois estaria pronto para atendê-la... Enfim, após algumas bebidas, danças e garotas, vi a Ali com o Levesque, e ela estava visivelmente bêbada... Aquele idiota, se aproveitando disso, a agarrou na frente de todo mundo, e eu...

- Você foi até lá e a tirou dessa situação! Sim, dessa parte eu sei, mas continue!

- Então, quando a tirei dos braços de Levesque, fiz acreditando que só queria protegê-la e nada mais... Depois do meu desentendimento com aquele imbecil, saí com Alice, e como ela ainda estava tonta e completamente bêbada, resolvi dar umas voltas com ela na rua, para ver se melhorava. Fomos a uma lanchonete, ela lanchou, e quando saímos...

- Quando saíram...?

- Quando saímos, nós fomos a um parque... Sabe, desses que tem balanços e escorregadores... Bom, daí depois da Ali brincar um pouco no balanço, começou a desabafar, contando que o primeiro beijo dela havia sido com o Levesque, e que se sentia péssima, pois sempre sonhou com algo diferente, e que talvez não tivesse sido bom, porque ela não era especial... – Alvo fez uma pausa na história e respirou fundo – Não agüentei ao ouvi-la dizendo aquelas palavras! Merlin, Alice é uma das meninas mais especiais que eu conheço, não poderia deixá-la pensar o contrário... E aí que vem o problema...

- E qual seria o tal problema? – Harry ouvia tudo com bastante atenção, embora seu instinto paterno já o informasse o que teria acontecido.

- Eu beijei a Alice! – o rapaz desabafou e encarou os próprios pés – Eu sei que isso foi errado, que não deveria ter agido dessa forma, mas foi o jeito que encontrei de mostrar que ela era especial, e deixá-la com uma lembrança boa daquele dia... Mas o problema mesmo não tá aí! Quando a beijei, percebi que...

- Ela não era uma garota qualquer, era realmente especial, e não só para as pessoas que convivem com ela, mas para você! – Harry concluiu a frase do filho e sorriu, ao vê-lo encarar um pouco assustado.

- Como...?

- Ora, eu passei por situação semelhante a sua! Só que eu não era tão... Como eu posso dizer, sem parecer que quero ofender...?

- Canalha? Pai, não se preocupe, eu sei o que sou! – os dois riram.

- Certo, mas como ia dizendo, passei por situação semelhante quando me apaixonei pela sua mãe... Ela, como você tá cansado de saber, é a irmã do meu melhor amigo, e pra piorar, estava namorando com um colega nosso chamado Dino Thomas! – Harry explicava – Antes pra mim sua mãe era somente isso, a irmã do meu melhor amigo, mas foi só vê-la beijando outro cara, pra uma criatura, sabe-se lá Merlin vinda de onde, acordar no meu estômago e começar a rugir de fúria... Foi aí, que percebi, que estava apaixonado pela ruivinha Gina Weasley.

- E o que fez quando descobriu isso?

- Tentei fugir, é claro! Lutei de todas as formas, precisava afastar Gina Weasley da minha cabeça, afinal de contas, era a irmã do meu amigo, e eu não poderia me envolver com ela! – Harry respondeu como se fosse o óbvio – Mas essa foi a coisa mais idiota que já fiz em toda minha vida!

- Por quê? – Alvo perguntou curioso.

- Porque perdi tempo demais lutando contra meus sentimentos, pra no final ser obrigado a aceitar o fato, de que nem que tentasse a vida inteira, jamais iria deixar de amar sua mãe!

- Mas a situação não é tão simples assim! Pelo que me consta, a mamãe amava o senhor, e isso facilitou bastante o envolvimento de vocês! Agora a Alice...

- Por Merlin, eu preciso realmente concordar com a Hermione quando diz que nós homens, somos lerdos pra perceber o que acontece a nossa volta! – Harry disse divertido.

- Não entendi! – Alvo o encarou completamente confuso.

- Filho, você nunca percebeu como a Alice fica sem jeito quando você se aproxima? Nunca notou que ela fica corada quando faz comentários de como está bonita?

- Bom, notei, mas a Ali é tímida e... Ora pai, não pode ser!

- O que não pode ser? Ela também gostar de você? Olha, em outros tempos eu agiria da mesma forma que você e nem notaria tal fato, mas a convivência com sua mãe me fez ficar mais esperto!

- Tá, vamos supor que isso seja verdade, e que a Ali realmente gosta de mim! – Alvo começou a falar – Mas se ela gosta de mim, POR QUE DIABOS, ESTAVA BEIJANDO O MOSS ONTEM NAQUELA MALDITA FESTA?

- Opa, calma aí meu filho! Nervosismo não leva a nada! – Harry disse rindo, enquanto encarava o filho – Entendo que fique com ciúmes, mas pense pelo lado mais óbvio: Alice não sabe que você gosta dela!

- Ok, mesmo que não saiba, precisa sair por aí se agarrando com outros caras por isso? As pessoas comentam esse tipo de atitude! – Alvo deixava claro o ciúme que sentia da castanha, a cada palavra que dizia.

- Se você gostasse de uma garota que não dá a mínima importância pro que comentam dela, que sai com todos os garotos que quer e não quisesse se envolver com nenhum em especial, o que faria?

- Desistiria dela e seguiria minha vida, é claro!

- Bingo! – Harry exclamou – É exatamente isso que ela está fazendo! Veja filho, você nunca demonstrou ser um rapaz com vontade de se envolver com alguém, e também nunca demonstrou sentir nada por ela... O que queria? Que a pobre Alice esperasse por você o resto da vida? Ela fez o que achava certo, seguiu com a vida dela...

- Quer dizer que ela pensa que não vale à pena lutar por mim?

- Não! Isso quer dizer que ela já tentou lutar demais por você, e ao ver que não conseguiria, se deixou vencer! – Harry falava, como se explicasse ao filho que é perigoso brincar com fogo – Mas, se estiver disposto a tentar mudar e demonstrar a ela o que sente, talvez consiga reverter essa situação!

- Pai... Eu não sei se consigo! – Alvo suspirou triste – Não que a Alice não valha à pena... Mas é que sabe quando você já se acostuma a um estilo de vida?

- Sim... Eu mesmo era totalmente acostumado a ter um maluco com expressões ofídicas mandando todos seus seguidores atrás de mim, para me matar quando tinha sua idade, mas daí quando o venci, precisei me adaptar a essa vida calma, e meu filho, até que eu me acostumei bem rápido a tamanha tranqüilidade, viu?! – Harry brincou e Alvo sorriu.

- Ah... Mas tenho medo de magoá-la! E se não conseguir ser aquilo que ela espera? Quero dizer, eu não sou o príncipe encantado de ninguém!

- Alvo, por acaso perguntou a Alice, com que tipo de rapaz sonha? Se ela gosta de você, como tenho absoluta certeza que gosta - embora esteja com outro rapaz - é porque viu em você, o príncipe encantado que espera!

- E se eu não for aquilo que ela imagina que seja? – Alvo perguntou.

- Ela não imagina nada! Convive conosco desde criança, já tá cansada de saber como você é, quais são seus hábitos, e acredite filho, ela gosta de você pelo que é, e não pelo que imaginar ser!

- O que eu faço então?

- Converse com ela e seja sincero! Pense comigo, um não você já tem garantido! Corra atrás do sim! – Harry sorriu e passou a mão na cabeça do filho, bagunçando ainda mais, seus cabelos rebeldes.

- Vou tentar... Eu acho!

- Tentar? Meu filho, você é um Potter! Prove a todos sua coragem, e vá atrás do que quer!

- Tem razão! Eu vou conversar com a Alice, e se ela disser não, faço ela mudar de idéia! – Alvo se levantou e caminhou em direção ao pai – Obrigado pai!

- De nada, filho! – Harry se levantou de sua cadeira e abraçou o filho com carinho. Definitivamente, pai e filho tinham mais em comum, do que as pessoas costumavam imaginar, e essas conversas que tinham, serviam apenas para deixar mais forte o elo de amizade e confiança que possuíam.



***




Nos jardins da Mansão Malfoy, quatro amigos conversavam e riam animados, enquanto bebiam suco de abóbora.

- É esse ano que escolhem o monitor-chefe, não? – Sophie perguntou distraída.

- Sim! Quem será que a diretora vai escolher? – Rose fez uma cara de pensativa.

- Quem deve ser né?! Vejamos, Scorpius, você, que assim como eu é bom em charadas, me ajude a pensar em quem a diretora Minerva “Faço-hora-extra-na-Terra-mesmo-e-por-isso-não-morrerei-cedo” McGonnagal, deve escolher! – Vincent disse sério.

- Certo! Mas eu começo com as pistas! – Scorpius respondeu, com a mesma seriedade do amigo. Sophie e Rose apenas observavam caladas – Para ser Monitor-Chefe tem que ser um aluno exemplar e com poucas detenções, e quem preenche esse perfil na escola?

- Rose! – Vincent respondeu – Agora é minha vez! Para ser Monitor-Chefe, também é necessário que o aluno tenha desempenhado bem as funções de monitor, e quem é que foi bastante elogiada pelo serviço prestado a escola?

- Rose! – Scorpius respondeu. Sophie e Rose riam dos dois – Agora a mais difícil hein!

- Ok, vou me concentrar! – Vincent fez uma careta engraçada de concentração.

- Certo... – Scorpius fez um breve suspense – Agora, pra ser o Monitor-Chefe, é necessário que o aluno seja muito inteligente e que tenha um boletim impecável, com notas invejáveis! Vincent, meu amigo, quem é que você conhece que se encaixa nessa descrição?

- Espera, essa é difícil... Merlin, eu sei, tava na ponta da língua, é algo que parece com flor... Violeta, Cravo... NÃO, JÁ SEI! Roooooooseeeeeee!

- AEEEEEE! – Scorpius comemorou com o amigo, fazendo as meninas caírem na gargalhada.

- Rosecreide, só para não restar dúvidas, é você que a diretora vai escolher!

- Meninos, obrigada pelo apoio, mas e se ela não me achar boa pro cargo?

- Amor, minha ruivinha perfeita, você, com todo respeito, é a pessoa mais CDF que conheço... Acha mesmo que tem a mínima chance dela ignorar seu boletim cheio de notas ótimas, e seu comportamento impecável como monitora?

- Isso sem contar que você também não tem a ficha lotada de detenções! – Sophie concordou.

- Ah, parem de se explicar! Ela tá fazendo charme, pois sabe que vai ser escolhida... Sabe, quer parecer modesta! – Vincent zombou, e todos riram.

- O bom de ser Monitor-Chefe, é que pode ter um quarto separado dos demais! – Sophie comentou.

- Assim como os capitães dos times de quadribol! – Scorpius disse – Agora só não sei se os quartos são iguais!

- Bom se forem grandes e bem decorados como o dos capitães, tá ótimo! – Rose falou distraída.

- Não sabia que conhecia o quarto dos capitães! – Sophie sorriu sapeca.

- É claro que conheço! – a ruiva respondeu, mas ao ver os olhares acusadores de Vincent e Sophie, apressou-se em comentar – Alvo é capitão da Grifinória, oras!

- E por coincidência, Scorpius é o capitão da Sonserina... – Vincent comentou maldoso, fazendo Rose corar até os cabelos.

- E qual o problema? Não é porque eu sou capitão, que vivo seqüestrando a ruiva para dentro do meu quarto! Embora, não possa negar que já fiz isso algumas vezes! – Scorpius sorriu maroto, e encarou a namorada.

- Por que não mudamos de assunto? – a ruiva sugeriu e os amigos sorriram.

- Como quiser! – Vincent e Sophie disseram juntos.

Rose ainda lançou um olhar constrangido aos amigos, e em silêncio, precisou concordar com eles a respeito de conhecer bem o quarto dos capitães, pois afinal, isso era verdade.



Flashback

6º ano. Noite de quinta-feira. Rose havia acabado de fazer sua ronda pelos corredores do castelo e se dirigiu até o corredor da ala oeste, onde se encontrava o quarto do Capitão do Time da Sonserina. Precisava terminar um trabalho de Transfiguração com Scorpius, e havia combinado com ele de fazê-lo aquela noite. Assim que chegou a porta, bateu três vezes, e quando ouviu um “entre”, girou a maçaneta e entrou no local.

- Desculpa a demora! Fui obrigada a levar dois alunos do 1º ano que se perderam a caminho da sala comunal. Ainda não se acostumaram com o fato que as escadas mudam! – Rose falava, enquanto colocava o material que usariam para o trabalho sobre a mesa.

- Não tem problema amor! Dou graças a Merlin que não me escolheram para esse cargo! Não teria paciência pra patrulhar os corredores! – Scorpius riu.

- Então, preparado pra começar? – a ruiva perguntou de costas, enquanto puxava os pergaminhos da mochila.

- E como não estaria? – Scorpius se aproximou, a abraçou por trás e sussurrou em seu ouvido – Com uma parceira linda e inteligente, eu tô preparado pra tudo!

- Bobo! – Rose riu e se virou de frente pra ele – Obrigada pelos elogios, mas precisamos terminar isso se quisermos ter nota! Então nada de gracinhas hoje!

- Ok, a senhorita quem manda! – ele respondeu sorrindo – Posso ao menos roubar um beijo da minha parceira de trabalho?

- Hum... – a ruiva fingiu-se de pensativa por alguns instantes – Pode! – respondeu.

- Que ótimo! – Scorpius sorriu e a beijou.

Assim que se separaram, sentaram-se e juntos, começaram o trabalho que deveria ter no mínimo, 3 metros escritos de pergaminho. Minerva havia passado esse trabalho, como castigo aos alunos por terem bagunçado em uma de suas aulas, enquanto ela havia saído para atender um chamado do prof. Flitwick, que reclamava da invasão de Pirraça em sua aula.

Depois de duas horas trabalhando sem parar, Scorpius já não conseguia se concentrar nos livros. Já havia lido 15 vezes a mesma frase, e nem que Merlin operasse um milagre, ele conseguiria produzir alguma coisa. Cansado e com as vistas embaralhadas de tanto ler, ele parou e olhou para onde Rose estava sentada. Ela havia colocado algumas almofadas no chão, sentado, e a sua volta, tinha aberto vários livros de Transfiguração. O loiro a observava atento. Reparava em cada detalhe de seu comportamento. Em como sua expressão mudava a cada frase que lia, como anotava as coisas com interesse... Em como esboçava sorrisos, sempre que parecia ter achado algo muito interessante... Reparou também em como estava à vontade em meio aqueles livros e ao trabalho que fazia. Seu cabelo estava preso em um coque frouxo, havia retirado a capa e o nó da gravata, a deixando apenas em volta do pescoço... Agora nem que ele quisesse, conseguiria desviar o olhar da namorada e voltar para os estudos. Rose já havia tomado por completo seus pensamentos.

A ruiva, que antes estava concentrada na leitura e no trabalho, ao sentir um par de olhos a encarar, levantou o rosto e encontrou os olhos azuis acinzentados do namorado. Sorriu e também parou para observá-lo. Como não estava mais em horário de aula e ele já havia voltado há algum tempo para seu quarto, não vestia mais o uniforme da escola. Estava apenas com uma calça de moletom preta e uma camisa da mesma cor. Provavelmente era uma das roupas que ele costumava dormir. Começou a observar o namorado com certo interesse, e reparou em como os anos jogando quadribol e praticando outros esportes durante as férias, tais como corrida e natação, o fizeram bem. Ele estava mais lindo que nunca e ela precisava admitir que era uma menina de muita sorte!... Encarou novamente o namorado, e percebeu que ele ainda a observava. Sorriu mais uma vez.

- Já acabou seu trabalho, é?! – Rose perguntou, ainda sorrindo.

- Pra falar a verdade não! Termino amanhã antes do café, não tô com saco pra isso agora! – ele respondeu descontraído – E você? Já acabou?

- Tô quase, só falta ler umas 30 páginas desse livro, que consigo terminar! – ela respondeu no mesmo tom descontraído que ele.

- Faltam 30 páginas e você ainda diz só? – ele perguntou fingindo não acreditar – Quisera eu ter essa paciência!

Rose riu do comentário do namorado, e em seguida esfregou os olhos com as mãos, visivelmente cansada.

- Por que não pára com o trabalho também e termina amanhã? – o loiro sugeriu – Tenho certeza que consegue ler “só 30 páginas” amanhã cedo!

- Eu queria terminar tudo hoje pra amanhã não precisar me preocupar! – Rose respondeu – Mas tem razão, acho que dá pra fazer o que falta amanhã antes de ir pro café! – ela fechou os livros que estavam a sua volta e se levantou – Preciso correr de volta ao salão comunal, se não quiser que Filch me pegue!

- Hei, você pensa que é fácil assim é? Usa as dependências de um capitão para estudar, e vai saindo sem ao menos pedir permissão? Não, não, as coisas não funcionam desse jeito! – Scorpius fingiu-se de sério e encarou a ruiva, esperando resposta.

- Bom, senhor capitão da Sonserina, tenho sua permissão para me retirar de seus aposentos? – Rose perguntou divertida.

- Não! – ele respondeu de maneira simples e foi caminhando lentamente em direção a namorada.

- E posso saber por que não? – a ruiva perguntou sorrindo, ao ver o namorado se aproximar – Preciso voltar pra minha Casa! – ela envolveu os braços em volta do pescoço de Scorpius, quando ele se aproximou mais.

- Você já esperou até agora, pode esperar mais um pouco para voltar! – Scorpius disse próximo ao rosto da namorada – E além do mais, a Grifinória pode ficar mais um pouco sem sua monitora! – ele roçou seus lábios no pescoço da ruiva e logo o beijou, a fazendo se arrepiar.

- Scorpius... – Rose disse num sussurro – Eu realmente preciso voltar!

- Eu sei! – ele encarou Rose com um sorriso maroto – Precisa, mas não quer!

- Não mesmo! – ela respondeu e em seguida o beijou com paixão.

Scorpius correspondeu ao beijo da namorada, e sem demorar, envolveu seus braços por sua cintura e a puxou para mais perto, afim de não largá-la tão cedo. Sentiu as mãos de Rose deslizarem por seus braços, e em seguida percorrem por suas costas.

Os beijos que trocavam eram cada vez mais profundos e intensos, e os dois sentiam a vontade incontrolável de ficarem mais próximos, crescer dentro de si.

Scorpius caminhou com Rose pelo local, sem parar de beijá-la, e junto com ela, deitou-se no sofá que havia em seu quarto, e ali continuaram a trocar beijos e carícias mais quentes.

As mãos do loiro agora já não se encontravam mais na cintura da jovem, e percorriam suas coxas. Enquanto as mãos dela, dançavam por suas costas, agora despidas.

Eles se beijavam com tanto desejo e com tanta vontade, que não poderiam dizer quando e como um tirou a blusa do outro.

Scorpius já não beijava mais os lábios da namorada. Agora seus beijos percorriam toda extensão do pescoço e ele se encaminhava em direção ao colo da jovem.

Rose estava perdendo o controle da situação. Já não sabia o que estava fazendo direito, mas sabia que queria fazer, embora sentisse um frio na sua barriga crescer, assim como o desejo. Sentiu Scorpius beijar seu pescoço e toda extensão de seu colo. Sabia que estava dizendo coisas sem sentido, mas não conseguia se controlar. Involuntariamente seu corpo tremeu, quando a mão de Scorpius subiu pelo seu corpo, passou pelo seu seio e tocou seu ombro, fazendo menção de abaixar a alça de seu sutiã.

Essa reação da namorada a seu toque, não passou despercebida por Scorpius, que imediatamente se preocupou com o que estava fazendo e reunindo todas as forças que lhe restavam, parou de beijá-la e a encarou de forma compreensiva. Acariciou o rosto de Rose e sorriu.

- Está com medo... – ele disse um pouco ofegante.

- Não sei! – ela respondeu, levemente corada, ao se dar conta do estado dos dois.

- Eu não perguntei amor, eu afirmei! Posso ver em seus olhos que está com medo! – Scorpius continuou acariciando o rosto da namorada de forma carinhosa.

- Me... Me desculpe! – ela disse e desviou o olhar. Não sabia por que mais sentia-se como uma criança assustada naquele momento.

- Hei, olha pra mim! – Scorpius pediu e delicadamente virou o rosto da namorada, obrigando a encará-lo – Você não tem que me pedir desculpas! Está com medo e isso é normal! Significa que não está preparada pra isso ainda, e eu a respeito e entendo! Não faria nada que não quisesse, você sabe... – ele beijou a testa de Rose, que sorriu – Vou esperar quanto tempo for até que nossa vez, juntos, chegue! Você não tem que se desculpar por nada!

- Eu te amo! – foi a única coisa que Rose conseguiu responder naquele momento. Estava emocionada com a compreensão e o carinho que Scorpius tinha por ela.

- Eu também te amo!


Fim do Flashback



***




Alguns dias depois...



Rose andava de um lado para outro no quarto onde se arrumava para sua festa. Estava ansiosa e ao mesmo tempo preocupada. No geral, escolhia festas simples para celebrar seu aniversário, mas aquela era diferente. Estava completando 17 anos, e isso merecia uma comemoração pra lá de especial... A única coisa que a incomodava naquele instante, era o fato de que Scorpius, ainda não tinha aparecido. Até Draco e Astoria já estavam lá, mas ele não... E isso a preocupava demais.

- Ele já chegou? – Rose perguntou pela milésima vez a Lily, quando apareceu à porta de seu quarto.

- Não! – Lily disse e ao ver a expressão triste da prima, tratou de completar – Mas não se preocupe, ele virá!

- Sim... Ele tem que vir, não pode ter esquecido a festa, simplesmente não pode! – a ruiva falou e caminhou até o banheiro, para olhar, de novo, seu penteado. Na hora que Rose entrou, Lily fez sinal para que Scorpius passasse correndo e esperasse a ruiva na sacada que havia no quarto, de modo que ela não visse. Ele já havia chegado há algum tempo na festa, mas pedia a Lily que sempre dissesse que não estava, na intenção de surpreender a namorada. – Com tanto dia pra ele esquecer, tinha que ser justamente hoje? Lily? Lily, cadê você? – ela saiu do banheiro falando, mas a prima não estava mais no local – Ótimo, deixem a Rose sozinha, ela realmente não precisa de ninguém! – disse para si e foi até a cômoda, pegar uma caixa de veludo preta, que tinha um belíssimo colar de diamantes.

Scorpius precisou se conter para não cair na gargalhada com as palavras da ruiva. Será que ela realmente acreditava que ele, justamente ele, fosse esquecer daquele dia? Sorrindo, ele balançou a cabeça fazendo um sinal negativo, e caminhou da sacada, para dentro do quarto, onde a ruiva estava de costas, retirando o colar da caixa.

- Posso ajudar você, se quiser! – ele disse em voz baixa, atrás dela. No mesmo instante, Rose se virou e o abraçou forte, como se estivesse agradecendo por não ter esquecido seu aniversário – Achou mesmo que eu esqueceria de hoje? – Scorpius perguntou sorrindo, ainda abraçado a ela.

- Fique com medo! Lily me disse umas mil vezes que você não havia chegado... Estava começando a me preocupar! – Rose respondeu sincera.

- Pra falar a verdade, cheguei pouco antes dos meus pais! Tava lá embaixo conversando com os seus pais sobre a festa, e pedi a Lily que dissesse que não estava aqui! – Scorpius encarou a namorada com um sorriso no rosto, contando mentalmente os segundos para ela começar a dar ataques.

- VOCÊ FEZ O QUE? – Rose explodiu e se afastou dele com uma expressão furiosa – Eu aqui, morrendo de preocupação, e você o tempo todo lá embaixo? Scorpius, isso não se faz!

- A culpa não é minha que você duvide que eu apareça na sua festa de aniversário! – ele respondeu tranqüilo, colocando as mãos no bolso.

- Eu não... – a ruiva tentou protestar, mas logo foi cortada pelo namorado.

- Você sim! – Scorpius riu e caminhou até ela – Deixe-me ajudar com seu colar!

- Desculpa, eu não...

- Eu sei que não! – sorrindo, ele pegou o colar das mãos de Rose e delicadamente, o colocou em seu pescoço – Você está linda! – Scorpius disse em seu ouvido.

- Você também! – Rose se virou para encará-lo.

- Eu e metade dos homens lá embaixo, que por algum motivo, também usam preto! – Scorpius riu e pegou na mão da namorada – Venha aqui ver como a noite tá linda!

Durante alguns instantes, os dois permaneceram abraçados em silêncio, apenas olhando pro céu, admirando a beleza da lua e o brilho das estrelas.

- Há algum tempo, em uma situação semelhante a essa, disse que a lua serviria como testemunha para a declaração que faria a você... – Scorpius quebrou o silêncio, e encarou Rose nos olhos de maneira tão profunda, que quem visse, juraria que estava tentando ler seus pensamentos – Você deve se lembrar, na minha festa de aniversário de 15 anos...

- Quando prometi a você que não importava o que fosse acontecer, sempre estaríamos juntos! – ela completou a frase.

- Exatamente! – o loiro sorriu – Lembro que naquele dia disse que te amava por completo... Amava seu jeito, seu sorriso, suas manias... E sabe o que mudou de lá pra cá? – ele perguntou e ao ver Rose fazer um sinal negativo com a cabeça completou – Eu te amo ainda mais! Amo mais seu jeito, amo mais seu sorriso, suas manias... De lá pra cá, o amor que sinto, só aumentou, Rose, e às vezes me pego pensando nisso... Jamais, antes de me apaixonar por você, poderia prever que hoje, estaria aqui, em frente a mulher da minha vida, dizendo essas palavras... – delicadamente, Scorpius enxugou uma fina lágrima que escorria pelo rosto da namorada. – Bom, hoje a cena do meu aniversário de 15 anos se repete, pois novamente, eu quero que a Lua testemunhe uma coisa!

- O que? – Rose perguntou, embora soubesse que se tratava de sua declaração.

- Eu quero que ela testemunhe meu pedido e que acompanhe a promessa feita há dois anos, se cumprir hoje... – ele falou com um ar misterioso – Rose, naquela festa eu pedi a você que me prometesse que ficaria comigo pra sempre, e disse que te amaria por toda minha vida...

- Sim!

- Hoje, na sua festa de aniversário, dia em que completa 17 anos, eu não quero que me prometa nada, só que me responda uma pergunta!

- Qual? – ela perguntou, e ficou em choque, ao ver que Scorpius tirava de dentro do terno uma pequena caixa de veludo.

- Rose Weasley, você quer casar comigo? – Scorpius abriu a caixa e dentro, havia um par de alianças. Uma delas era muito bem trabalhada, e tinha pequenos diamantes a seu redor, enquanto a outra era lisa, sem nenhum enfeite. Sorriu, ao ver os olhos da jovem ficarem marejados com seu pedido inesperado.

- Eu... – ela olhava do anel para Scorpius, sem saber o que dizer.

- Se serve de ajuda, quando fazemos essa pergunta, a pessoa só tem duas opções: sim ou não! – Scorpius disse com um ar divertido, e a fez sorrir.

- Sim, é claro que sim! – Rose finalmente respondeu e abraçou o loiro a sua frente, chorando de emoção. – Eu te amo tanto!

- Eu também te amo, minha ruivinha! – ele disse, e se afastou de Rose pra que pudesse colocar a aliança em seu dedo – Espero que tenha gostado da surpresa! – sorriu.

- Gostado? Eu simplesmente adorei! – respondeu sincera – Era por isso que você estava lá embaixo conversando com meus pais, né?!

- Sim, precisava informar o sogro dos meus planos, caso o contrário, ele faria picadinho de mim! – os dois riram – Expliquei a ele que não quero apressar nada, que nós vamos voltar a Hogwarts, terminar os estudos, nos estabilizar na profissão que escolhermos, e aí sim, marcaremos a data do casamento!

- E ele aceitou normalmente, ou precisou de intervenções da mamãe? – Rose perguntou divertida.

- Pra ser sincero quis me azarar quando eu contei! – Scorpius falou, e ao ver a expressão assustada da ruiva, começou a rir – É brincadeira! Na verdade ele aceitou numa boa, e ficou feliz por finalmente fazer o pedido! – os dois riram.

- Scorpius... – Rose colocou uma das mãos no rosto do namorado e acariciou – Obrigada! Esse foi, sem dúvida, o melhor presente que poderia ter recebido hoje! – ela se aproximou do rosto de Scorpius – Te amo! – depois de dizer essas palavras, deu fim a distância entre eles, e o beijou carinhosamente.

Novamente, a lua foi testemunha do amor daquele jovem casal. Eles haviam descoberto juntos a força de um amor verdadeiro e o que ele é capaz de suportar. Haviam, sem dúvida alguma, ensinado as pessoas várias lições sobre companheirismo e como o amor era o sentimento mais puro que um ser humano poderia cultivar... Novamente a lua testemunhava aquilo que todos sabiam ser impossível negar: Rose e Scorpius foram feitos um pro outro, e não importa o que aconteça, de uma forma ou de outra, sempre estarão juntos, pois o que eles sentem é mais forte do que a própria morte...

- Precisamos descer! – Rose disse sorrindo, assim que finalizaram o beijo.

- Vamos então, ou vão achar que seqüestrei a aniversariante! – Scorpius concordou e ofereceu o braço, para que Rose segurasse. Juntos, saíram do quarto.

No grande salão da festa, todos esperavam a aparição da aniversariante. Conversavam animados, e se perguntavam onde ela estava, afinal, como anfitriã, deveria estar lá, recebendo os convidados. De repente, houve uma mudança na música, todas as conversas cessaram e os olhares se voltaram para o alto da escada, onde o casal se encontrava. Scorpius e Rose, naquele momento, haviam se tornado o centro das atenções, e desciam as escadas com belíssimos sorrisos no rosto.

Hermione e Rony observavam a filha, emocionados. Sabiam que aquela altura ela já tinha aceitado o pedido de Scorpius, e se sentiam orgulhosos por isso, afinal de contas, eles mereciam.

Assim que chegaram ao salão, vários convidados foram cumprimentar Rose pelo seu 17º aniversário, fizeram pequenos discursos sobre a responsabilidade que era chegar àquela idade e como ela deveria agir daqui pra frente. A ruiva sorria sempre diante aos votos dos convidados, embora mentalmente, estivesse mandando calarem a boca. Algumas pessoas ela nem conhecia, estavam ali por serem amigos de seus pais ou tios, mas faziam questão de se sentirem íntimos e dizerem coisas agradáveis a jovem.

Depois de vários minutos, que pra ela pareceram horas, Rose conseguiu se livrar daquela multidão, e se aproximou do local onde estavam seus pais e os pais de Scorpius. Os quatro conversavam animados, e Rose teve a leve impressão que não falavam apenas da festa.

- Olhe como minha nora está linda! – Draco exclamou, assim que a jovem se aproximou. – Scorpius fez bem ao pedi-la em casamento, não acha, Ast?

- Claro amor! Nosso pequeno não poderia ter feito melhor escolha! – Astoria sorriu para a menina, que retribuiu.

- Obrigada! Vocês não sabem como é importante receber o apoio de vocês!

- De nada querida! Você merece! Agora, onde está meu filho? – Astoria perguntou.

- Se perdeu no meio dos convidados! – Rose riu – Se não me engano, foi atrás do Vin e da Sophie! – ela disse e se virou para os pais – Papai, mamãe, obrigada por tudo!

- Não precisa agradecer filha! Você sempre foi uma menina doce e comportada, sempre confiamos em você, só nos deu orgulho... – Hermione sorria, enquanto encarava a filha – Essa festa é uma forma de dizer o quanto você é importante, e como nos sentimos felizes em ver que nossa filha já cresceu e se tornou uma linda jovem!

- Cresceu? – Rony perguntou sério – Oras, ela só fez 17 anos, isso não significa que cresceu! Pra mim, Rose sempre será minha anãzinha! – ele se aproximou da filha e a abraçou – Se incomoda se eu te tirar da festa, um minutinho?

- Não papai! Mas aonde vamos?

- Lá fora, no jardim! – ele respondeu e saiu caminhando junto com a filha para fora do salão.

Rony e Rose caminharam em silêncio por alguns instantes no jardim, até chegarem ao centro dele, onde havia um belíssimo chafariz e um banco de madeira ao lado. Ainda em silêncio, se sentaram.

- Parabéns filha! – Rony quebrou o silêncio.

- Obrigada papai! – ela disse.

- Não digo pelo seu aniversário, e sim por isso aqui! – ele segurou a mão direita da filha, onde se encontrava a aliança. – Fico muito feliz por você!

Rose encarou o pai, pela primeira vez desde que haviam saído do salão e viu que tinha lágrimas nos olhos, e se esforçava ao máximo para não deixá-las cair.

- Você cresceu... – ele continuou – Eu sei, essa frase é típica de um pai extremamente protetor, mas é verdade... Já pode tomar suas decisões sozinha, já pode caminhar com os próprios pés... Ah Rose, se soubesse como me sinto orgulhoso por ter uma filha como você! – Rony encarou a filha e sorriu – Sempre sensata, inteligente, segura de si... Quase nunca precisou de mim, e...

- Engano seu papai! – Rose interrompeu o pai – Eu sempre precisei de você, e vou continuar precisando por toda minha vida! Você sempre espantou meus medos, nunca permitiu que os fantasmas assombrassem meus sonhos, sempre me protegeu, e as vezes que errou, foi tentando acertar! E não se engane, achando que porque completei 17 anos, e agora estou... – houve uma pausa, na qual Rose procurou a palavra certa para se expressar – ...noiva, que não vou mais precisar de você! Você sempre será meu herói!

Nesse momento, Rony abraçou a filha com força, que correspondeu da mesma forma. Os dois choravam silenciosamente. Mas não eram lágrimas de tristeza e sim de felicidade. Sentiam orgulho um do outro, e sabiam que sempre estariam juntos, não importa o tempo que passasse. Pai e filha sempre estariam unidos pela força do amor e da confiança que somente eles compreendiam tão bem... Esqueceram-se completamente da festa, mas também, quem ousaria pensar em festas naquele momento tão lindo? Pai e filha estavam juntos ali, e nenhuma festa poderia ser mais importante do que isso... Aliás, nada poderia ser mais importante... Depois de alguns minutos que passaram abraçados, Rony respirou fundo, e tentando não demonstrar toda a emoção que a última frase da filha havia lhe causado, ele apenas disse:

- E você, sempre será a minha princesinha...





***





N/A: Antes de comentar sobre o capítulo, vou fazer algumas observações sobre a fic, pra que vocês possam compreender melhor o desenrolar dela, ok?!

» Por enquanto, a fic tá sendo narrada nas férias. Todos os acontecimentos, todas as festas e confusões, que aconteceram até agora se passam há exatas duas semanas depois que eles chegaram de Hogwarts para as férias de verão.

» O nome da fic, não é “O Amor fala mais alto que o Sangue 2”, por motivos que vcs compreenderam com o decorrer da história. Antes eles precisavam mostrar pra todos que o amor que sentiam era mais forte que tudo, agora precisam mostrar pra si mesmo, que isso é vdd! Por isso a pergunta: “O amor fala mais alto?”.

» Para os que imaginam, a fic não fugirá tanto do que vocês estavam acostumados. Os novos personagens e as novas situações, daqui pra frente, só vão servir para contribuir no desenrolar da história. Todos eles ainda voltarão para escola. Alguns para cursar o último ano, outros para cursar o quinto, enfim, o importante é entender que quando eles chegarem a Hogwarts, muitas coisas vão acontecer e algumas situações, farão vocês lembrarem da época que eles tinham 14 anos...

» Novos personagens entrarão na história. Alguns são da própria JK, tais como os filhos do Percy e os irmãos mais novos de Victoire, outros eu mesma criarei.

» Agora, o fato a questão, que a meu ver, tem deixados muitos com uma pulga atrás da orelha: Quem é a garota misteriosa e como ela surgiu? Bom, o surgimento do jornal com o título “Elite de Hogwarts” será narrado mais para frente, através de flashback... Mas não se enganem, pensando que a garota misteriosa seja eu... Ou melhor, ela não deixa de ser eu, já que sou eu quem escrevo a fic kkkkkkkkk, enfim, deixando isso de lado, essa garota ainda vai dar o que falar, ou melhor, o jornal dela vai dar o que falar, e isso vai mexer demais com os ânimos dos estudantes.

» Maris e Adam, a dupla que irritou os protagonistas... A única coisa que posso dizer é que esperem, pois esses dois ainda prometem!

» Sobre Lily e Hugo... Bom, eu costumo fazer a fic conforme o gosto de vocês! Se acham que está bom de um jeito, eu continuo no mesmo ritmo. Se dão sugestões válidas, eu as acato. E se não gostam, eu tento melhorar... Enfim, esse novo casal foi proposto por uma leitora. Refleti muito a respeito disso, conversei com outra leitora sobre esse assunto, e ela também achou legal, então decidi colocá-los juntos. Fico feliz que tenham gostado de vê-los como um casal, então permanecerei com a história. Os planos para a Lily e o Hugo nessa fic eram completamente diferente do que está agora, mas se estão gostando assim, não há porque mudar! É como dizem, em time que está ganhando não se mexe, e pra ser sincera, me simpatizei com os dois juntos.

» Eu havia dito que escrevia shorts ou fics de no máximo 5 capítulos pra narrar o que se passou no 5º e no 6º ano deles, mas peço que não se preocupem com isso. Durante o decorrer da história, vários flashbacks aparecerão narrando essa trajetória, ok?!

Agora que alguns pontos foram esclarecidos, vamos comentar sobre esse capítulo!

Como viram, Vítor Krum está de volta a Inglaterra e trouxe consigo, a sua família. Antes que vocês comecem a chamar o Adam de mal-educado, grosso, estúpido, blá, blá, blá, quero dizer que ele não é o que parece. Apenas está com o “humor negro” pelo fato de ter se mudado...

E o que acharam do pedido de casamento feito por Scorpius? Gente, sinceramente eu adoroooo esse loiro! Pelamor de Merlin, ele é perfeito! *os olhos da autora brilham ao falar de Scorpius* HUAHAUAHUAHAUAHUA

Aguardem, que no próximo capítulo os jovens vão para a fazenda Malfoy, passar parte das férias... Conseguem imaginar Rose, Scorpius, Alvo, Lily, Hugo, Alice, Vincent e Sophie, juntos, sem os pais por perto para lhe dizerem o que devem ou não fazer? Bom, eu consigo, e já adianto que isso pode dar certo... ou não!

Agora mudando de assunto, vou responder aos comentários feitos sobre o último capítulo ok?!

Helenira: Fico feliz que tenha gostado do capítulo e que também tenha gostado da reconciliação de Scorpius e Rose... Confesso a você que também não vou muito com a cara da Maris, mas fazer o que né?! Fui criar a personagem, agora aguentaaaa Mily HAUAHUAHAUAHAUHAU... E o pior não é isso menina! O pior é que a Maris (leitora, amiga e louca), tá querendo pegar o nosso Scorpius! ME AJUDE A BATER NELA OK?! KKKKKKKKKK

Maay.Pontas.Potter: Vaquenha cor de rosa! HUAHAUAHAU Nem vou comentar o seu comentário, pq vc não merece ok?! u.ú HAUHAUAHA Brincadeira amor! Falando sério, NÃO ADIANTA ESCREVER EM CAPS, NÃO VOU TE CONTAR QUEM É A GAROTA MISTERIOSA, EMBORA VOCÊ SEJA UMA DAS MINHAS BESTS OK?! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Maris: Pq será que não me surpreendo com o fato de vc gostar da Maris??? Ah sim, talvez seja pq seu nome serviu de inspiração pra personagem e colocá-la na fic foi uma forma de te homenagear e dizer que é uma pessoa que adoro mto... hum* HAUHAUAHAU Se eu fosse você, começava a andar por aí usando feitiços escudo, pois sabe como é, tem gente que não separa realidade e fantasia, e pra você ganhar uma azaração por conta das coisas que a Maris pode aprontar, não custa nada hein... E POR MERLIN MULHER, NÃO ADIANTA INSISTIR, VC NÃO VAI PEGAR O DRACO! Pronto, desabafei! Kkkkkkkkkkk

Viviane: Menina, apesar de não lhe conhecer, tenho um carinho muito grande por você, viu?! Tá sempre aqui comentando e o pior, dormindo altas horas por causa dos capítulos! POR FAVOR, NÃO FAÇA ISSO! NGM MERECE PERDER HORAS PRECIOSAS DE SONO PRA LER ESSAS LOUCURAS!!!!! KKKKKKKKKK Brincadeiras a parte, amore, muito obrigada pelo carinho e pelos comentários de incentivo! E como você comentou, algumas famílias realmente não aceitam os relacionamentos com os primos, mas no mundo bruxo, primos se casam! Exemplo básico, é Molly e Arthur Weasley! Ahhh, não conheço essa música que vc ouviu enquanto lia o cap., vou procurar pra baixar e ouvir! AHHH PODE DEIXAR QUE OS CASAIS FICAM DA FORMA QUE ESTÃO! KKKKKK

Pah: AHAAA, consegui te enganar então! Sinal que sei mentir bem! Ponto pra mim kkkkkkkkkk Olha você querendo fazer dupla com a May, me perguntando quem é a garota misteriosa... Não vou contar ok?! Nem sob decreto ou ameaça de azaração kkkkkkkkkk Ah, coitado do Alvo... Temos que relevar! Ele nunca se apaixonou, só fez as pessoas se apaixonarem, é normal que se sinta confuso... Enfim, agora é esperar pra ver como as coisas ficarão entre ele e a Alice... E ahhh, quase ia me esquecendo, você foi a única a gostar da Maris, por enquanto kkkkkkk

Julia: Oi amor, obrigada por comentar! Que bom que gostou do Hugo e da Lily juntos, fico feliz! Muito obrigada pelo carinho e espero que tenha gostado desse cap. tbm.

Maari-Weasley: Que bom que também gostou do capítulo amore! Espero que também tenha ficado satisfeita com esse!

Marina: Ahhh, olha eu também fiquei boba quando soube que a Vic ia se casar, embora eu mesma tenha pensado nesse assunto... Enfim, ignore as minhas loucuras e fique apenas com as partes úteis dessa minha resposta a seu comentário kkkkkkkkkk Vc, como sempre, é uma fofa e deixa recadinhos de apoio que me ajudam bastante. Fico feliz que esteja gostando da continuação da fic.

Larissa: Eu tbm não consigo acreditar que ela aceitou! Vamos nos unir e brigar com a Alice? ¬¬ kkkkkkkkkkkkk E concordo com vc, o Alvo foi um besta ao beijar outra menina na festa e na frente da pobre Ali... Ai, ai, povo complicado viu! Que bom que gostou do casal Hugo e Lily *-* e sobre a Maris, como diz nossa adorada Copélia, do programa “Toma lá dá cá”: PREFIRO NÃO COMENTAR! KKKKKK

Jacgil: Não sinta raiva da Rose, embora dê vontade de bater nela de vez em quando, releve =/ kkkkkkkkk O Scorpius ter esquecido vários compromissos deles também não foi nada legal... Enfim, como vc observou, a história de Harry e Gina está se repetindo com Alice e Alvo... Mas diferente do que houve com os pais, Alvo vai ter que lutar bastante pra conseguir o que quer... Obrigada por comentar viu?!

Lily*: É como diz minha amiga: nem tudo é o que parece! Hauhauahauahua, sei que agora a fic parece bem diferente da primeira, mas logo vc e os outros leitores vão perceber que a história não vai fugir ao que foi proposto pela fic anterior. A continuação é exatamente o que o nome diz: continuação. Mas como eles cresceram e já não tem mais os pais impedindo o namoro, novos problemas precisaram surgir... Bom, sobre esse lance da Lily e do Hugo, fico mto feliz que tenha aprovado o relacionamento! Daqui por diante, tentarei se possível, manter esse padrão fofo dos dois. Muuuuitoooooo obrigada pelo comentário, e ficarei aguardando outros, sempre que atualizar ok?!

Reji: AEEEEEE, saudades de vc! Engraçado, que é como eu sempre falo, nosso único contado é só por comentários e eu já me sinto “íntima” de vc kkkkkkkkkkk Bom, sua sugestão foi aceita e como pôde ver, houve a conversa de “pai e filho”, muito obrigada pela idéia! Alvo e Ali são realmente uma novela, só espero que não adotem o ritmo das novelas mexicanas, se não vcs leitores precisarão de barquinhos para ler, pois as lágrimas dos personagens irão alagar suas casas kkkkkkkk

Fernanda: Que bom que gostou do capítulo! Mas como viu, agora as coisas pros nossos pombinhos (ok, essa de pombinho foi brega), estão melhorando *-* Alvo e Ali, como a Reji disse, vai ser uma novela e tanto kkkkkkkkkkkkkk Espero que tenha gostado desse cap.

Bom, é só isso, não vou me alongar mais, pq essa N/A ficou gigante!!!!! kkkkkkkkkk

Mas antes deu ir, deixa eu dizer qm é qm na capa, embora eu acho que vcs já saibam kkkkkkk

O conjunto de 3 fotos são: Rose, Scorpius, Sophie e Vincent.

Embaixo, o que tem 5 fotos, são: os loiros: Dominique (irmã da Vic), Jayden Moss (namorado da Ali), os morenos: Alvo e Alice, e a ruiva só podia ser a Lily. Depois farei uma capa descente, e colocarei os personagens q faltam ok?!

Agora sim já vou! Até o próximo capítulo e CONTINUEM COMENTANDO HEIN!

Amooo vcs!

Xoxo,

Mily

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Comentários (1)

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